quarta-feira, 13 de junho de 2007

Imunossupressor derivado de um fungo

O Certican (everolimus), medicamento imunossupressor desenvolvido pela Novartis a partir de um fungo existente na Ilha da Páscoa, revelou capacidade para melhorar a função renal em doentes transplantados, reduzindo substancialmente o risco de rejeição do novo órgão.

Integrando o grupo dos imunossupressores, fármacos que têm como função fazer o controlo do sistema imunitário do organismo depois de um transplante, o Certican é utilizado para evitar a rejeição do órgão recebido, sendo normalmente administrado em conjunto com ciclosporina para microemulsão e corticosteróides no transplante de rim ou coração, a fim de evitar a rejeição do órgão transplantado. Apresenta-se em comprimidos de 0,25mg, redondos marmoreados de cor amarelada. Manuel Rengel, nefrólogo do Hospital Gregorio Marañon, em Madrid, perito em neufropatia crónica de enxertos, disse que “este medicamento ajuda sobretudo no transplante renal, já que a molécula everolimus funciona como um inibidor do surgimento de tumores e de outras possíveis complicações e efeitos secundários”.
Aprovado há vários anos na Europa, o Certican é utilizado também no Chile, onde a sua administração tem revelado bons resultados no período pós-transplante de órgãos como rins, coração, fígado e pulmões, entre outros. Aliás, aquele país teve um papel fulcral no desenvolvimento deste fármaco, na medida em que ele tem por base a molécula everolimus, um derivado de um fungo existente na Ilha da Páscoa, e que a Novartis sintetizou para tornar a sua utilização mais “amiga” dos seres humanos.

Carla Teixeira
Fonte: La Segunda Online, Novartis

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