quarta-feira, 13 de junho de 2007

Testes com células humanas dispensam cobaias

Através da utilização de células de origem humana, o perigo de novas substâncias poderá ser indicado pelos testes laboratoriais dispensando a utilização de cobaias.

Um estudo divulgado ontem (12 de Junho) indica que aperfeiçoando os testes de laboratório, o processo de avaliação da toxicidade dos produtos químicos poderá ser apressado, reduzindo a dependência de testes realizados em animais.

Melhorar a metodologia utilizada para a elaboração dos testes em células e tecidos poderá conduzir a mudanças fundamentais na forma como são realizados os testes de toxicidade, revela o Conselho Nacional de Pesquisa norte-americano.

O segredo está em usar células, preferencialmente de origem humana, e esperar que os testes laboratoriais indiquem o perigo que certas substâncias podem representar para os seres humanos, como é o caso dos pesticidas. Os actuais testes de produtos químicos, levados a cabo em animais, nem sempre apresentam resultados confiáveis ou que possam ter aplicação directa na fisiologia humana.

Para além disso, a metodologia actual pode ser demorada, enquanto os testes elaborados em células e linhagens de células podem ser efectuados com rapidez, afirmam os especialistas do conselho que integra a Academia Nacional de Ciências.

Esta investigação, elaborada a pedido da Agência de Protecção Ambiental, recomenda que sejam tidos em conta os novos métodos de teste centrados nas actividades celulares que, ao serem perturbadas, podem levar o surgimento de doenças.

Ainda que os testes em animais não possam ser negligenciados, o uso das novas técnicas poderá reduzir a necessidade de utilizar estas cobaias e permitir a sua eliminação a longo prazo. No entanto, os autores do estudo advertem que há ainda muitas pesquisas que têm que ser realizadas antes da eficácia dos novos testes poder ser comprovada.

Marta Bilro

Fonte: Associated Press, estadão.com.br

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