sábado, 2 de junho de 2007

Covilhã quer menos obstáculos para médicos brasileiros

A Universidade da Beira Interior (UBI) quer receber médicos brasileiros para diminuir a falta de especialistas em ginecologia e obstetricia , mas encontra «muitos obstáculos pela frente» afirma o responsável por esta iniciativa, Martinez de Oliveira.

«Em Portugal há uma grande carência de obstetras e ginecologistas, mas no Brasil há muitos interessados no nosso país. No entanto, em nove meses de cooperação, só conseguimos trazer uma pessoa», lamenta Martinez de Oliveira.

O reconhecimento das licenciaturas é um dos obstáculos a contornar, apesar da cooperação, desde de Setembro de 2006, entre a UBI e o Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB ) com a Universidade de Botucatu (S. Paulo).

Durante as Jornadas Luso-Brasileiras de Actualização em Ecografia, Obstétrica e Ginecologia, Martinez de Oliveira declarou que «parece que no Brasil não reconhecem os nossos cursos e por isso cá também não há disponibilidade para reconhecer os brasileiros».

O director do departamento de Saúde da Criança e da Mulher do Centro Hospitalar da Cova da Beira apelou às entidades responsáveis dos dois países para que cheguem a «um entendimento e equilíbrio nesta situação».

O presidente do colégio de ginecologia e obstetrícia da Ordem dos Médicos falou em ponderação e declarou que especialistas formados na América do Sul são «de segunda categoria» porque «a maioria das formações têm três anos, enquanto nós temos seis», o tempo necessário para «consolidar» conhecimentos.

Luís Graça admitiu, no entanto, a vinda de profissionais brasileiros durante o «período de carência», mas apenas «médicos com alguns anos de experiência» para «colmatar alguma formação menos consistente».

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