sábado, 2 de junho de 2007

Nova droga psicoactiva BZP no Observatório Europeu

A nova droga, Benzilpiperazina (BZP) resulta da junção de um fármaco com um produto comum e está a ser avaliada pelo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT).

Em meados de Junho será apresentado um relatório do Comité Científico da Agência Europeia sobre os riscos sociais e para a saúde da BZP dado que o consumo desta droga estimulante tem aumentado, principalmente entre jovens e adolescentes.

Segundo o OEDT «a BZP foi preparada pela primeira vez em 1944 pelos laboratórios Welcome Research (Reino Unido) como um potencial anti-helmíntico (no tratamento de germes intestinais) do gado, não tendo sido utilizado como tal, dado que se identificou ser relativamente ineficaz e causou efeitos contrários, como convulsões, nos mamíferos».
Na União Europeia a BZP não tem nenhuma utilização médica e é vendida no mercado como ecstasy. Os técnicos do OEDT alertam para os perigos que resultam do consumo da droga como hipertensão, taquicardia (pulsações aceleradas), convulsões, ansiedade e insónias, sintomas que se podem prolongar por 24 horas.
A BZP tem efeitos anfetamínicos mais fracos do que os das anfetaminas. Em Portugal não se tem conhecimento do consumo desta substância mas já se têm feito apreensões da mesma.
O Conselho da União Europeia decidiu estudar esta substância no seguimento de um procedimento jurídico que procura dar resposta a novas drogas psicoactivas que se revelem potencialmente perigosas na União Europeia.
Para avaliar os riscos o Comité Científico do OEDT conta com a participação de outros peritos da Comissão Europeia, da Europol e da Agência Europeia dos Medicamentos (EMEA).A primeira notificação da BZP foi em 1999, através de um sistema de alerta precoce relativo a novas drogas e, desde então, o número de notificações tem vindo a aumentar.
A BZP encontra-se no mercado legal, publicitada como uma “alternativa legal ao ecstasy”, segundo fonte da Agência Europeia, levando os consumidores a pensar que a droga é segura. O consumo do estupefaciente pode ser feito por via oral, sob a forma de comprimidos, mas este também pode ser aspirado ou fumado.
A BZP foi incluída a 1 de Janeiro deste ano na Lista de Substâncias Proibidas do Código.


Fonte: SOL, Diário Digital


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