domingo, 4 de novembro de 2007

Governo aplica 20 milhões de euros em 98 propostas de estudo
Espanha investe na investigação de doenças raras


O Ministério da Saúde de Espanha anunciou há dias a intenção de investir cerca de 20 milhões de euros na investigação e no tratamento de doenças raras, diabetes e transplantes. Avaliar a eficácia de algumas terapias existentes, comparar métodos terapêuticos e evitar a propagação de certas patologias são os grandes objectivos da medida.

De acordo com uma notícia avançada pelo portal espanhol AZ Farmácia, são 98 as propostas defendidas pelas autoridades sanitárias do país vizinho. Avaliar a eficácia do tratamento dos pacientes com síndroma de Williams – rara desordem genética de diagnóstico difícil e que não tem causas ambientais, médicas ou a influência de factores psicossociais, estimando-se que afecte uma em cada 20 mil nascituros –, comparar os efeitos do tratamento com bombas infusoras de três tipos de insulina em crianças diabéticas ou prevenir os efeitos das quedas, frequentes entre idosos, são apenas alguns dos objectivos deste investimento da tutela espanhola, que com um aporte de 20 milhões de euros pretende ajudar a resolver alguns dos problemas de saúde que mais afectam os cidadãos espanhóis.
No seguimento de um programa inédito de incentivo e financiamento à investigação farmacêutica no país vizinho, anunciado em Fevereiro, e ao qual foram submetidas 549 candidaturas, o ministério atribuirá, tendo por base a escolha de uma comissão de especialistas, um montante global de 20 milhões de euros, a distribuir por 188 solicitantes, autores das 98 propostas admitidas a concurso. No âmbito deste apoio, ainda de acordo com o AZ Farmácia, será dada prioridade à investigação nas áreas de medicamentos órfãos, fármacos de elevado interesse sanitário mas sem grande interesse comercial, ensaios clínicos e estudos comparativos com vista a reduzir a resistência aos antibióticos e medicamentos específicos para grupos especiais da população, designadamente crianças.
Os estudos abrangidos pelo apoio estatal agora anunciado deverão desenvolver-se no prazo máximo de três anos, e decorrerão em centros de saúde e hospitais das regiões de Andaluzia, Aragão, Astúrias, Baleares, Canárias, Cantábria, Castela-La-Mancha, Castela e Leão, Catalunha, Extremadura, Galiza, Madrid, Múrcia, Navarra, País Basco e Comunidade Valenciana.

Carla Teixeira
Fonte: AZ Farmácia, www.ensinoespecial.blogspot.com