domingo, 3 de junho de 2007

Herceptin traz nova esperança no combate ao cancro da mama

Um novo estudo apresentado hoje, no encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, vem trazer novas esperanças no combate ao cancro da mama.
O estudo, NeOAdjuvant Herceptin (NOAH), demonstra que a combinação do Herceptin - um anticorpo humanizado, desenhado para bloquear o desenvolvimento do HER2, uma proteína produzida por um gene especifico, com potencial cancerígeno - com a quimioterapia, antes da cirurgia, pode aumentar de forma significativa a resposta ao tratamento.
Os resultados mostram que se verifica uma contracção do tumor, podendo mesmo provocar o seu desaparecimento. A combinação do Herceptin, com as sessões de quimioterapia, antes da cirurgia, foi testada em pacientes com cancro da mama HER2 positivo avançado, uma das variantes mais graves, que se caracteriza pelo rápido crescimento do tumor e pelo elevado número da recaídas.
O estudo demonstrou que em 43% dos casos, em que foi utilizada a combinação do Herceptin com a quimioterapia, o tumor foi completamente erradicado, quase duas vezes mais do que nos pacientes que apenas foram submetidos a sessões de quimioterapia (23%).
Os resultados deste estudo são prometedores, uma vez que traduzem mais uma esperança no combate ao cancro da mama, que aliada à cirurgia, pode aumentar a taxa de sobrevivência desta doença.
Segundo o professor L. Gianni, director de Oncologia Médica, Fondazione IRCCS Istituto Nazionale Tumori, em Milão, “o cancro da mama HER2 positivo, continua a ser um diagnóstico extremamente grave, uma vez que um elevado número de doentes regista recaídas e progressão da doença”. Para L. Gianni, a combinação do Herceptin com a quimioterapia pode trazer grandes benefícios para os doentes.
Jean-Jacques Garaud, responsável pelo desenvolvimento global de fármacos, na Roche, garante que “estes resultados prometedores, vêm juntar-se ao substancial número de evidências que indicam o Herceptin como a base para o tratamento do cancro da mama HER2 positivo”.
Garaud, relembra também que, além dos benefícios do Herceptin no combate ao HER2 positivo e na cura do cancro de mama em fase inicial, ele é também determinante na diminuição da amplitude da cirurgia a que os doentes têm que ser sujeitos.
O cancro da mama é o cancro mais frequente nas mulheres em todo mundo, sendo anualmente detectados cerca de um milhão de novos casos. O HER2 positivo atinge cerca de 20 a 30% das mulheres com cancro da mama. Todos os anos, o cancro da mama tira a vida a cerca de 400.000 mil doentes.

Inês de Matos

Fonte: PR Newswire

CE aposta na luta contra o cancro

A Comissão Europeia (CE) disponibilizou 2,9 milhões de euros para apoiar o projecto COBRED (Colon and Breast Cancer Diagnostics), que pretende identificar biomarcas para o cancro da mama e do cólon de forma a monitorizar a sua evolução no paciente.

Coordenado pela BioSystems International, o objectivo do projecto passa por tentar identificar possíveis biomarcas para o período de pós-diagnóstico, de forma a avaliar o potencial da detecção precoce de cancro e fornecer novas pistas sobre aspectos desconhecidos da doença.

Este “projecto sem precedentes”, como o descreveu o seu coordenador, Laszlo Takacs, “irá permitir descobrir novas formas de diagnóstico contra o cancro”. Os especialistas envolvidos na iniciativa acreditam que a gestão e diagnóstico do cancro podem sofrer progressos significativos que se traduzem em melhores tratamentos e custos mais reduzidos.

Marta Bilro

Fonte: iGov, cobred.com

Coimbra: VI Congresso Português de Psico-Oncologia

O Hotel D. Luís em Coimbra vai receber o VI Congresso Português de Psico-Oncologia nos dias 15 e 16 de Junho, subordinado ao tema “Resposta Psicológica, Intervenção Psicossocial e Sobrevida em Oncologia”. Encabeçando o painel de oradores o congresso conta com a presença da Dra. Maggie Watson.

Psicóloga e investigadora no Royal Marsden Hospital de Londres, a Dra. Watson irá inaugurar o evento com a problemática "Does Psychological Response Affects Survival; Evidence and Mechanisms?". A mesma irá orientar também o IX Curso Intensivo de Psico-Oncologia, nos dias 13 e 14, sobre "Problem Focused Interactive Therapy: Therapy in Action".

Outros destaques do congresso focam a presença de João Oliveira, no dia 15 às três da tarde, com o tema: "O FUTURO DA ONCOLOGIA: O TRATAMENTO DO CANCRO EM 2015" e a médica Isabel Neto que inaugura o painel de sábado, dia 16, às 9h30 focando "A ESPIRITUALIDADE NO FIM DA VIDA: QUE REFLEXOS?”.

O evento termina às 15 horas de sábado com um encontro dos Grupos de Psico-Oncologia que integra organismos como o IPO de Lisboa e Coimbra, o Hospital de São João, o Centro Saúde Odivelas e o Hospital de Portimão.

Susana Teodoro

Fonte: Academia Portuguesa de Psico-Oncologia

Corrida da mulher: etíopes mostram que também podem vencer a “corrida” contra o cancro

As atletas etíopes Yimer Wude Ayalew e Belayneh Fidaku terminaram em primeiro e segundo lugar, respectivamente, a 2ª Corrida da Mulher, hoje na zona ribeirinha de Lisboa. A corrida tinha como objectivo angariar fundos para a compra de aparelhos de rastreio do cancro da mama. As doações totalizaram cerca de 130.000 euros, mais dez mil do que na primeira edição desta prova. O número de participantes aumentou demarcadamente: de cinco mil mulheres na primeira corrida para as dez mil de 2007.

A corrida ocorreu hoje de manhã e o percurso iniciou-se nas docas de Alcântara e terminou na Torre de Belém. A queniana Alice Timbilili ocupou a terceira posição e a melhor portuguesa em prova foi Inês Monteiro que conseguiu o sexto lugar. Para as participantes menos conhecidas e menos desportistas houve a atribuição de prémios especiais para grupos de três amigas, para mães e filhas e para avós e netas.

Susana Teodoro

Fonte: Sapo/Lusa e Record

Cannabis mais prejudicial do que o tabaco

Um estudo britânico alerta: quatro cigarros de cannabis equivalem a 20 de tabaco normal.

Os números foram revelados em 2002 num relatório do Instituto Pulmonar Britânico. Fumar marijuana mata mais depressa e deixa muitas vezes sequelas irreversíveis. Agora o especialista em problemas respiratórios, Onn Min Kon, confirma: «Tenho cada vez mais casos de jovens cujos pulmões se assemelham aos de uma pessoa com 65 anos». A causa? O consumo regular de cannabis

A cannabis produz químicos semelhantes aos do tabaco, mas pode danificar as vias respiratórias de forma muito mais desenvolvida. Kon refere mesmo a possibilidade de o paciente não apresentar sintomas mas apresentar buracos nos pulmões após exames mais aprofundados. Muitos dos problemas são agravados pela conjugação das duas substâncias, facto que impede os estudos de serem totalmente claros relativamente às causas de um e de outro.

Os jovens começam fumar cedo e com mais frequência o que leva a que tenham enfermidades pulmonares geralmente apenas verificadas em pacientes com mais de 65 anos. A maioria está mal informada e ainda julga a cannabis menos prejudicial e menos dependente do que o tabaco. A facilidade de compra da substância é também um factor que alimenta as estatísticas negativas.

Susana Teodoro

Fonte: Sol e Correio da Manhã

Médicos do Hospital Santa Maria (HSM) admitem invocar o estatuto de objector de consciência para evitar IVG.

No serviço de ginecologia do hospital trabalham 34 especialista e 16 internos. Apenas um quarto destes médicos está disposto a praticar a interrupção voluntária da gravidez (IVG) nos seus pacientes. A percentagem é marcante o suficiente: cerca de 70% recusa-se a praticar a IVG sendo automaticamente resguardado pela nova lei que permite que estes especialistas invoquem que o procedimento vai contra os valores éticos da profissão.

Apesar da magnitude dos números, Luís graça, o responsável pelo serviço, afirma que o hospital estará pronto para efectuar o procedimento, tal como manda a lei, formando pequenas equipas médicas. Para tal, Luís Graça já procedeu à elaboração de uma listagem com nomes daqueles dispostos a ir praticar a IVG no HSM.

O Hospital irá ainda receber uma máquina de aspiração e a chamada "pílula abortiva" (ainda à espera de uma autorização especial de utilização, do Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Farmácia). A nova lei está ainda em período de regularização e os hospitais terão até 21 de Junho para preparar os serviços de forma a efectuar interrupções voluntárias da gravidez até às dez semanas.

Susana Teodoro

Fonte: Sol e RTP

Ginseng pode reduzir fadiga em doentes com cancro


O consumo de doses diárias de ginseng pode ajudar a reduzir a fadiga e a melhorar os níveis de energia e o bem-estar emocional dos doentes com cancro, revelou uma pesquisa elaborada por especialistas da Clínica Mayo em Rochester, no Minnesota. Os primeiros resultados deste estudo piloto, que envolveu 282 pacientes, foram hoje apresentados durante a reunião anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO na sigla inglesa).

Apesar dos resultados positivos, os especialistas aconselham prudência até que possam ser desenvolvidas mais investigações. A fadiga é um dos efeitos secundários mais frequentes nos doentes com cancro e que mais afecta a normalidade do dia-a-dia dos pacientes.

Os benefícios do ginseng no tratamento das constipações e da diabetes têm vindo a ser aplaudidos, os cientistas acreditam que poderá funcionar também como uma substância que ajuda o corpo a superar os efeitos do stress físico e psicológico a que os doentes com cancro estão frequentemente sujeitos.

O grupo de pacientes aos quais foram administradas doses diárias de ginseng admitiu ter sentido melhoras a nível físico, mental, espiritual e emocional. No entanto, os cientistas consideram que, embora os resultados sejam auspiciosos, ainda é prematuro recomendar suplementos de ginseng aos doentes com cancro.

Debra Barton, uma das cientistas envolvidas no projecto, explicou que “apesar dos resultados serem promissores”, ainda há pesquisas que precisam ser desenvolvidas. Para além disso, existem várias composições de ginseng disponíveis no mercado e algumas podem não ser adequadas.

Marta Bilro

Fonte: BBC News, SpiritIndia.com

Portugal na vanguarda da Urologia

Em Portugal, mais de 650 mil pessoas sofrem de incontinência urinária e cerca 1800 morrem, todos os anos, vítimas do cancro da próstata. Os números são impressionantes, mas os avanços na área da urologia permitem que não sejam ainda mais alarmantes.
“A urologia tem sido muito bem dotada tecnologicamente, com avanços em todas as áreas”, confirma o especialista Paulo Guimarães, do British Hospital.
Os avanços tecnológicos têm permitido aos médicos salvarem mais vidas, reduzindo o tempo de internamento e proporcionando maior qualidade de vida aos doentes. “Há vinte anos tínhamos que fazer uma cirurgia aberta. Hoje temos a vaporização e os lasers, que permitem as cirurgias de um dia. Em menos de 24 horas o doente pode ir para casa”.
Mas os custos desta tecnologia de ponta são elevados. Contudo, Paulo Guimarães acredita que, “um maior rigor nos gastos dos orçamentos”, permitirá o investimento neste tipo de tecnologia, principalmente se forem tidos em conta outro tipo de custos que geralmente não são equacionados. “Os gastos com internamento, as faltas dos doentes ao trabalho... Tudo isto, com as novas técnicas, pode ficar muito reduzido. Aliás, hoje em dia a medicina evolui cada vez mais para a cirurgia com recobro de apenas um dia, com menos gastos a todos os níveis”, garante o especialista.
Portugal tem apostado em novos tratamentos e novas tecnologias. Paulo Guimarães afirma que os doentes portugueses não têm a necessidade de procurar novos tratamentos no estrangeiros, uma vez que “por cá temos do melhor que se faz neste momento”.
Há cerca de três anos que Portugal recorre à técnica conhecida como VPF luz verde, que usa um laser de última geração e permite vaporizar – ou seja, eliminar – o tecido, evitando, ao mesmo tempo, a possibilidade de hemorragia. Apesar dos excelentes resultados, para além do British Hospital, onde são operados todos os anos cerca de 300 doentes, contam-se ainda pelos dedos de uma mão, o número de unidades de saúde que fazem este tratamento.
O cancro da próstata é a segunda causa de morte, por cancro nos homens, logo a seguir ao do pulmão. Os avanços da medicina, com a ajuda da tecnologia de ponta, têm permitido um maior optimismo por parte dos médicos, que para além da tradicional cirurgia, podem também aplicar a braquiterapia, um tratamento que recorre à radiação implantada directamente nos locais onde se desenvolve o cancro, ou recorrer à criocirurgia, que consiste na congelação dos tecidos.
Noutra área da urologia, a incontinência urinária, o principal problema é o social, uma vez que a dependência das fraldas leva ao isolamento, por força da vergonha. No entanto, também aqui os avanços tecnológicos tem proporcionado uma forte evolução da medicina.
De facto, um grupo de investigadores portugueses encontra-se a desenvolver uma técnica pioneira, que resulta de uma parceria entre as faculdades de Medicina e de Engenharia do Porto, o Hospital de São João e vários centros internacionais. Trata-se de um aparelho que vai medir a força dos músculos do pavimento pélvico e avaliar o risco de incontinência.
Teresa Mascarenhas, uma das especialistas ligadas ao projecto, adianta que o aparelho está em fase de testes, podendo a sua comercialização ter inicio num “futuro breve”.
A incontinência urinária pode ser constante, estando sempre presente, ou de esforço, atingindo maioritariamente as mulheres. Os seus principais factores de risco são, o tabagismo, a obesidade, a maternidade e a idade avançada, surgindo frequentemente depois da menopausa.

Inês de Matos

Fonte: Correio da Manhã

Obesidade

A maior parte da população portuguesa tem excesso de peso ou sofre de obesidade. As causas estão relacionadas com, hábitos alimentares desequilibrados, sedentarismo e consumo de tabaco.
A obesidade é uma doença crónica complexa que resulta da acumulação excessiva de tecido adiposo, provocando um aumento de peso superior em 25% ao peso normal estimado. O seu tratamento deve basear-se no grau de obesidade e no quadro clínico geral de cada pessoa.
O objectivo inicial deve ser a perda de 10% do peso inicial, através de dieta específica e de actividade física. Em casos específicos poder-se-á recorrer à utilização de fármacos. Em casos extremos, poder-se-á equacionar a cirurgia para redução do tamanho do estômago.
Tipos de Cirurgia ou Técnicas Cirúrgicas
A colocação de uma banda gástrica tem vindo a ser, a solução mais viável para a perda de peso. Mas, temos que ter em consideração, que nem todos os pacientes podem proceder à sua colocação.
A colocação da Banda Gástrica Ajustável consiste na aplicação por via laparoscópica, de uma cinta de "silastic" em volta da parte alta do estômago de modo a criar-se uma pequena bolsa gástrica e, assim, regular a passagem dos alimentos.
A perda de peso é mais rápida no primeiro ano e lenta nos subsequentes. A dieta tem que ser vigiada de forma muito cuidadosa à medida que a banda for sendo ajustada, necessitando de vigilância a longo-prazo.
"By-Pass" Gástrico com ansa em Y de Roux
Esta intervenção consiste igualmente na redução do tamanho do estômago e na ultrapassagem de parte do intestino delgado que resulta quer na menor ingestão de alimentos, quer na redução de absorção de gorduras.
A escolha desta técnica cirúrgica resultará dos estudos prévios a realizar ao doente, os quais poderão apontar razões de ordem técnica, nomeadamente, relacionados com o peso, a forma do abdómen e a existência de intervenções cirúrgicas prévias.
A maior parte da perda de peso vai ocorrer nos primeiros 14 meses. Mesmo após a sua estabilização, será necessário continuar a vigiar com muito cuidado a dieta, sob pena de recuperação do peso perdido.
Por isso, se tem excesso de peso, já sabe, consulte o seu médico, só ele poderá saber qual a melhor via para perder peso, de forma segura e equilibrada.

Fonte: Hospital da Arrábida
Liliana Duarte

Serviço Nacional de Saúde com Dentistas

A saúde em Portugal continua a ser um dos sectores com maior carência a nível de atendimento. As filas de espera são grandes e os utentes muitas vezes esperam longos meses para terem uma consulta. O facto é ainda mais preocupante quando se fala de uma especialidade, a estomatologia.
Em Portugal este ramo é considerado por muitos um “luxo”. A razão evidente é o preço praticado pelos dentistas. Mas porquê que no nosso país, ter acesso a este ramo da medicina é assim tão complicado?
Segundo a Constituição Portuguesa, o Serviço Nacional de Saúde deve ser universal e geral, isto é, deve abranger todos os cuidados considerados necessários para uma saúde completa e global. Isto não acontece, pois em Portugal, os serviços orais nunca estiveram abrangidos pelo Serviço Nacional de Saúde. Porque não, então, colocar à disposição de todos os serviços de estomatologia?
Claro que integrar estes profissionais fica caro, mas não podemos continuar a ter especialidades em que, apenas alguma população tem acesso. Estamos, assim, a descriminar as pessoas e a dividi-las em classes sociais.
A saúde é um problema grave no nosso País, e vai continuar a ser se, não se fizer nada para melhor.


Fonte: PCP
Jornal da Sic

Liliana Duarte

Mais uma nova iniciativa na Maia

A Câmara Municipal da Maia cedeu à instituição de apoio a adolescentes e jovens, Socialis, dois apartamentos T3, onde aquela instituição presta auxílio a mães solteiras. Ali, são ajudadas após o nascimento dos filhos, recebendo formação pré e pós-parto.
De acordo com o presidente da Câmara da Maia, Bragança Fernandes, a iniciativa já atraiu milhares de pessoas. Além do aconselhamento e de poderem contactar com os projectos das várias instituições presentes, os visitantes têm ao dispor rastreios de tensão arterial, de glicose e de colesterol.
A Maia Saúde 2007 foi organizada no âmbito do Programa Rede Social e, durante a semana passada, centrou a sua acção no trabalho juntos dos alunos das escolas secundárias do concelho.
As crianças também não podiam ficar de fora e foi inaugurado ontem um Festival da Criança.
Este é um projecto que termina hoje no Parque Central, junto aos Paços do Concelho.

Fonte: Jornal de Notícias

Liliana Duarte

Tratamentos anti-rugas
devem começar antes dos 30 anos

Vários dermatologistas acreditam que tanto os homens como as mulheres devem começar a ter cuidados para prevenir o envelhecimento da pele até aos 30 anos. “Esta é a idade limite para dar início a estes tratamentos porque é nesta altura que se começam a manifestar as rugas de expressão”, explicou José María Antón, representanto do laboratório Lipoteca durante as Jornadas de Dermofarmácia que decorreram em Vigo.

De acordo com este especialista a cosmética aplicada à eliminação das rugas está a passar por um momento de “profissionalização” no qual “nos afastamos dos produtos milagrosos, com eficácia aleatória, para nos tornarmos mais profissionais”. Nos últimos anos, o sector dos produtos anti-rugas experienciou um duplo impulso que deu origem a um “boom” de produtos específicos para homens e à entrada no mercado cosmético do chamado “efeito botox”.

A partir do momento em a utilização da toxina do botulismo foi autorizada no âmbito estético, o botox tem vindo a revolucionar o sector. Para além disso, existem também no mercado variados produtos com qualidades similares que prometem a eliminação das rugas. Os cremes não são tão eficientes, nem tão dispendiosos quanto as injecções de botox, ainda assim, a sua utilização diária e constante provoca melhoras substanciais na pele do rosto.

COSMÉTICA MASCULINA. No caso dos produtos de cosmética para homens, José María Antón, revelou que este é um fenómeno crescente que surgiu há pouco mais de dois anos. Apesar de no mercado já existirem numerosas linhas de cosméticos, os homens optam por iniciar-se neste universo através de cremes hidratantes e revitalizantes, sendo mais renitentes em relação aos cremes anti-rugas ou para eliminar as olheiras. Apesar de serem compostos pelos mesmos princípios activos dos cremes que se dirigem às mulheres, a textura dos produtos masculinos é modificada e a sua oleosidade adaptada às especificidades do rosto dos homens.

Marta Bilro

Fonte: PMfarma, Ceres Televisión Salud

Hospital da Póvoa de Varzim sem berços

A unidade de Obstetrícia e Neonatologia do Hospital Distrital da Póvoa de Varzim, que desde Março de 2000 integra o Centro Hospitalar de Póvoa de Varzim/Vila do Conde, não dispõe de camas suficientes para os bebés que ali nascem. Por isso, a Liga dos Amigos do Hospital lançou uma campanha de solidariedade com vista à angariação de meios para a compra de 23 berços. Estima-se que a despesa ronde os nove mil euros.

Os cidadãos dos dois concelhos foram assim chamados a contribuir para a compra dos 23 berços, cujo custo unitário deverá ascender, de acordo com o presidente da liga de amigos da unidade hospitalar, a 320 euros. “Dar o melhor aos utentes e às suas famílias” é o lema do grupo de pessoas liderado por Manuel Fonte, que assim abraçou uma causa solidária que visa dotar o serviço de Obstetrícia e Neonatologia dos meios adequados às funções que exerce. Na unidade laboram 34 profissionais, distribuídos por médicos, enfermeiras e pessoal auxiliar, sendo a lotação possível de 18 camas em Obstetrícia, oito em Neonatologia e cinco no bloco de partos.
Sete anos após a junção dos hospitais de Vila do Conde e da Póvoa de Varzim, por despacho da então ministra da Saúde Manuela Arcanjo, as duas cidades aguardam a conclusão do novo hospital, que só deverá iniciar funções em 2011 ou 2012. Até lá, a caridade poderá ser a resposta mais breve para a manifesta falta de meios no centro hospitalar.

Carla Teixeira
Fontes: Póvoa Semanário, Ministério da Saúde e Centro Hospitalar

Pazopanib associado ao recuo do cancro do rim

Mais de um quarto dos doentes com cancro do rim em estado avançado que foram submetidos a um tratamento de 12 semanas com o fármaco Pazopanib, produzido e comercializado pelo laboratório GlaxoSmithKline, viu diminuir o seu tumor. Aquele medicamento, que em Novembro de 2005 tinha já demonstrado capacidade para prevenir o crescimento da doença, surge agora associado à sua diminuição.

Depois de, na sequência daqueles primeiros resultados, a multinacional britânica ter anunciado a intenção de avançar no desenvolvimento de um “programa clínico agressivo” de investigação naquela área, especialistas reunidos no 43º Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, que decorre em Chicago, apresentaram ontem dados que atestam uma evolução positiva da situação de 27 por cento dos doentes acompanhados durante 12 semanas, através da acção da droga que subtrai aos tumores as suas reservas de sangue.
Noutros 46 pacientes tratados com Pazopanib o cancro do rim estabilizou, dando à comunidade médica um sinal muito claro de que ainda há esperança no tratamento daquele tipo de neoplasias. O médico Thomas Hutson, do Baylor Sammons Cancer Center, em Dallas, que conduziu o estudo, considerou que “estes são resultados muito encorajadores. A elevada taxa de resposta positiva a que temos assistido no decurso desta investigação mostra uma clara actividade clínica sobre o cancro do rim em estado avançado ou com metástases”.

Carla Teixeira
Fonte: Agência Reuters

ALIMTA® útil no tratamento do cancro do pulmão

O medicamento ALIMTA® (pemetrexede injetável), fabricado e comercializado pela multinacional Eli Lilly and Company, mostrou utilidade adicional no tratamento do cancro do pulmão de não pequenas células, um dos mais diagnosticados em todo o mundo, e que representa 75 a 80 por cento de todos os carcinomas do pulmão. De acordo com os resultados de um estudo divulgado ontem, no âmbito do primeiro dia do 43º Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO, sigla para a American Society of Clinical Oncology), que está a decorrer em Chicago, há uma nova esperança para aqueles doentes oncológicos.

A investigação, levada a cabo por especialistas do Norwegian Lung Cancer Group, envolveu 446 pacientes que não desenvolveram qualquer resposta à quimioterapia, e teve como objectivo principal avaliar se a combinação do fármaco ALIMTA com a substância carboplatina produziria algum tipo de benefício aos pacientes, quer em termos de qualidade de vida, finalidade primacial do estudo, quer no que respeita à hipótese de um maior período de sobrevivência à patologia. Os resultados obtidos sugerem que um regime de primeira linha baseado em ALIMTA pode proporcionar um menor grau de toxicidade do que a terapia geralmente utilizada para um cancro do pulmão de não pequenas células em estado avançado.
De acordo com os especialistas responsáveis pelo estudo agora divulgado, dos 384 pacientes entretanto analisados quanto à toxicidade, houve menos utilizadores do ALIMTA a apresentar sintomas de trombocitopenia ou um nível baixo de plaquetas, leucopenia ou diminuição dos leucócitos no sangue, e granulocitopenia ou baixa do número de granulócitos no sangue, enquanto os doentes submetidos ao tratamento habitual receberam transfusões de plaquetas, sem que no entanto fosse observada qualquer diferença entre as duas terapias no que concerne a sobrevivência. O líder da equipa de investigadores, Bjorn Henning Gronberg, do Hospital Universitário de Saint Olavs, na Noruega, disse que “os pacientes acompanhados no âmbito deste estudo receberam, quer no grupo tratado com a fórmula habitual, quer o grupo que usou o fármaco da Eli Lilly and Company, um benefício assinalável na qualidade de vida”, parecendo que “os pacientes do grupo do ALIMTA também beneficiaram de um perfil de toxicidade mais baixo”.
Este estudo preliminar foi conduzido com vista a avaliar a eficácia e segurança da combinação de duas terapias como tratamento de primeira linha para o cancro do pulmão de não pequenas células. “Estamos satisfeitos por ver que o ALIMTA tem um efeito sinergista com os agentes de platina, como a carboplatina”, considerou o médico Richard Gaynor, vice-presidente e responsável pela plataforma de pesquisa sobre cancro e oncologia da Eli Lilly and Company. Combinado com a cisplatina, o ALIMTA é actualmente indicado para o tratamento de pacientes com mesotelioma maligno da pleura, impossível de operar ou que de outro modo não são candidatos à cirurgia curativa. Como agente único, o medicamento é indicado para tratar doentes com cancro de pulmão de não pequenas células em estado avançado local ou metastático, depois da quimioterapia.

Carla Teixeira
Fontes: PRNewswire e site da Eli Lilly and Company

Portugal não fiscaliza mercado de plantas medicinais

A fitoterapia é um tipo de medicina complementar, que tem por base os compostos das plantas. Actualmente, muitos são os produtos vendidos em supermercados e ervanárias que se apoiam nessa mesma base. Desde cosméticos a produtos alimentares e farmacêuticos, até detergentes, todos eles nos são apresentados como milagrosos. A publicidade afirma os seus benefícios, mas o facto é que em Portugal não existe qualquer tipo de controlo ou legislação, que regule este mercado.
Em 2011, Portugal será obrigado a transcrever para a legislação nacional a directiva comunitária, de 2004, sobre os medicamentos tradicionais à base de plantas. A directiva pretende garantir a segurança e eficácia de todos os medicamentos de fitoterapia, que se encontrem à venda no mercado.
De acordo com Rosa Seabra, da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, “não há duvida que as plantas têm compostos e que muitos deles têm uma acção benéfica para a saúde, não é por acaso que se fala na alimentação mediterrânica, mas é preciso conhecê-los bem, porque há os compostos vulgares, o pronto a vestir das plantas, e os raros, os Christian Dior”.
Dá como exemplos as flavonóides, que estão presentes em todos os legumes e verduras, “que não são tóxicos e inclusive existem medicamentos que os têm por base, como o Venex, para tratar casos leves de hemorróidas”. Por outro lado, existem compostos altamente tóxicos, mas fundamentais em termos medicinais, “como é o caso da cocaína, que vem da coca, e a morfina que vem da papoila do ópio”, sublinhou.
De acordo com a directiva europeia, estes medicamentos passarão a estar registados no Infarmed, "os que tenham indicações terapêuticas comprovadas cientificamente, terão que submeter o remédio a autorização", esclareceu Rosa Seabra.
Apesar de algumas capacidades terapêuticas terem já sido comprovadas, é preciso não esquecer que existem também desvantagens e efeitos secundários, decorrentes do uso destes medicamentos. Rosa Seabra aponta o exemplo do hipericão, um anti-depressivo natural, utilizado em situações ligeiras e médias. Contudo, “a determinada altura os alemães conseguiram perceber que esta planta tem também um efeito anti-retrovírico e fabricaram comprimidos (extractos de hipericão com álcool e água), o problema é que este composto activa uma enzima que acelera a metabolização de alguns medicamentos. Resultado, alguns doentes com sida tomavam, por exemplo, dois comprimidos químicos e também grandes doses de hipericão, a dose dos fármacos no sangue era igual a meio comprimido”, explicou a especialista.
Desde 1983 que a OMS investiga os compostos das plantas, apresentando monografias com normas para a sua aferição.

Inês de Matos

Fonte: Jornal de Noticias