quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer
Jantar solidário no Casino da Póvoa

A Associação Alzheimer Portugal assinala, a 21 deste mês, com um jantar e um baile de gala agendado para o Casino da Póvoa de Varzim, no Norte do País, o Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer. Trata-se de uma iniciativa que visa a angariação de donativos para a associação, reportando-se à sua missão de prestar apoio a portadores de demência e dos seus cuidadores.

Numa nota de agenda enviada ao farmacia.com.pt, a Associação Alzheimer Portugal refere, citando a sua presidente, Maria do Rosário Zincke dos Reis, que “é importante demarcar este dia de uma forma positiva, com esperança no desenvolvimento da ciência e com orgulho no trabalho diariamente desenvolvido por técnicos, cuidadores e pessoas com demência que não desistem de fazer valer o seu esforço na luta contra a doença e contra o estigma ainda a ela associado”. As inscrições para o jantar e baile, que terá um custo associado de 50 euros (jantar e donativo), estão abertas a todos os interessados, que deverão fazer as suas reservas através do telefone 960003410, contactando Daniel Martins.

Carla Teixeira
Fonte: Associação Alzheimer Portugal
Infarmed veicula alerta de entidade reguladora francesa
Próteses de esforço Microval 2D contrafeitas


O Conselho Directivo da Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde (Infarmed), por indicação do seu departamento de Dispositivos Médicos, acaba de emitir uma circular informativa destinada a divulgação junto do público em geral de um alerta inicialmente veiculado pela entidade reguladora do sector em França, à luz da qual terá sido detectada, no mercado egípcio, a existência de próteses de esforço contrafeitas da marca Microval.

De acordo com o exposto na nota emitida pelo Infarmed, que vem assinada por Luísa Carvalho, vice-presidente do seu conselho directivo, o problema terá sido diagnosticado pela própria empresa fabricante dos equipamentos, que estará neste momento a fazer uma recolha de elementos com vista a poder divulgar a situação junto da sua rede de distribuição. Em Portugal, de acordo com a entidade reguladora nacional, está também em marcha o processo de averiguação da eventual presença de próteses contrafeitas da marca Microval, e embora pela informação existente não haja evidência da entrada daquele produto contrafeito no mercado europeu, o Infarmed ressalva que, em virtude da livre circulação de bens e mercadorias poder-se-á ter dado uma introdução irregular daquelas próteses em países da Europa, e concretamente em Portugal.
A Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde exorta assim quem eventualmente encontrar aquele tipo de produtos à venda em Portugal a contactar de imediato o seu departamento de dispositivos médicos. Para reconhecer as próteses da Microval efectivamente contrafeitas convém saber que a referência 411515 não faz parte da gama 2D da Microval, que o lote de esterilização 010405E corresponde a um número real, mas a data limite de utilização 2010/05 não é a correcta, que deveria ser 2006/03, que o número de série MC090325 é real, mas associado a outra prótese 2D de reforço, e que o autocolante indicador de esterilidade aplicado na rotulagem foi substituído por uma simples bola verde impressa.

Carla Teixeira
Fonte: Infarmed

CEL promove conferências sobre cancro e doenças infecciosas

Instituto Gulbenkian de Ciência e Universidade de Lisboa recebem especialistas internacionais

Matti Hakama, professor de epidemiologia da Universidade de Tampere, na Finlândia, e um dos mais conceituados investigadores em epidemiologia do cancro vai estar em Portugal para falar da doença e das várias questões que a envolvem. A conferência, que se realiza segunda-feira (10 de Setembro), às 17 horas, no Instituto Gulbenkian de Ciência, em Oeiras, marca o primeiro dia da apresentação do Consórcio de Epidemiologia de Lisboa (CEL).

No mesmo âmbito, o Complexo Interdisciplinar da Universidade de Lisboa recebe, terça-feira, (11 de Setembro), às 17 horas, Graham Medley, da Universidade de Warwick, no Reino Unido. O especialista, cujos trabalhos publicados contribuíram para o planeamento de medidas de combate ao HIV e à BSE no Reino Unido, vai proferir uma conferência dedicada ao tema dos modelos matemáticos na compreensão das doenças infecciosas e o seu impacto na saúde pública.

Dedicado à investigação epidemiológica e à formação avançada, o CEL nasceu de uma joit venture entre a Universidade de Lisboa e o Instituto Gulbenkian da Ciência. É uma rede multidisciplinar que congrega especialistas internacionais em áreas como a epidemiologia matemática, a biologia evolutiva, a informática biomédica, a física estatística, a epidemiologia clínica ou os sistemas dinâmicos.

Entre as unidades de investigação que integram este consórcio estão o Centro de Matemática e Aplicações Fundamentais, o Instituto de Medicina Molecular, o Instituto de Ciências Sociais, o Centro de Física Teórica e Computacional, o Centro de Estatística Aplicada e o Instituto Gulbenkian de Ciência.

Marta Bilro

Fonte: Ciência na Internet, http://cel.igc.gulbenkian.pt/.

Corantes alimentares fomentam hiperactividade nas crianças

Os corantes e aditivos alimentares contribuem para aumentar o nível de hiperactividade nas crianças. A conclusão resulta de um estudo da Universidade de Southampton, no Reino Unido, publicado na edição online da revista médica “Lancet”.

Num ensaio clínico em que algumas crianças tomaram um cocktail com aditivos alimentares geralmente presentes na alimentação e outras apenas um simples sumo de fruta, os investigadores observaram que este tipo de produtos produz um efeito de hiperactividade nas crianças. “Demonstrámos um efeito desfavorável dos aditivos alimentares sobre o comportamento hiperactivo das crianças de 3 anos e de 8-9 anos», referem os cientistas.

O estudo, realizado a pedido da agência para a segurança alimentar britânica, a Food Standard Agency, confirma resultados obtidos em trabalhos anteriores que analisaram as crianças que sofrem de perturbações da hiperactividade.

Os investigadores acreditam que os efeitos desfavoráveis produzidos por este tipo de produtos, acrescentados aos alimentos para melhorar a sua conservação, gosto e aspecto, ou alterar a cor, “não são apenas constatados em crianças com hiperactividade, mas também podem ser constatados na população em geral”.

O estudo, que envolveu 153 crianças de três anos e 144 crianças entre os oito e os nove anos de idade, analisou a actuação de aditivos que continham o conservante benzoato de sódio (referenciado como E211 na União Europeia) e diferentes corantes alimentares: cor de laranja amarelado (E110), carmim (E122), cor de vinho (E102), cor de papoila 4R (E124), amarelo quinoleína (E104) e allura red AC (E129).

A hiperactividade é uma problemática a que se associam dificuldades na aprendizagem e na adaptação do indivíduo ao meio nos seus primeiros anos de vida e que, na maioria dos casos, se prolonga pela vida adulta. É uma perturbação do desenvolvimento que afecta o comportamento, a atenção e o autocontrolo. Estima-se que cerca de 4 a 8 por cento das crianças em idade escolar apresentam critérios de diagnóstico para hiperactividade com défice de atenção. Calcula-se também que em aproximadamente 50 por cento destas crianças tais sintomas persistem na vida adulta.

Marta Bilro

Fonte: Diário Digital, Lusa, Médicos de Portugal.

Próteses de reforço contrafeitas à venda no mercado egípcio

Infarmed diz que não há indicações da presença do produto em Portugal

Há próteses de reforço contrafeitas da marca MICROVAL 2D a circularem no mercado egípcio. O alerta é dado pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), que teve conhecimento da situação através de informação disponibilizada pela autoridade competente francesa. Até ao momento, não há indicações da presença deste produto em Portugal, no entanto, o Infarmed admite a hipótese do mesmo ter chegado ao mercado nacional por vias paralelas.

De acordo com uma circular informativa divulgada pelo Infarmed esta quinta-feira (6 de Setembro), a situação foi detectada pelo próprio fabricante francês, MICROVAL, que está a reunir todos os elementos para poder efectuar uma divulgação através da sua rede de distribuição.

O Infarmed entrou já em contacto com o distribuidor que deverá adoptar medidas para verificação da possível existência destes produtos contrafeitos junto dos seus clientes. Conforme refere a nota emitida, não há evidência da introdução deste produto contrafeito no mercado Europeu. Porém, a livre circulação de dispositivos médicos no Espaço Económico Europeu e a eventual importação por vias paralelas poderão ter colocado ilegalmente os produtos no mercado português.

Nessa eventualidade, o Infarmed divulgou uma lista de características que permitem identificar os produtos contrafeitos. Caso sejam detectados no mercado a situação deve ser de imediato comunicada ao Departamento de Dispositivos Médicos do Infarmed.

Os produtos contrafeitos são identificados com a referência número 411515, designação que não existe na gama 2D MICROVAL; o nº de lote da esterilização 010405E é um número real mas a data limite de utilização 2010-05 não é a correspondente (a correcta deveria ser 2006-03); o Número de Série MC090325 é um número real mas associado a outra prótese 2D de reforço; e o autocolante indicador de esterilidade aplicado na rotulagem está substituído por uma simples bola verde impressa.

Marta Bilro

Fonte: Infarmed.

Ventana adquire Spring BioScience

A Ventana Medical Systems adquiriu a Spring BioScience Corp. por 21,1 milhões de euros, um negócio que deverá impulsionar os lucros da empresa em 2008 e 2009.

A compra da Spring BioScience, que desenvolve e fornece anticorpos monoclonais derivados de coelhos, permitirá à Ventana expandir a sua influência no sector da medicina personalizada, um ramo em crescente ascensão que prevê a adaptação dos tratamentos a cada paciente baseando-se nas especificidades genéticas.

De acordo com o director de operações financeiras da empresa, Larry Mehren, o negócio começou a ser preparado há cerca de um ano, na sequência de uma tentativa falhada de adquirir uma outra empresa especializada no desenvolvimento de anticorpos.

A Ventana está a ser alvo de uma oferta pública de aquisição por parte da Roche, que oferece 2,2 mil milhões de euros pelas acções da empresa norte-americana especializada em histopatologia. Porém, a operação foi considerada hostil. Em declarações à Reuters, Mehren escusou-se a comentar a proposta da farmacêutica suíça, mas salientou que foram apenas postas à disposição 13.430 acções desde o dia 23 de Agosto, o prazo estabelecido pela Roche para a concretização da oferta que foi posteriormente prolongado até 20 de Setembro. Para garantir o sucesso da operação a Roche precisa de obter 18 milhões de acções.

Alex Morozov, analista da Monrningstar, não acredita que a aquisição da Spring BioScience possa beneficiar ou prejudicar as perspectivas da Roche. De acordo com Morozov, esta é uma forma da Ventana demonstrar que continua a operar de acordo com a normalidade, como que fazendo um apelo para que a proposta da Roche seja ignorada.

Marta Bilro

Fonte: Reuters.

Antidepressivo vilazodona apresenta resultados positivos em Fase III

A Clinical Data Inc. anunciou que o fármaco experimental vilazodona demonstrou reduzir os sintomas de depressão durante o ensaio clínico. Na Fase III do estudo, o fármaco atingiu os “endpoints” primário e secundário, além de que o perfil de segurança do fármaco, que é tanto um inibidor selectivo de recaptação da serotonina como um agonista parcial dos 5HT1A (receptores de serotonina), parece ser semelhante aos inibidores selectivos de recaptação da serotonina (ISRS) que são comercializados actualmente.

No estudo, 410 adultos com perturbação depressiva grave foram randomizados para receber vilazodona ou placebo. Os dados demonstraram que o fármaco reduziu os sintomas de depressão em duas escalas diferentes de classificação nos pacientes que tomaram vilazodona, em relação ao grupo do placebo. A companhia também adiantou que o estudo identificou biomarcadores que poderão ser utilizados para prever se os pacientes individuais irão responder ou não ao tratamento.

O vilazodona, o único que actua de duas formas, enquanto que outros fármacos só têm uma abordagem, caso seja aprovado, pode competir no mercado com o Paxil, Prozac e outros tratamentos semelhantes. Um dos mecanismos do vilazodona opera ao aumentar os níveis de serotonina, enquanto que o outro, o agonista parcial dos 5HT1A, actua na questão da ansiedade e em pacientes deprimidos que não obtêm resultados com as terapias tradicionais.

A Clinical Data adquiriu os direitos do vilazodona à Merck KGaA em Setembro de 2004 e irá considerar a possibilidade de encontrar um parceiro para comercializar o fármaco em conjunto. Este estudo foi a terceira de três fases normalmente necessárias para a FDA considerar a candidatura para aprovação. A companhia planeia submeter uma candidatura para o registo de um novo medicamento à FDA em 2009.

O “Surgeon General’s Office” estima que 5,3 por cento dos americanos adultos, aproximadamente 17 milhões de pessoas, sofrem de doença depressiva. De acordo com estimativas, os antidepressivos geraram vendas de mais de 12 mil milhões de dólares em 2006, nos Estados Unidos.

Isabel Marques

Fontes: First Word, Bloomberg, www.clda.com

União das Misericórdias desaprova novo regime da propriedade das farmácias

Responsáveis alegam que documento é inconstitucional

A União das Misericórdias tem dúvidas quanto ao novo decreto-lei da propriedade das farmácias e pretende pedir ao Presidente da República para avaliar a constitucionalidade do mesmo. As novas directrizes legais obrigam as farmácias das Misericórdias a transformarem-se em sociedades comerciais, de forma a garantir a igualdade fiscal com as demais farmácias.

«Consideramos que o diploma viola o artigo 65 da Constituição porque não respeita o sector social», afirmou Lusa Rui Rebelo, da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), em declarações à agência Lusa.

Com a aprovação do novo decreto-lei, que entra em vigor a partir de 30 de Outubro, a propriedade das farmácias deixa de estar limitada exclusivamente a farmacêuticos, passando a estar também reservada a pessoas singulares e a sociedades comerciais, numa concentração máxima de quatro estabelecimentos. As instituições particulares de solidariedade social que detêm farmácias ficam obrigadas a constituir-se em sociedades comerciais, dispondo de um prazo de cinco anos para a alteração do tipo de propriedade das unidades já existentes.

“É uma medida de grande insensibilidade social. Nós temos uma característica de gestão diferente da do sector privado. Não temos lucros ou dividendos para distribuir pelos sócios. Tudo o que conseguimos de resultados sociais positivos reinvestimos em acção social, nomeadamente em hospitais”, justificou Rui Rebelo.

O que não pode acontecer, considera a União das Misericórdias, é a equiparação, em termos de regime fiscal, destas entidades com o sector privado, obrigando-as ao pagamento de impostos. “Isto não é constitucional nem é justo. E obviamente nós não fazemos concorrência desleal, uma vez que praticamos os mesmos preços que as farmácias do sector privado”, acrescentou Rui Rebelo.

Os responsáveis não estão dispostos a transformarem em sociedades comerciais as 35 farmácias que actualmente detêm. Nesse sentido, vai ser solicitada uma audiência à comissão parlamentar de Saúde e Finanças e será escrita uma petição para sensibilizar o Presidente da República para esta questão, que esperam enviar na próxima semana.

Marta Bilro

Fonte: Diário Digital, Lusa, Farmacia.com.pt.

Desodorizantes antitranspirantes propiciam cancro da mama, diz estudo

Não são completamente novas as suspeitas de uma possível ligação entre alguns dos químicos presentes na composição dos antitranspirantes e o desenvolvimento de cancro da mama. Um estudo publicado no “Journal of Inorganic Biochemistry” vem agora afirmar que uso frequente de desodorizante com efeito antitranspirante pode propiciar o aparecimento da doença.

A investigação, realizada por cientistas da “Keele University”, no Reino Unido, baseou-se na análise de 17 mulheres que tinham sido submetidas a uma Mastectomia no Wythenshawe Hospital, na localidade inglesa de Manchester. A observação permitiu-lhes detectar, nos tecidos mamários dessas mulheres, elevados níveis de alumínio, substância que compõe 90 por cento dos agentes antitranspirantes da maioria dos desodorizantes.

De acordo com os investigadores, as maiores concentrações de alumínio, substância que já tinha sido relacionada ao cancro da mama em estudos anteriores, encontravam-se na zona do peito próxima às axilas, na qual, geralmente, se aplica este tipo de produtos e onde se detectam a maioria de tumores deste tipo.

Apesar de admitir as limitações do estudo devido ao reduzido número de participantes, Chris Exley, responsável pela investigação, considera que “os dados que mostram uma maior concentração de alumínio na região próxima às axilas são estatisticamente significantes”. Os resultados não podem ter sido fruto do acaso, garante o cientista, até porque “a maior concentração de alumínio na parte exterior da mama pode ser explicada pela proximidade desta região à axila, onde se costuma aplicar a maior parte das substâncias antitranspirantes”.

Para além disso, há estudos anteriores que indicam uma permeabilidade da pele face a este elemento, lembra Exley. Apesar de não terem ainda conseguido estabelecer totalmente a relação entre a utilização do antitranspirante e o aparecimento de cancro da mama, os cientistas estão a analisar a hipótese do tecido que já envolveu o tumor servir de porta de entrada para o alumínio, originando a alta concentração desta substância.

Marta Bilro

Fonte: Saúde na Internet.

Mistura de células humanas e animais com fins terapêuticos
Reino Unido autoriza embriões híbridos


A medida é polémica do ponto de vista científico, e no plano religioso já foi classificada pelo Vaticano como “monstruosa”. Dias depois de um grupo de especialistas britânicos em células-tronco ter avisado que o Reino Unido poderá perder o seu pioneirismo nesta área se o governo não autorizar a criação de embriões híbridos de animais e humanos, os reguladores anunciaram que provavelmente decidirão a favor daquele procedimento.

A Autoridade Britânica de Fertilidade Humana e Embriologia anunciou, na última quarta-feira, que “em princípio” dará a sua aprovação à polémica intenção do desenvolvimento de embriões híbridos, a partir da integração de ADN humano em óvulos de animais, com o objectivo de investigar aspectos ligados a patologias como Alzheimer ou Parkinson. A medida visa colmatar uma grave lacuna em termos de ovócitos humanos destinados à clonagem de embriões com fins terapêuticos, prática que já é permitida no Reino Unido, ao contrário do que ainda acontece na generalidade dos países europeus e do mundo. A ser autorizada a medida, os embriões híbridos terão 99,9 por cento de material genético humano e apenas 0,01 por cento de origem animal, e todas as experiências com aquele ADN terão de ser previamente autorizadas.
Os pedidos para a utilização daquelas células remontam a Novembro de 2006, e foram apresentados por grupos de cientistas do King’s College de Londres e da Universidade de NewCastle. Dizem respeito a óvulos de coelha ou vaca, “esvaziados” de quase toda a informação genética original, nos quais serão implantados núcleos com ADN de vários tipos de células humanas. Os investigadores pretendem extrair células embrionárias que lhes permitirão um combate mais eficaz contra algumas doenças neurodegenerativas e lesões graves da espinal-medula. A decisão oficial relativa a este polémico tema deverá ser tomada nos próximos dias, devendo depois passar pelo parlamento inglês onde, até final do ano, será legislada. Segundo a autoridade que regula as questões da bioética no Reino Unido a maioria dos especialistas consultados mostrou-se “favorável à criação de embriões híbridos citoplásmicos”.
A Santa Fé foi a primeira instância da esfera não política ou científica a reagir à notícia, considerando que, a confirmar-se a decisão de autorização do Reino Unido, estar-se-á a dar corpo a um “acto monstruoso”. Monsenhor Elio Sgreccia, presidente da Academia Pontifical para a Vida no Vaticano, frisou, em declarações à Rádio Vaticano, que “é um acto monstruoso que atenta contra a dignidade humana”, exortando nessa medida a comunidade científica a “mobilizar-se o mais rapidamente possível. Acreditamos que o governo britânico cedeu diante dos pedidos imorais de um grupo de cientistas”, vincou.

Carla Teixeira
Fonte: Ciência Hoje, RTP, AFP, Radio Vaticano, Globo Online
Para tratar infecções hospitalares potencialmente fatais
Cubicin aprovado na Europa


A companhia farmacêutica suíça Novartis obteve resposta positiva da Agência Europeia do Medicamento para expandir a utilização do Cubicin (daptomycin) no apoio a doentes que sofram de dois tipos de infecções bacterianas potencialmente fatais desenvolvidas normalmente em ambiente hospitalar, incluindo a infecção causada pelo staphylococcus aureus resistente à meticilina (SARM ou MRSA, sigla inglesa para “methicillin-resistant staphylococcus aureus”).

As duas novas indicações terapêuticas para administração do Cubicin são a endocardite infecciosa resultante da acção do staphylococcus aureus, que se localiza na válvula do coração, e a infecção bacteriana do sistema sanguíneo. De acordo com a Novartis, se a infecção não for tratada rápida e adequadamente, cerca de um terço dos doentes acaba por morrer, mas a gradual capacidade de resistência aos actuais métodos terapêuticos tem transformado este tipo de infecções num problema cada vez mais grave em termos de saúde pública.

Carla Teixeira
Fonte: Novartis Media Relations, Wikipedia
Medicamento para tratamento de problemas cardiovasculares
FDA aprova primeira versão genérica do Coreg

A Food and Drug Administration (FDA), entidade reguladora do sector do medicamento nos Estados Unidos, aprovou o desenvolvimento da primeira versão genérica do Coreg (carvedilol), um medicamento de ampla utilização no tratamento da pressão sanguínea elevada, do risco cardiovascular moderado a severo e da disfunção ventricular comum após uma síncope cardíaca.

Num comunicado publicado na sua página online, a FDA refere que “os medicamentos genéricos são seguros e eficazes”, porque “resultam de um rigoroso processo científico e regulamentar”. Citado no documento, o director do departamento de medicamentos genéricos da agência reguladora norte-americana, Gary J. Buehler, atesta que aqueles fármacos “usam as mesmas substâncias activas utilizadas no desenvolvimento dos medicamentos de marca e actuam da mesma maneira, oferecendo uma alternativa aos doentes no que toca à escolha dos produtos com que podem ser tratados”.
Ainda de acordo com a nota, as placas de comprimidos de carvediol – que hoje existem nas versões de 3,125mg, 6,25mg, 12,5mg e 25mg – são desenvolvidas por diversas companhias do sector farmacêutico norte-americano, tendo agora sido dada autorização a outras empresas, a saber: Actavis Elizabeth LLC, Apotex Inc., Aurobindo Pharma Limited, Caraco Pharmaceutical Laboratories Limited, Dr. Reddy’s Laboratories, Glenmark Pharmaceuticals Limited, Lupin Limited, Mylan Pharmaceuticals Inc., Ranbaxy Laboratories Ltd., Sandoz Inc., Taro Pharmaceutical Industries Ltd., Teva Pharmaceuticals USA, Watson Laboratories Inc. e Zydus Pharmaceuticals USA Inc.

Carla Teixeira
Fonte: FDA

Fumadores de tabaco de enrolar correm maior risco de sofrer de cancro do pulmão

Um novo estudo norueguês, apresentado na Conferência Mundial sobre Cancro do Pulmão em Seul, concluiu que os fumadores de tabaco de enrolar correm um maior risco de vir a desenvolver cancro do pulmão, do que os fumadores de cigarros industrializados. Este tipo de cigarros tende a ter menos tabaco, mas tem uma quantidade maior de nicotina e alcatrão porque são enrolados sem filtro, dai que a maior incidência de cancro do pulmão tenha sido registada em consumidores deste tabaco.

Na Noruega as vendas de tabaco de enrolar correspondem a um terço do tabaco comercializado no país, sendo ainda um dos poucos países ocidentais onde o seu consumo continua elevado.

O estudo, dirigido por Heidi Rolke, do Hospital Sorlandet na Noruega, baseou-se na observação de 333 indivíduos com cancro do pulmão e concluiu que os fumadores de cigarros enrolados à mão “consomem menos cigarros e estatisticamente fumam há menos anos”. Contudo o alto grau cancerígeno destes cigarros “resulta numa maior incidência do desenvolvimento de cancro do pulmão”, garante Rolke.

Mais de 80 por cento dos indivíduos participantes da análise eram fumadores de tabaco de enrolar. Para Jonathan Samet, da Escola de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins, estes resultados só podem ser equiparados às descobertas documentadas entre mulheres hispânicas, no sudoeste dos EUA, que tendem a enrolar à mão seus cigarros e por isso contam também com uma elevada taxa de incidência da doença.

O cancro do pulmão é um dos cancros mais comuns no mundo, matando 1,3 milhões de pessoas por ano. Na Ásia, morrem mais de 570 mil pessoas por ano, uma a cada minuto.


Inês de Matos

Fonte: Sol

Bayer retira acções da bolsa de Nova Iorque

A farmacêutica alemã Bayer vai deixar de negociar as suas acções na bolsa de Nova Iorque. A decisão, anunciada à imprensa esta quarta-feira (5 de Setembro), deverá concretizar-se já no final do mês de Setembro ou no início de Outubro e tem como principal objectivo a redução de custos.

Conforme foi divulgado, a empresa deverá solicitar a retirada da cotação das suas acções depositárias no Dow Jones, bem como a respectiva inscrição. A Bayer espera assim poder economizar 15 milhões de euros por ano.

O director financeiro da farmacêutica, Klaus Kühn, veio a público afirmar que “a Bayer preservará a transparência nas suas informações e cumprirá as exigências dos investidores internacionais”. De acordo com a empresa, os accionistas norte-americanos podem manter-se na posse dos seus títulos que futuramente poderão transaccionar fora da bolsa de valores.

Marta Bilro

Fonte: Último Segundo.