quinta-feira, 2 de abril de 2009

Meningite: nova vacina disponível em breve

A nova vacina contra a Doença Pneumocócica Invasiva (DPI) vai estar disponível em Portugal a partir de 9 de Abril. Portugal será o primeiro país europeu onde a vacina é lançada.

Chama-se Synflorix e pertence aos laboratórios da GlaxoSmithKline. A nova vacina pneumocócica pediátrica obteve esta semana a autorização da Agência Europeia do Medicamento (EMEA) e é, dia 03 de Abril, apresentada no Porto.

A vacina propõe-se a actuar contra doenças potencialmente fatais como a meningite e a pneumonia bacteriémica, bem como contra infecções do ouvido médio.

De acordo com um comunicado da GSK, a Synflorix "está indicada para a imunização activa contra a doença invasiva e a otite média aguda (OMA) causadas por Streptococcus Pneumoniae em bebés e crianças com idades compreendidas entre as seis semanas e os dois anos de idade e será comercializada a um preço de cerca de 70 euros (cada doze)".

A GSK informa ainda que a nova vacina, que protege contra 10 serotipos da DPI, "irá proporcionar uma cobertura contra três das principais estirpes pneumocócicas (serotipos 1, 5 e 7F) além dos sete serotipos (4, 6B, 9V, 14, 18C, 19F, 23F) que tem em comum com a vacina existente (Prevenar)".

Na Europa, cerca de um em cada três casos de doença pneumocócica em crianças pequenas não era prevenido, uma vez que, estas doenças são causadas por serotipos bacterianos não abrangidos pela vacina pneumocócica conjugada actualmente disponível no mercado (Prevenar).

Segundo a nota de imprensa, os especialistas em Pediatria consideram que estão criadas as condições para que a ministra da Saúde, em conjunto com a Comissão Técnica de Vacinação, decida inclui-la no Plano Nacional de Vacinação, dando assim "igualdade de oportunidades a todas as famílias".

Raquel Garcez

Fonte: Comunicado GSK

Comprimido múltiplo pode ajudar a combater doenças cardiovasculares

Investigadores canadianos anunciaram a criação de um comprimido que combina cinco medicamentos, entre eles fármacos para a pressão sanguínea, aspirina e ácido fólico, para minimizar os ataques cardíacos, tendo demonstrado reduzir para metade os problemas cardiovasculares.

O Dr. Koon Teo, da Universidade McMaster, em Hamilton, no Ontário, referiu que este comprimido múltiplo poderá ajudar a reduzir os eventos cardiovasculares em mais de 80 por cento nas pessoas saudáveis.

Num ensaio em 50 centros na Índia, 2053 pessoas sem doença cardiovascular, com idades entre os 45 e os 80 anos e com um factor de risco, como a obesidade, pressão sanguínea alta ou mau colesterol, receberam aleatoriamente este policomprimido. O comprimido era composto por doses reduzidas de diversos fármacos: 12,5 miligramas (mg) de tiazida, 50 mg de atenolol, 5 mg de ramipril, 20 mg de sinvastatina e 100 mg de aspirina por dia.

Os participantes foram distribuídos por oito grupos, cada um com cerca de 200 indivíduos, tendo cada grupo recebido aspirina isoladamente, sinvastatina isoladamente, hidroclorotiazida isoladamente, três combinações de dois fármacos para baixar a pressão sanguínea, três fármacos para baixar a pressão sanguínea isoladamente ou três fármacos para baixar a pressão sanguínea mais aspirina.

As descobertas publicadas na “The Lancet” revelaram que, comparativamente com os grupos que não receberam fármacos para baixar a pressão sanguínea, o policomprimido reduziu a pressão sanguínea sistólica em 7,4 mm Hg e a diastólica em 5,6 mm Hg, o que foi semelhante à utilização de três fármacos para baixar a pressão sanguínea, com ou sem aspirina.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/03/31/Polypill_combines_heart_medications/UPI-41661238476126/
http://ecodiario.eleconomista.es/salud/noticias/1134070/03/09/Anuncian-una-pildora-milagrosa-contra-las-enfermedades-cardiovasculares.html

Diabéticos podem precisar de mais cálcio juntamente com fibras

Um pequeno estudo sugere que as pessoas com diabetes tipo 2 que estão a tentar aumentar o consumo de fibras podem ter de prestar mais atenção também à ingestão de cálcio.

Os investigadores observaram que, quando 13 diabéticos duplicaram a ingestão de fibras, os participantes começaram a excretar menos cálcio através da urina, um sinal de que a absorção de cálcio pelo organismo diminuiu.

Sabe-se que as fibras ajudam a reduzir o colesterol, a melhorar o controlo do açúcar no sangue e a manter a regularidade intestinal, sendo que os adultos são aconselhados a consumir aproximadamente 25 gramas ou mais por dia.

Contudo, os investigadores relataram na “Diabetes Care” que estas últimas descobertas sugerem que uma pior absorção de cálcio pode ser o resultado do aumento do consumo de fibras.

O investigador principal, o Dr. Abhimanyu Garg, do Centro Médico Southwestern, da Universidade do Texas, em Dallas, referiu que, como mais cálcio equivale a uma melhor saúde óssea, os investigadores recomendam que as pessoas a seguir dietas ricas em fibras consultem o seu médico sobre aumentar também a ingestão de cálcio, de modo a retirarem o maior beneficio de ambos.

O investigador acrescentou que é importante consultar primeiro um médico ou nutricionista, porque o cálcio em excesso pode provocar pedras nos rins.

As descobertas basearam-se no estudo de 13 adultos de meia-idade e mais velhos com diabetes tipo 2, que consumiam 50 gramas de fibras por dia durante seis meses, seguidos por 24 gramas por da durante mais seis meses.

De acordo com a Reuters Health, a equipa de investigadores descobriu que, quando os pacientes consumiam a dieta mais elevada em fibras, a excreção de cálcio diminuía. Alguns estudos têm sugerido que as fibras alimentares se ligam a determinados minerais, formando “complexos” que não podem ser absorvidos.

O Dr. Garg sugere que as pessoas tentem ingerir alimentos que fornecem tanto fibras como cálcio, tais como espinafres, brócolos, figos, papaia, feijões e alcachofras.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/04/01/eline/links/20090401elin002.html

Oxicodona pode ajudar a aliviar dores agudas do herpes zoster

Investigadores norte-americanos referiram que o analgésico oxicodona é efectivo a aliviar o desconforto agudo do herpes zoster, uma doença que frequentemente provoca agonia nas pessoas que sofrem dela.

O estudo, publicado na revista científica “Pain”, avaliou diferentes métodos de aliviar a dor durante um episódio de herpes zoster, uma infecção que produz erupções cutâneas muito dolorosas, constituídas por bolhas (vesículas) cheias de líquido, que muitos pacientes referiram ser a pior que alguma vez experienciaram.

O investigador principal, o Dr. Robert Dworkin, do Centro Médico da Universidade de Rochester, e colegas estudaram 87 pacientes com herpes zoster em Rochester e Houston. Os participantes foram divididos em três grupos e receberam oxicodona, gabapentina ou placebo.

Os pacientes, cuja média de idades era de 66 anos, sofriam de dor moderada a grave. Todos os pacientes também receberam medicação anti-viral, que é o tratamento standard para os pacientes com esta infecção.

De acordo com a United Press International, os investigadores referiram que os pacientes que receberam oxicodona tinham duas vezes mais probabilidade de experienciar uma redução significativa da dor, pelo menos, uma diminuição de 30 por cento, em comparação com os pacientes que tomaram placebo.

Embora a medicação tenha sido efectiva, cerca de um terço dos participantes saiu do estudo, principalmente devido a problemas de obstipação.

O Dr. Dworkin revelou que os investigadores ficaram surpreendidos com o facto da gabapentina não ter parecido útil no tratamento da dor.

O herpes zoster é causado pela reactivação do vírus da varicela (vírus varicela-zoster) em latência. A infecção inicial pelo vírus varicela-zoster, que pode adoptar a forma de varicela, termina com a penetração dos vírus nos gânglios (uma aglomeração de células nervosas) dos nervos espinhais ou cranianos, permanecendo ali em estado latente. O herpes zoster fica sempre limitado à distribuição cutânea da raiz ou raízes nervosas afectadas (dermatomas).

O vírus do herpes zoster pode não voltar a produzir sintomas ou então só reactivar-se muitos anos depois. Se isso ocorrer, reproduz-se a doença. Por vezes, tem lugar quando a imunidade do organismo diminui em virtude de outra perturbação, como a SIDA ou a doença de Hodgkin, ou por medicações que debilitem o sistema imunitário. Na maioria dos casos desconhece-se a causa da reactivação.

O aparecimento do herpes zoster nem sempre significa que exista alguma doença grave subjacente. Pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais frequente depois dos 50 anos.

Isabel Marques

www.upi.com/Health_News/2009/03/31/Oxycodone_may_ease_acute_pain_of_shingles/UPI-77051238557610/
www.manualmerck.net/?url=/artigos/%3Fid%3D212%26cn%3D1795