segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Alzheimer: primeira patente europeia para vacina terapêutica

A empresa de biotecnologia, Biotech Araclon, recebeu sua primeira patente europeia para uma vacina terapêutica para a doença de Alzheimer. A empresa pretende começar a regulamentar a vacina ao longo deste ano, para iniciar os ensaios clínicos em seres humanos, no final 2010.

Segundo o relatório da Biotech Araclon, "depois de desenvolver e patentear uma série de anticorpos, alcançamos uma vacina que já conseguiu resultados promissores em modelos animais, principalmente em cães."

As conclusões relativas à toxicidade e eficácia em modelos animais geraram grandes expectativas à empresa face a este projecto ambicioso.

A empresa tem, actualmente, mais de trinta registos de patentes internacionais e após conquistar o mercado europeu, tem como alvo os Estados Unidos.

Raquel Pacheco


Fonte: http://espana.pmfarma.com/noticias/noti.asp?ref=9825

Cancro da Próstata: CE aprova Firmagon

A Comissão Europeia aprovou a comercialização do Firmagon (degarelix) indicado para doentes com cancro de próstata avançado, anunciou a Ferring Pharmaceuticals.

De acordo com o site PMFarma, durante o estudo da fase III, ficou comprovado que o medicamento - um antagonista dos receptores GnRH - produziu uma redução rápida e significativa nos níveis de testosterona em 96% dos doentes.

A testosterona tem um papel importante no crescimento e propagação do cancro de próstata.

Raquel Garcez

Fonte: http://espana.pmfarma.com/noticias/noti.asp?ref=9833

Cirrose do fígado pode também danificar cérebro e coração

Um novo estudo descobriu que a inflamação acrescida provocada pela cirrose do fígado pode levar as pessoas com esta doença a desenvolverem também problemas neurológicos, cognitivos e de ritmo cardíaco.

A cirrose do fígado, que mata 25 mil pessoas nos Estados Unidos e 2 mil em Portugal todos os anos, é frequentemente um resultado do consumo excessivo de bebidas alcoólicas ou da hepatite C. Esta doença afecta o fígado e surge devido ao processo crónico e progressivo de inflamações.

A doença ocorre quando o fígado é danificado e não consegue filtrar as toxinas convenientemente. As pessoas que sofrem de cirrose tendem a ter problemas relacionados com o coração e uma doença conhecida como encefalopatia hepática, que ocorre quando quantidades cada vez maiores de toxinas não filtradas atingem o cérebro, deteriorando a função cerebral. A encefalopatia hepática pode afectar tanto a performance física como a mental.

De acordo com os investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade College London e do Hospital Royal Free, em Londres, todas as três doenças estão relacionadas com o aumento da inflamação sistémica.

Num estudo com pessoas com cirrose, publicado na “American Journal of Physiology-Gastrointestinal and Liver Physiology”, a equipa de investigadores descobriu fortes ligações entre os problemas dos batimentos cardíacos e a encefalopatia hepática. O nível de citocinas inflamatórias (moléculas que activam a resposta do organismo à inflamação) de uma pessoa aumentou à medida que a incapacidade cognitiva ampliou e a variabilidade na frequência cardíaca diminuiu.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_80601.html
ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=338817&headline=98&visual=25&tema=37

Fármaco anti-enjoo pode ajudar a aliviar sintomas de abstinência de opióides

O tratamento com o fármaco ondansetrom contra os enjoos pode ajudar a diminuir os sintomas de abstinência das pessoas dependentes de morfina, oxicodona e outros fármacos opióides.

O Dr. J. David Clark, da Universidade de Stanford, em Palo Alto, na Califórnia, e colegas estudaram se o ondansetrom (um fármaco normalmente utilizado para tratar as náuseas e vómitos causados pela quimioterapia) poderia aliviar os sintomas de abstinência associada aos opiáceos em ratos e humanos.

Os investigadores explicaram que uma das dimensões da dependência é a física, sendo que esta pode ser modelada em ratos.

Os investigadores trataram um grupo de ratos durante quatro dias com doses cada vez mais elevadas de morfina. Posteriormente, os ratos receberam naxolona (um fármaco antagonista dos opiáceos) e os investigadores contabilizaram as vezes que os animais saltaram em 15 minutos, como medida da dependência física.

Os resultados, publicados na “Pharmacogenetics and Genomics”, revelaram que o tratamento dos ratos com ondansetrom reduziu significativamente os saltos que estavam associados à abstinência da morfina.

Os investigadores conduziram a seguir um estudo em humanos. Oito voluntários saudáveis do sexo masculino foram pré-tratados com placebo ou ondansetrom antes de receberem morfina seguida de naloxona. Os sintomas de abstinência foram significativamente reduzidos nos participantes que receberam ondansetrom.

Embora os pacientes a receberem medicamentos opióides de forma crónica possam não desenvolver dependência, a tolerância, o aumento da sensibilidade à dor e a dependência física que podem desenvolver podem complicar a gestão do paciente.

Os investigadores concluíram que o tratamento com fármacos como o ondansetrom pode fornecer parte da solução para significativos problemas de saúde pública associados à utilização de opióides.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/20/eline/links/20090220elin024.html

Diabetes: Níveis de açúcar elevados podem afectar a memória

Resultados de um estudo revelaram que um aumento dos níveis de açúcar no sangue, nas pessoas com diabetes tipo 2, provoca uma pior função cerebral.

Os participantes do estudo, cerca de 3 mil pessoas com 55 anos ou mais do Canadá e dos Estados Unidos, submeteram-se a testes cognitivos delineados para medir diversos aspectos do funcionamento da memória.

Os investigadores descobriram que um aumento de 1 por cento dos níveis de hemoglobina A1C (uma medida dos níveis médios de glicose no sangue durante 2 a 3 meses) foi associado a resultados ligeiramente menores nos testes de rapidez psicomotora, função cognitiva global, memória e realização de tarefas múltiplas.

Contudo, não foi encontrada qualquer ligação entre os resultados dos testes e os níveis diários de glicose no sangue, que são medidos através de um teste de glicose em jejum.

O investigador principal, o Dr. Jeff Williamson, do Centro Médico Baptista da Universidade de Wake Forest, referiu que uma das complicações pouco conhecidas da diabetes tipo 2 é o declínio da memória que leva à demência, particularmente à Doença Alzheimer.

Este estudo, publicado na “Diabetes Care”, acrescenta evidências de que um mau controlo da glicose no sangue está fortemente associado a um pior funcionamento da memória e que estas associações podem ser detectadas bem antes da pessoa desenvolver uma perda de memória grave.

Investigações anteriores demonstraram que as pessoas com diabetes têm uma probabilidade 1,5 vezes maior de experienciar um declínio cognitivo e desenvolver demência do que aquelas que não sofrem de diabetes.

O Dr. Williamson salientou que as pessoas com diabetes devem estar abertas à possibilidade de terem um familiar que se certifique periodicamente que estão a gerir bem a diabetes através de monitorização, dieta, exercício e medicação.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_80766.html