sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Ezetimiba e estatinas apresentam resultados positivos para aterosclerose

Uma análise de dados de um estudo para a diabetes tipo 2 demonstrou que o tratamento com estatinas isoladamente, ou combinadas com ezetimiba, para atingir níveis agressivamente baixos de “mau colesterol” (LDL), resultou numa regressão semelhante da espessura da íntima-média da artéria carótida, em ambos os grupos.

O estudo de 36 meses envolveu 427 pacientes com diabetes tipo 2 e sem antecedentes de eventos cardiovasculares. Os pacientes receberam tratamento com estatinas, ou estatinas mais ezetimiba, para baixar os níveis de colesterol das proteínas de baixa densidade (LDL), conhecido como o "mau colesterol", para um objectivo agressivo de 70 mg/dl ou objectivo standard de 100 mg/dl.

Os resultados, publicados na “Journal of the American College of Cardiology”, demonstraram que, no grupo dos pacientes que receberam tratamento agressivo, os que tomaram ezetimiba mais estatinas atingiram uma redução da espessura da artéria carótida de 0,025 milímetros, em comparação com uma redução média de 0,012 milímetros para aqueles que tomaram apenas estatinas. No grupo do tratamento standard, a espessura da artéria carótida média aumentou 0,039 milímetros.

Relativamente aos benefícios de adicionar ezetimiba, o investigador principal, o Dr. William Howard, referiu que ambos os grupos do tratamento agressivo atingiram um grau muito semelhante de regressão da espessura da íntima-média da artéria carótida. Contudo, se não tivesse sido adicionada a ezetimiba, os pacientes não teriam atingido o objectivo em termos de colesterol LDL e, assim, não teriam alcançado esse grau de regressão.

Isabel Marques

Fontes:

www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=4C2695E261964F7AA4BAC342331D8AFD

Dieta rica em hidratos de carbono benéfica para distúrbio muscular raro

Resultados de um pequeno estudo indicaram que uma dieta rica em hidratos de carbono, em vez de proteínas, melhora a capacidade de praticar exercício físico das pessoas com doença de McArdle.

Dois pequenos estudos anteriores tinham sugerido que uma dieta rica em proteínas poderia ser benéfica para os pacientes com doença de McArdle.

No estudo actual, o Dr. S. T. Andersen e o Dr. John Vissing, da Universidade de Copenhaga, na Dinamarca, examinaram comparativamente os efeitos de uma dieta rica em hidratos de carbono e de uma dieta risca em proteínas na tolerância do exercício físico, em sete adultos com doença de McArdle. Os pacientes seguiram aleatoriamente uma das duas dietas durante três dias, tendo-se exercitado numa bicicleta estacionária após a dieta.

Os investigadores descobriram que a performance no exercício físico foi melhor com a dieta rica em hidratos de carbono do que com a dieta rica em proteínas. Por exemplo, o ritmo cardíaco e o esforço percebido foram consistentemente mais baixos, e o consumo máximo de oxigénio foi 25 por cento mais elevado nos pacientes da dieta com hidratos de carbono, em comparação com os da dieta com proteínas.

Este estudo, publicado na ediçao de Dezembro da “Journal of Neurology, Neurosurgery, and Psychiatry”, sugere que os pacientes com doença de McArdle devem ser mantidos numa dieta com um elevado conteúdo de hidratos de carbono para melhorarem a sua capacidade de tolerar o exercício físico.

A doença de McArdle é um distúrbio muscular metabólico. As pessoas que sofrem desta doença são incapazes de produzir uma enzima chamada fosforilase muscular, que é importante na produção da fonte de energia requerida pelos músculos para o exercício físico.

As pessoas com doença de McArdle desenvolvem dores musculares graves e fadiga nos primeiros minutos da prática de exercício físico, frequentemente seguidos por espasmos musculares graves se continuarem a exercitar.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4B265T20081203

Comprimidos de combinação para a hipertensão mais efectivos do que diuréticos

Um estudo revelou que um comprimido que contém dois fármacos para a pressão sanguínea foi mais efectivo, do que uma estratégia baseada em diuréticos, na redução do risco de problemas cardiovasculares graves e morte em pessoas com hipertensão.

No estudo, que envolveu mais de 11 mil pacientes dos Estados Unidos, Suécia, Noruega, Dinamarca e Finlândia, os pacientes receberam um comprimido contendo benazepril (um inibidor da enzima de conversão da angiotensina) e amlodipina (um bloqueador dos canais de cálcio) ou um comprimido contendo benazepril e hidroclorotiazida (um tipo de diurético).

Ambos os comprimidos de combinação ajudaram a reduzir a pressão sanguínea em mais de 75 por cento dos pacientes, mas os que tomaram o primeiro comprimido (benazepril+amlodipina) apresentaram menos 20 por cento de eventos cardiovasculares do que aqueles que tomaram o outro comprimido de combinação com o diurético.

O estudo, publicado na “The New England Journal of Medicine”, definiu os eventos cardiovasculares como mortes cardiovasculares, ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais (AVC), hospitalizações devido a angina instável e tratamentos para reabrir as artérias coronárias bloqueadas.

O investigador principal, o Dr. Kenneth Jamerson, professor de Medicina Interna na Faculdade de Medicina da Universidade do Michigan, referiu que este estudo demonstrou que mudar os pacientes para um único comprimido de combinação significou que o dobro conseguiu atingir o objectivo de pressão sanguínea, independentemente da terapia anterior.

A pressão sanguínea elevada aumenta o risco de AVC, ataque cardíaco, insuficiência cardíaca e outros problemas do coração. Os fármacos podem ajudar a controlar a pressão sanguínea, mas muitos pacientes têm dificuldade em tomar a medicação múltipla que necessitam, pelo que foram desenvolvidos os comprimidos de combinação.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_72379.html