quarta-feira, 18 de julho de 2007

Portugal ainda não prevê uso terapêutico da marijuana
IDT admite legalização da cannabis


O uso terapêutico da cannabis não se encontra previsto no ordenamento jurídico português, mas alguns médicos acreditam que as potencialidades da substância sustentariam a legalização da sua administração em determinados tratamentos, e não entendem que a aprovação desse anseio seja sistematicamente adiada pelas autoridades. O presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência já disse não ter “qualquer objecção de princípio” à medida.

João Goulão exige apenas que as motivações que sustentam essa decisão sejam “devidamente comprovadas”, e afirma desconhecer a existência de investigações médicas em curso com o objectivo de validar as potencialidades terapêuticas da cannabis, que no nosso país não está legalizada para qualquer fim. No entanto, e tal como o farmacia.com.pt oportunamente noticiou, em Espanha está implantado um projecto experimental de administração de marijuana desde 2003, enquanto o Canadá e os Estados Unidos investiram também no desenvolvimento de diversas iniciativas similares, sempre com o apoio de médicos e farmacêuticos.
Maria José Campos, médica açoriana que se define como “fumadora esporádica de cannabis”, lamenta que Portugal esbarre constantemente na “falta de vontade política para legislar nesta matéria”, frisando que também a indústria farmacêutica “não tem interesse na investigação sobre a planta, que é muito barata e isso não lhe convém”. A especialista refere ainda que, na sua opinião, o recurso à planta é “de longe preferencial” à criação de um fármaco a partir dela, já que um composto químico “será sempre um derivado sintético ou semi-sintético”. Asseverando que não prescreve cannabis aos seus doentes, “porque em Portugal isso seria contra a lei”, Maria José Campos disse estar atenta aos desenvolvimentos relativamente ao assunto.
De acordo com a médica açoriana, nos doentes com sida – que são aqueles que mais assiduamente acompanha na sua função profissional – a cannabis “estimula o apetite e reduz as náuseas, efeito secundário de alguns antiretrovirais”. João Goulão, pelo contrário, salienta os efeitos nocivos do consumo não controlado da substância, apontando como consequências mais perniciosas a desmotivação e as psicoses canábicas. O Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento, por seu turno, destacou que “o desenvolvimento de um novo medicamento contendo como substância activa um estupefaciente não depende da legalização do seu uso para aplicações não clínicas”, e que “a substância tem apenas de provar que é eficaz e com uma relação benefício/risco adequada à indicação terapêutica a que se destina”.

Carla Teixeira
Fonte: Agência Lusa, Diário dos Açores, Infarmed

Uso de remédio sem orientação médica poderá elevar o colestrol

O risco de elevação do colesterol devido ao uso de medicamentos sem acompanhamento adequado é um erro de negligência que podemos pagar caro.
Dr.Edson,especialista brasileiro avisa que "Os remédios que mais se relacionam ao aumento da taxa são aparentemente inocentes. São os diuréticos, os anticoncepcionais e os corticosteróides - drogas anti inflamatórias".
Segundo ele, pessoas que sofrem de dislipidemia - alteração na concentração de lipídios, como colesterol e triglicerídios - devem ter cuidado redobrado ao utilizar essas e outras drogas. "Esses pacientes demandam acompanhamento médico periódico", afirma Dr. Edson.
Além do uso das medicações citadas, o aumento das taxas de colesterol está usualmente ligado ao estilo de vida, especialmente nas cidades.
Indivíduos sedentários, obesos,fumadores e aqueles que não adoptam uma alimentação balanceada estão na linha de risco. "Cabe destacar que há também doenças que ocasionam a elevação, como diabetes, alcoolismo, problemas renais e da tiróide", explica o cardiologista.
Porém o nutricionista Rodrigo Valim esclarece que, o colesterol é por um lado,uma gordura muito importante para o funcionamento do organismo. "Há dois tipos: o HDL, que protege o organismo. Já o LDL, chamado de colesterol ruim, é responsável pela formação de placas que, com o tempo, obstruem as artérias".
A Associação Médica Americana insiste em que os níveis de colesterol normais se situem abaixo de 200 mg% e que a HDL colesterol seja acima de 3s%.
As recomendações para quem deseja manter o nível adequado de colesterol são as mesmas para quem quer viver bem e muito: não ingerir alimentos de origem animal em excesso, realizar actividade física com regularidade, manter-se dentro da faixa de peso ideal e não fumar. Em alguns casos, a taxa permanece alta. Para esses, é necessário o uso de medicação específica", esclarece Dr. Edson. Como o colesterol elevado não produz sinais ou sintomas, a visita anual ao médico é o único caminho para a detecção precoce. "Um simples exame de sangue indica a situação do paciente e possibilita a minimização dos riscos", conclui o cardiologista.
O colesterol é a principal causa de doenças cardiovasculares, que por sua vez lideram o ranking de mortalidade no mundo. Como exemplos, destacam- se o enfarto e o acidente vascular cerebral.

Sandra Cunha
Fontes: Canal Rio Claro,Grande Enciclopédia Médica:Saúde da família
Pregabalina melhora funções diárias e reduz quadro doloroso
Nova medicação para tratamento da fibromialgia


A Food and Drug Administration aprovou o uso da pregabalina no tratamento das manifestações da fibromialgia. O medicamento revelou capacidade para melhorar as funções diárias e reduzir o quadro doloroso nos portadores da doença, embora nem todos os doentes submetidos à mesma terapia tenham desenvolvido a mesma resposta.

O fármaco actua minimizando a dor e a rigidez muscular, mas o seu mecanismo de actuação ainda não é conhecido, tendo também como efeitos secundários mais comuns as tonturas e a sonolência. A FDA alerta que o novo medicamento só deve ser usado mediante prescrição médica e sob acompanhamento daquele profissional, visto não produzir os mesmos resultados em todos os pacientes em que é administrado. A fibromialgia é uma doença reumática que se caracteriza pela presença de pontos dolorosos em diversas partes do organismo, em locais de inserção músculo-ligamentar nos ossos. Além da dor, podem coexistir outros sintomas, como fraqueza, cansaço, mal-estar, indisposição e distúrbios do sono.

Carla Teixeira
Fonte: FDA News, Bibliomed
Dose diária recomendada poderá aumentar
Vitamina D ajuda a prevenir doenças do coração


O «National Health and Nutrition Examination Survey» (NHANES), um dos mais intensivos e abrangentes estudos alguma vez realizados sobre a relação entre a alimentação e a saúde humana, feito nos Estados Unidos, revelou que a Vitamina D protege das doenças cardiovasculares. Um dado que, a confirmar-se, poderá fazer aumentar consideravelmente os níveis diários recomendados da vitamina.

De acordo com aquele estudo, as pessoas que apresentam menores valores de Vitamina D enfrentam um risco acrescido de desenvolver hipertensão, diabetes e obesidade, factores mais predisponentes para as chamadas doenças do coração. O investigador Keith Norris, que conduziu a pesquisa, explicou que os resultados a que a sua equipa chegou poderão determinar a revisão – com um previsível aumento – dos níveis diários recomendados da Vitamina D. “Actualmente a dose diária recomendada corresponde a 800 unidades internacionais, mas duas mil UI é o valor indicado para adquirir os valores adequados da Vitamina D no sangue”, disse o especialista, para quem o impacto desta descoberta poderá ser bastante significativo no domínio da saúde pública.

Carla Teixeira
Fonte: Performance Online

Novartis regista crescimento de 14% no primeiro semestre de 2007

As receitas líquidas da farmacêutica suíça Novartis cresceram 14 por cento nos primeiros seis meses do ano, atingindo os 14,4 mil milhões de euros. Os lucros líquidos da empresa registaram também uma subida de 14 por cento no primeiro semestre de 2007, face ao período homólogo do ano anterior, ascendendo aos 3 mil milhões de euros.

O desempenho foi positivo em todas as unidades da empresa, sendo que a Sandoz, responsável pelos medicamentos genéricos foi das que mais se destacou, com um crescimento de 19 por cento nas receitas líquidas, alcançando os 2,5 mil milhões de euros. Por sua vez, e quando comparadas com igual período do ano anterior, as receitas líquidas da divisão de Vacinas e Diagnósticos cresceu 45 por cento.

Impulsionada pelo desempenho das linhas cardiovascular e oncológica, a Pharma, unidade que representa os medicamentos inovadores, foi alvo de um crescimento de 12 por cento, totalizando 8,6 mil milhões de euros.

O anti-hipertensor Diovan (Valsartan), com vendas de 1,7 mil milhões de euros ao longo dos primeiros seis meses do ano, e o Glivec (imatinibe), uma terapia alvo no tratamento da leucemia mielóide crónica, cujas vendas somaram 1,01 mil milhões de euros no primeiro semestre de 2007, foram os dois medicamentos mais bem sucedidos da farmacêutica.

“Concentrando a nossa atenção na inovação já obtivemos sete aprovações importantes este ano e esperamos conseguir mais autorizações durante o segundo semestre”, salientou Daniel Vasella, director-executivo e presidente do Grupo Novartis.

Fonte: Novartis, Portal Fator, Diário Económico.

Merck transfere direitos do Niaspan para a Abbott

O laboratório Merck vai transferir para a farmacêutica Abbott os direitos do Niaspan (Ácido nicotínico), um medicamento utilizado no tratamento do colesterol.

A norte-americana Abbott, que adquiriu a Kos Pharmaceuticals Inc. no final de 2006 e que é responsável pela comercialização do Niaspan nos Estados Unidos da América, vai agora gerir a distribuição e marketing do medicamento nos outros países cuja a administração dos direitos do fármaco estava a cargo da farmacêutica alemã.

Em 2002, a Merck estabeleceu um acordo com a Kos, para a qual transferiu os direitos de comercialização do Niaspan a nível mundial, com excepção da América do Norte e Japão.

As vendas do medicamento renderam, em 2006, 7 milhões de euros.

Marta Bilro

Fonte: Reuters, Pharma Live, Merck.

Roche aposta na convergência informativa

A farmacêutica Roche estabeleceu um acordo com a IBM Portugal para a instalação de uma tecnologia que lhe permitirá reunir, num único portal, informação sobre clientes que antes se encontrava dispersa por várias aplicações, disponibilizado aos seus colaboradores a partilha de informação e documentos e a consulta de relatórios em tempo real.

A empresa adere assim à WebSphere Portal e WebSphere Dashboard reestruturando a sua plataforma de gestão de informação. Num comunicado emitido pela farmacêutica, a Roche argumenta que esta modificação surge da necessidade de “evitar a duplicação de informação acerca dos clientes” inserida por diferentes utilizadores.

Para além disto, está também prevista a “criação de um conjunto de painéis de controlo que permitem a visualização em tempo real de métricas de negócio, através de um histórico descriminado e detalhado”, utilizado para «identificar a origem e as causas dos resultados de negócio”.

Este é um “projecto de referência”, elogia José Joaquim de Oliveira, Administrador-Delegado da IBM Portugal, surgindo como “o primeiro projecto de tecnologia portal e dashboards implementada em Portugal, na indústria farmacêutica”.

Marta Bilro

Fonte: iGov

Ásia destaca-se em ensaios clínicos de Fase I

Singapura, China, Japão e Índia despertam atenções

À medida que as empresas farmacêuticas se concentram em populações mais disponíveis para se submeterem a ensaios clínicos, a Ásia tem-se revelado um pólo de extrema importância no âmbito do desenvolvimento rápido e menos dispendioso de medicamentos, onde a realização de ensaios clínicos de Fase I é uma realidade cada vez mais frequente. Esta foi uma ideia chave debatida no encontro da Associação de Informação de Medicamentos, em Atlanta, nos Estados Unidos da América.

Os ensaios clínicos de Fase I realizados na Ásia têm estado bastante limitados. Ali, esses estudos consistem, principalmente, numa interligação entre várias análises que fornecem à farmacocinética e farmacodinâmica locais os dados relativos à eficácia e segurança requeridos pela maioria dos países asiáticos, como é o caso da China, Coreia do Sul, Japão e Índia. O que acontece é que as doses necessárias para essas populações são muito mais reduzidas do que as exigidas para os povos de raça caucasiana.

No entanto, aos poucos, gerar-se uma tendência para realizar ensaios clínicos globalmente “correctos desde o inicio”. Neste âmbito, há cada vez mais locais da Ásia que começam estudos de fase em simultâneo com o ocidente, considera Shirley Suresh, gestora de operações da Singapore Clinical Research na Société Générale de Surveillance (SGS) Life Science Services.

Na opinião desta especialista, “é muito importante envolver os países asiáticos nas fases preliminares dos ensaios clínicos dos medicamentos e deveria haver mais responsáveis pelas pesquisas que debatessem esta aproximação com as entidades decisoras”. Suresh cita um estatístico da Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (Food and Drugs Administration - FDA) que refere que “os dados referentes aos estudos globais são mais eficazes do que o cruzamento de vários estudos, uma vez que todos os itens [relativos às especificidades das populações] são devidamente considerados desde o inicio”. Este método pode também conceder um acesso mais rápido das farmacêuticas aos grandes mercados asiáticos e ajudar a suprimir o grande atraso relativo aos medicamentos existente nessas regiões.

Baseado no argumento de ser “bastante distinto” dos seus vizinhos asiáticos e de dar primazia aos estudos com seres humanos, Singapura tem atraído vários interesses internacionais no âmbito dos ensaios clínicos de primeira fase. “Isto acontece porque o país tem pouca população e não possui os requisitos necessários para estudos de larga escala em fase avançada”. O país beneficia ainda da grande mistura de povos provenientes dos países vizinhos que ali habitam, o que faz com que os dados requeridos pelas entidades reguladoras nessas nações próximas possam também ser ali gerados.

A China, com um enorme potencial de mercado, é outro dos países que desperta o interesse estrangeiro no que toca aos ensaios clínicos de fase primária. Para qualquer substância nova que ainda não tenha sido aprovada noutro país são requeridos ensaios clínicos desde a Fase I a III elaborados com população chinesa, antes do medicamento poder ser aprovado pela entidade reguladora do país. Caso o fármaco já tenha sido autorizado noutro local, são apenas exigidos os ensaios farmacocinéticos e de Fase III.

Ainda assim, colocam-se vários problemas para a realização deste tipo de estudos em território chinês. Por um lado, apenas os hospitais credenciados pela Administração Estatal dos Alimentos e Fármacos (SFDA), em locais específicos e com determinadas especializações, podem participar nos ensaios clínicos, e, por outro, a exportação de sangue ou ADN é restrita ou proibida, sendo que qualquer importação de fármacos tem que ser inspeccionada e submetida a um controlo de qualidade, o qual demora entre 15 a 30 dias.

Este conjunto de requisitos faz com que algumas empresas comecem a preparar programas de desenvolvimento de medicamentos específicos para a China, que funcionam como uma unidade efectivamente contida em si própria, que realiza desde os ensaios clínicos aos testes laboratoriais e à produção piloto no interior do país.

O Japão, o segundo maior Mercado mundial de fármacos, começa igualmente a dar nas vistas no ramo dos ensaios clínicos de fase preliminar. Apesar da extensão do mercado, um medicamento demora, em média, mais 3,5 anos a ser aprovado e obter autorização de comercialização no Japão do que nos Estados Unidos da América ou na Europa. Esta demora está relacionada com o facto de haver uma grande minúcia no que toca aos dados dos estudos farmacocinéticos e farmacodinâmicos, que têm que ter origem obrigatória na população do país, antes de qualquer outro estudo poder ser iniciado. Algumas das barreiras reguladoras começam agora a ser quebradas pelas autoridades e prevê-se que, dentro de um ou dois anos, possa haver uma maior regularidade de estudos globais realizados no Japão desde o inicio.

A Índia é outra dos países chave nesta região, e que também requer dados relativos à sua própria população antes de atribuir uma aprovação para a comercialização de uma substância. Apesar disso, a regulamentação indica que relativamente aos novos medicamentos descobertos por outros países, os dados de Fase I obtidos no exterior são também exigidos antes de qualquer ensaio clínico poder iniciar-se no país. Posteriormente, os dados relativos aos ensaios clínicos de Fase I ou II são realizados com participantes locais, para depois os ensaios clínicos de Fase III poderem ser conduzidos em simultâneo com outros estudos globais.

Marta Bilro

Fonte: BioPharma-reporter.com

Desceram 48 por cento no segundo trimestre deste ano
Quebra acentuada nos lucros da Pfizer


A Pfizer é um dos gigantes da indústria farmacêutica a nível mundial, mas só no segundo trimestre deste ano registou uma quebra de 48 por cento nos lucros, que mesmo assim foram de 921,7 milhões de euros naquele período.

De acordo com um comunicado divulgado esta manhã pela própria companhia farmacêutica, face ao período homólogo de 2006 a Pfizer descreveu resultados menos animadores, num cenário que os responsáveis pela empresa atribuem à perda de exclusividade da patente dos medicamentos Zoloft e Norvasc e a um fraco nível de vendas nos Estados Unidos do fármaco Lipitor, indicado para o tratamento do colesterol. Estes resultados incluem ainda um pagamento à Bristol-Myers Squibb para o desenvolvimento do Apixaban. As receitas da Pfizes sofreram um recuo de seis pontos percentuais, para os 8041 milhões de euros.

Carla Teixeira
Fonte: Dinheiro Digital

Indústria Farmacêutica: Inovação não supera gastos com investigação

Depois de decorrido mais de metade do ano em vigor, mantém-se a perspectiva de que os esforços empenhados pela indústria farmacêutica na produção de medicamentos realmente inovadores não superam a quantidade reduzida de fármacos que foram aprovados este ano nos Estados Unidos da América (EUA), relativamente ao mesmo período do ano anterior. Porém, os custos com a investigação continuam a aumentar.

Até ao momento, a Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (Food and Drugs Administration - FDA) concedeu aprovação a apenas sete substâncias que continham um composto activo nunca antes comercializado no mercado norte-americano e, por isso, denominadas como Novas Entidades Moleculares, ou Candidaturas de Licença Biológica. A este número sobrepõem-se os 11 pareceres favoráveis atribuídos pela entidade reguladora em igual período de 2006.

De acordo com o portal BioPharmaReporter.com, durante a última década, tem-se registado um crescimento acentuado nos custos da investigação e desenvolvimento, algo que não se reflecte no número de novas aprovações de medicamentos. Enquanto as farmacêuticas tentam lidar da melhor forma com o problema, o padrão parece permanecer inalterável.

Um relatório recentemente divulgado pelo Departamento de Contabilidade do governo dos EUA revelou que entre 1993 e 2004, os gastos com a investigação e desenvolvimento subiram 147 por cento para os 29 mil milhões de euros. Porém, o número de Candidaturas a Novos Fármacos cresceu apenas 38 por cento, a maioria dos quais referiam-se a alterações de medicamentos já existentes. Já o número de Novas Entidades Moleculares aumentou escassos sete por cento.

Na lista de medicamentos inovadores aprovados, este ano, pela FDA figuram o Vyvanse (lisdexanfetamina) da New River Pharmaceuticals para tratar o défice de atenção causado pela hiperactividade; o Tekturna (aliskiren) desenvolvido pela Novartis em parceria com a Speedel e comercializado na Europa como Resilez, destinado ao tratamento da hipertensão; o Letairis (Ambrisentan), da Gilead, utilizado no tratamento da hipertensão arterial pulmonar; o Tykerb (lapatinib) da GlaxoSmithKline para o tratamento do cancro da mama HER2 positivo; o antibacteriano Altabax (retapamulina), para o tratamento tópico do impetigo; o Torisel (temsirolimus) da Wyeth para o carcinoma das células renais; e o Soliris (eculizumab), da Alexion Pharmaceuticals, indicado no tratamento de doentes com hemoglobinuria paroxística nocturna (PHN).

O Neupro (rotigotina), da Schwarz Pharma, para o tratamento inicial da doença de Parkinson, é oitavo medicamento a ser aprovado, este ano, pela FDA, no entanto, a substância já tinha recebido luz verde da entidade reguladora europeia em 2006. Marta Bilro

Fonte: BioPharma-Reporter.com

Directores médicos destacam performance da Pfizer, Merck e GSK

Pela primeira vez em quatro anos, os directores médicos colocam o laboratório alemão Merck entre as três empresas de destaque do ramo farmacêutico no “Managed Care Medical Director Promotional Audit” da Verispan relativo à primavera de 2007. A Pfizer garantiu o primeiro lugar da tabela de destaque, seguido da Merck e da GlaxoSmithKline.

O ranking calculado pela Verispan, uma joint-venture informática de cuidados de saúde, baseia-se em cinco áreas de avaliação, a objectividade clínica, serviços de valor acrescentado, gestão da doença, enfoque pessoal e corporativo.

Desde 2003, a Merck não conseguia melhor do que um sétimo lugar, sendo que no seu melhor ranking de sempre atingiu apenas a quarta posição. Entre o Outono de 2006 e a primavera de 2007, a posição da Merck melhorou em quatro das cinco categorias avaliadas.

A empresa “está a regressar mais forte depois da interrupção, trabalha bem e percebe os problemas, fornece actualizações frequentes”, salientou um dos directores médicos que listou a Merck como a melhor na categoria da objectividade clínica. Outro dos profissionais que referiu o bom desempenho da empresa na gestão da doença destacou que a Merck possui “programas antigos que são clinicamente fortes”.

A Pfizer, mantém-se, pelo sexto ano consecutivo, no primeiro lugar no cômputo da classificação atribuída pelos directores médicos. A empresa norte-americana obteve nota máxima em três das cinco categorias avaliadas, incluindo o enfoque pessoal, área em que é líder desde o Outono de 2004.

Marta Bilro

Fonte: Generic, Engenering & biotechnology news, PM Farma.

Organon e Dyax estabelecem aliança para desenvolver terapêutica com anticorpos

A Organon anunciou que estabeleceu um acordo com a Dyax Corp. para descobrir e desenvolver anticorpos humanos para fins terapêuticos, para o tratamento de doenças auto-imunes e cancro. Segundo os termos do acordo, a Dyax irá utilizar a sua tecnologia registada de expressão de fagos (phage display, em inglês) para identificar anticorpos dirigidos a um alvo, identificado no Centro de Pesquisa em Biotecnologia da Organon, em Cambridge, nos Estados Unidos. A Dyax irá receber taxas de licença e financiamento de pesquisa, assim como pagamentos por objectivos e regalias sobre as vendas líquidas, que podem resultar do desenvolvimento clínico da Organon e da comercialização destes anticorpos. Os detalhes financeiros não foram revelados.

O vice-presidente executivo de Investigação e Desenvolvimento da Organon, David Nicholson, comentou que faz parte da estratégia da empresa expandir o portfolio de produtos biotecnológicos. A tecnologia de “phage display” de última geração da Dyax irá ajudar a Organon a fortalecer a área de Investigação e Desenvolvimento, no que se refere a terapias com anticorpos para o cancro e doenças auto-imunes.

O presidente da Dyax, Henry E. Blair, afirmou que a empresa está satisfeita com a realização deste acordo com a Organon, uma das companhias biofarmacêuticas líderes na Europa, que está envolvida na pesquisa de novas terapêuticas com anticorpos. A colaboração realça ainda a importância da tecnologia da Dyax e o sucesso do Programa de Licenciamento e Financiamento de Pesquisa que continua a gerar valor significativo para a empresa.

Phage display
Os organismos vivos, como as viroses, têm a capacidade de exibir um produto de gene estranho, ou proteína, nas suas superfícies. Com base nesta capacidade dos organismos exibir proteínas, os cientistas da Dyax inventaram uma expressão de proteínas em fagos, um método novo de detectar individualmente dezenas de milhares de milhões de anticorpos humanos, péptidos ou pequenas proteínas na superfície de um pequeno vírus bacteriológico chamado bacteriófago. Utilizando esta tecnologia patenteada de expressão de fagos, conhecida como “phage display”, a Dyax é capaz de produzir e pesquisar entre grandes colecções, também referidas como bibliotecas (libraries, em inglês), de anticorpos, pequenas proteínas ou péptidos, de modo a identificar rapidamente aqueles componentes que se ligam com grande afinidade ou elevada especificidade aos alvos de interesse.

Isabel Marques

Fontes: Pharmalive

Consumo da droga psicoactiva BZP aumenta na Europa

Comissão Europeia pede à presidência portuguesa que tome medidas

A Comissão Europeia está preocupada com o crescente consumo da droga psicoactiva BZP, dai que tenha anunciado ontem em Bruxelas, que pretende solicitar à presidência portuguesa a adopção de medidas de controlo da substância 1-benzilpiperazina (BZP), concorrente do ecstasy no mercado ilegal, bem como a instauração de sanções. A droga, que resulta da mistura de um medicamento contra parasitas intestinais com um outro produto, pode ter consequências graves para a saúde, apesar dos seus efeitos a longo prazo não estarem ainda determinados.

A Comissão Europeia manifestou a sua intenção depois de ter sido divulgada a avaliação do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, que aponta um forte crescimento do consumo de BZP entre as crianças e os adolescentes, alertando ainda que o consumo da substância 1-benzilpiperazina pode causar hipertensão, aceleração das pulsações, convulsões, ansiedade e insónias. A avaliação estará na agenda do próximo Conselho de Ministros da Justiça e Assuntos Internos, em meados de Setembro, onde deverá ser tomada uma posição de combate ao problema.

A principal forma de acesso a esta droga é através da Internet, onde é vendida sob a forma de comprimidos ou cápsulas, como produtos psicoactivos "naturais" ou de "ervanário" e como alternativa legal ao ecstasy, induzindo os consumidores a crer que é uma droga segura.

A publicidade agressiva que normalmente acompanha esta droga tem impulsionado o seu consumo, pois no final do ano passado, o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência e a Europol tinham já registado um aumento substancial do número de notificações relativas à BZP. A últimas apreensões tem confirmado o crescimento do consumo, mostrando que existe já um envolvimento da criminalidade organizada no tráfico e distribuição por grosso da BZP.

Em diversos países europeus tem-se recorrido a legislação semelhante à aplicável às outras drogas, para regular o mercado da BZP. Noutros países, como é o caso da Holanda e da Espanha, o controlo é feito ao abrigo da legislação sobre medicamentos.

No inicio do ano a BZP foi incluída na Lista de Substâncias Proibidas do Código Mundial Anti-doping como substância estimulante proibida nas competições.

Inês de Matos

Fonte: Jornal de Noticias

Lupin recebe aprovação final para os comprimidos genéricos de Amlodipina

A Lupin Pharmaceuticals, Inc. anunciou que a FDA concedeu aprovação final para o registo de um genérico (ANDA, sigla em inglês) da companhia, os comprimidos de Amlodipina Besilato 2.5 mg, 5 mg e 10 mg. A comercialização deste genérico irá começar brevemente.

Os comprimidos de Amlodipina Besilato da Lupin são o genérico equivalente aos comprimidos Norvasc da Pfizer, ou seja, um bloqueador do canal de cálcio de largo espectro indicado para o tratamento da hipertensão. O Norvasc teve vendas anuais de aproximadamente 2,7 mil milhões de dólares em doze meses, até Dezembro de 2006, com base nos dados de vendas da IMS Health.

O presidente da Lupin Pharmaceuticals, Vinita Gupta, disse que a empresa está satisfeita com a aprovação dos comprimidos de Amlodipina Besilato, acrescentando ainda que esta aprovação alarga o portfolio em crescimento da Lupin de medicamentos cardiovasculares, e que espera poder oferecer esta alternativa de menor custo aos pacientes dos Estados Unidos.

Isabel Marques

Fontes: Pharmalive

Sons inaudíveis podem provocar a morte

O ruido de baixa frequência, apesar de parecer inofensivo, é na realidade o motivador da doença vibro-acústica, um conjunto de males que poderão, inclusive, levar à morte dos pacientes. Os sons abaixo dos 500 Hertz, incluindo aqueles de que o ouvido humano não se apercebe, provocam uma reacção defensiva do organismo, face a um ataque com efeitos mais devastadores do que os já comprovados para o stress.

O médico Nuno Castelo Branco, responsável pela designação da doença, explica que a exposição a ruídos de baixa frequência resulta em lesões e formações suplementares de tecido como uma tentativa de o corpo se "equilibrar" depois das agressões sonoras, fabricando colagéneo.

Há mais de 20 anos a trabalhar pelo reconhecimento de queixas de saúde que escapam à maior parte dos meios de diagnóstico, o médico e a sua equipa tiveram no passado mês de Março o primeiro reconhecimento do seu trabalho, quando a Autoridade para as Condições de Trabalho reconheceu 100% de incapacidade profissional a uma hospedeira de bordo.

Profissões relacionadas com a aviação estão mais expostas a ruídos de baixa frequência, mas também os outros meios de transporte são responsáveis pela emissão de ruídos imperceptíveis que afectam o ser humano, para além dos aparelhos emissores de sons e de vibrações, como os electrodomésticos, por exemplo.

Mas os profissionais do ramo da aviação foram de facto o primeiro ponto de partida para a investigação de Nuno Castelo Branco, que observou técnicos de aviões, pilotos e pessoal de cabine, detectando vários casos de espessamento do miocárdio, a membrana que envolve o coração. Com o recurso a broncoscopias foi ainda possível detectar uma tendência para existência de lesões na árvore respiratória dos indivíduos.

Para além destas observações, a equipa de Nuno Castelo Branco tem também seguido de perto duas famílias, directamente expostas a ruídos de baixa frequência, uma de Lisboa, residente a três mil metros de uns silos industriais de armazenamento de cereais e que emitem infra-sons quando em laboração e outra de Torres Vedras, cuja habitação recebe níveis de infra-sons ainda mais elevados , provenientes de geradores de energia eólica.

De acordo com a física Mariana Alves Pereira, uma investigadora envolvida no projecto, ambas as famílias têm revelado problemas de saúde, no entanto, a família de Torres Vedras apresenta também uma mudança de comportamentos no agregado familiar e nos animais domésticos. Estas mudanças comportamentais serão apresentadas em finais de Agosto, num congresso sobre ruído, a ter lugar em Istambul, como alguns dos efeitos associados à doença vibro-acústica.

A infertilidade será a próxima área de investigação da equipa de Nuno Castelo Branco, que se encontra já em fase de projecção de um estudo sobre os efeitos dos infra-sons nesta matéria.

Inês de Matos

Fonte: Jornal de Noticias

Novos resultados clínicos do Cytotect demonstram redução da ocorrência de linfomas após transplante

Estudo científico demonstra que a administração de imunoglobulinas contra citomegalovírus (CVM) reduz o risco de doenças cancerígenas a seguir a transplantes. Os dados são relativos a mais de 40.000 pacientes analisados.

As conclusões de um artigo publicado na revista “Lancet of Oncology”, do Prof. Dr. Gerhard Opelz, do Instituto de Imunologia da Universidade de Heidelberg, e dos seus colegas, revelam que a administração de Cytotect reduz significativamente os riscos de linfomas após cirurgia de transplante de órgãos. Os resultados baseiam-se na análise dos dados de mais de 40.000 pacientes. O estudo foi reconhecido num comentário, na mesma edição da revista, que enfatiza o seu significado em termos científicos.

Os linfomas (cancro dos nódulos linfáticos) representam uma enorme complicação a seguir aos transplantes, e ocorrem entre dois a cinco por cento de todos os pacientes transplantados. A causa mais comum destes tumores é uma infecção pelo vírus Epstein-Barr (VEB). Visto que o sistema imunitário dos pacientes transplantados é inibido, de modo a evitar rejeição do novo órgão, estes pacientes estão particularmente susceptíveis a infecções pelo VEB. O Cytotect já é administrado com sucesso como profilaxia contra infecções por citomegalovírus (CMV) que ocorrem após o transplante. Comparado com outras imunoglobulinas, o Cytotect contém uma concentração especialmente alta de anticorpos contra o vírus Epstein-Barr.

No dia 13 de Julho, peritos de renome no campo dos transplantes discutiram conjuntamente com a Biotest as possíveis consequências da prática clínica do Cytotect. Os participantes nesta discussão concordaram unanimemente que a profilaxia estabelecida para o CMV também tem um efeito preventivo na formação de linfomas induzidos pelo VEB.

A Biotest espera que os novos resultados aumentem o potencial de comercialização do Cytotect.

Isabel Marques

Fontes: Pharmalive

Frutas e verduras reduzem em 30% o risco de morte precoce

A ingestão de pelo menos 500 gramas diárias de fruta e verduras reduz o risco de morte em 30% revela um estudo feito Instituto Catalán de Oncología (ICO). O estudo foi publicado no The American Journal of Clinical Nutrition.


Dois pratos de legumes, onde devem estar presentes tomates, pepinos e pimentos porque são os mais ricos em antioxidantes e três peças de fruta são a quantidade mínima necessária para garantir uma vida mais saudável. Falta contabilizar ainda um estilo de vida activo com prática de desporto.

A investigação foi feita durante seis anos e contou com a participação de 15.610 mil homens e 25.748 mil mulheres, com idades entre os 30 e os 69 anos, todos de origem espanhola. Cruzados os dados de acordo com as idades, o estilo de vida (activo ou passivo) e o sexo concluiu-se que há uma relação directa entre o maior consumo de vegetais e menor índice de mortalidade.

Carlos Gonzáles, responsável pelo Serviço de Epidemiologia do Cancro, salienta que «estamos numa fase em que a saudável dieta mediterrânea está a desaparecer, pelo que é necessário fazer uma campanha de sensibilização para este assunto».

As pessoas que participaram do estudo afirmam que não é difícil criar o acto de ter uma alimentação saudável, baseada na fruta e nas verduras.

sara pelicano

fontes: europa press