segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Sem admitir culpa em processo de superfacturação
Sanofi-Aventis paga para encerrar investigação


A companhia farmacêutica francesa Sanofi-Aventis anuiu no pagamento de 190 milhões de dólares para pôr termo a um processo de investigação relativo à superfacturação em serviços de saúde prestados às autoridades sanitárias dos Estados Unidos. De acordo com informações avançadas num comunicado emitido nesta segunda-feira pelas partes envolvidas no litígio, a firma farmacêutica francesa concordou em fazer o pagamento ao governo federal e aos governos estatais, descartando-se assim das acusações de que teria prestado falsas declarações ao Medicare e a outros programas de saúde no que diz respeito a preços de medicamentos.

O caso remonta ao período compreendido entre 1997 e 2004, durante o qual a Sanofi-Aventis terá fixado preços excessivamente elevados para o medicamento Anzemet, destinado ao tratamento de doentes de cancro, contra náuseas e vómitos decorrentes do processo de quimioterapia. “O governo alega que a empresa farmacêutica criou um sistema para manter alto o preço do Anzemet, sabendo que os programas federais de saúde determinam as percentagens de reembolso com base nos preços praticados”, explicou fonte próxima do processo, citada pela agência de notícias AFP. A companhia, num testemunho prestado isoladamente, afirmou que decidiu “resolver o assunto através de um acordo, sem admitir uma conduta inadequada”.

Carla Teixeira
Fonte: AFP

Vinho tinto pode ser decisivo no tratamento do síndroma de MELAS

Que o vinho tinto é benéfico para a saúde, quando consumido com moderação, era já um dado adquirido, mas agora um grupo de investigadores ingleses descobriu que existe nesta bebida alcoólica uma substância associada à longevidade, o resveratrol, que pode representar uma nova esperança para os doentes portadores do síndroma de MELAS (sigla inglesa composta pelas iniciais de encefalopatia mitocondrial, acidose láctica e episódios de ataques).

Os investigadores da Universidade de Newcastle-upon-Tyne decidiram então realizar uma investigação que conta com a participação de 30 pacientes portadores deste transtorno genético progressivo e potencialmente fatal. Normalmente, as pessoas atingidas pela doença começam por desenvolver um tipo de diabetes, mas os efeitos da doença podem estender-se logo a todo o corpo. Como salienta Patrick Chinnery, professor de neurogenética na universidade de Newcastle-upon-Tyne, os pacientes portadores deste síndroma “não podem converter a comida em energia, o que afecta o cérebro, o coração e os músculos dos seus membros”.

Ao longo da investigação, os participantes serão divididos em dois grupos de 15 elementos, sendo que a um dos grupos será administrado um tipo de resveratrol, chamado SRT501, enquanto que o outro grupo tomará um placebo.

Experiências levadas a cabo com ratos de laboratório mostraram que o SRT501 reduz os níveis de glucose em animais expostos a uma dieta rica em calorias e que, quando utilizado em combinação com outros medicamentos contra a diabetes, apresenta maiores benefícios, incrementando ainda a capacidade de corrida e a resistência física (devido ao aumento de mitocôndrias, que ampliam a potência muscular).

A investigação que será agora levada a cabo pelos investigadores ingleses, pretende verificar se os resultados apresentados pelos ratos também se registam em seres humanos, comparação esta que será baseada em imagens obtidas através de ressonância magnética e biópsias musculares.

Estudos recentes vieram comprovar que uma dieta equilibrada, com uma ingestão de menos 40 por cento das calorias, corresponde a um aumento de 50 por cento na longevidade, o que anima os investigadores e traz uma nova esperança aos doentes com síndroma de MELAS.

Inês de Matos

Fonte: Lusa

90% dos hipers Jumbo com parafarmácia até final do ano

Até ao final do ano, 90 por cento dos hipermercados Jumbo, explorados pelo grupo Auchan, deverão estar equipados com uma parafarmácia. De acordo com o Diário Económico, o investimento insere-se nos planos de expansão da actividade da empresa no país.

O grupo francês, que explora também os supermercados Pão de Açúcar, tem planos para investir em Portugal 600 milhões de euros durante os próximos três anos. A expansão do negócio na área de Saúde e Bem Estar, na qual se inserem as parafarmácias, está contemplada no montante reservado para o investimento.

Actualmente, o Grupo assume, em Portugal, a gestão da cadeia de hipermercados Jumbo e supermercados Pão de Açúcar, constituídas por um parque de 17 lojas – 15 da insígnia Jumbo e 2 da insígnia Pão de Açúcar. De entre os 15 hipermercados Jumbo existentes em território nacional, sete contam já com uma loja de venda de medicamentos.

De acordo com dados da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) referentes ao mês de Julho de 2007, as 335 parafarmácias que comunicaram as vendas facturaram 743 mil euros, sendo que o grosso deste mercado (41%) é detido pela cadeira Modelo Continente, com 31 lojas. Em Portugal há 485 postos autorizados e 35 ainda por abrir.

Marta Bilro

Fonte: Diário Económico, Jumbo, Farmacia.com.pt.

20 mil diabéticos em risco de cegar

Atraso nas consultas agrava sintomas da doença

A ausência de rastreios e a insuficiência de tratamentos estão a colocar em risco a visão de 15 a 20 mil portugueses que sofrem de diabetes. A cegueira é uma consequência previsível da doença que tende a ser agravada pelos atrasos no acesso à terapia. O alerta é dado por vários clínicos em medicina geral e familiar, mas também por oftalmologistas de unidades hospitalares.

De acordo com a edição desta segunda-feira do Diário de Notícias, os doentes estão sujeitos a esperar um ano para ir à consulta e, mais tarde, meses por um tratamento laser. “Há casos graves à espera de rastreio em conjunto com rastreios de rotina e primeiros rastreios», salienta o coordenador do Programa Nacional para a Saúde da Visão, Castanheira Dinis em declarações àquela publicação.

Alguns casos graves estão a ser misturados com consultas de rotina, refere o mesmo responsável, acrescentando que está já a ser trabalhada uma maneira de os distinguir de forma a criar prioridades. No entanto, acredita que «já se salvam mais pessoas da cegueira» e que «há mais controlo da diabetes entre os portugueses».

No Instituto Gama Pinto, instituição que também dirige, “o atendimento é preferencial a diabéticos”. Ali o tempo de espera está entre os três e os seis meses, sendo que, o tratamento é realizado logo que são identificadas as lesões indicadoras de retinopatia diabética.

No Algarve, o número de oftalmologistas não ultrapassa a meia dúzia, referem fontes do hospital citadas pelo jornal. Estabelecer protocolos com centros de saúde para fazer os rastreios, foi a solução encontrada porém, tratar as eventuais lesões pode demorar um ano. O mesmo acontece no Alentejo onde, apesar de haver máquinas para rastreio, “não existe resposta a tratamentos”, afirma Rosa Galego, médica na mesma área. Na zona centro o cenário é mais positivo, com as espera para uma consulta de retinopatia diabética a rondar os três meses.

Marta Bilro

Fonte: Fábrica de Conteúdos, Diário Digital, Diário de Notícias.

FDA quer alterar embalagens de alimentos para combater obesidade

A Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (FDA) vai analisar a possibilidade de criar um novo padrão para as embalagens de alimentos que forneçam aos consumidores dados nutricionais mais claros e concisos. O objectivo é facilitar a leitura das tabelas e, desta forma, combater a obesidade.

Apesar das informações nutricionais nas embalagens de alimentos serem obrigatórias, o Governo dos Estados Unidos da América (EUA) considera que estas indicações são muitas vezes confusas e ineficazes.

Com o fenómeno da obesidade a crescer no país, os responsáveis norte-americanos resolveram juntar empresas, investigadores, associações e Organizações Não Governamentais que, durante esta segunda e terça-feira (10 e 11 de Setembro) discutirão o assunto.

A obesidade é um problema cada vez mais comum nos países desenvolvidos e uma das principais causas do aumento do número de diabéticos. Calcula-se que 90 por cento dos doentes que desenvolvem a doença apresentam um peso 120 por cento superior ao considerado normal.

Este parece ser mais um sinal da preocupação que se tem gerado em torno do assunto e que tem vindo a chamar a atenção das empresas alimentares. Recorde-se que a cadeia norte-americana Dunkin' Donuts anunciou recentemente que todos os seus produtos comercializados nos EUA deixarão de conter gorduras hidrogenadas, associadas ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares e a problemas de obesidade.

Marta Bilro

Fonte: EmbalagemMarca.com.br, Farmácia.com.pt.

Resolução europeia regula venda de medicamentos on-line

A pensar nas boas práticas da distribuição de medicamentos on-line, o Conselho da Europa adoptou uma resolução que tem como objectivo enquadrar a venda de fármacos através da internet e via e-mail. Este é um grande avanço para a segurança dos pacientes e para a qualidade dos fármacos, referem os responsáveis europeus, salientando que a venda de medicamentos por e-mail não está actualmente regulada por qualquer standard.

A confiança e qualidade são ingredientes essenciais para que os doentes possam ter um acesso “conveniente” aos medicamentos que necessitam, refere a instituição, justificando a medida com o facto das novas directrizes trazerem alguma ordem sobre o crescente volume de transacções e a disparidade de práticas na venda de medicamentos on-line nos vários estados membros da União Europeia.

“Um crescente número de estados membros do Conselho da Europa estão a autorizar a venda de medicamentos através de encomendas e-mail, o que significa que esses medicamentos oferecidos para venda através da Internet podem ser comprados pelo consumidor em encomendas por e-mail. Os consumidores e doentes querem o acesso fácil e conveniente aos medicamentos que precisam e deveriam ter condições de confiar na qualidade dos medicamentos”, refere o comunicado publicado no portal do Conselho da Europa.

Na ausência de regulamentação relativa à venda por e-mail, e enquanto membros da cadeia de distribuição farmacêutica, as autoridades de saúde ficam responsáveis por garantir a segurança dos pacientes e a qualidade dos medicamentos.

Questões como o fornecimento, o aconselhamento dos pacientes, a notificação de efeitos adversos, o marketing e publicidade, a prescrição, ou as devoluções e defeitos devidos ao envio por e-mail estão também contempladas neste manual para a prática saudável da venda de medicamentos on-line.

Marta Bilro

Fonte: Sol, iGov.

Site «Eu quero parar» veicula conselhos e testes
Pfizer ajuda brasileiros a deixar de fumar


A multinacional norte-americana do sector farmacêutico Pfizer tem em marcha no Brasil uma campanha que tem como objectivo apoiar as pessoas que pretendem deixar o vício do tabaco. «Eu quero parar» é o nome da iniciativa, alicerçada numa página online que pode ser acedida de qualquer parte do mundo, e na qual, além de conselhos e testes, é prestada toda a informação necessária para aprender a dizer “não” ao cigarro.

“Sinta mais”, “divirta-se mais”, “participe mais”, “ame mais” e “viva mais” são alguns dos apelos da companhia farmacêutica aos utilizadores da página, disponível no endereço electrónico http://www.euqueroparar.com.br/, onde além dos fumadores também o público em geral e os profissionais de saúde podem encontrar apoio à sua estratégia de divulgação da mensagem de que o vício de fumar tem consequências perniciosas para a saúde do indivíduo que fuma e de todos os que o rodeiam nesse momento. Com testemunhos de especialistas e um fórum em que podem ser debatidos diversos temas em torno deste, o site dinamiza, com imagens apelativas e conteúdos simples e de grande valia técnica, a veiculação de uma mensagem de saúde pública, divulga notícias, dá dicas para travar a dependência, sugere exercícios físicos e permite avaliar, através de testes de saúde, o grau de adição dos fumadores, e ainda fornece wallpapers para o computador, para que o fumador nunca esqueça do seu objectivo de pôr termo ao vício.

Carla Teixeira
Fonte: «Eu quero parar», Pfizer
Sanofi Pasteur assinala aniversário com a criação de um site
Vacina contra a gripe comemora 60 anos



A Sanofi Pasteur, divisão de vacinas do laboratório farmacêutico francês Sanofi-Aventis (o terceiro maior grupo farmacêutico do mundo e o primeiro da Europa), acaba de lançar um site comemorativo dos 60 anos do desenvolvimento da Vaxigrip, a primeira vacina contra a gripe. Disponível em http://www.sanofipasteur.com.br/, o site «60 anos: 1947-2007» traça a perspectiva histórica da Sanofi Pasteur, fornece dados sobre a gripe e o impacto que ela tem na população mundial, aborda o tema das pandemias do século XX e focaliza aspectos como a eficácia da inoculação e os investimentos da empresa para ampliar a oferta de vacinas em todo o mundo.

Corria o ano de 1947 quando a Sanofi Pasteur assumiu, em nome da Sanofi-Aventis, o compromisso do combate ao vírus responsável pela gripe (influenza), com a produção da primeira vacina contra a doença, mas foram precisos cerca de 20 anos para que se desenvolvesse a Vaxigrip, que em 1968 foi licenciada em França, onde a companhia lançou entretanto a Fluzone. Desde então mais de 15 mil milhões de doses daquelas imunizações foram distribuídas à escala mundial. Só em 2006 foram 170 milhões, um número que representa 40 por cento da produção de vacinas contra o vírus Influenza em todo o planeta, estimada pela Organização Mundial de Saúde em 350 milhões de doses. Com eficácia comprovada por cerca de 30 estudos diferentes, realizados ao longo de 12 anos (redução de 67 por cento do risco de morte por qualquer causa em idosos e de 91 por cento no número de mortes associadas a pneumonias ou doenças associadas), a Vaxigrip está actualmente presente em 150 países, tantos quantos aquele em que está representada a própria companhia.
Tendo como titular da Autorização de Introdução no Mercado a Sanofi Pasteur MSD, a Vaxigrip é distribuída em Portugal pela UCB Pharma – Produtos Farmacêuticos Lda., e está disponível, no contexto europeu, em vários países e com várias designações: em Portugal, na Áustria, na Bélgica, na Dinamarca, na Finlândia, em França, na Grécia, em Itália, no Luxemburgo, na Suécia, na Holanda, na Islândia e na Noruega tem o nome de Vaxigrip, mas na Alemanha foi baptizada como “Flu Vaccinol”, e na Irlanda e no Reino Unido recebeu a designação de “Inactivated Influenza Vaccine (Split Virion) BP”. Já em Espanha tem como marca comercial Gripavac. Segundo consta do folheito informativo do medicamento, cuja última actualização foi aprovada pela Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde (Infarmed) no último mês de Agosto, trata-se de uma suspensão injectável em seringa pré-cheia com um virião fraccionado, inactivado, e está indicada para a profilaxia da gripe, particularmente em indivíduos com elevado risco de desenvolver complicações associadas.
O folheto refere que, como qualquer medicamento, a Vaxigrip pode ter efeitos adversos, tendo sido relatados nos ensaios clínicos da vacina, com uma incidência superior a um caso em 100, mas inferior a um em 10, dores de cabeça, sudação, dores musculares (mialgia), dores nas articulações (artralgia), febre, mal-estar, arrepios, fadiga, reacções locais como vermelhidão, inchaço, dor, hematoma (equimose), e endurecimento à volta da área de injecção. São reacções que, de acordo com o Infarmed, desaparecem ao fim de um ou dois dias.
Na fase de vigilância pós-comercialização foram também reportados casos de reacções cutâneas que podem espalhar-se a todo o corpo, incluindo comichão (prurido, urticária) e exantema, dor localizada ao longo do trajecto do nervo (nevralgia), alterações de percepção sensorial quando estão envolvidas reacções à palpação, dor, calor e frio, convulsões associadas a febre, perturbações neurológicas que podem ter como resultado rigidez do pescoço, confusão, entorpecimento, dor e fraqueza dos membros, perda de equilíbrio, perda de reflexos, paralisia de parte ou em todo o corpo (encefalomielite, nevrite, Síndrome de Guillain-Barré), redução temporária do número de plaquetas sanguíneas, que podem derivar em hematomas ou hemorragias excessivas (trombocitopénia transitória) e inchaço transitório das glândulas do pescoço, axilas ou virilhas (linfadenopatia transitória).
Nos casos mais graves de reacções alérgicas, a Vaxigrip pode conduzir a emergência médica com falência do sistema circulatório para manter um adequado fluxo sanguíneo para os diferentes órgãos (choque), em casos raros, inchaço mais aparente na cabeça e no pescoço (angiodema da face, lábios, língua, garganta ou qualquer outra parte do organismo) em casos muito raros, vasculite que pode resultar em exantemas cutâneos e, em casos muito raros, problemas renais.

Carla Teixeira
Fonte: SEGS.com.br, Infarmed

Lusíada recebe 13º Simpósio Anual de Doenças Renais

No próximo dia 19 de Outubro, a Universidade Lusiada, em Lisboa, vai receber o 13º Simpósio Anual de Doenças Renais, que este ano será dedicado ao tema Hipertensão arterial: o que há de novo?, tendo em conta uma relação com as doenças dos rins. A organização do encontro está a cabo da Sociedade Portuguesa de Nefrologia que conta já com confirmação da presença de um leque privilegiado de investigadores nacionais e estrangeiros.

Em debate estarão temas como o risco cardiovascular associado à doença renal, os diabetes e as drogas anti-hipertensivas, o panorama nacional e os riscos acrescidos para os idosos, propondo-se ainda uma reflexão sobre as recomendações europeias acerca do tratamento da hipertensão.

De acordo com a organização do evento, o público-alvo deste simpósio são os médicos nefrologistas, de medicina geral e familiar, cardiologistas e de medicina interna, e ainda os enfermeiros destas mesmas áreas. A avaliar pelas edições realizadas no passado, a organização espera uma forte adesão dos especialistas, admitindo mesmo que o encontro possa reunir até 400 participantes.

Para mais informações consultar: http://www.a-p-r.org


Inês de Matos

Fonte: Sociedade Portuguesa de Nefrologia