sexta-feira, 9 de novembro de 2007

«Comida que Cuida 2» auxilia diabéticos na mesa e na vida

“Pequenas mudanças no prato e nos hábitos, grandes efeitos na qualidade de vida, na imagem…”

A Sanofi-Aventis lançou, hoje, o livro «Comida que Cuida 2 - O prazer na vida e na mesa de quem tem diabetes», em São Paulo (Brasil). A obra dá continuidade ao primeiro livro da série e procura mostrar aos diabéticos que não é preciso abrir mão do prazer de se alimentar e como é possível desfrutar da vida, mesmo sendo portadores da doença.

Um ano depois de «Comida que Cuida – dicas de alimentação durante o tratamento de cancro», a farmacêutica francesa dirige-se agora aos doentes diabéticos com uma obra que vem para trazer uma boa notícia para os adolescentes e adultos que convivem com a doença: “É possível sim estabelecer uma relação mais prazerosa com a alimentação, mesmo diante das limitações que a diabetes impõe.”

Conseguir equilibrar a distribuição dos alimentos e na moderação da dieta, além da monitorização das taxas de glicemia é, segundo revelou a Sanofi-Aventis, “o segredo desvendado” no livro que está dotado de uma linguagem “acessível e bem-humorada” para abordar as dificuldades do dia-a-dia de quem tem diabetes.

De acordo com a farmacêutica, «Comida que Cuida 2 - O prazer na vida e na mesa de quem tem diabetes» traz também orientações para pais que têm filhos com diabetes que são complementados com depoimentos de vários especialistas de renome brasileiros que, deste modo, derrubam alguns mitos e esclarecem dúvidas sobre a doença.

“O livro reúne 70 receitas, inclusive sobremesas, que mostram como pequenas mudanças no prato podem melhorar a qualidade de vida do paciente com diabetes e ainda dá dicas de como se alimentar fora de casa, na churrascaria, no fast-food ou em ocasiões especiais, sem transgredir as regras básicas de alimentação que as pessoas com diabetes precisam seguir”, informa ainda a companhia.

Segundo a Sanofi-Aventis, a obra será disponibilizada, gratuitamente, nos hospitais e instituições que ofereçam serviços de apoio ao doente diabetético. A partir do dia 12 de Novembro, as instituições poderão encaminhar seus pedidos em formulário próprio, que será disponibilizado no site da empresa (www.sanofi-aventis.com.br) e, para permitir o acesso a um número maior de pessoas, nesta data, a obra também será publicada na íntegra no site corporativo da farmacêutica para download.

O primeiro livro «Comida que Cuida 1, para portadores de cancro, já beneficiou mais de 30 mil pacientes, frisou a farmacêutica.

Raquel Pacheco

Fonte: Sanofi-Aventis/InvestNews

Stresse piora controlo da diabetes

Estado emocional influencia manutenção dos níveis de açúcar no sangue, diz estudo

Investigadores norte-americanos da universidade Thomas Jefferson acreditam que o stresse psíquico agrava o controlo da diabetes. O estudo - publicado na revista «Alternative Therapies in Health and Medicine» - envolveu 14 diabéticos que foram submetidos a um programa de redução do stresse.

De acordo com os resultados divulgados, após um mês da intervenção, os cientistas constataram que “os marcadores de adequado controlo da doença melhoraram significativamente nos diabéticos que conseguiram diminuir o stresse, assim como, verificou-se uma queda da pressão arterial em níveis médios de 6 mmHg (milímetro de mercúrio).”

Segundo revelou a equipa norte-americana, a redução do stresse emocional “permitiu também a baixa da incidência de depressão, ansiedade e outras manifestações psicológicas”, concluindo, assim, que a diminuição do stresse emocional “auxilia na manutenção dos níveis de açúcar no sangue em valores aceitáveis para doentes diabéticos.”

A diabetes mellitus é uma doença crónica, definida pelo aumento constante da quantidade de açúcar no sangue, mesmo nos períodos de jejum. A doença costuma surgir na idade adulta, sendo mais comum em indivíduos obesos, sedentários, com dieta pouco saudável e com antecedentes familiares da doença.

Em Portugal existem cerca de 650 mil portugueses diagnosticados com diabetes. Estima-se que 65 mil portugueses sejam diabéticos tipo 1.

Recorde-se que, a Semana do Diabético começou na passada quarta-feira (dia 7) e termina a 14 de Novembro. O objectivo é sensibilizar os portugueses para a diabetes, com o intuito de incentivar a população a prevenir a diabetes tipo 2 e a compreender as implicações da diabetes tipo 1, diferenciando-a da tipo 2.

Tal como noticiou oportunamente o farmacia.com.pt, enquanto o Governo não se decide a ajudar, a Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP) vai apoiar dois jovens diabéticos carenciados ao oferecer-lhes duas bombas de insulina (ainda sem comparticipação) para provar a melhoria deste dispositivo na vida destes dois jovens.

No dia 13 de Novembro, Kátia Sopas, uma jovem diabética tipo 1 de apenas 14 anos, dará uma aula a famosos cujos principais objectivos são desmistificar os mitos associados à diabetes e consciencializar a população em geral da importância de aprender com aqueles que lidam com ela diariamente.

No Dia Mundial da Diabetes, dia 14, a AJDP irá realizar rastreios gratuitos à diabetes nas principais estações de metro de Lisboa, durante todo o dia.

Raquel Pacheco

Fontes: «Alternative Therapies in Health and Medicine»/Manual Merck/ AJDP/ farmacia.com.pt

Parkinson: Açores querem maior divulgação da doença

Divulgar a Associação de Doentes de Parkinson (ADP) nos Açores é uma das metas da delegação de Ponta Delgada. Neste sentido, esta semana, o organismo daquela Região Autónoma apresentou à direcção (no Continente) um dossier que acolhe os principais objectivos a atingir em 2008.

De acordo com um comunicado que o farmacia.com.pt teve acesso, “apoiar os doentes de Parkinson e as respectivas famílias; sensibilizar a família para os cuidados a ter com esses doentes e alertar as entidades regionais para o apoio a conceder a esses doentes; divulgar a informação disponível sobre esta doença e apoiar as escolas em trabalhos de investigação sobre esta matéria” são outros objectivos da delegação açoriana anunciados à direcção nacional da ADP com sede em Lisboa.

De referir que, com o apoio desta delegação, actualmente, em S. Miguel estão a realizar-se dois estudos sobre a incidência da doença de Parkinson na ilha: um de um grupo de alunos da Escola Superior de Enfermagem e outro de alunos finalistas da Escola Domingos Rebelo.

"Iremos também estreitar os laços de relacionamento com os Serviços de Neurologia do Hospital do Divino Espírito Santo. Estaremos atentos quanto às listas de espera das consultas e a frequência com as mesmas se realizam em cada doente”, adianta a ADP/Açores na nota, denunciando que “há familiares de doentes que se queixam de que os Neurologistas mandam voltar os doentes à consulta com pouca assiduidade."

"Visitaremos idosos com esta patologia em internamento para dar apoio psicológico e daremos continuidade ao mesmo depois da ´alta´ e voltaremos à carga com o apoio ao domicílio, através de um protocolo de colaboração com uma empresa especializada neste tipo de ajuda para idosos, assunto pendente na sede nacional", revelou ainda aquela delegação.

Raquel Pacheco

Fonte: Comunicado da ADP/Açores

Alergias podem proteger contra tumores cerebrais?

A alergia pode ser um factor de protecção contra o desenvolvimento de tumores cerebrais, sugere um estudo publicado na «American Journal of Epidemiology». Segundo a revista médica, a correcta relação ainda não foi estabelecida, por isso, novas investigações realizar-se-ão para avaliar as condições.

A insólita correlação alergias/tumores cerebrais foi observada por investigadores norte-americanos da Universidade do Estado de Ohio, Estados Unidos, a partir de estudos sobre glioma e meningioma - tipos diferentes de tumores cerebrais.

De acordo com «American Journal of Epidemiology» foi com alguma “surpresa” que os cientistas constataram que “os doentes que tinham algum tipo de alergia, apresentavam um risco menor de desenvolver glioma, sendo que, essa redução era ainda maior, se a condição alérgica ocorria no momento do diagnóstico do tumor, com excepção da asma.” Para o meningioma – segundo o artigo – “somente a ocorrência de eczema parece ser um factor de protecção contra o seu surgimento.”

Informações sobre a ocorrência de doenças alérgicas, como a asma e o eczema, foram correlacionadas com o desenvolvimento dos tumores cerebrais, seleccionados de forma aleatória. Ao todo, foram 1.527 casos de glioma e 1.210 casos de meningioma, que foram comparados com outros 3.309 casos de tumores cerebrais.

O estudo decorreu em centros especializados da Dinamarca, Noruega, Finlândia, Suécia e sudoeste da Inglaterra, no período de 2000 a 2004.

Raquel Pacheco

Fonte: «American Journal of Epidemiology»

Insuficiência cardíaca: estatina pouco eficaz em casos avançados


Novos dados sobre rosuvastatin calcium da AstraZeneca

A adição de uma estatina para optimizar o tratamento de insuficiência cardíaca não melhorou, de forma significativa, o prognóstico para doentes com insuficiência cardíaca avançada, revelaram os novos dados do estudo CORONA (Estudo Multinacional Controlado com Rosuvastatin para Insuficiência Cardíaca) apresentados, esta semana.

“Os pacientes que receberam o Crestor (rosuvastatin calcium) 10 mg da AstraZeneca apresentaram uma redução de 8 por cento (p=0,12) na finalidade principal combinada de morte cardiovascular ou enfarte do miocárdio ou acidente vascular cerebral (AVC), que não foi estatisticamente significativa”, anunciou John Kjekshus, coordenador do estudo divulgado durante as Sessões Científicas de 2007 da Associação Americana de Cardiologia.

Segundo explicou o investigador (responsável também pelo Departamento de Cardiologia do Hospital Universitário Rikshospitalet, em Oslo, Noruega), a conclusão deu-se “porque a estatina não conseguiu reverter ou prevenir a deterioração de um coração insuficiente”, acrescentando que “a redução foi, principalmente, causada por uma diminuição dos eventos ateroscleróticos, ou seja, AVC e enfarte do miocárdio (análise post hoc p=0,05) que é onde as estatinas provaram ter benefícios.”

John Kjekshus informou ainda que, neste estudo, “a maioria das mortes foram mortes súbitas, ou por causas não-isquémicas, que parecem não ter sido afectadas pela terapia com estatina”, sublinhando que, adicionalmente, “ocorreram, de forma significativa, menos hospitalizações dos pacientes que recebiam rosuvastatin calcium comparado com placebo, quer sejam por qualquer causa (p=0,007), causas cardiovasculares (p<0,001) ou por piora da insuficiência cardíaca (p=0,01).”

Considerando que os resultados do CORONA representam “um grande avanço na pesquisa médica e na interpretação dos doentes com insuficiência cardíaca avançada, que são, claramente, diferentes dos pacientes sem insuficiência cardíaca na resposta ao tratamento com estatina", destacou o investigador norueguês.

CORONA enfatiza intervenção precoce

"Nós adicionamos uma estatina altamente eficiente a um regime de tratamento ideal. As nossas descobertas sugerem que a principal causa da morte destes pacientes, provavelmente, não está relacionada aos eventos ateroscleróticos, onde foi demonstrado o benefício com estatinas em pacientes sem insuficiência cardíaca, mas em vez disso podem ter sido causadas pela deterioração do dano irreparável ao músculo do coração insuficiente”, reforçou John Kjekshus.

De acordo com o coordenador do estudo, o CORONA “enfatiza a necessidade de intervenção precoce na progressão da aterosclerose para prevenir uma de suas piores consequências, a insuficiência cardíaca."

Opinião partilhada por Elisabeth Bjork, diretora-geral de Ciência Médica para o Crestor (rosuvastatin calcium): “com este resultado, a AstraZeneca forneceu novas informações científicas para ajudar a responder estas importantes questões", frisou.

O CORONA foi realizado em 21 países, fazendo parte do extensivo programa de testes clínicos GALAXY da AstraZeneca, que tem o objectivo de tratar de importantes questões ainda sem respostas na pesquisa com estatinas. O Crestor (rosuvastatin calcium) já recebeu aprovações regulatórias em mais de 90 países, sendo que, mais de 11 milhões de pessoas receberam prescrição do fármaco em todo o mundo.

Raquel Pacheco

Fontes: PRNewswire/ http://www.AstraZenecaPressOffice.com/ www.GalaxyProgramme.org / www.crestor.com

Regulamentação sobre vendas online e transferência das farmácias só em Dezembro

O Infarmed está ainda a preparar a regulamentação necessária para que as farmácias possam mudar de localização ou vender medicamentos na Internet, o que só deverá acontecer em Dezembro, informou sexta-feira a Autoridade Nacional do Medicamento em comunicado.

O Infarmed anunciou que se encontra a preparar a regulamentação para a efectiva aplicação da legislação que entrou quarta-feira em vigor sobre o funcionamento das farmácias.

A regulamentação do Infarmed dirá respeito, nomeadamente, às transferências de farmácia dentro do mesmo município ou para municípios limítrofes e das transformações de postos farmacêuticos móveis permanentes, em farmácias. A regulamentação deverá também definir as áreas mínimas das farmácias e de divisões como sala de atendimento ao público, armazém, laboratório ou instalações sanitárias, entre outras regras.

"Por isso, enquanto a referida regulamentação não entrar em vigor, não será possível validar os correspondentes pedidos com a consequente devolução dos mesmos aos apresentantes", lê-se no comunicado do Infarmed, que estima que a entrada em vigor da regulamentação aconteça a 01 de Dezembro.

Também as comunicações obrigatórias das farmácias ao Infarmed, por via electrónica, a apresentação de pedidos através da página electrónica do instituto e a utilização de formulários adequados, dependem da prévia definição de regras.

À margem da regulamentação ficam os casos de averbamentos de transmissão da propriedade das farmácias ou das alterações dos respectivos nomes dos estabelecimentos.

Ainda segundo o Infarmed, o quadro normativo será publicado na sua página da Internet, "sem prejuízo da publicação em Diário da República, quando exigida", garante o organismo.

Por outro lado, o Infarmed diz ainda que existirá um período prolongado para a entrada em vigor da referida regulamentação, o que permitirá o seu conhecimento antecipado pelos interessados, "em termos que permitam igualdade de oportunidades na apresentação dos pedidos".

Inês de Matos

Fonte: Lusa
Cadeia de parafármacias deverá crescer 200 por cento em 2008
Pharmacon prevê abrir mais 18 lojas

Volvido apenas um ano sobre a entrada da Pharmacon no mercado português, a cadeia de parafarmácias prevê expandir em 200 por cento a sua rede de lojas em território nacional, com a abertura de 10 novos espaços no próximo trimestre e de outros oito até final de 2008. A aposta numa oferta diferenciada de produtos é, de acordo com os responsáveis pelo projecto, a razão do seu sucesso.

Em comunicado enviado ao farmacia.com.pt a Pharmacon frisa que esta aposta no crescimento da marca incidirá sobre a totalidade do território nacional, dando a resposta mais adequada dos investidores e do mercado a “um conceito de saúde completamente inovador e próximo do cidadão”. Aos espaços da empresa que já se encontram em funcionamento nas cidades de Albufeira, Alcabideche, Almada, Amadora, Beja, Coimbra, Massamá, Montijo, Portalegre, Quarteira, Sines, Vila Nova de Famalicão e Tavira juntar-se-ão, até final de Janeiro, as novas lojas de Braga, Brandoa, Cacém, Castro Verde, Faro, Guarda, Lisboa, Tomar e Vila Real de Santo António, para depois, durante o próximo ano, serem inauguradas novas lojas em Lisboa, Faro, Abrantes, Guimarães, Oeiras e Ourique.
Fernando Saraiva, director da Pharmacon, recorda que a cadeia só está no nosso país há cerca de um ano, e frisa que, “apesar dos constrangimentos inerentes à ainda recente implementação do sector das parafarmácias no mercado nacional, as nossas lojas apresentam um franco crescimento”, sendo hoje “notório que os portugueses confiam cada vez mais no nosso serviço diferenciado, que aposta na proximidade com o cliente e na assistência completa”, que inclui um catálogo de serviços mais abrangente do que é usual naquele tipo de estabelecimentos, que abrangem áreas como a fisioterapia, a homeopatia, a nutrição e a acupunctura, e a realização de análises clínicas.
Tendo em conta as necessidades dos doentes, o “sentido prático da vida actual” e as novas regras impostas ao sector farmacêutico, nos termos do novo regime jurídico, a Pharmacon disponibiliza já aos seus clientes o serviço de entrega de medicamentos ao domicílio, proporcionando-lhes também, em exclusividade, um inovador serviço: os gabinetes de telemedicina, onde os clientes Pharmacon têm a possibilidade de aderir a uma espécie de “consultório interactivo”, através do qual podem receber informações e aconselhamento médico, expondo as dúvidas a um médico de clínica geral, que estará disponível por videoconferência. Neste fim-de-semana a Pharmacon está presente na 10ª edição do Franchising Show, a decorrer na Exponor, em Matosinhos, onde dará a conhecer aos interessados o seu conceito de parafarmácia.

Carla Teixeira
Fonte: comunicado da ADBDCommunicare, site da Pharmacon

Pílula aumenta probabilidade de desenvolver cancro do colo do útero

A pílula contraceptiva aumenta o risco de desenvolver cancro do colo do útero, afirma um estudo publicado esta sexta-feira na revista médica britânica The Lancet. Porém, de acordo com os responsáveis pela investigação, o perigo é transitório, voltando à normalidade após uma pausa de dez anos.

Depois de analisarem 52 mil mulheres que tinham participado em 24 estudos em todo o mundo, os cientistas da Cancer Research UK, na Universidade de Oxford, verificaram que o risco é tanto maior quanto mais se prolongar o período de tempo durante o qual as mulheres tomam a pílula. No entanto, se suprimirem a toma do contraceptivo oral durante dez anos, o risco diminui drasticamente, é como se nunca tivessem tomado a pílula.

Investigações anteriores associaram a utilização da pílula a um aumento do risco de desenvolver cancro da mama, mas também a uma diminuição do risco de sofrer de cancro nos ovários e no colo do útero. Esta também não é a primeira vez que os especialistas encontram uma ligação entre a pílula e o cancro do colo do útero, mas até agora não estava clara a relação com o período de tempo.

Ainda assim, o risco de contrair cancro do colo do útero é reduzido quando comparado com o poder preventivo do contraceptivo em casos de cancro do ovário e do endométrio, sublinham os investigadores.

Os dados da pesquisa, no caso do Reino Unido, indicam que o risco de desenvolver cancro do colo do útero em mulheres que nunca tomaram o contraceptivo corresponde a uma média de 3,8 em mil, sendo que este risco aumenta para 4 em mil entre as que tomaram a pílula durante cinco anos e para 4,5 em mil para quem a tomou durante dez anos.

Apesar destas conclusões, a pílula continua a ser um dos contraceptivos mais eficazes e, a longo prazo, o ligeiro aumento no risco de desenvolver cancro do colo do útero e de mama é contrabalançado pela redução no risco de cancro do ovário e do útero, referiu Jane Green, investigadora que conduziu o estudo.

Marta Bilro

Fonte: Diário Digital, Lusa, Globo Online.

Rastreio ao cancro da próstata: Deputados dão o exemplo

A Assembleia da República vai receber, na terça e quarta-feira, uma acção de rastreio ao cancro da próstata. Deputados e funcionários do hemiciclo vão ter, durante dois dias, a oportunidade para fazer um check-up à doença que afecta todos os anos em Portugal entre 3000 a 4000 homens.

O diagnóstico é feito através do PSA Check, um teste que consiste numa pequena picada no dedo que, em apenas cinco minutos, permite detectar os níveis de PSA – a proteína que, quando presente no sangue, indica problemas na próstata.

A iniciativa, que conta com o apoio da Pharmasense/ADBD Communicare, pretende alertar para a necessidade do diagnóstico precoce, muitas vezes descurado pela maioria dos portugueses.

O cancro da próstata é a segunda causa de morte entre os homens na Europa e nos Estados Unidos da América. Em Portugal, a patologia é diagnosticada a 10 por cento dos homens com mais de 50 anos. Os sintomas revelam-se numa fase muito avançada, já quase sem hipótese de cura. O diagnóstico atempado é crucial para aumentar a possibilidade de tratar eficazmente a doença.

Marta Bilro

Fonte: Comunicado ADBD Comunicare, Portal da Saúde, Portal do Cidadão com Deficiência.

Estudo põe em causa necessidade de vacinação de reforço

A vacinação de reforço para doenças como o tétano, o sarampo ou a papeira pode estar a ser administrada desnecessariamente. A questão surge com a divulgação dos resultados de um estudo norte-americano, que detectou níveis elevados de anticorpos presentes no sangue dos pacientes que receberam a vacinação há anos, sugerindo que as actuais recomendações sobre a vacinação de reforço devem ser revistas.

De acordo com o trabalho realizado por investigadores da Universidade de Ciência e Saúde de Oregon, nos Estados Unidos da América, a persistência dos anticorpos pode ser um indicativo de que as actuais recomendações sobre a frequência com que devem ser administradas as doses de reforço deveriam ser reanalisadas, visto que a protecção pode durar para toda a vida.

Segundo explicou Mark K. Slifka, um dos autores do estudo, a vacina do tétano, por exemplo, poderia ser administrada a cada 30 anos, em vez de o ser a cada 10 anos, como acontece actualmente. “Se continuarmos a melhorar as nossas vacinas, um dia poderemos vir a conseguir fornecer imunidade para toda a vida através de uma só vacina”, afirmou o mesmo responsável.

Ainda assim, de acordo com John Treanor, um médico especialista em doenças infecciosas na Universidade de Rochester, no estado de Nova Iorque, antes do sistema de saúde poder eliminar as doses de reforço são necessários mais estudos sobre surtos de determinadas doenças e sobre a inexistência de eficácia das vacinas. Apesar de considerar que o estudo é uma boa ajuda, Treanor duvida que as conclusões sejam “tão definitivas”.

Os autores do estudo, publicado no “New England Journal of Medicine”, analisaram 630 amostras de sangue de 45 pacientes. Em cada amostra foi analisada a taxa de decadência em anticorpos de vacinas para o sarampo, papeira, rubéola, varicela, vírus de Epstein-Barr e vírus do herpes causador da mononucleose.

As vacinas no sistema imunitário

Uma vacina é uma substância derivada, ou quimicamente semelhante, a um agente infeccioso particular, causador de doença. Esta substância é reconhecida pelo sistema imunitário do indivíduo vacinado, suscitando uma resposta que o protege de uma doença associada ao agente. A vacina, portanto, induz o sistema imunitário a reagir como se tivesse realmente sido infectado pelo agente, explica Manuel Carmo Gomes, no portal da Faculdade de Ciências de Lisboa.

A primeira resposta do sistema imunitário, quer a uma vacina, quer ao agente infeccioso, é em geral lenta e inespecífica. Porém, o facto de o agente não existir na vacina com capacidade para se multiplicar rapidamente e causar doença, dá ao sistema imunitário tempo para preparar uma resposta específica e memorizá-la. No futuro, caso o vacinado seja realmente infectado, o sistema imunitário responderá com rapidez e eficácia suficiente para o proteger da doença.

Ainda assim, a reacção individual a uma vacina depende sempre dos antecedentes de estimulação do sistema imunitário do indivíduo vacinado, da genética subjacente às características do sistema imunitário, e do seu estado geral de saúde

Marta Bilro

Fonte: The Wall Street Journal, Pharmalot, Portal da Saúde, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Atral-Cipan entra no mercado dos genéricos através da filial Vida

O grupo farmacêutico Atral-Cipan vai lançar-se no negócio dos medicamentos genéricos em Portugal e no estrangeiro através da empresa Vida, anunciou, esta quinta-feira, o administrador-delegado, José Gavino.

“A empresa Vida, após a reestruturação do grupo, vai passar a apostar na área dos medicamentos genéricos [para o mercado interno e para exportação], além das matérias-primas, medicamentos veterinários e especialidades farmacêuticas que já faziam parte da sua actividade”, disse à agência Lusa o gestor.

José Gavino considera que “o mercado português de genéricos, mas sobretudo o internacional, têm um potencial de crescimento enorme”, uma aposta que o grupo está empenhado em vencer num mercado cada vez mais global.

Esta é a melhor altura para “dar um salto significativo” para fora do país, através do incremento das exportações, afirma o responsável, salientando que, após a reestruturação interna levada a cabo no grupo, o desafio é crescer através da exportação. “À reestruturação interna [já realizada] segue-se agora a internacionalização e a exportação, que permitirá ao grupo alcançar um volume de negócios na ordem dos 50 milhões de euros nos próximos três anos”, frisou José Gavino.

Com vista á reorganização e modernização das suas estruturas, a Atral-Cipan tem investido 5 milhões de euros por ano, prevendo encerrar 2007 com um volume negócios de 40 milhões de euros, uma subida de 5 por cento face a 2006.

"A empresa Vida é sobejamente conhecida da classe médica e dos farmacêuticos", defende José Gavino, motivo pelo qual foi escolhida pelo grupo para avançar no negócio dos medicamentos genéricos. "Temos toda a capacidade tecnológica, conhecimento e tecnologia, além de uma equipa altamente qualificada e motivada, pelo que não foi necessário arrancar com uma empresa de raiz", explicou.

Os mercados emergentes, como a Índia e a China, estão cada vez mais presentes no mercado farmacêutico mundial e também não escapam à atenção do grupo Atral-Cipan. O mesmo acontece com a Turquia, para onde têm exportado matérias-primas e produtos farmacêuticos.

Em Julho de 2006 o grupo deu início a uma reestruturação interna com o encerramento das suas operações no Porto, Coimbra e Funchal e a concentração no Carregal. A imagem do grupo deverá também sofrer alterações, através da adopção de um novo logótipo, mantendo como chapéu a Atral-Cipan. O grupo engloba sete empresas: a Atral-Cipan (Atral e Cipan), a Atral-Cipan PRINMON, Mediquímica, Mediscript, Vida e a Gesframa e conta com 470 colaboradores.

Marta Bilro

Fonte: Diário Digital, Lusa, RTP, Farmacia.com.pt.

Governo holandês deve aprovar desenvolvimento de fármaco à base de canábis

O Governo holandês fez saber que pretende dar luz verde à empresa Echo Pharmaceuticals para o desenvolvimento de um medicamento à base de canábis, medicamentos que se encontram à venda desde 2005, desde a sua aprovação no Canadá.

Em 2003, a Holanda foi o primeiro país do mundo a aprovar a comercialização de canábis em farmácias, mediante receita médica, para tratar dores crónicas, náuseas, falta de apetite provocada pelo cancro, HIV e esclerose múltipla.

Depois da Holanda, vários foram os países que legalizaram a venda de marijuana para fins medicinais e actualmente é comercializada no Reino Unido, Canadá, Espanha, Austrália e em alguns estados dos EUA.

Em Portugal, o Infarmed declarava em Julho deste ano à agência Lusa que havia já algum tempo que alguns laboratórios nacionais se encontravam a realizar testes sobre os efeitos medicinais da marijuana, mas negou ter recebido qualquer pedido de regulação de um medicamento à base de canábis.

O Infarmed fez ainda saber que existem no mercado nacional “medicamentos contendo derivados do ópio”, explicando que para tal “a substância tem apenas que provar que é eficaz e com uma relação benefício/risco adequada à indicação terapêutica a que se destina”.

Em Itália, onde os medicamentos à base de canábis são proibidos, uma mulher doente em estado terminal com cancro do pulmão recorreu aos tribunais para que lhe fosse permitido o acesso aos fármacos e ganhou a causa, pois a juíza reconheceu-lhe o direito à saúde, decretado no artigo nº32 da Constituição, permitindo à doente o uso destes medicamentos..

Inês de Matos

Fonte: Correio da Manhã, Lusa, AidsPortugal

FDA emite novos alertas sobre fármacos para a anemia

A agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA) lançou um alerta para a actualização da rotulagem de aviso dos fármacos para a anemia induzida por quimioterapia, da Amgen e da Johnson & Johnson. Esta acção reflecte as preocupações com a segurança, reveladas anteriormente, ligadas à utilização excessiva dos fármacos por pacientes com cancro ou doença renal. As companhias anunciaram que já alteraram a rotulagem dos fármacos em colaboração com a FDA.

A FDA declarou que aprovou várias alterações à rotulagem para os fármacos para a anemia, conhecidos como agentes estimulantes da eritropoiese (ESA), que foram relacionados a um aumento da taxa de mortalidade, ataques cardíacos e coágulos sanguíneos. Os novos rótulos enfatizam que os fármacos causaram crescimento do tumor ou reduziram a sobrevivência em pacientes, com cancro da mama avançado, cancro da cabeça e do pescoço, leucemia linfóide e cancro do pulmão de não pequenas células, submetidos a quimioterapia, e que tomaram fármacos para combater a anemia. Os pacientes com maior risco de sofrer os efeitos adversos receberam uma dose para tentar atingir um nível de hemoglobina de 12 gramas por decilitro ou mais.

Os fármacos em questão são comercializados como Procrit (epoitina alfa), comercializado e distribuído por uma subsidiária da Johnson & Johnson, o Epogen (epoetina alfa) e Aranesp (darbepoetina alfa), da Amgen Inc. Estes fármacos são versões geneticamente desenhadas de uma proteína natural que aumenta o número de glóbulos vermelhos. A Amgen e a Johnson & Johnson são as únicas companhias, nos Estados Unidos, que fabricam medicamentos para a anemia. Os fármacos geraram 10 mil milhões de dólares em vendas para as duas companhias no ano passado.

A FDA tinha aprovado, em Março, novos rótulos para os fármacos, mas os novos avisos enfatizam os tipos de cancros afectados, e ressaltam que os medicamentos não melhoram a qualidade de vida geral dos pacientes. A FDA reforçou que as terapias com ESA devem ser descontinuadas a seguir à conclusão da quimioterapia.

Isabel Marques

Fontes: www.rttnews.com, CNNMoney, Associated Press, www.thestreet.com

Cientistas portugueses criam microship para diagnosticar precocemente a espondilite anquilosante

Um grupo de investigadores nacionais encontra-se a desenvolver um microship que irá permitir diagnosticar precocemente a espondilite anquilosante, uma doença que em Portugal afecta entre 30 a 50 mil pessoas e que em média demora cerca de oito anos a ser diagnosticada.

Trata-se de um “novo sistema de classificação com relevância para o diagnóstico, prognóstico e monitorização da actividade da doença através da criação de um microship”, fazem saber os investigadores em comunicado.

Os objectivos do estudo serão apresentados no próximo dia 10, durante o XIX Encontro Nacional de Espondilíticos e seus familiares, que vai ter lugar na Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril, a partir das 10:00. O evento é promovido pela Associação Nacional de Espondilite Anquilosante e vai contar com a presença do Presidente da Federação Internacional da Espondilite Anquilosante.

A iniciativa está a cargo do Hospital de Egas Moniz, em Lisboa, mas engloba todos os centros de Reumatologia a nível nacional e pretende, pela primeira vez, caracterizar uma população representativa de doentes portugueses com espondilite anquilosante no que diz respeito a dados clínicos, estado funcional e de qualidade de vida.

Por outro lado, “esta investigação irá permitir a caracterização das variantes genicas e será ainda possível estabelecer comparações entre formas familiares versus esporádicas da doença”explica o documento.

“A avaliação dos resultados do estudo poderá estabelecer a importância de diferentes alelos e genótipos na susceptibilidade para a doença e de correlações com variáveis diversas como a idade de início da doença, o tipo de envolvimento, manifestações sistémicas, actividade da doença, compromisso funcional e gravidade radiológica”, acreditam os investigadores.

A espondilite anquilosante é uma doença reumática inflamatória da coluna vertebral e das articulações sacroilíacas (situadas no final da coluna com os ossos da bacia), responsável por dores e rigidez da coluna, podendo levar à perda da mobilidade.

Inês de Matos

Fonte: Comunicado de imprensa