sexta-feira, 6 de julho de 2007

Ixabepilona demonstra resultados positivos ensaio clínico de Fase II


A farmacêutica norte-americana Bristol-Myers Squibb revelou que a ixabepilona, um fármaco experimental contra o cancro da mama, demonstrou actividade em doentes portadores da doença que se mostraram resistentes a três tipos comuns de quimioterapia.

Os resultados do ensaio clínico de Fase II mostraram que a substância obteve resultados positivos em doentes que previamente tinham sido tratados com quimioterapia, incluindo antraciclina, taxane e capecitabina. As conclusões do estudo, que envolveu 126 pacientes, deverão ser publicados em Agosto no “Journal of Clinical Oncology”, avançou o laboratório.

A Bristol-Myers Squibb garantiu recentemente uma revisão prioritária por parte da Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (Food and Drugs Administration - FDA) para a ixabepilona. A entidade reguladora deverá emitir um parecer acerca do medicamento no final de Outubro.

O objectivo da farmacêutica é utilizar a substância no tratamento de doentes com cancro da mama em fase avançada que não reagiram ao tratamento prévio com quimioterapia.

Marta Bilro

Fonte: Reuters, CNN Money, Forbes.

Eli Lilly cede direitos do Distaclor à Pharmalink

A Eli Lilly & Company, divisão Indiana da farmacêutica norte-americana Eli Lilly, cedeu os direitos de comercialização do seu primeiro antibiótico de amplo espectro, o Distaclor (Cefaclor) à Pharmalink, uma subsidiária da Quintiles International.

O medicamento, utilizado no tratamento de otites, infecções na pele, bronquite e infecções do trato respiratório, é comercializado na Índia, pela Eli Lilly, desde 1993. O novo acordo é valido apenas para a Índia e o Nepal.

“Esta acção está completamente alinhada na nossa estratégia global de introduzir produtos novos e inovadores da forte linha da investigação da Lilly”, afirmou Sandeep Gupts, representante da empresa indiana.

Pertencente à família do Cefaclor, o Distaclor é uma cefalosporina, um fármaco que interfere na síntese da parede celular do peptidoglicano via inibição de enzimas envolvidas no processo de transpeptidação.

Marta Bilro

Fonte: The Financial Express, PharmaAsia.

Pfizer e Novartis chegam a acordo no caso do Zithromax

A Pfizer chegou a acordo num processo judicial instituído contra a farmacêutica suíça Novartis por alegada violação da patente norte-americana do Zithromax (Azitromicina), um antibiótico utilizado no tratamento de infecções respiratórias, otites e infecções genitais.

O laboratório norte-americano processou a Novartis e a Sandoz, a sua unidade norte-americana de genéricos, em Fevereiro de 2006, referindo que estaria a ser “irreparavelmente prejudicada” pela utilização de fórmulas da sua invenção de azitromicina por parte das empresas rivais. De acordo com o tribunal, as empresas “chegaram a acordo em todas as alegações” relacionadas com a patente do medicamento.

No espaço de um ano a Pfizer contabiliza já dois acordos relativos à patente do Zithromax. Em Novembro de 2006, o laboratório israelita Teva Pharmaceutical Industries disponibilizou-se a pagar à Pfizer cerca de 51 milhões de euros para adquirir os direitos de produzir medicamentos semelhantes ao Zithromax e ao Idamycin.

Depois do término da patente norte-americana da azitromicina, em 2005, a Pfizer deparou-se com uma quebra vertiginosa nas vendas do Zithromax, uma vez que várias farmacêuticas colocaram no mercado versões semelhantes do produto. Em 2005 a Pfizer arrecadou cerca de 1,5 mil milhões de euros com as vendas do Zithromax, as quais não ultrapassaram os 468 milhões de euros no ano passado.

Marta Bilro

Fonte: STLtoday, Medical Marketing & Media.

Medicamentos abortivos: mulheres ainda compram em Espanha

Citotec é vendido no país vizinho sem receita médica e ao preço de 12 euros



Há mulheres portuguesas que ainda recorrem a Espanha para comprar medicamentos abortivos. Esta situação acontece devido à recusa de alguns hospitais em praticar a interrupção voluntária da gravidez (IVG). Outro motivo apontado é o factor preço.


A nova regulamentação da lei da IVG entra em vigor dia 15 de julho, no entanto, o hospital de Matosinhos (Porto) e o São Francisco Xavier ( Lisboa), já informaram que não vão praticar a IVG pelo facto de todos os médicos terem invocado objecção de consciência. Hoje, o Hospital de São Bernardo ( Setúbal) também afimou “discordar da nova legislação.”

Segundo informou uma funcionária daquela unidade de saúde, o hospital discorda “da nova legislação”, regendo-se, por isso, ainda “pela lei antiga.”

A afirmação surgiu numa reacção espoletada com base nas de declarações de várias mulheres à Agência Lusa. As mulheres revelavam ter recorrido ao país vizinho para comprar o Citotec, (fármaco abortivo vendido em Espanha sem receita médica).

O Citotec tem um custo de 12 euros (em Espanha). Argumento, também, usado por uma das mulheres que, confidenciou à mesma fonte (Lusa), ter-se dirigido a uma clínica da região, mas que perante o valor de 475 euros, recuou de imediato: “Com esse dinheiro, dá para ir a Espanha comprar o medicamento e voltar e ainda sobra bastante”, sustentou.

Confrontado com as situações vividas pelas mulheres e denunciadas pelo Movimento Democrático de Mulheres, o Centro Hospitalar de Setúbal (CHS) clarificou somente que o serviço de ginecologia e obstetrícia da estrutura “tem respondido às necessidades da legislação anterior relativa à Interrupção Voluntária da Gravidez ainda em vigor.”


IVG em três hospitais

Até ao momento, os hospitais de Portimão, Garcia de Orta, em Almada, e a Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, são as únicas unidades de saúde portuguesas a praticar abortos a pedido da mulher.

De acordo com o presidente da Comissão de Saúde Materna, Jorge Branco, estas unidades deverão juntar-se a 12 hospitais da Administração Regional de Saúde do Norte que, a partir de segunda-feira (dia 9), começam a realizar abortos a pedido da mulher até às dez semanas.

Raquel Pacheco

Fonte: Lusa/Fábrica de Conteúdos/Sol

Tolevamer ineficaz no tratamento de diarreia causada por antibióticos

A Genzyme, empresa líder no mercado mundial de biotecnologia, anunciou que a última fase de ensaios clínicos do Tolevamer não indicou quaisquer benefícios extra relativamente a outro antibiótico comum com a mesma indicação terapêutica. O novo fármaco destinava-se ao tratamento da diarreia relacionada com o Clostridium difficile, uma infecção que produz duas toxinas que podem danificar a mucosa do intestino grosso.

O objectivo dos ensaios clínicos era demonstrar que o Tolevamer era mais eficaz do que a vancomicina no tratamento de 1.100 pacientes que sofriam de diarreia associada à infecção por Clostridium difficile. Apesar de ser segura, bem tolerada e das infecções recorrentes serem raras, o medicamento não demonstrou eficácia suficiente, afirmou a Genzyme. A divulgação destas conclusões resultou numa quebra de 5 por cento nas acções da empresa.

O novo fármaco era já considerado um dos mais promissores na sua linha de acção. No entanto, as novas conclusões vieram contrastar com as descobertas da Fase II de ensaios clínicos que davam conta de uma fórmula oral sólida de Tolevamer que cumpria o seu objectivo primário de não ser inferior quando comparado com a vancomicina. “Estes são resultados decepcionantes que alteram as nossas expectativas acerca do potencial de comercialização do Tolevamer num futuro próximo”, afirmou Henri Termeer, director executivo da Genzyme.

O Tolevamer pretendia ser o primeiro medicamento não-antibiótico para o tratamento deste tipo de diarreia causada por uma bactéria que se pode desenvolver e provocar uma infecção intestinal, frequentemente originada pela toma de antibióticos. A Genzyme adiantou que o Tolevamer líquido está a ser alvo de um segundo ensaio em fase final, cujos resultados deverão ser revelados ainda este ano. Os analistas da Cowen & Co. previam que o pico de vendas do novo medicamento pudesse atingir os 147 milhões de euros caso fosse demonstrada a sua eficácia na prevenção do reaparecimento desta infecção.

De acordo com o portal Ciência Hoje, o Clostridium difficile é a principal razão dos casos de diarreia infecciosa contraídos nos hospitais, podendo provocar colite aguda, que pode ter como consequência a remoção de parte do intestino ou até a morte. Contrariamente a outras bactérias, que podem ganhar resistência aos medicamentos utilizados para as eliminar, a Clostridium difficile desenvolve uma reacção peculiar aos antibióticos utilizados para doenças como a pneumonia. Os sintomas começam habitualmente enquanto a pessoa está a tomar os antibióticos. No entanto, em 75 por cento dos pacientes os sintomas surgem entre 1 e 10 dias depois da suspensão do tratamento e em algumas pessoas até depois de 6 semanas.

Marta Bilro

Fonte: The Earth Times, CNN Money, Forbes, Reuters, Manual Merck, Ciência Hoje.

Porque não deve tomar o mesmo medicamento do seu vizinho ou amigo?

Duas pessoas não reagem da mesma forma ao tomar o mesmo medicamento. Desta maneira deve sempre consultar o seu médico ou farmacêutico, antes de ingerir qualquer medicamento.

A acção esperada dos medicamentos pode variar de uma pessoa para a pessoa. Umas reagem melhor e outras nem tanto.

Isso acontece devido a vários factores. Os principais estão relacionados com o próprio doente, como o ambiente em que ele vive, a reacção aos medicamentos, condições genéticas, factores ambientais e alimentação.

Depois existem outros factores, ligados com a admistração do medicamento. Quando um remédio é para ser tomado de 6 em 6 horas, não deve ser tomado passado 8h. Quando um comprimido é para ser engolido não deve ser trincado. Quando um comprimido é para tomar antes das refeições não deve ser tomado após.

Todos estes procedimentos, incorrectos, podem levar a efeitos não desejáveis por parte do paciente.

Liliana Duarte

Fonte: Portal da Saúde Brasil

Saúde Oral- Gengivite

A higiene oral, em Portugal, continua a ser um ponto da saúde a apostar. Os individuos não vão com regularidade ao dentista e muitas vezes quando vão já não conseguem resolver a tempo os problemas.

Quando ao lavar os dentes, ocorre sangramento gengival, pode ser um sinal de gengivite, uma inflamação da gengiva, causada pela presença de placa bacteriana e tártato nos dentes.

Os principais sintomas são: gengiva avermelhada e inchada e ocorre sangramento ao escovar normalmente os dentes. O sangramento é o melhor sinal da gengivite, mostrando ao indivíduo que aquele local necessita de maiores cuidados durante a lavagem.

O tratamento passa por uma ida ao dentista e na redução da frequencia de ingestão de açúcares, assim como, ter por hábito lavar os dentes sempre após as refeições.

Desta forma dá-se a redução da formação da placa bacteriana e consequentemente da gengivite.

Liliana Duarte

Fonte: Portal Saúde

Veropharm na rota de interesses da GlaxoSmithKline

A GlaxoSmithKline poderá estar interessada em adquirir os 36,6 por cento disponíveis da Veropharm, uma empresa russa produtora de medicamentos genéricos. As negociações não foram confirmadas por nenhuma das partes, porém, fontes não oficiais avançam que a corretora Troyka Dialog está a fornecer aconselhamento acerca da possível aquisição.

Esta transacção permitiria ao laboratório britânico aumentar a sua quota de mercado mas também agradar aos produtores locais que têm preferências por vários programas sociais estatais sobre provisões de medicamentos.

No caso da Veropharm, a venda desta fatia da empresa representa uma ajuda para fazer frente à dívida actual, que ascende aos 195 milhões de euros. A Veropharm é uma produtora farmacêutica líder no mercado russo e a mais bem sucedida ao nível das vendas no ramo da oncologia e de emplastros.

De acordo com os analistas da Pharmexpert, a Veropharm foi considerada, em 2005, a empresa em maior expansão no âmbito oncológico, com uma quota de mercado de 60,9 por cento entre os produtores russos.

Marta Bilro

Fonte: PMR Business, Veropharm.ru

Cataratas

Em cada etapa da vida, as pessoas têm maior probabilidade de desenvolver determinados tipos de doenças.

A catarata é uma dessas doenças. Quando a origem é o envelhecimento, designa-se de catarata senil e costuma desenvolver-se por volta, ou a partir dos 50 anos.

A catarata pode ter várias causas. Para que seja tratada adequadamente e não cause sustos desnecessários, é muito importante ter conhecimento sobre a doença e procurar ajuda médica, logo que os primeiros sintomas apareçam.

A catarata é caracterizada pela opacidade do cristalino, uma estrutura transparente, cuja função é servir de lente para o olho.

O primeiro sintoma da catarata é a diminuição da acuidade visual. O paciente também pode ver manchas escuras no campo de visão. A catarata não provoca dores ou avermelhamento dos olhos.

Geralmente, é possível ver uma opacidade branca no olho. Além disso, a visão também fica alterada conforme a quantidade de luz.

O diagnóstico da doença é feito pela observação da opacidade branca no olho e também por aparelhos oftalmológicos .

Há vários tipos de intervenções cirúrgicas que impedem a progressão da doença. Várias técnicas podem ser utilizadas, como é o caso do laser.

Para prevenir a doença deve-se consultar um oftalmologista uma vez por ano, independentemente do facto de apresentar sintomas ou não. Dessa forma, o médico pode acompanhar alterações com exames mais precisos e diagnosticar problemas com maior antecedência, preservando, assim, a vida do doente.


Liliana Duarte

Fonte: Portal Saúde Brasil Net

GlaxoSmithKline perto da vacina para a dengue

A farmacêutica GlaxoSmithKline deverá estar a um passo de desenvolver a primeira vacina contra a dengue, revela um relatório recentemente divulgado. Esta infecção causada por arbovírus aparece esporadicamente em Portugal, no entanto, alguns países nos trópicos e subtrópicos enfrentam, frequentemente, surtos graves da doença.

De acordo com Jean Stephenne, presidente da GlaxoSmithKline Biologicals, os ensaios clínicos de Fase II deverão começar na Tailândia, no início do próximo ano, e envolvem mais de 3.000 pessoas. “Temos estado a trabalhar na vacina da dengue em conjunto com o Exército dos Estados Unidos da América há cerca de 10 anos”, afirmou o responsável em declarações ao The Straits Times.

De acordo com Stephenne, durante a primeira parte do processo, a vacina foi testada em 200 pessoas nos EUA, tendo demonstrado segurança e eficácia. Logo que os ensaios de Fase II sejam concluídos, a substância deverá passar à última fase de ensaios clínicos, de modo a testar a sua eficácia em outras partes do mundo, incluindo Singapura que, desde o inicio do ano já registou 3.597 casos da doença, três dos quais acabaram por ser fatais.

“Temos que comprovar que a vacina será segura para todos, o que significa que o seja tanto em crianças como adultos”, referiu Spethenne, salientando que deverão ser gastos entre 368 e 736 milhões de euros nos procedimentos de pesquisa e desenvolvimento. A farmacêutica britânica acredita que a vacina poderá estar disponível no mercado dentro de cinco anos.

Transmitida por mosquitos, a dengue manifesta-se por febre, inflamação dos gânglios linfáticos e hemorragia. Causa dores articulares e musculares intensas, pelo que recebe o nome de febre «quebra-ossos», podendo ser mortal. Costuma afectar crianças com menos de 10 anos e, nos anos seguintes, são frequentes as infecções recorrentes por diferentes tipos de vírus. O mosquito Aedes aegypti é o principal vector da doença que não é transmissível de pessoa a pessoa.

Marta Bilro

Fonte: The Earth Times, Manual Merck

Buenos Aires recebe Jornadas e Congresso sobre Alergia, Asma e Imunologia

A capital da Argentina recebe, entre os dias 16 e 18 de Agosto, as Jornadas Anuais e o Congresso do Cone Sul da Sociedade Latino-americana de Alergia, Asma e Imunologia. O evento deverá concentrar-se em aspectos práticos sobre a prevenção e tratamento da asma, da rinite e das alergias dermatológicas.

Face ao aumento da prevalência das alergias e do seu impacto na qualidade de vida da população, os especialistas consideram que é também importante incidir sobre a discussão da intervenção precoce. Para que essa intervenção seja possível é necessário um diagnóstico atempado, tema que também estará em foco durante o encontro.

Organizado pela Associação Argentina e Alergia e Imunologia Clínica e pela Sociedade Latino-Americana de Alergia, Asma e Imunologia, o programa deste acontecimento científico conta com a realização de várias conferências, simpósios plenários e cursos teórico-práticos, onde se incluem cursos de actualização para médicos de família, um programa especial para médicos em formação e sessões de comunicação livres.

No âmbito da temática “Alergia, Asma e Imunologia 2007” serão apresentados em Buenos Aires resumos clínicos sobre relatórios de casos, estudos de observação e experiencias clínicas. Por sua vez, os cursos teórico-práticos vão debruçar-se sobre a pesquisa bibliográfica e os registos electrónicos ou a anafilaxia e a reanimação cardiorespiratória.

Entre os temas principais deste encontro destacam-se a discussão sobre epidemiologia e alergia na América Latina e no mundo, sobre os mecanismos de sensibilização a alergenos ou acerca de como controlar a evolução da asma. Os detalhes do programa, assim como todas as informações sobre as inscrições e os principais intervenientes estão disponíveis no portal www.alergia.org.ar/jornadas/.

Marta Bilro

Fonte: Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, www.alergia.org.ar/jornadas.

Convicção da directora da Agência Espanhola do Medicamento
“É difícil avaliar a inovação nos fármacos”


A directora da Agência Espanhola do Medicamento e Produtos de Saúde (AEMPS), Cristina Avendaño, considerou ontem que actualmente é “muito difícil” estabelecer os critérios à luz dos quais um novo fármaco é tido como inovador, explicando que essa convicção resulta da avaliação de características como qualidade, segurança e eficácia que se espera dos produtos farmacêuticos, mas também do “interesse terapêutico que ele aporta”.

No âmbito dos cursos de Verão da Universidade Complutense de Madrid, Cristina Avendaño preconizou a ideia de que “qualquer novo medicamento deve incorporar um valor terapêutico acrescido”, apontando a ocorrência de casos em que, mesmo revelando uma menor eficácia, novos fármacos conseguem ser mais bem tolerados por uma maior franja da população a que são administrados. A responsável crê que a aprovação de novos medicamentos deixou de ter em conta esse aspecto, que só é valorizado na altura de fixar o preço de venda e o tipo de comparticipação pelas autoridades sanitárias do país.

Carla Teixeira
Fonte: Europa Press, PortalPharma

Lesão em enzima pode estar na origem de Parkinson

Uma equipa de investigadores canadianos acredita que a lesão de uma enzima celular chave pode estar na origem da doença de Parkinson, uma doença crónica que afecta o sistema motor e que, em Portugal, atinge cerca de 12 mil pessoas.

Na maioria dos doentes, esta patologia ocorre devido a alguns factores externos que desencadeiam a morte dos neurónios produtores de dopamina, um neurotransmissor que ajuda a enviar mensagens entre as diversas áreas do cérebro que controlam o movimento corporal, permitindo ao organismo movimentar-se com uma coordenação estável. Quando a morte de neurónios produtores de dopamina atinge os 80 por cento, surgem os primeiros sintomas da doença.

O novo estudo permitiu que os cientistas percebessem o mecanismo que está por detrás da morte desses neurónios, factor que consideram muito relevante para desenvolver novos tratamentos. A equipa de cientistas do Instituto de Pesquisa de Saúde de Ottawa observou que a morte dos neurónios ocorre quando a enzima celular Prx2 é danificada. Esta enzima desempenha um papel fulcral na eliminação de produtos potencialmente perigosos para a mitocôndria, que é a fonte de energia das células. Na ausência desta enzima, as substâncias desenvolvem-se e ameaçam a célula.

Para realizar esta pesquisa os investigadores analisaram ratos nos quais uma toxina prejudicial para a mitocôndria foi utilizada para criar uma patologia semelhante à da doença de Parkinson. Os investigadores detectaram uma sequência de eventos nos quais a toxina acciona um interruptor celular que desactiva a Prx2. Ao reverter esta cadeia de acontecimentos, os cientistas conseguiram reactivar a enzima Prx2 nos ratos que tinham sido tratados e, desta forma, prevenir a perda dos neurónios produtores de dopamina.

Na mesma investigação, os especialistas observaram também uma diminuição no tecido cerebral humano sempre que a actividade da enzima Prx2 era inferior ao normal. De acordo com os especialistas, isto significa que o controlo da actividade da Prx2 poderá revelar-se um dos caminhos viáveis para o tratamento da doença de Parkinson.

Marta Bilro

Fonte: The Washington Post, Science Daily.

Purificação Tavares agraciada com o Prémio Dona Antónia Adelaide Ferreira
Montante será aplicado no estudo da leucemia

Maria da Purificação Tavares, investigadora, catedrática da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto e actual directora clínica do Centro de Genética Clínica, foi distinguida com o Prémio Dona Antónia Adelaide Ferreira 2006, criado em 1989 para premiar anualmente uma figura feminina que se tenha destacado no seu empreendedorismo e na gestão e organização.

Depois de receber o prémio das mãos da actriz Eunice Muñoz, numa cerimónia em que também participou Artur Santos Silva, em representação da Sogrape (empresa que detém as Caves Ferreira), Purificação Tavares anunciou que, na sequência da atribuição deste galardão, o Centro de Genética Clínica passará a incluir, como um complemento aos painéis de diagnóstico em doentes com leucemias, um teste molecular novo (mutações no exão 12 do gene JAK2), importante para seguir estes pacientes, pelo qual não cobrará qualquer valor.

A vencedora da edição deste ano do Prémio Dona Antónia Adelaide Ferreira conta com um longo e preenchido percurso académico e profissional na área da Genética Médica: licenciada pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, iniciou a sua carreira docente na mesma faculdade, dando aulas de Genética Medica, tendo depois leccionado em diversos estabelecimentos de Ensino Superior internacionais. Foi consultora de genética do Beekman Downtown Hospital, onde iniciou uma tese de doutoramento sobre «O abortamento de repetição em Genética Médica», que foi aprovada por unanimidade, com distinção e louvor, pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Directora clínica do CGC desde 1992, Maria da Purificação Tavares é actualmente professora catedrática de Genética Médica e de Genética Orofacial na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto.

Carla Teixeira
Fonte: Ciência Hoje, Expresso
Descoberta científica abre caminho à cura
Mutação de um gene responsável pela surdez


Uma equipa de investigadores liderada pela israelita Karen Avraham, especialista da Universidade de Telavive com laboratório próprio, descobriu a mutação de um gene que provoca surdez, possibilitando o desenvolvimento e aplicação de vários implantes na parte interna do ouvido em doentes a partir dos oito meses de idade.

A descoberta foi apresentada em Paris, numa conferência que tinha o objectivo de divulgar os principais resultados do projecto EuroHear, que envolve 26 parceiros, de 12 países do Velho Continente. O gene otoferlin é responsável pela neuropatia auditiva, doença que impede a conversão dos estímulos sonoros em eléctricos, e por essa via inviabiliza a sua leitura pelo cérebro. Antes da descoberta da mutação desse gene, os cientistas acreditavam que os implantes não eram eficazes no caso de existirem lesões no ouvido interno do paciente, mas o estudo agora apresentado aferiu que os implantes precoces impedem que as crianças que sofrem de mutação genética de transmissão recessiva fiquem surdas. A técnica poderá ser igualmente aplicada nos casos de mutação do gene conniexin26.
Na Europa há 40 milhões de pessoas que sofrem de problemas auditivos e cerca de dois milhões que são surdos profundos. Portugal é um dos países de incidência daquela que é actualmente a segunda doença profissional no país. A deficiência auditiva afecta um em mil recém-nascidos ou crianças pequenas e está na origem de despesas na ordem dos 90 mil milhões por ano em educação especial, terapia da fala e aparelhos auditivos. O projecto Eurohear, criado em Dezembro de 2004, tem um custo de 15,8 milhões de euros por cada cinco anos e conta com um investimento da Comissão Europeia de 12,5 milhões.

Carla Teixeira
Fonte: Ciência Hoje, EuroHear
Em crianças e jovens que sofrem de alteração genética
Nova terapia poderá evitar cegueira


Uma nova terapia genética, cujos primeiros ensaios clínicos tiveram lugar no último mês de Fevereiro em Inglaterra, poderá ser a resposta para prevenir, em crianças e jovens, a cegueira provocada por mutações no gene RPE65. Uma descoberta feita ao abrigo do projecto europeu Evi-Genoret, iniciativa que integra o Six Framework Programme (FP6) da União Europeia, que terminou em termos de financiamentos, ainda que continue a decorrer a pesquisa e implementação dos projectos apoiados. Entre 2007 e 2013 vigora o programa europeu de investigação FP7.

Não obstante os grandes avanços clínicos e terapêuticos conseguidos ao longo dos últimos anos na área da Oftalmologia, o número de pessoas que sofrem de graves lesões e incapacidades visuais continua a aumentar, pelo que urge encontrar meios para reparar os danos passíveis de recuperação. É que 90 por cento da informação que o nosso cérebro processa chega até ele através da visão. Também por isso, os resultados que vão sendo obtidos na investigação da deficiência visual assumem a maior importância. É esse o caso de um estudo recente do Instituto de Oftalmologia de Londres que reclama ter definido uma terapia para evitar a cegueira em crianças e jovens afectados pela mutação do gene RPE65.
Num encontro promovido há dias pela Comissão Europeia em Paris, o investigador Robin Ali explicou que a experiência pioneira do instituto que representa consistiu na injecção daquele gene nos pacientes que não o tinham e que, por sofrerem de uma alteração genética de transmissão hereditária recessiva – os pais transmitem aos filhos uma doença de que não padecem –, tinham apenas visão central, sendo desprovidos de visão periférica e nocturna. Sem intervenção clínica, estes doentes perdem irremediavelmente a visão por volta dos 20 anos de idade. Os primeiros resultados dos ensaios clínicos agora realizados pelos especialistas do Instituto de Oftalmologia de Londres só deverão ser divulgados publicamente no prazo de 12 a 18 meses.
No entanto, Robin Ali informou que, até ao momento, não houve quaisquer efeitos secundários da terapia experimental, realizada ao cabo de 13 anos de investigação da mutação genética na origem da degradação progressiva da visão nos pacientes acompanhados pelo estudo. O especialista prevê, contudo, que os novos avanços na investigação daquela patologia aconteçam mais rapidamente, uma vez que já foram construídas as bases que, segundo estimou, deverão permitir a definição de um tratamento efectivo e rotineiro para a doença, que se estenderá a outras causas de cegueira, como a idade ou a diabetes. A cegueira provocada por problemas relacionados com o gene RPE65 afecta uma pessoa em cada 100 mil.

Carla Teixeira
Fonte: Ciência Hoje, Evi-Genoret, CORDIS – Sixth Framework Programme
Rocephin interage com o cálcio…
Medicamento perigoso para os bebés


A entidade reguladora do sector de medicamentos nos Estados Unidos advertiu a classe médica do país para os riscos da combinação, em bebés recém-nascidos, do antibiótico Rocephin (ceftriaxone), da Roche, com outros tratamentos. Segundo a FDA, os perigos dessa combinação incluem a morte da criança.

Na sequência de um número não especificado de casos de reacções adversas fatais para os pulmões e rins dos bebés, a Food and Drug Administration entendeu que a injecção de Rocephin não deverá ser combinada com a utilização de cálcio ou de quaisquer produtos farmacêuticos que na sua composição incluam aquele mineral. O aviso foi divulgado ontem no site da FDA, acompanhado de uma carta dirigida aos médicos em que se actualiza toda a informação relativa à prescrição do fármaco da empresa suíça, que não se mostrou disponível para comentar o caso. O Rocephin é indicado para o tratamento de infecções respiratórias, doenças do tracto urinário e gonorreia.

Carla Teixeira
Fonte: Agência Reuters
Combinação de fármacos experimentais com bons resultados
Uma nova esperança no combate à sida


A combinação de dois medicamentos experimentais para tratamento da síndrome da imunodeficiência adquirida (sida) pode ajudar a controlar a doença nas pessoas infectadas com as variantes mais resistentes do vírus, de acordo com uma equipa de investigadores de um instituto norte-americano. Os dois fármacos – etravirine ou TMC125 e darunavir ou TMC114 – estão em fase de desenvolvimento pela Tibotec Pharmaceuticals, uma divisão da Johnson & Johnson.

Um estudo que incidiu no acompanhamento de doentes em 18 países demonstrou a viabilidade da hipótese de a combinação daquelas duas substâncias poder vir a tornar-se uma nova arma no combate à sida nas pessoas infectadas com o vírus na sua forma mais resistente aos fármacos convencionais. Num artigo publicado na revista científica «The Lancet», os autores do estudo consideram que esta poderá ser “uma das investigações de maior relevância em todo o mundo na busca de novas soluções para o tratamento da sida, considerando que a combinação destes compostos “evidenciou boas probabilidades de conseguirmos um controlo efectivo da evolução da doença em pacientes infectados com o VIH em estado avançado e resistente aos fármacos actuais”.

Carla Teixeira
Fonte: Agência Reuters
GlaxoSmithKline está a desenvolver quatro projectos
Novos tratamentos para a malária


O departamento de doenças dos países em desenvolvimento da GlaxoSmithKline, com sede na cidade espanhola de Madrid – o primeiro centro de investigação em Espanha e um dos poucos do mundo que se dedica ao estudo e desenvolvimento de novos tratamentos para a malária e a tuberculose –, tem actualmente em mãos quatro projectos para novos fármacos, devendo o mais avançado entrar na fase de ensaio clínico em Junho do próximo ano.

Federico Gómez de las Heras, director do centro, informou que a empresa espera, com este avanço na investigação, produzir e apresentar “um medicamento positivo” para a doença, explicando que o novo fármaco deverá ser eficaz no tratamento das variantes mais resistentes do vírus responsável pela malária, que normalmente são mais fortes que a medicação já existente no mercado. Disse ainda que o fármaco em desenvolvimento em Espanha deverá ser “acessível em termos de preço”, e a sua utilização, em combinação com outros medicamentos, segura para as crianças.
De acordo com a mesma fonte, o novo fármaco deverá ser também “muito estável” do ponto de vista industrial, resistindo às altas temperaturas e à humidade, que são características dos países em que aquela doença é mais prevalente. No que toca à investigação de novas soluções para o tratamento da tuberculose, o centro madrileno da GlaxoSmithKline tem como objectivo “desenvolver compostos eficazes contra a tuberculose microbacteriana, incluindo as variantes resistentes”, e sobretudo “encurtar para metade o tempo médio de tratamento, que actualmente é de cerca de seis meses”.

Carla Teixeira
Fonte: Correo Farmaceutico
Anúncios a medicamentos reformulados
Médicos britânicos recusam boicotar publicidade


Representantes da Associação Médica Britânica reunidos no seu encontro anual na Turquia rejeitaram uma solicitação apresentada dias antes por um membro daquele organismo profissional, que ia no sentido de o «British Medical Journal» boicotar a publicação de artigos publicitários a medicamentos que as empresas farmacêuticas reformularam e voltaram a promover para evitar perder a patente.

Stuart Blake, da divisão de Lothian (Escócia) da Associação Médica Britânica, autor da moção que pedia a exclusão dos anúncios, disse não ter objecções à estratégia de marketing de alguns laboratórios farmacêuticos de substituir os medicamentos que estão prestes a perder as patentes por novas formulações, mas definiu como “um acto repreensível” o facto comum de a antiga versão do fármaco ser retirada do mercado, considerando que a “repromoção” de medicamentos antigos não serve os interesses dos médicos nem dos doentes”, tendo como único propósito a garantia da manutenção dos lucros para as empresas farmacêuticas envolvidas.

Carla Teixeira
Fonte: British Medical Journal

Portugueses aderem cada vez mais à saúde na Internet

A Universidade de Aveiro divulgou ontem um estudo de cariz europeu que mostra que os portugueses recorrem cada vez mais à Internet por razões de saúde, registando-se um aumento de 18 por cento nos últimos dois anos, ainda que os conteúdos de qualidade em português continuem a ser escassos.

O estudo, denominado "WHO/European survey on health consumer trends", foi coordenado pelo Centro Norueguês de Telemedicina, sedeado em Tromso, na Noruega e surgiu da parceria de seis instituições europeias, entre as quais a Universidade de Aveiro. Para além de Portugal, o estudo analisou também a realidade ao nível da utilização da Internet com fins terapêuticos na Noruega, na Alemanha, na Dinamarca, na Grécia, na Letónia e na Polónia.

A coordenadora do projecto na Universidade de Aveiro, Silvina Santana, adianta que tipicamente eram os homens quem mais utilizava a Internet por questões de saúde ou doença, contudo esta é cada vez mais uma "tendência que se está a esbater", pois actualmente as mulheres têm-se afirmado como utilizadoras regulares da Internet.

Quanto ao perfil do cidadão europeu consumidor de serviços de saúde pela Internet, cada vez mais se assume como um indivíduo jovem, do sexo feminino e com formação superior. Para Silvina Santana existe “uma grande apetência das pessoas, mas são ainda poucos os conteúdos em português e não há farmácias on-line, nem outros serviços”, comparativamente com a Dinamarca, por exemplo, onde já é possível obter uma consulta médica por e-mail ou ser informado por SMS da alteração de uma consulta.

As principais vantagens apontadas para a utilização da Internet por razões de saúde residem no facto de este ser um serviço de fácil acesso, sem custos nem horários, onde existe a possibilidade de contactar o médico por e-mail, de pedir uma receita pela Internet ou de consultar a página pessoal do médico.

Inês de Matos

Fonte: Jornal de Noticias

Dafnegil retirada do mercado por falta de eficácia

A pomada vaginal Dafnegil foi retirada, na semana passada, do mercado por ordem do Infarmed. A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde explicou que a sua decisão está relacionada com a pouca eficácia do medicamento e não por falta de segurança.


Em comunicado, o infarmed esclarece que testes realizados ao último lote da pomada vaginal revelaram que a sua composição continha, em relação aos valores descritos na sua especificação, uma quantidade inferior da substância nistatina.

sara pelicano

fontes: infarmed, saude na internet