quarta-feira, 27 de junho de 2007

Bayer e Onyx querem vender Nexavar na UE

As farmacêuticas Bayer e Onyx pediram, junto da Agência Europeia do Medicamento (EMEA), autorização para comercializar no espaço europeu o medicamento para tratamento no cancro hepático, Nexavar.


O pedido surgiu depois de uma fase de testes que as farmacêuticas fizeram ao medicamento. Nos ensaios clínicos, 44% dos doentes hepáticos tratados com os comprimidos Nexavar sobreviveram ao cancro. Os resultados foram apresentados no passado dia quatro no Congresso Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica.

«Nexavar supõe um claro avanço para os pacientes com cancro hepático e para as suas famílias, porque é a primeira terapia com fármacos que apresentou grandes possibilidades de sobrevivência do doente e tem uns níveis de toxicidade aceitáveis», explica a vice-presidente do departamento de oncologia da Bayer, Susan Kelly.

Actualmente, o medicamento está à venda em 50 países e é usado no tratamento do cancro renal em estado avançado. Os efeitos secundários registados são a diarreia e síndrome de mano-pie.


Na União Europeia, não existe nenhum fármaco que aumente significativamente a qualidade de vida de doentes com este tipo de cancro. As farmacêuticas querem pedir à Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (FDA, na sigla inglesa) autorização para desenvolver um suplemento para o Nexavar que será usado também no tratamento o cancro no fígado.

«Esperamos que uma ampla utilização de Nexavar no tratamento do cancro hepático nos permita fortalecer o nosso ambicioso programa de desenvolvimento de novos tratamentos, que incluem ensaios clínicos com Nexavar administrado sozinho ou combinado com outras terapias. Assim, poderá vir a ser útil no tratamento de inúmeros tipos de cancro, como o melanoma e cancro da mama», afirmou o presidente da Onyx, Hollings C. Renton.

Na União Europeia registam-se, todos os anos, cerca de 32 mil novos casos de cancro no fígado.


Sara Pelicano

Fontes: Onyx, Pm Farma

Encontro Nacional de Enfermagem em Emergência


O Encontro Nacional de Enfermagem em Emergência irá decorrer nos dias 28 e 29 de Junho, no Fórum da Maia, um evento organizado pela empresa FSE – Formação e Serviços em Eventos – Investigar e Formar em Saúde.

Este encontro tem como objectivos principais compreender as necessidades e intervenções de enfermagem decorrentes da utilização de novas técnicas, como resposta a novos problemas de saúde; reflectir sobre a interferência dos rituais na adopção de novos comportamentos na acção dos enfermeiros, em serviços de emergência; discutir sobre novos métodos de intervenção em cuidados de enfermagem e ainda debater sobre as responsabilidades dos enfermeiros decorrentes de novas realidades na área da enfermagem em emergência.

Os temas em debate no primeiro dia versarão sobre Diferentes Perspectivas na Reestruturação dos Serviços de Urgência, Assistência Médica em Grandes Eventos, Diferentes Realidades de Triagem no Serviço de Urgência, Novos Sistemas de Informação no Serviço de Urgência - Alert®, Hospital S. João – Portugal versus Hôpital Cantonal de Fribourg – Suíça, A Realidade do Enfermeiro no Serviço de Urgência, Novas Guide Lines no Suporte Avançado de Vida. No segundo e último dia, as conferências irão abranger os temas sobre a Intervenção nas Diferentes Etapas em Situação de Catástrofe, Emergência em Neonatologia, Dilemas Éticos e Legais no Serviço de Emergência, Segurança e Prevenção de Riscos: Físicos, Biológicos, Químicos e Ergonómicos, no âmbito da Emergência, e também Trauma 2+2=5 - O que Pode ser Explicado, Pode ser Prevenido.

Para mais informações sobre esta iniciativa pode consultar o website da FSE em
http://www.fse.pt/webpage/fse_emergencia.html ou através dos seguintes contactos: Tel.: 939 452 339 e 936 252 144; Fax: 255 782 862; E-mail: geral@fse.pt.


Isabel Marques


Fontes:www.jasfarma.pt, www.fse.pt/webpage/fse_emergencia.html

Cientistas descobrem o papel de enzima na reparação do ADN

Cientistas americanos do Instituto Nacional de Artrite e Doenças Musculoesqueléticas e da Pele (NIAMS), do Instituto Nacional do Cancro (NCI) e da Integrative Bioinformatics Inc. fizeram uma importante descoberta acerca do papel de uma enzima, chamada proteína Ataxia-Telangiectasia Mutada (ATM), na capacidade do organismo reparar ADN danificado.

Quando o ADN no interior da célula é danificado, o mecanismo de protecção da célula deve fazer uma de duas coisas: ou repara o defeito ou auto-elimina-se, segundo Rafael Casellas, um investigador do NIAMS e principal autor do relatório que descreve a descoberta. Contudo, a maneira como a célula executa estas funções protectoras tem sido um grande mistério, afirma Casellas, que está a começar a ser desvendado através desta pesquisa.

A investigação tem-se centrado principalmente em certos genes que são deliberadamente partidos e reparados como parte de uma resposta imunitária. Através de um processo estritamente controlado de partir e reunir segmentos de ADN, as células do sistema imunitário, os linfócitos B, são capazes de produzir dezenas de milhões de tipos diferentes de anticorpos para lutar contra tipos de invasores quase ilimitados. Este processo de recombinação genética requer a acção de enzimas reparadoras, devendo ser capazes de reconhecer e reparar rupturas em ADN encoberto e inacessível. Durante a recombinação de genes da imunoglobulina, o ADN é tornado acessível pelo processo de transcrição, que abre os filamentos duplos do ADN como parte da conversão da informação genética em proteínas funcionais.

Casellas pôs a hipótese de que uma vez que as lesões do ADN foram originadas, uma actividade reguladora iria parar a transcrição até as enzimas reparadoras corrigirem os danos. Mas como as células linfócitas B são relativamente escassas, Casellas e os seus colegas escolheram focar a investigação numa família de genes mais abundante, conhecida por genes ribossomais, como substituto. Juntaram uma proteína verde fluorescente à polimerase I, um componente chave na maquinaria que transcreve estes genes, e foram capazes de visualizar a actividade desta enzima através da utilização de microscopia. Depois usaram um laser de precisão ligado ao microscópio para introduzir quebras no ADN nos sítios onde a polimerase estava activa.

Enquanto a transcrição continuou nas células onde o ADN estava intacto, parou em cinco minutos nos sítios onde o ADN tinha sido danificado. Sendo possível que as lesões no ADN interfiram elas próprias fisicamente com a transcrição, os investigadores põem a hipótese de que as enzimas reparadoras recrutadas pelos danos poderiam fazer parar a maquinaria de transcrição da polimerase. Para testar esta hipótese, repetiram a experiência nas células que estavam com falta de uma variedade de proteínas reparadoras. A maior parte das deficiências não pareceram afectar a captura, contudo, nas células em que faltava um dos três factores reparadores das proteínas – ATM, Nbs1 ou MDC1 – a transcrição continuou mesmo depois de terem sido introduzidos danos.

Casellas afirmou que o que estes resultados mostram é que estas proteínas foram responsáveis por parar a maquinaria de transcrições perto dos locais com ADN danificado. Esta actividade talvez assegure a reparação num ambiente imperturbado. Se é realmente este o caso, pode-se suspeitar que na ausência destes factores, a reparação é posta em causa, levando a aberrações genéticas. De facto, cientistas já sabem que as pessoas com carência de ATM desenvolvem tais anormalidades genéticas, transformação das células e desenvolvimento de tumores. Embora ainda seja muito cedo para dizer se estas descobertas laboratoriais irão ser aplicadas em utilização clínica, com esta tecnologia é possível visualizar pela primeira vez a interacção entre mecanismos complexos, tais como a reparação de ADN e transcrição de genes, não num tubo de ensaio, mas sim em células vivas e em tempo real. Esta aproximação irá ajudar a desvendar os caminhos moleculares interiores das células, tanto saudáveis como em doenças, como o cancro.

Isabel Marques

Fontes: Pharmalive

Cancro: "Fórmula" matemática decifra padrão de crescimento

Cientistas analisaram estratégia do tumor para ajudar a desenvolver novas terapias

O grande enigma da proliferação das células cancerígenas é porque alguns tumores se desenvolvem, enquanto outros acabam por estabilizar. Matemáticos norte-americanos afirmam agora ter decifrado a fórmula que permite perceber esse padrão de desenvolvimento.

Cientistas da Universidade da Califórnia Irvine (UCI), nos Estados Unidos, lançaram-se ao desafio: compreender como os cancros prosperam. Deste modo, propuseram-se a compreender qual a estratégia utilizada pelo tumor através de modelos matemáticos.

Ao perceberem melhor o padrão desenvolvimento/crescimento, os investigadores norte-americanos acreditam chegar a técnicas de tratamento mais eficazes para o controlo das doenças cancerígenas.

De acordo com o «Journal of the Royal Society Interface», a equipa de matemáticos analisou – a estabilidade ou instabilidade – com base no método matemático «Teoria de Controlo Óptimo».

Segundo o artigo publicado pelos investigadores naquele jornal, o ponto de partida foi o do conceito da instabilidade genética, que leva a que mutações celulares ocorram com um grande índice de velocidade.

Asseverando que “a instabilidade genética no cancro é ‘um pau de dois bicos”», os especialistas clarificam que esta “pode aumentar o índice de progressão do cancro (ao aumentar a probabilidade de mutações cancerígenas) e diminuir o índice de crescimento do tumor (ao impor uma ferramenta de morte generalizada em células que se dividem).”

Na procura da fórmula, os cientistas admitiram uma série de características do tumor e depois alteraram a variável da mutação celular para compreenderem qual o melhor padrão de crescimento do tumor.

Num comunicado da UCI, uma cientista participante no estudo, Natalia Komarova, explicou que “os índices de mutação servem como um botão de controlo. Depois, podemos calcular matematicamente quanto tempo demora um tumor com determinados parâmetros a alcançar um determinado tamanho.”

Instabilidade no ínicio do tumor é "vantajosa"
Revelando a descoberta: “Em estágios iniciais do crescimento do tumor, a instabilidade é vantajosa, mais tarde, torna-se um impedimento”, Komarova argumenta que “isto explica porque muitos tumores exibem um grande nível de instabilidade ao início e tornam-se estáveis mais tarde no seu desenvolvimento.”

No artigo, a equipa de matemáticos defende que, para o tumor, “a estratégia mais bem sucedida é começar com um grande índice de mutações e depois mudar para a estabilidade, sustentando que “está de acordo com a evidência de crescimento biológico que a instabilidade genética, prevalente nos cancros iniciais, se transforma em estabilidade mais tarde no seu processo de progressão.”

Raquel Pacheco

Fonte: Journal of the Royal Society Interface UCI

Saxagliptina faz disparar acções da AstraZeneca

As acções da AstraZeneca atingiram o maior pico dos últimos 11 meses depois de um estudo ter demonstrado a eficácia da saxagliptina, o novo medicamento que a farmacêutica britânica está a desenvolver em conjunto com a Brystol-Myers Squibb, para o tratamento da diabetes, ainda em fase de experiência.

Os títulos da AstraZeneca registaram uma subida de cerca de 1,13 euros, ou 2,9 por cento, para os 3,95 euros, na bolsa de Londres, depois da farmacêutica ter anunciado os resultados positivos da saxagliptina no controlo dos níveis de açúcar no sangue. Em Janeiro, a AstraZeneca desembolsou cerca de 100 mil milhões de euros para pagar à Bristol-Myers Squibb o desenvolvimento e comercialização da saxagliptina e do dopagliflozin, um outro fármaco que permite controlar os níveis de açúcar no sangue em diabéticos do tipo 2.

A AstraZeneca tem vindo a apostar cada vez mais na procura de novos fármacos, uma vez que dois dos seus medicamentos mais rentáveis, o Nexium (Esomeprazol) para o tratamento de úlceras, e o Seroquel (Quetiapina) para doentes esquizofrénicos, enfrentam batalhas jurídicas relativamente à perda de protecção das patentes.

O laboratório investiu mais de mil milhões de euros em patentes entre 2006 e o primeiro trimestre de 2007, e adquiriu quatro empresas para ampliar os seus conhecimentos ao nível dos medicamentos experimentais depois de quatro testes de substâncias em fase final terem falhado.

Um estudo que envolveu a participação de 743 pacientes, durante seis meses, demonstrou que um única dose diária de saxaglipitina diminui os níveis de açúcar no sangue quando administrada sozinha ou em associação com metformina. Os ensaios clínicos relativos à saxaglipitina já se encontram na última fase de teste. A AstraZeneca e a Bristol-Myers Squibb avançaram que no próximo ano pretendem submeter o medicamento para aprovação da Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos.

Marta Bilro

Fonte: Bloomberg, Forbes.

Cientistas britânicos desenvolvem pele artificial

Uma esquipa de especialistas britânicos conseguiu criar um protótipo de pele artificial capaz de cicatrizar feridas. A descoberta, divulgada no jornal “Regenerative Medicine” é encarada pelos autores como um importante avanço clínico na medicina regenerativa.

A Intercytex, empresa responsável pelo desenvolvimento do projecto, afirmou que os resultados dos testes preliminares são promissores. Os especialistas revelaram que a pele aparenta agregar-se muito melhor ao tecido real do que quaisquer outros substitutos de pele testados anteriormente. Esta poderá ser uma alternativa viável aos enxertos de pele actualmente utilizados e representar uma esperança de tratamento para as vítimas de queimaduras e ferimentos, tornando-se na primeira terapia baseada em células a ser aprovada pela regulação europeia.

De acordo com a empresa britânica, a inovação, denominada ICX-SKN, é o “primeiro excerto de pele viva a demonstrar total consistência de integração na ferida e persistência”. A ICX-SKN é criada a partir de uma matriz produzida pelas mesmas células de pele responsáveis pela cicatrização dos tecidos do corpo. Os resultados demonstram que a nova pele deu origem a uma ferida cicatrizada e cauterizada após 28 dias.

Para criar a matriz, a Intecytez utilizou uma substância produzida pela Baxter, denominada Tisseel, que resulta de uma combinação entre o fibrinogénio e a trombina, duas proteínas extraídas do organismo humano, misturando-as com fibroblastos humanos vivos retirados de pele recém-nascida. A fórmula líquida é posteriormente vertida num prato, onde a trombina reage com o fibrinogéneo para produzir fibrina, 15 minutos depois forma-se um gel.

Este gel tem um período de incubação de seis semanas e os fibroblastos que estão presos no gel separam a fibrina, ao mesmo tempo que sintetizam a matriz colagénea. No final do período de incubação, a matriz que se formou, com cerca de 1 milímetro de espessura, é removida do prato, embalada e armazenada já pronta para ser utilizada. Os cientistas acreditam que a combinação de fibroblastos humanos vivos, com a matriz humana produzida com fibroblastos “suporta a integração e aceitação da ICX-SKN por parte da pele danificada”.

Marta Bilro

Fonte: BioPharmaReporter.com, Telegraph, BBC News.

Disfunção Eréctil: Comissão Europeia aprova Cialis

Primeiro medicamento com uma única dose diária

A Comissão Europeia aprovou o uso do medicamento Cialis (tadalafil), da farmacêutica Lilly, no tratamento da disfunção eréctil, o primeiro medicamento a permitir um tratamento ininterrupto, em doses diárias de 2,5 e 5 mg.

O Cialis é um inibidor PDE5 oral, dosificado uma vez ao dia, que deve ser usado em pacientes em tratamento com este tipo de inibidores e que tenham uma actividade sexual de pelo menos dois dias por semana, ficando a sua prescrição dependente do paciente e da avaliação médica.

O tratamento da disfunção eréctil com inibidores tadalafil de 10 e 20 mg, foi aprovado em todos os países da União Europeia, em Novembro de 2002. Em Abril deste ano, o Comité de Produtos Médicos de Uso Humano (CHMP), da Agência Europeia do Medicamento, aprovou o uso do Cialis e agora, depois da luz verde da Comissão Europeia, o medicamento deverá começar a chegar a alguns países europeus.

Como realça Abbas Hussain, Director geral de Operações Europeias da Lilly, “a disfunção eréctil é uma doença crónica para alguns homens”, dai que a aprovação do Cialis represente um importante passo no tratamento da doença, pois a toma de uma única dose diária “eliminará a necessidade de planear o sexo dentro de um período de tempo limitado, como acontece com outras terapias”.

A Comissão Europeia apresentou a sua decisão depois de ter tido acesso aos resultados dos vários testes clínicos efectuados a este fármaco e que comprovavam a eficácia e simplicidade da toma diária única.

Os efeitos secundários conhecidos são moderados e transitórios, registando-se a tendência para indigestão, dores musculares e nas costas, congestão nasal e ruborização facial.

Esta é “a primeira vez que um fármaco oral contra a disfunção eréctil, de prescrição médica, está disponível para proporcional a alguns homens um tratamento ininterrupto contra a disfunção eréctil”, acrescentou Hussain.

Inês de Matos

Fonte: PM Pharma

Receitas electrónicas diminuíram erros médicos

Um estudo elaborado pela Escola de Saúde Pública da Universidade do Minnesota revelou que a escrita ilegível dos médicos e os erros de transcrição são responsáveis por 61 por cento dos erros de medicação em hospitais norte-americanos. Por outro lado, os centros hospitalares que utilizam o método da prescrição electrónica registaram uma diminuição de 66 por cento nos erros relacionados com a medicação, salientam os autores da investigação.

Mais de 25 por cento dos pacientes hospitalares já foram alvos de erros na medicação, concluiu o estudo publicado no jornal “Health Services Research”. Estas constantes imprecisões podem resultar em consequências graves para a saúde dos pacientes, motivo que está a levar alguns hospitais a aderirem aos sistemas computorizados. Os enganos não se referem apenas à ingestão da substância errada, mas também à toma de doses inadequadas, à hora errada, ou mesmo à ausência total de medicação.

“As prescrições electrónicas poderão desempenhar um papel muito importante na redução de alguns tipos de erros médicos relativos à medicação”, frisou Robert Kane, professor na Escola de Saúde Pública da Universidade do Minnesota, e co-autor do estudo. O especialista considera que esta é uma das áreas onde se poderá provocar um grande impacto com um investimento relativamente modesto. Cada vez que um médico introduz o receituário no sistema computorizado pode aceder aos registos médicos do paciente, identificar potenciais interacções perigosas entre medicamentos e confirmar doses pouco comuns, antes de o enviar para a farmácia.

“Estes lapsos na medicação são muito dolorosos, tanto para os médicos como para os pacientes. Ninguém quer cometer erros”, salientou Tatyana Shamliyan, a principal responsável pela investigação. A equipa de cientistas concluiu também que os hospitais com a maior taxa de erros de medicação, mais de 12 por cento, foram os que mostraram melhorias mais significativas depois de instituírem o sistema de prescrição de receituário electrónico. Ainda assim, embora reduza os erros na medicação a nível geral, o sistema não diminui o tipo de erro principal: a prescrição do fármaco errado.

Os investigadores analisaram 12 estudos norte-americanos que comparavam os erros de medicação em receitas manuscritas por médicos de hospitais com as receitas electrónicas. No final observaram que estas diminuíam em 66 por cento a totalidade de erros de prescrição, diminuíam os erros de dosagem em 43 por cento e reduziam em 37 por cento as ocasiões nas quais os pacientes foram lesados.

Em Portugal, a prescrição de receitas em formato electrónico é uma realidade desde o início de 2007, altura em que passou a englobar toda a rede do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que abarca 89 hospitais e 360 centros de saúde e respectivas extensões.

Marta Bilro

Fonte: Ivanhoe, Forbes, CTV, iGov.

Auto-Exame dos Testículos

Numa altura em que o auto-exame da mama, para as mulheres, é cada vez mais falado convém realçar que também existe o auto-exame dos testículos, para os homens.

O auto-exame é a forma eficaz de detectar o cancro no testículo em fase inicial, o que aumenta as hipóteses de cura. O exame deve ser feito mensalmente, sempre após um banho quente. O calor relaxa o escroto e facilita a observação de anormalidades.

Quando detectar alguma alteração no tamanho dos testículos, sensação de peso no escroto, dor no abdómen ou na virilha e dor ou desconforto no testículo ou escroto deve consultar um especialista.
Fique também, atento a alterações como sangue na urina e aumento ou sensibilidade dos mamilos.

O auto-exame consiste em examinar cada testículo com as duas mãos sem sentir dor.
Para mais informações visite o sítio:
http://www.medicoassistente.com/modules/smartsection/item.php?itemid=66

Liliana Duarte

Fonte: Portal Saúde em Movimento

Merck garante revisão prioritária para Isentress

A farmacêutica alemã Merck garantiu prioridade de revisão da Federação Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (Food and Drug Administration - FDA) para o Isentress, um medicamento anti-HIV. Esta decisão deverá fazer com que a emissão do parecer sobre a substância seja antecipada para meio de Outubro.

A agência reguladora concede prioridade de revisão aos produtos que são considerados avanços potencialmente significativos sobre as terapêuticas já existentes. Os dados de candidatura do novo fármaco prevêem a utilização combinada do Isentress com outros medicamentos anti-retrovirais.

O estatuto de prioridade de revisão concedido pela FDA fará com que a decisão acerca da possível aprovação do fármaco seja divulgada dentro de seis meses, em vez dos habituais 10 a 12 meses.

Caso seja aprovado, o Isentress será o primeiro na classe dos medicamentos anti-retrovirais denominados inibidores da integrase, que bloqueiam a intromissão do ADN do HIV no ADN humano, declarou a Merck.

Marta Bilro

Fonte: Reuters, Forbes.

Álcool e jogos de vídeo - Um vício com características iguais

No último congresso anual de Especialistas da Associação Médica Americana foi proposto igualar o vício dos jogos de vídeo com os problemas ligados ao álcool.

Os psicanalistas presentes pretenderam que a dependência em vídeo jogos fosse entendida como uma doença mental e faça parte da vasta lista de doenças da Associação Psiquiátrica Americana.
Prêve-se que esta mudança só aconteça em 2012, altura em que se dá a revisão do manual.

Os psiquiatras afirma ainda que, o uso ocasional não afecta a saúde e pode até contribuir em alguns casos de autismo. De qualquer forma, o uso extremo pode influenciar áreas fundamentais da vida, como trabalho, estudo e alimentação.

No entanto serão necessários mais estudos até se possa afirmar que o vício dos jogos de vídeo é semelhante ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas.


Liliana Duarte

Fonte: Portal Saúde em Movimento

Sonambulismo e Apetite Sexual

Um estudo realizado por Cientistas da Universidade de Stanford, na Califórnia (EUA), revelou que existe uma relação entre o sonambulismo e a sexomania. Os resultados foram publicados esta semana na revista Sleep.

Os estudos comprovam que existe uma espécie de parasonia que leva as pessoas a querer ter relações sexuais enquanto dormem.

Os problemas ligados ao sono são muitas vezes os causadores de transtornos psicossociais, como é o caso da síndrome de Kleine - Levin, na qual o indivíduo dorme de 16 a 24 horas e acorda com um comportamento desinibido e extremamente hipersexual.

No entanto, segundo especialistas, todos os tipos de desordens do sono podem ocasionar um risco aumentado de comportamentos sexuais inapropriados.

No entanto é de realçar que estes doentes, tem que ser tratados como doentes com distúrbios no sono e não como sexualmente pervertidos.

Liliana Duarte

Fonte: Saúde em Movimento

AVC- saiba um pouco mais

Muitas são as pessoas que sofreram um AVC. Mas o que é na realidade? O acidente vascular cerebral (AVC), ou vulgarmente chamado de "derrame cerebral ", é uma doença de início súbito, que pode ocorrer por dois motivos: isquemia ou hemorragia.

O primeiro e o mais comum e é devido à falta de irrigação sanguínea num determinado território cerebral. O segundo é menos comum e ocorre porque se dá a ruptura de um vaso sanguíneo intracraniano, levando à formação de um coágulo que irá afectar determinada função cerebral.

Existem diversos factores considerados de risco entre os quais estão hipertensão arterial, doenças reumatológicas e trombose.

Dependendo da região afectada, sintomas e as sequelas são diferentes. No caso do lobo frontal, este comanda os movimentos, o parietal comanda o movimento e a sensibilidade do pescoço para baixo. O cerebelo está ligado ao equilíbrio e o tronco cerebral está ligado à respiração, aos movimentos e à sensibilidade do pescoço para cima.

O AVC é uma doença que merece muita atenção pela dependência e alteração da vida que pode causar. O melhor tratamento é a prevenção.

Actualmente, existe uma medicação, chamada trombolítico, que pode ser usada na fase aguda do AVC isquêmico, para dissolver o coágulo que causou a isquemia. Contudo, esta medicação só pode ser administrada quando o paciente chega ao hospital dentro de 3 horas.


Liliana Duarte

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/AVC

Kits de branqueamento dentário com excesso de lixívia

O Instituto de Trocas Comerciais Padrão do Reino Unido (TSI) detectou a presença de níveis elevados de uma lixívia, utilizada nas tintas de cabelo, em vários kits de branqueamento dentário. A substância pode causar doenças das gengivas ou mesmo provocar queimaduras químicas na boca.

Os testes realizados em 20 produtos revelaram que 18 deles continham peróxido de hidrogénio em quantidades superiores às permitidas por lei. Um dos kits branqueadores continha na sua composição níveis daquela substância 230 vezes superiores aos permitidos por lei. Os especialistas alertam para a utilização deste tipo de produtos e aconselham uma consulta ao dentista antes de serem utilizados estes produtos em casa.

De acordo com Ron Gainsford, director executivo do TSI, este tipo de tratamentos branqueadores é utilizado pelas pessoas com objectivo de adquirirem um “sorriso de estrela”, semelhante ao daquelas que se submetem a terapias dentárias cosméticas. O problema está nos kits branqueadores e não tem que ver com as pastas dentífricas ou pastilhas de limpeza, salientou o mesmo responsável.

Apenas dois produtos analisados passaram no teste. As autoridades estão agora a contactar os produtores dos kits com excesso de peróxido de hidrogénio para procedam à sua recolha do mercado.

Marta Bilro

Fonte: Channel 4, Life Style Extra.

Abbott e Genentech parceiras no combate ao cancro

O laboratório farmacêutico Abbott e a Genentech, segunda maior empresa mundial de biotecnologia, acordaram numa colaboração com vista ao desenvolvimento e comercialização de duas substâncias anti-cancerígenas da Abbott, o ABT-263 e o ABT-869, cujos testes ainda se encontram em fase preliminar. O objectivo é apressar a entrada dos fármacos no mercado.

A Abbott vai contribuir com um composto que restaura o processo natural de morte das células cancerígenas e de um outro que impede o fornecimento de sangue aos tumores. Por sua vez, a Genentech contribui com a sua experiência no desenvolvimento e comercialização de fármacos, revelaram as empresas num comunicado. A farmacêutica norte-americana não adiantou os detalhes financeiros do acordo. As duas substâncias, ABT-263 e ABT-869, estão actualmente a ser submetidas a ensaios clínicos de Fase I em vários tipos de tumores. Os ensaios de Fase II deverão ter início ainda este ano.

Caso seja aprovado, as empresas irão promover o fármaco em conjunto nos Estados Unidos da América, enquanto a Abbott publicitará o tratamento no exterior. A farmacêutica não possui qualquer medicamento anti-cancerígeno, destacando-se no campo do tratamento para a artrite através do Humira (adalimumab). John Leonard, vice-presidente do departamento de pesquisa e desenvolvimento da Abbott, referiu que a empresa acredita que esta cooperação ajudará o laboratório a “construir um franchise de oncologia de classe mundial”.

A Genentech, também parceira da farmacêutica suíça Roche, é a maior produtora de medicamentos anti-tumor, cujas vendas ascenderam aos 4 mil milhões de euros no ano passado. Ambas as empresas estão atentas às possibilidades oferecidas por um mercado de fármacos anti-cancerígenos que em 2010 deverá duplicar para os 49 mil milhões de euros, de acordo com previsões da IMS Health Inc., uma empresa norte-americana de estudos de mercado.

Os medicamentos estão a mais de cinco anos de poderem ser submetidos à aprovação da Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (Food and Drug Administration) para serem utilizados em doentes.

Marta Bilro

Fonte: Firts World, Bloomberg, Business Week, Chicago Tribune.

Dados sobre o Avandia são insuficientes para alterar prescrições

Os especialistas que participaram na reunião anual da Associação Americana da Diabetes (ADA na sigla inglesa) foram aconselhados a aguardar os resultados de uma reunião com as entidades reguladoras norte-americanas, que terá lugar em Julho, antes de decidirem prescrever ou retirar o Avandia (maleato de rosiglitazona) aos seus pacientes.

De acordo com os investigadores, os médicos deverão aguardar a apresentação de novos dados que determinarão se o tratamento com o fármaco comercializado pela GlaxoSmithKline aumenta o risco de ataques cardíacos. Um painel, composto por cinco médicos, incluindo Steven Niessen autor do estudo publicado no “New England Journal of Medicine” que levantou suspeitas acerca do medicamento para a diebetes, debateram as questões que envolvem o Avandia perante quatro mil espectadores.

“Quando vemos dados com esta consistência, acreditamos que realmente se passa alguma coisa”, salientou Niessen. O especialista que não acredita que o fármaco deva ser retirado do mercado norte-americano, mas criticou a Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (Food and Drug Administration - FDA) por não estar mais atenta às primeiras preocupações de segurança e não alertar o público até ser publicada a meta-análise.

Por sua vez, Philip Home, professor de diabetes na Universidade de Newcastle, no Reino Unido, e membro do comité que dirigiu um dos estudos sobre o Avandia, criticou Niessen por usar estudos pré-existentes e sugeriu que a investigação “não responde à questão, coloca uma questão”. John Buse, próximo presidente da ADA, sugeriu que os médicos fiquem atentos ao painel de conselheiros da FDA que deverá reunir-se no dia 30 de Julho para avaliar a segurança do Avandia.

Murray Stewart, chefe do departamento de desenvolvimento clínico para os medicamentos da diabetes da GSK, afirmou que a discussão dos especialistas foi equilibrada “sem oferecer qualquer dado novo sobre o Avandia”. Segundo o mesmo responsável, para os pacientes que não têm a diabetes sob controlo, o Avandia continua a ser uma opção de tratamento eficiente.

Marta Bilro

Fonte: First World, Bloomberg, CNN Money, CNBC.

Tribunal nigeriano recusou anexar mais casos ao processo
Pfizer vence primeira batalha judicial


O tribunal encarregado do julgamento do processo interposto pelas autoridades da Nigéria contra a multinacional farmacêutica Pfizer, acusada de ter realizado testes não autorizados de um medicamento experimental em 200 crianças nigerianas, das quais 11 morreram, recusou ontem um pedido da acusação no sentido de anexar mais queixas contra a empresa.



Tal como o farmácia.com.pt oportunamente noticiou, o governo nigeriano demanda avultadas indemnizações para os familiares das crianças que foram mortas ou que acabaram por ser seriamente penalizadas na sequência da submissão aos testes do medicamento Trovan Floxacin, que segundo fontes judiciais causou a morte de 11 dos cerca de 200 menores e motivou, entre os que sobreviveram, complicações como surdez, paralisia, transtornos da fala, lesões cerebrais e cegueira.
A acusação alega que, em Abril de 1996, quando grassava no país uma epidemia de meningite bacteriana, sarampo e cólera que assombrou particularmente a região de Kano, a Pfizer terá “engendrado um esquema” para “deformar e esconder as suas principais intenções”, e usando como pretexto o desejo de ajudar no apoio às vítimas, testar os efeitos do fármaco. No documento apresentado a tribunal lê-se ainda que a empresa farmacêutica “nunca revelou que tinha intenção de realizar experiências com as vítimas vulneráveis ou qualquer teste clínico sem a aprovação das agências reguladoras da Nigéria”, afirmando sempre que “pretendia fornecer ajuda humanitária”.A Pfizer, por seu turno, rejeitou sempre, e liminarmente, qualquer alegação de erros éticos, recusando responsabilidades desde que o escândalo estourou, em 2000, e assegurando, pelo contrário, que a administração da “trovafloxacina permitiu salvar vidas”.
O laboratório garante que, “naquela altura, a trovafloxacina estava na última fase de desenvolvimento clínico” e “tinha já sido avaliada em cinco mil pacientes”, e assegura que os jovens pacientes concordaram com a realização dos testes, que foram explicados aos pais em inglês e haussá, línguas faladas na região. Uma afirmação desmentida por Hassan Sani, pai de uma menina que foi submetida aos testes, que asseverou “nunca ter suspeitado de que as crianças estavam a ser usadas numa experiência”.

Carla Teixeira
Fonte: BBC News, Jornal de Angola, Último Segundo
Angola, Namíbia e Congo contra a poliomielite
Vacinar oito milhões de crianças até 2012


Arrancou hoje, em Angola, na Namíbia e na República Democrática do Congo, a primeira fase da campanha de vacinação contra a poliomielite, que até 2012 visa imunizar oito milhões de crianças com menos de cinco anos naqueles três países, e no âmbito da qual será também ministrada vitamina A aos meninos entre os nove meses e os cinco anos de idade.

No lançamento desta fase da campanha, que decorre até à próxima sexta-feira, o ministro da Saúde e dos Serviços Sociais da Namíbia, Richard Nchabi Kamwi, foi peremptório na afirmação de que, a par de iniciativas para imunização de menores, urge dar resposta à necessidade de todas as nações desenvolverem mais esforços no sentido da erradicação da poliomielite, argumentando que, para que o objectivo seja cumprido, é necessária a colaboração, o engajamento, a vigilância e a unidade de toda a sociedade.
Quando se estima que, em todo o mundo, 11 milhões de crianças morram antes de completarem cinco anos de idade, devido a diagnósticos evitáveis como malária, doenças diarreicas, pneumonias e sida, a directora regional da Unicef, Dorethea Rozga, recordou os recentes episódios de poliomielite em Luanda e Cunene, para argumentar que eles são a prova de que é preciso fazer mais e melhor do que se tem feito no combate à disseminação de patologias no continente africano. Para a responsável, “as parcerias são a chave do sucesso”. A Unicef está “sempre pronta para, em conjunto com a Organização Mundial de Saúde, ajudar as autoridades em qualquer meio que exija uma intervenção que nos seja possível”, disse.

Carla Teixeira
Fonte: Jornal de Angola

FDA aprovou Binax Now Test

A Food and Drug Administration aprovou ontem o novo Binax Now Test, um novo teste ao sangue capaz de identificar infecções por malária em apenas 15 minutos, enaltecendo o facto de o novo método, desenvolvido por especialistas da Inverness Medical Innovations Inc., ser mais rápido e mais simples do que os convencionais, que obrigam à utilização do microscópio.

A nova análise, pelo contrário, exige apenas algumas gotas de sangue, e consegue diferenciar os casos mais graves da doença dos que são provocados por variantes menos virulentas, com uma eficácia de 95 por cento. Os resultados do novo teste deverão ser confirmados com a tradicional utilização do microscópio, defendem os especialistas. A malária foi erradicada dos Estados Unidos em 1950, mas ainda é frequente em cidadãos que viajam para os países tropicais, onde a incidência da patologia ainda não foi controlada. De acordo com a rede de centros de controlo e prevenção das doenças em solo norte-americano, em 2005 foram reportados mais de 1500 casos de malária no país, que resultaram na morte de sete pessoas. Mortes que podem ser evitadas se a doença for diagnosticada precocemente e receber tratamento adequado.

Carla Teixeira
Fonte: Agência Reuters

Médicos refutam perigos das vitaminas

As vitaminas não constituem uma causa de morte. Ao contrário do que defendia um estudo recentemente publicado no «Journal of the American Medical Association», que dava conta da alegada perigosidade dos suplementos vitamínicos em forma de comprimido, e que causou o pânico entre os consumidores daqueles produtos, os médicos garantem não haver riscos significativos na sua ingestão.

Os profissionais consideram que afirmar a existência de uma ligação entre o uso de vitaminas e a morte é “irresponsável” e resulta de “má interpretação” dos dados que resultam das análises àquela classe de produtos farmacêuticos, asseverando que, se tomadas moderadamente, preventivamente e com acompanhamento médico, as vitaminas não representam no «ranking» das causas de morte nos Estados Unidos um risco superior a 0,0001 por cento, enquanto a utilização de medicamentos que foram correctamente receitados pelos médicos representa uma franja de 5,18 por cento das mortes.
A investigadora Denice Smit assegura mesmo que “os suplementos dietéticos não representam um risco maior para a vida dos que os consomem do que as picadas de insecto, o envenenamento ou outras fatalidades potencialmente causadoras de morte”. Os autores do estudo que apontou os perigos da ingestão de vitaminas são os primeiros a reconhecer que os dados que apuraram entram em conflito com os resultados de outras investigações, que dão conta dos benefícios das vitaminas, e admitem que a razão das mortes nos pacientes submetidos aos testes que fizeram poderá ter a ver com outras circunstâncias.

Carla Teixeira
Fonte: Agência Xinhua

China inicia retirada do mercado do Permax

As autoridades sanitárias da China decidiram dar início ao processo de retirada do mercado do Permax, um fármaco utilizado no tratamento da doença de Parkinson, devido ao risco de doença cardíaca que ele potencia. Considerando que a retirada imediata do medicamento poderia ser perigosa, Pequim ordenou que a suspensão gradual da produção, venda e utilização do Permax até 1 de Janeiro de 2008.

Na origem desta decisão está a convicção dos peritos de que “os riscos do Permax suplantam os possíveis benefícios da sua toma, de acordo com dados resultantes de vários estudos realizados em todo o mundo. No entanto, consideram que a sua administração não deve ser interrompida abruptamente, porque isso poderia causar problemas aos doentes, preconizando antes uma gradual diminuição das doses administradas, ao mesmo tempo que os médicos assistentes procuram alternativas àquele tratamento.
Na China, onde o Permax foi aprovado em 1988 para dar resposta à sintomatologia da doença de Parkinson, os estudos publicados em Janeiro último no «The New England Journal of Medicine», que relacionavam o fármaco com a maior incidência de doenças cardíacas, suscitaram a intervenção das autoridades, enquanto outros países mantiveram a comercialização do produto. Estima-se que actualmente cerca de 1,7 milhões de cidadãos chineses sofram do mal de Parkinson.

Carla Teixeira
Fonte: Agência Xinhua

Mais 36 medicamentos à venda fora das farmácias

Lista dos 36 medicamentos já está disponível

Desde o início da semana é possível adquirir fora das farmácias mais 36 medicamentos, que se juntam aos cerca de 1500 já disponíveis. Estes fármacos não estão sujeitos a receita médica (MNSRM), mas se forem prescritos por um médico são comparticipados, desde que adquiridos em farmácias, entre estes encontram-se, por exemplo, o Aspegic 500, o Betadine e o Brufen 200. Contudo, a venda livre destes medicamentos, ou seja, fora das farmácias, implica a perda dessa comparticipação.

Os MNSRM não são comparticipados, uma vez que a comparticipação obriga à apresentação de receita, porém podem ser excepcionalmente apoiados pelo Estado por "razões de saúde pública". Todavia são raros os casos em que isso acontece, apenas 36 num total de 1541. Como explica o Decreto-Lei 238/2007, que entrou em vigor, a perda de comparticipação fora das farmácias tem a ver com o facto de o sistema administrativo de gestão desse subsídio estatal ser muito complexo, o que obriga a cingi-lo às farmácias e "impossibilita, para já, o seu alargamento" às lojas de venda livre.

Dentro de dois meses cerca de 300 outros medicamentos, actualmente sujeitos a receita médica, vão mudar o estatuto para MNSRM, e irão juntar-se aos que já são comercializados fora das farmácias. Estes medicamentos deixarão de ser comparticipados, excepto se houver "razões de saúde pública que eventualmente justifiquem a manutenção" do apoio estatal. Nas farmácias e com receita médica, esses medicamentos vão manter a actual comparticipação por parte do Serviço Nacional de Saúde.

O Governo, com estas alterações, pretende "consolidar e ampliar" os resultados da venda livre. Desde Setembro de 2005, fez descer o preço dos MNSRM em 1,2 por cento (face a Agosto de 2005), sobretudo em lojas com maior poder negocial junto da indústria. Os valores mais baixos são praticados nas lojas Continente e equivalem, em média, a 95,8 por cento do preço anterior à liberalização.

Actualmente existem 432 pontos de venda livre. Representam 7,7 por cento de todo o mercado do medicamento, contra 7,5 por cento na Holanda, 17,1 por cento em França e 27,9 por cento na Polónia.

Lista dos 36 medicamentos à venda fora das farmácias

Acarilbial Solução Cutânea 277 mg/ml
Aspegic 500 Pó para solução oral 900 mg
Betadine Solução Vaginal 100 mg/ml
C'Nergil Granulado 1000 mg
Calcium Sandoz Forte Comprimido efervescente 875 mg + 1132 mg
Candid Creme 10 mg/g
Cecrisina Comprimido efervescente 1000 mg
Cobaxid Cápsula 2.5 mg
Cobaxid Cápsula 1 mg
Dioralyte(Sabor Limão) Pó para solução oral Associação
Gyno-Daktarin Creme vaginal 20 mg/g
Lisaspin 500 Pó para solução oral 900 mg
Microlax Solução rectal 450 mg/5 ml + 45 mg/5 ml
Microlax Solução rectal 270 mg/3 ml + 27 mg/3 ml
Mucodrenol Xarope 6 mg/ml
Otoceril Gotas auriculares, solução 50 mg/ml + 20 mg/ml + 20 mg/ml
Pan-Fungex Creme 10 mg/g
Panasorbe Supositório 250 mg
Panasorbe Supositório 500 mg
Panasorbe Comprimido 500 mg
Panasorbe Solução oral 32 mg/ml
Panasorbe Supositório 1000 mg
Panasorbe Supositório 125 mg
Paracetamol Farmasan Comprimido 500 mg
Pipermel Xarope 100 mg/g
Sandocal Pó para solução oral 150 mg + 3405 mg
Tosseque Xarope 0.8 mg/ml
Trifosfaneurina Comprimido 17.2 mg
Ve 150 Cápsula 150 mg
Viru-Merz Gel 10 mg/g
Vitaminac Retard Cápsula 500 mg
Voltaren Emulgel Gel 10 mg/g
Zemalex Solução para pulverização cutânea 20 mg/ml
Brufen Comprimido revestido por película 200 mg
Eugastrim 10 Cápsula gastrorresistente 10 mg
Proclor 10 mg cápsulas duras gastro-resistentes Cápsula gastrorresistente 10 mg

Isabel Marques

Fontes: Jornal de Notícias, Rádio Renascença Online

Tabaco rende ao Estado 983 milhões de euros por ano

Apesar dos gastos com consultas, internamentos e cirurgias, a receita fiscal que o Estado português arrecada anualmente atinge os 983 milhões de euros, o que faz do consumo de tabaco, um negócio financeiramente muito proveitoso para o Estado.

Durante o ano de 2006, o Estado português arrecadou 1.426 milhões de euros em impostos cobrados ao fumadores, o que representa um beneficio de 983 milhões de euro, já que os tratamentos decorrentes do consumo de tabaco custam 434 milhões de euros anuais.

De acordo com o Diário Económico, os 1.426 milhões de euros arrecadados em 2006, representam uma subida de 7,7 por cento, face à receita do ano anterior. Para 2007 é esperada uma subida ainda superior, já que o aumento anual de 15 por cento no preço dos cigarros, está previsto no programa do governo. No final da legislatura o preço dos maços de tabaco deverá ter aumentado metade do seu valor.

Os gastos dos hospitais, com medicamentos para doenças oncológicas subiu 30 por cento em 2005, atingindo os 127 milhões de euros, contudo, o número de doentes tratados apenas subiu 4,5 por cento.

Em Abril deste ano, os dados publicados pelo Infarmed indicavam já gastos na ordem dos 51 milhões de euros, o que representa 20,7 por cento do total, dai que até ao final do ano se esperem gastos que atinjam os 153 milhões de euros, em medicamentos para tratar doenças oncológicas.

Inês de Matos

Fonte: Diário Económico

ADSE custa 854,8 milhões de euros

Os custos da ADSE – Direcção-Geral de Protecção Social dos Funcionários e Agentes da Administração Pública – aumentaram 1,8 por cento, em 2006, chegando aos 854,8 milhões de euros, sendo que 46 por cento destes correspondem a cuidados prestados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Os gastos referentes aos cuidados de saúde prestados por instituições do SNS atingiram 393,9 milhões de euros no ano passado, mais 6,2 por cento que em 2005, resultado das novas tabelas, introduzidas a partir de Agosto, segundo o relatório de actividades da Direcção-Geral.

O subsistema ADSE suporta as despesas realizadas pelos beneficiários na aquisição de medicamentos e com cuidados de saúde, prestados por entidades do SNS e privadas.

As despesas efectuadas, pelos beneficiários da ADSE, com cuidados de saúde prestados pelos convencionados (acordos celebrados com prestadores com os quais se estabelece, entre outras normas, o preço e o co-financiamento do beneficiário) diminuíram 6,5 por cento, para 173,8 milhões de euros, e com a aquisição de medicamentos decresceram 1,7 por cento, para 176,1 milhões de euros.

O aumento dos encargos com o regime livre (beneficiários exercem o direito da livre escolha dos prestadores de cuidados de saúde, suportando a totalidade das despesas, sendo posteriormente reembolsados pela ADSE) não determina o crescimento dos custos totais, visto que representa somente 12 por cento, tendo atingido uma facturação de 102,4 milhões de euros, face aos 95,2 milhões de euros de 2005.

No ano passado foram processados 1.474.834 pedidos de comparticipações. Assim como se tem verificado nos dois anos anteriores, 91 por cento dos beneficiários receberam comparticipações inferiores a 500 euros e um pequeno grupo, constituido por 35 beneficiários, usufruiu de comparticipações superiores a 20 mil euros.

Isabel Marques

Fontes: Sol, Correio da Manhã, Diário Digital

EMEA aprova Rasilez no tratamento da hipertensão

O fármaco Rasilez demonstrou nos testes clínicos realizados a cerca de 7 800 mil pessoas que pode reduzir significativamente a pressão sanguínea em 24 horas. A Agência Europeia do medicamento (EMEA) aprovou a sua comercialização no espaço europeu, anunciou a farmacêutica Novartis.

Rasilez teve ainda melhores resultados quando combinado com outros medicamentos usados no tratamento da hipertensão.

Em Portugal existem perto de dois milhões de hipertensos. Apenas metade tem conhecimento que sofre de pressão arterial elevada e apenas um quarto está medicado. 16% estão controlados.

Sara pelicano

Fontes: medical news, pm farma, portal da saúde