sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Lacticínios e proteínas ajudam as crianças a desenvolver ossos mais fortes

Um novo estudo, publicado na "Journal of Pediatrics”, demonstrou que consumir bastantes produtos lácteos, carne e outros alimentos ricos em proteínas, na infância, resulta em ossos mais fortes e saudáveis na adolescência.

Os investigadores descobriram que as crianças que comiam, pelo menos, duas porções de alimentos lácteos por dia, ao longo da infância, apresentavam ossos mais densos na adolescência do que aquelas que consumiam menos quantidades.

De acordo com a Dra. Lynn L. Moore, da Faculdade de Medicina da Universidade de Boston, consumir quatro ou mais porções de carne, ou outros alimentos ricos em proteínas, também impulsionou a densidade óssea.

Os resultados de estudos sobre os efeitos dos lacticínios ou dos suplementos de cálcio na saúde dos ossos têm sido diversificados. Visto que a maioria destes estudos foram relativamente pequenos, durando entre um a dois anos, as melhores evidências disponíveis dos benefícios, a longo prazo, dos produtos lácteos teria de ter origem num seguimento prolongado, durante muitos anos, das dietas das crianças.

Os investigadores analisaram dados de 106 crianças que foram seguidas desde 1987, quando tinham entre 3 a 5 anos, até 1999. Foram recolhidos diversos diários alimentares ao longo do estudo e os participantes realizaram scans ósseos aos 15 e 17 anos.

Os participantes que consumiram, em média, duas ou mais porções de alimentos lácteos por dia, durante a infância, tinham um conteúdo mineral ósseo mais elevado, maior área óssea e maior densidade mineral óssea, em comparação com aqueles que consumiram menos produtos lácteos. As crianças que consumiram quatro ou mais porções de carne, ou outras fontes de proteínas, também apresentaram ossos mais densos.

Os lacticínios e as proteínas pareceram ter efeitos aditivos, uma vez que as crianças que consumiram as maiores quantidades de ambos os tipos de alimentos tinham os ossos mais densos e maiores, tendo aquelas que consumiram as menores quantidades apresentado os ossos mais finos.

Os benefícios foram observados em diversas regiões do corpo, tendo sido observada uma maior densidade óssea, em particular, nos braços, pernas, tronco, costelas e pélvis.

De acordo com os investigadores, as descobertas deste estudo confirmam a importância de uma dieta alimentar rica em produtos lácteos e outras fontes de proteínas para a massa óssea dos adolescentes.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AP7RJ20081126

Como pode o excesso de bebidas alcoólicas aumentar o risco cardíaco?

Investigadores norte-americanos revelaram ter identificado os mecanismos exactos através dos quais o consumo de bebidas alcoólicas em excesso contribui para aumentar o risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC).

O investigador John Cullen, do Centro Médico da Universidade de Rochester, explicou que as bebidas alcoólicas contêm etanol, que é frequentemente convertido em acetaldeído no organismo humano com níveis excessivos de álcool, sendo que os níveis de acetaldeído permanecem elevados durante muitas horas, após o consumo de bebidas alcoólicas ter terminado.

O estudo actual, publicado na “Atherosclerosis”, clarificou pela primeira vez que os níveis excessivos de acetaldeído fazem com que um tipo importante de célula imunitária, o monócito, se torne mais capaz de se ligar às paredes dos vasos sanguíneos.

Anteriormente, os peritos acreditavam que a aterosclerose se desenvolvia quando demasiado colesterol entupia as artérias com depósitos de gordura, denominados placas, e os ataques cardíacos ocorriam quando os vasos sanguíneos ficavam completamente bloqueados.

O investigador referiu que actualmente a maioria crê que, mais do que a acumulação em si, a reacção do sistema imunitário cria um risco de ataque cardíaco. As paredes dos vasos sanguíneos confundem os depósitos de gordura com intrusos, semelhantes às bactérias, e pedem ajuda ao sistema imunitário. Os monócitos chegam com o objectivo de prevenir uma infecção, mas acabam por provocar inflamação que faz com que os vasos sanguíneos bloqueiem.

Os investigadores descobriram que o acetaldeído, nos níveis encontrado no sangue após o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, aumenta o número de monócitos em 700 por cento.

O consumo excessivo de bebidas alcoólicas tem sido relacionado com um aumento do risco de doença cardíaca e estes novos dados relativos à inflamação começam a explicar a razão.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2008/11/27/How_binge_drinking_increases_heart_risk/UPI-47331227824736/

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Medicamentos para a hiperactividade não induzem danos celulares

Novas investigações, suportadas pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, indicam que os fármacos estimulantes utilizados no tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) não provocam alterações cromossómicas nas crianças, contrariando os resultados de um estudo de 2005.

Os trabalhos anteriores identificaram um aumento da frequência de danos no ADN e de aberrações estruturais dos cromossomas, que está associado a um aumento do risco de cancro. As anomalias foram observadas nos glóbulos brancos (linfócitos) de 12 crianças, após 3 meses de terapia com metilfenidato, um fármaco geralmente utilizado para tratar o TDAH.

De acordo com Kristine L. Witt, do Instituto Nacional das Ciências da Saúde Ambiental, em Research Triangle Park, na Carolina do Norte, embora investigações posteriores tenham falhado em repetir as descobertas antecedentes, a enorme implicação na saúde pública deste assunto requer investigações adicionais.

Para este fim, os investigadores recrutaram 63 pacientes entre os 6 e os 12 anos diagnosticados com TDAH, que não tinham recebido tratamento anteriormente. As crianças receberam aleatoriamente tratamento com metilfenidato ou com mistura de sais neutros de anfetaminas. O ensaio de 3 meses foi completado por 25 e 22 pacientes, respectivamente.

Neste estudo, publicado na “Journal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry”, não foram detectados aumentos significativos de danos celulares nos linfócitos relacionados com o tratamento, nem no grupo total nem nos 47 participantes que completaram os 90 dias de tratamento.

De acordo com os investigadores, estes resultados acrescentam dados às crescentes evidências de que os níveis terapêuticos do metilfenidato ou da mistura de sais neutros de anfetaminas não induzem danos cromossómicos nos humanos.

Ainda assim, os investigadores recomendam que se continuem a realizar estudos para monitorizar estas questões em grupos maiores, após longos períodos de exposição.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2008/11/26/eline/links/20081126elin025.html

Hidroginástica durante a gravidez ajuda a reduzir dores de parto

Investigadores brasileiros revelaram que realizar exercícios de hidroginástica durante a gravidez ajuda a diminuir as dores de parto e, assim, também a quantidade necessária de analgésicos durante o parto.

O estudo, publicado na “Reproductive Health”, incluiu 71 grávidas, tendo metade assistido a três sessões de 50 minutos de hidroginástica por semana durante a gravidez, enquanto a outra metade serviu de grupo de controlo.

A autora do estudo, a professora Rosa Pereira, da Universidade de Campinas, em São Paulo, referiu que não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas na duração do parto ou do tipo de parto entre os dois grupos. Contudo, apenas 27 por cento das mulheres do grupo da hidroginástica pediu analgésicos, em comparação com 65 por cento do grupo de controlo. Isto representa uma redução de 58 por cento dos pedidos.

Existe alguma discussão relativamente ao facto das mulheres praticarem exercício físico durante a gravidez. A preocupação principal é que o exercício possa interferir com as exigências do feto e da placenta e comprometer o desenvolvimento ou crescimento do feto, ou aumentar o risco de anomalias.

Os investigadores concluíram que a hidroginástica não apresentava qualquer efeito prejudicial para a saúde cardiovascular das grávidas e também confirmaram o bem-estar dos bebés das mães que praticaram hidroginástica.

A investigadora referiu que foi demonstrado que a prática regular de exercícios moderados na água, durante a gravidez, não é prejudicial, nem para a saúde da mulher nem do bebé. De facto, a redução dos pedidos de analgésicos sugere que este tipo de exercício pode fazer com que as mulheres fiquem em melhores condições psicológicas e físicas.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_71955.html

Estudo: Depressão induzida por peginterferão é reversível

Investigadores norte-americanos revelaram que a depressão relacionada com a terapia de peginterferão para a hepatite C crónica aumenta com a duração da utilização, mas que é reversível após a cessação do tratamento.

Após 48 semanas de terapia, 42 por cento dos pacientes desenvolveram depressão. Segundo os investigadores, depressão pré-existente e potenciais biomarcadores de depressão, tais como os níveis de cortisol e do neurotransmissor serotonina no sangue, foram associados a efeitos secundários neurológicos e psiquiátricos.

De acordo com o Dr. Robert J. Fontana, da Universidade do Michigan, em Ann Arbor, a depressão é um efeito secundário comum e limitador da dosagem do tratamento antiviral em pacientes com hepatite C. O objectivo desta análise era esclarecer a incidência, os factores de risco e a base biológica para este problema.

O estudo, publicado na “American Journal of Gastroenterology”, incluiu 201 pacientes com hepatite C crónica e fibrose avançada que anteriormente não tinham respondido ao tratamento. Os pacientes foram tratados com peginterferão alfa-2a e ribavirina durante 24 semanas. Os 74 pacientes que na semana 20 tinham níveis indetectáveis de RNA do vírus da hepatite C continuaram o tratamento nas mesmas dosagens até completarem a semana 48.

A incidência cumulativa de depressão induzida por peginterferão foi de 23 por cento até à semana 24. Entre os 74 pacientes que responderam ao tratamento, a incidência de depressão relacionada com a terapia foi de 9 por cento até à semana 24, aumentando para 42 por cento na semana 48.

Contudo, na semana 72 a classificação da depressão voltou aos níveis existentes antes do tratamento, demonstrando assim a reversibilidade da depressão induzida por interferão.

Os autores relataram que a depressão pré-existente não foi associada a um aumento do risco de depressão induzida pela terapia.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AN65O20081124

Estudo: Avandia relacionado com maior risco de morte do que Actos

Dados de um estudo observacional indicaram que os pacientes idosos com diabetes que tomaram o fármaco Avandia (rosiglitazona), da GlaxoSmithKline, apresentaram um maior risco de desenvolver insuficiência cardíaca congestiva e tinham mais probabilidade de morrer do que os pacientes que receberam Actos (pioglitazona), da Takeda.

Os investigadores seguiram um total de 28.361 pacientes com 65 anos ou mais durante cinco anos, tendo 14.101 dos pacientes recebido Avandia e os restantes 14.260 sido tratados com Actos.

Os resultados, publicado na “Archives of Internal Medicine”, demonstraram que morreram mais 15 por cento de pacientes que tomaram Avandia, em comparação com aqueles que receberam Actos, e que a incidência de insuficiência cardíaca congestiva foi 13 por cento mais elevada no grupo do Avandia.

O investigador principal, o Dr. Wolfgang Winkelmayer, da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, referiu que a questão interessante foi não ter sido encontrada qualquer diferença, entre os dois medicamentos para a diabetes, relativamente ao risco de acidente vascular cerebral (AVC) ou ataque cardíaco.

Os investigadores sugeriram que esta questão pode dever-se ao facto das pessoas mais idosas, se sofrerem um AVC ou um enfarte do miocárdio, poderem morrer imediatamente e não chegarem ao hospital para um diagnóstico, podendo, por isso, os eventos cardíacos serem registados como falecimentos.

Em resposta, a GlaxoSmithKline sugeriu que estes resultados são inconsistentes com dados de ensaios aleatórios mais rigorosos, que não demonstram qualquer aumento significativo na mortalidade devido a doença cardiovascular, ou outras causas, nos pacientes a tomar Avandia.

A companhia farmacêutica acrescentou ainda que sustenta intensamente a segurança e eficácia do Avandia com base em ensaios clínicos extensivos e ampla utilização pós-comercialização.

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=08CB71CA21C14232A7DC59AD70E5B156

Perda de potássio devido a diuréticos pode aumentar risco de diabetes

Investigadores norte-americanos revelaram que a queda dos níveis de potássio no sangue provocada por diuréticos, geralmente prescritos para a pressão sanguínea elevada, pode aumentar o risco de diabetes.

Os investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, referiram que os diuréticos aceleram a perda de fluidos e também drenam químicos importantes, incluindo o potássio, sendo que as pessoas que os tomam são geralmente aconselhadas a ingerir bananas e outros alimentos ricos em potássio para contrabalançar esse efeito.

O investigador principal, o Dr. Tariq Shafi, referiu que estudos anteriores têm revelado que, quando os pacientes tomam diuréticos tiazidas, os níveis de potássio baixam e o risco de diabetes aumenta para 50 por cento.

Os investigadores examinaram dados de 3.790 participantes não diabéticos num ensaio clínico aleatório, conduzido de 1985 a 1991, delineado para determinar os riscos versus os benefícios de administrar uma determinada medicação para a pressão sanguínea elevada a pessoas com 60 anos ou mais.

Uma metade dos participantes foi tratada com clortalidona e a outra com placebo. No estudo original, os níveis de potássio foram monitorizados como uma precaução de segurança para proteger contra o ritmo cardíaco irregular, um problema que pode resultar dos níveis baixos de potássio.

Os resultados, publicados online na “Hypertension”, demonstraram que, para cada diminuição de 0,5 miliequivalentes por litro de potássio, existia um aumento de 45 por cento do risco de diabetes. Nenhuma das pessoas do grupo que recebeu placebo desenvolveu níveis baixos de potássio.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2008/11/25/Potassium_loss_may_explain_diabetes_risk/UPI-34701227648942/

Anti-inflamatório experimental apresenta resultados positivos para artrite

Dados de um estudo de última fase revelaram que o fármaco experimental naproxcinod, da NicOx, para o tratamento da artrite, atingiu os objectivos primários sem aumentar a pressão sanguínea.

As descobertas, dos últimos três ensaios clínicos, confirmaram que o naproxcinod, o primeiro de uma nova classe de fármacos anti-inflamatórios, é seguro, efectivo e não provoca danos a nível da pressão sanguínea.

O último ensaio de 13 semanas envolveu 810 pacientes com osteoporose primária da anca que receberam aleatoriamente, duas vezes por dia, doses de naproxcinod, naproxeno ou placebo.

Os resultados demonstraram que o naproxcinod foi significativamente melhor do que o placebo nos objectivos relacionados com dor e pontuação de funcionalidade, assim como na pontuação geral do estado da doença.

A NicOx também relatou que os pacientes tratados com naproxcinod apresentaram um perfil de pressão sanguínea semelhante ao daqueles que receberam placebo.

A companhia planeia apresentar o naproxcinod à FDA para aprovação em meados de 2009 e antecipa o lançamento do fármaco para 2010.

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=C413D30C5FEE40E3B1EE5F59E4F752EA
www.bloomberg.com/apps/news?pid=20601085&sid=alNGib5ajeU8&refer=europe

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Brócolos podem ajudar a prevenir cancro em fumadores

Investigadores relataram que os brócolos e outros vegetais semelhantes parecem fornecer aos fumadores uma protecção especial contra o cancro.

Os investigadores descobriram que antigos fumadores e, especialmente, as pessoas que ainda são “fumadores pesados” retiraram benefícios especiais do consumo de vegetais. As pessoas que fumavam mais de 20 cigarros por dia foram consideradas “fumadores pesados”.

A investigadora principal, a Dra. Li Tang, do Instituto do Cancro Roswell Park, em Buffalo, referiu que os efeitos mais significativos foram observados nos fumadores.

Os brócolos e outros vegetais denominados crucíferos, tais como o repolho, a couve-flor e a couve-de-bruxelas, têm sido reconhecidos por diminuir o risco de cancro no geral, talvez devido aos compostos chamados isotiocianatos.

A Dra. Tang e os colegas estudaram 948 pacientes com cancro e 1.743 pessoas sem cancro. Todos os participantes responderam a um questionário detalhado sobre os seus hábitos, incluindo a alimentação e historial de hábito de fumar.

As pessoas que comiam vegetais crucíferos, principalmente crus, tinham entre 20 a 55 por cento menos probabilidade de ter cancro do que aquelas que nunca, ou apenas raramente, consumiam estes alimentos.

Segundo os resultados apresentados no encontro da Associação Americana para a Pesquisa do Cancro, a redução do risco dependeu do tipo de vegetal consumido e da duração e intensidade do hábito de fumar.

Os investigadores revelaram que só foi observado um efeito significativo entre os antigos e os actuais fumadores, não tendo sido observada uma associação significativa entre as pessoas que nunca fumaram.

Contudo, a Dra. Tang acrescentou que estas descobertas ainda não são fortes o suficiente para fazer uma recomendação pública para já, alertando que se as pessoas fumarem durante muito tempo nada pode ajudar.

Fumar aumenta o risco de muitos tipos de cancro, incluindo cancro do pulmão, da cabeça e pescoço, e cancro da bexiga.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2008/11/18/eline/links/20081118elin020.html

Estudo: Avastin aumenta sobrevivência sem progressão do cancro da mama

O fármaco oncológico Avastin (bevacizumab), da Genentech e da Roche Holding AG, num estudo de Fase III, demonstrou aumentar o tempo que as pacientes com cancro da mama sobreviveram sem a doença piorar, atingindo assim o objectivo primário.

O estudo, que envolveu 1.237 pacientes que não tinham recebido quimioterapia anteriormente, também confirmou que o Avastin pode ser combinado efectivamente com quimioterapias utilizadas normalmente.

O Avastin foi testado em combinação com quimioterapias à base de taxanos ou de antraciclinas, ou com o Xeloda (capecitabina), como tratamento de primeira linha para o cancro da mama HER2 negativo metastásico, tendo atingido o principal objectivo de aumentar a sobrevivência livre de progressão, em comparação com as quimioterapias isoladamente.

A Genentech revelou que o objectivo primário foi atingido nos dois grupos, sendo que as pacientes do primeiro grupo receberam Avastin ou placebo em combinação com quimioterapias à base de taxanos ou de antraciclinas, enquanto as pacientes do segundo grupo receberam Avastin ou placebo em combinação com capecitabina.

Os dados demonstraram que não foram observados novos sinais de segurança e o perfil de segurança do Avastin foi consistente com experiências anteriores.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AN3V220081124
www.rttnews.com/ArticleView.aspx?Id=783403&SMap=1

EMEA recomenda aprovação de ustekinumab para tratamento da psoríase

O Comité de Medicamentos para Uso Humano (CHMP), da Agência Europeia do Medicamento (EMEA), recomendou a aprovação de comercialização do fármaco ustekinumab, da Janssen-Cilag, para o tratamento da psoríase em placas moderada a grave.

O CHMP recomendou a aprovação do ustekinumab, que poderá vir a ser comercializado como Stelara, para adultos que não responderam ou apresentam alguma contra-indicação, ou intolerância, a outras terapias sistémicas, incluindo ciclosporina, metotrexato e fotoquimioterapia (PUVA).

A opinião positiva baseou-se em resultados de dois estudos de Fase III, publicados na “The Lancet”, que incluíram cerca de 2 mil pacientes, para avaliar a eficácia e tolerabilidade do ustekinumab no tratamento da psoríase em placas moderada a grave.

Mais de dois terços dos pacientes alcançaram o objectivo primário, em ambos os estudos, isto é, apresentaram uma melhora de aproximadamente 75 por cento da gravidade da psoríase na semana 12, após somente duas doses nas semanas zero e quatro.

Relativamente ao critério de eficácia mais exigente, que se refere a uma melhora de, pelo menos, 90 por cento da gravidade da psoríase, os resultados na semana 12 indicaram que aproximadamente 4 em cada 10 pacientes atingiram esta resposta, após somente duas doses, em ambos os estudos.

As recomendações para aprovação de comercialização por parte do CHMP são normalmente seguidas pela Comissão Europeia (CE) passados poucos meses.

Isabel Marques

Fontes:
www.vademecum.es/noticias_detalle.cfm?id_act_not=2027

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

EMEA: Zevtera recomendado para infecções complicadas da pele e tecidos moles

O Comité de Medicamentos para Uso Humano (CHMP), da Agência Europeia do Medicamento (EMEA), recomendou a aprovação de comercialização do fármaco antibiótico Zevtera (ceftobiprol medocaril), da Basilea Pharmaceutica, para o tratamento de infecções complicadas da pele e tecidos moles.

De acordo com o CEO da Basilea Pharmaceutica, Anthony Man, o Zevtera é um inovador antibiótico de largo espectro que pode ser utilizado com tratamento de primeira linha para uma ampla variedade de infecções graves da pele, antes de se saber a bactéria exacta que provocou a infecção.

O Zevtera é uma cefalosporina indicada para as infecções por Estafilococos Aureus Resistentes à Meticilina (MRSA).

As recomendações para aprovação de comercialização por parte do CHMP são normalmente seguidas pela Comissão Europeia (CE) passados poucos meses.

As infecções complicadas da pele e tecidos moles estão entre as infecções mais comuns no meio hospitalar. O Estafilococos Aureus, uma bactéria Gram-positivo, é o patogénio predominante das infecções da pele.

Nos últimos anos, as estirpes de Estafilococos Aureus resistentes à meticilina têm-se tornado cada vez mais comuns e têm sido associadas ao aumento da morbilidade e mortalidade.

Isabel Marques

Fones:
www.reuters.com/article/rbssHealthcareNews/idUSLL18718520081121
www.foxbusiness.com/story/markets/industries/health-care/evteratm-ceftobiprole-medocaril-novel-anti-mrsa-broad-spectrum-antibiotic-2048728213/

Gorduras saturadas podem aumentar risco de cancro do intestino delgado

Um estudo, publicado na edição de 15 de Novembro da “Cancer Research”, demonstrou que as dietas elevadas em gorduras saturadas parecem aumentar o risco de cancro do intestino delgado.

De acordo com a principal investigadora, a Dra. Amanda J. Cross, do Instituto Nacional do Cancro norte-americano, no Maryland, é importante identificar factores de risco variáveis para o cancro do intestino delgado, não só porque a incidência deste tipo de cancro está a aumentar, mas também pode permitir compreender melhor outras doenças gastrointestinais.

Descobertas de diversos estudos têm relacionado o consumo de carnes vermelhas e processadas ao cancro do cólon, mas a associação ao cancro do intestino delgado tem recebido relativamente pouca atenção e não tem sido examinada num progressivo estudo prospectivo.

A equipa de investigação, utilizando dados de um estudo sobre dieta e saúde, examinou associações alimentares ao cancro do intestino delgado em meio milhão de homens e mulheres. Foram utilizados questionários de frequência de consumo de alimentos para estimar a ingestão de carne e gordura e os participantes foram seguidos durante 8 anos.

Durante o seguimento, 60 pessoas desenvolveram adenocarcinomas e 80 desenvolveram tumores carcinóides gástricos, um tipo raro de cancro do estômago.

Não foi observada uma associação estatisticamente significativa entre a ingestão de carne vermelha, ou processada, e as doenças do intestino delgado.

Por outro lado, a ingestão de gorduras saturadas foi associada efectivamente ao desenvolvimento de tumores carcinóides. As pessoas com a ingestão mais elevada de gorduras saturadas tinham um risco 3,18 vezes maior de desenvolver tumores carcinóides, em comparação com as pessoas cuja ingestão era a mais reduzida.

O intestino delgado compõe 75 por cento do tracto digestivo, contudo, raramente se desenvolvem cancros aí, aparecendo mais frequentemente no intestino grosso ou cólon.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AK89E20081121

domingo, 23 de novembro de 2008

Estabilidade dos níveis de açúcar no sangue ajuda a diminuir risco de complicações diabéticas

Novos dados sugerem que o controlo adequado do açúcar no sangue por um período prolongado, por parte das pessoas com diabetes tipo 1, ajuda a reduzir o risco das doenças renal e oftalmológica relacionadas com a diabetes.

As descobertas, publicadas na edição de Novembro da “Diabetes Care”, provêm de uma análise de dados de 1.441 pacientes com diabetes tipo 1, que foram seguidos durante aproximadamente 9 anos, como parte de um ensaio pivot relativamente ao controlo e complicações da diabetes.

Os investigadores, ao analisarem ao longo do tempo os níveis de hemoglobina A1c, um indicador standard de controlo a longo prazo do açúcar no sangue, observaram que uma crescente variabilidade da hemoglobina A1c aumenta o risco de surgir ou piorar a retinopatia diabética, (doença da retina que pode levar à cegueira) e a nefropatia diabética (doença dos rins que pode levar à insuficiência renal).

Especificamente, os investigadores descobriram que, para cada 1 por cento de aumento da hemoglobina A1c, o risco de retinopatia aumentou mais do dobro e o risco de nefropatia diabética aumentou quase o dobro.

O investigador do estudo, o Dr. Eric S. Kilpatrick, do Hull Royal Infirmary, em Inglaterra, referiu à Reuters Health que as descobertas sugerem que a estabilidade a longo prazo do açúcar no sangue, e não só o controlo médio do açúcar no sangue, antevê o risco destas complicações.

O Dr. Kilpatrick acrescentou que esta é provavelmente outra razão para se procurar atingir um bom e estável controlo gilcémico, em vez de apenas um bom controlo glicémico.

Contudo, a gestão do açúcar no sangue é só uma parte da questão. É igualmente importante assegurar que a pressão sanguínea e os níveis de colesterol estão estritamente controlados, de modo a reduzir as complicações da diabetes.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AK6IH20081121

Cancro: Perda óssea pode dever-se não só aos fármacos oncológicos

Investigadores norte-americanos revelaram que determinados fármacos oncológicos podem provocar perda óssea em pacientes com cancro da mama, mas que estes fármacos não são os únicos culpados.

O estudo, publicado na “Journal of Clinical Oncology”, descobriu que 78 por cento das sobreviventes de cancro da mama apresentavam, pelo menos, uma outra causa para a perda óssea, como deficiência de vitamina D.

A autora principal, a Dra. Pauline Camacho, da Faculdade de Medicina Stritch da Universidade de Loyola, em Chicago, referiu que os médicos ao avaliar as pacientes com cancro da mama, relativamente a uma possível perda óssea, devem procurar razões para além dos fármacos oncológicos.

Os autores do estudo sugerem que, embora os fármacos oncológicos realmente provoquem perda óssea, os sobreviventes de cancro, como a população normal, também sofrem de perda óssea devido a causas tratáveis e merecem uma meticulosa avaliação da saúde óssea.

Os investigadores reviram os dados de 238 pacientes na pós-menopausa, com densidade mineral óssea abaixo do normal, examinadas no Centro de Doenças Ósseas Metabólicas e Osteoporose de Loyola, entre 2000 e 2006. Entre as pacientes, 64 tinham cancro da mama.

38 por cento das pacientes com cancro da mama tinham deficiência de vitamina D, em comparação com 51 por cento das pacientes sem cancro da mama. Foi encontrada excreção excessiva de cálcio na urina em 16 por cento das pacientes com cancro e em 8 por cento das pacientes sem cancro.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2008/11/21/Bone_loss_due_to_more_than_cancer_drugs/UPI-70651227329899/

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Estudo: Vitamina E não ajuda a prevenir artrite reumatóide

Resultados de um estudo indicam que a toma de suplementos de vitamina E não ajudam a reduzir o risco de artrite reumatóide nas mulheres.

A Dr. Elizabeth W. Karlson, do Hospital Brigham e de Mulheres, em Boston, e colegas concluíram que, apesar da existência de mecanismos biológicos plausíveis, o actual ensaio aleatório não demonstrou que a utilização de suplementos de vitamina E, a longo prazo, diminui o risco de desenvolver artrite reumatóide.

Dados de estudos observacionais anteriores demonstraram que dietas alimentares elevadas em antioxidantes estão associadas a menores riscos de artrite reumatóide.

Como parte do Estudo de Saúde das Mulheres (Women's Health Study), 39.144 mulheres com, pelo menos, 45 anos receberam aleatoriamente vitamina E numa dosagem de 600 Unidades Internacionais (UI) dia sim, dia não ou placebo.

Durante o seguimento, que durou em média 10 anos, 50 mulheres no grupo da vitamina E e 56 no grupo do placebo desenvolveram artrite reumatóide. Estes resultados, publicados na edição de 15 de Novembro da “Arthritis Care and Research”, sugerem que os suplementos de vitamina E não afectam significativamente o risco de artrite reumatóide.

Aproximadamente, 20 milhões de pessoas a nível mundial sofrem de artrite reumatóide, uma doença auto-imune que ocorre quando o organismo confunde tecidos saudáveis com substâncias estranhas e se ataca a si próprio. A doença provoca dor, rigidez e inchaço em diversas articulações, sendo que a inflamação também se pode desenvolver em outros órgãos. Estudos têm sugerido que a artrite reumatóide aumenta os riscos cardíacos.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AJ6VR20081120

Composto do alho revela-se promissor no tratamento da diabetes

Investigadores japoneses revelaram que um fármaco baseado num químico encontrado no alho ajudou a tratar a diabetes tipo 1 e 2 em ratos, reduzindo os níveis de glicose no sangue.

O Dr. Hiromu Sakurai e colegas, da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Suzuka, administraram oralmente o fármaco baseado em vanádio e alicina, um componente encontrado no alho, a ratos com diabetes tipo 1.

Em trabalhos anteriores, os investigadores tinham descoberto que o composto de vanádio e alicina tratava ambos os tipos de diabetes quando injectado, mas este novo estudo, publicado online na revista científica “Metallomics”, da Sociedade Real de Química do Reino Unido, demonstra que o fármaco é promissor como tratamento oral para esta doença metabólica.

A diabetes tipo 1 actualmente é tratada com injecções diárias de insulina, enquanto a diabetes tipo 2 é tratada com fármacos, sendo que alguns apresentam efeitos secundários.

Isabel Marques

Fontes:

www.upi.com/Health_News/2008/11/20/Garlic_compound_a_potential_diabetes_drug/UPI-31781227199810/

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Vinho tinto pode ajudar a proteger contra a Doença de Alzheimer

Investigadores norte-americanos revelaram que o vinho tinto pode não só ser benéfico para a saúde cardiovascular, mas também ajudar a proteger contra a Doença de Alzheimer.

Investigadores da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA), em colaboração com a Faculdade de Medicina de Mount Sinai, em Nova Iorque, referiram ter descoberto como o vinho tinto pode reduzir a incidência da Doença Alzheimer.

O estudo, publicado na “Journal of Biological Chemistry”, demonstrou como componentes que ocorrem naturalmente no vinho tinto, os polifenóis, bloqueiam a formação de proteínas que constroem as placas tóxicas que se pensa que destroem as células no cérebro.

Adicionalmente, o estudo descobriu que o vinho tinto diminuiu a toxicidade das placas existentes, reduzindo assim a deterioração cognitiva.

David Teplow, professor de neurologia da UCLA, referiu que o seu laboratório tem estado a estudar a forma como a proteína beta-amilóide está envolvida no desenvolvimento da Doença de Alzheimer. Os investigadores trataram as proteínas com um composto de polifenol extraído de sementes de uva e monitorizaram como cada uma das duas proteínas se alteravam e se fixavam uma à outra para produzir agregados que matavam as células nervosas.

Teplow referiu que a sua equipa descobriu que os polifenóis provocam um ataque duplo: bloqueiam a formação de agregados tóxicos das proteínas beta-amilóide e diminuem a toxicidade, quando combinados com a beta-amilóide antes desta ser adicionada às células cerebrais.

O investigador revelou que o que descobriram é bastante simples, pois se as proteínas beta-amilóide não conseguirem juntar-se, os agregados tóxicos não se podem formar e assim não existe toxicidade.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2008/11/19/Red_wine_may_help_ward_off_Alzheimers/UPI-42781227129110/

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Estudo revela que Avastin pode aumentar risco de tromboembolismo venoso

Resultados de uma meta-análise sugerem que o fármaco oncológico Avastin (bevacizumab), da Genentech e da Roche Holding AG, aumenta significativamente o risco de desenvolver tromboembolismo venoso (TEV).

Os investigadores analisaram dados de 15 ensaios aleatórios, envolvendo um total de 7.956 pacientes com diversos tumores sólidos avançados, e descobriram que o risco de desenvolver tromboembolismo venoso era 33 por cento mais elevado nos pacientes que receberam Avastin, em comparação com aqueles que não receberam o fármaco.

As descobertas, publicadas na revista científica “Journal of the American Medical Association” (JAMA), demonstraram que, entre os pacientes com cancro, aqueles em regime de quimioterapia tinham 10 por cento de probabilidade de desenvolver TEV, enquanto aqueles que receberam Avastin tinham uma probabilidade de 13 por cento.

Relativamente aos resultados, a porta-voz da Genentech, Charlotte Arnold, referiu que este não é um novo sinal de segurança para o Avastin, sendo que o risco é referenciado na secção de efeitos adversas do folheto. Actualmente, o folheto do Avastin contém um aviso relativamente à possibilidade de ocorrerem coágulos sanguíneos nas artérias e refere que algumas pessoas a tomar Avastin e quimioterapia desenvolveram tromboembolismo venoso.

Por outro lado, o autor do estudo, o Dr. Shenhong Wu, da Universidade Stony Brook, em Nova Iorque, sugeriu que os resultados podem justificar uma advertência destacada, visto tratar-se de eventos clinicamente significativos, e sendo que, de outra forma, mais ninguém ficará a saber que o fármaco está a provocar este problema.

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=76051CBEE6024AE8B9FFA4BFDA5672E7

Óleo de canola pode ajudar a reduzir risco de cancro para grávidas e bebés

Investigadores norte-americanos revelaram que substituir o óleo de milho por óleo de canola pode ajudar a reduzir o risco de cancro, não só para as mulheres grávidas, como também para os seus bebés ainda por nascer.

Os investigadores descobriram que ratos fêmea alimentadas com óleo de canola, enquanto grávidas, tinham menos probabilidade de desenvolver cancro da mama, assim como as suas crias por nascer, do que os ratos alimentados com óleo de milho.

De acordo com o que os investigadores revelaram no encontro da Associação Americana para a Pesquisa do Cancro, as descobertas possivelmente devem-se aos ácidos gordos Ómega-6. Algumas investigações têm relacionado quantidades elevadas de ácidos gordos Ómega-6 a problemas de saúde, incluindo cancro.

No óleo de milho, 50 por cento dos ácidos gordos são Ómega-6, enquanto que no óleo de canola apenas 20 por cento o são. Além disso, o óleo de canola é muito mais rico em ácidos gordos Ómega-3, que estão relacionados com benefícios para o coração e cancro, em comparação com o óleo de milho.

A Dra. Elaine Hardman e colegas, da Faculdade de Medicina da Universidade Marshall, na Virgínia Ocidental, testaram ratos modificados geneticamente para desenvolverem cancro no início da vida.

Aqueles que receberam uma dieta rica em óleo de canola foram mais lentos a desenvolver cancro do que os que receberam óleo de milho, assim como as suas crias.

A Dra. Hardman referiu que ao observar-se um retardamento no desenvolvimento do cancro nos ratos, se espera que isso também se traduza num retardamento no desenvolvimento do cancro em humanos.

A investigadora acrescentou que a mensagem principal para as pessoas é que esta é uma alteração alimentar que pode ser muito fácil de fazer, sendo que não custa dinheiro e pode ajudar a prevenir o cancro no futuro, sublinhando que, na pior das hipóteses, não fará qualquer mal.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2008/11/18/eline/links/20081118elin021.html

Fármacos antidiabéticos podem ajudar a diminuir risco de cancro da próstata

Investigadores da Universidade de Tampere, na Finlândia, revelaram que os fármacos utilizados para controlar a diabetes podem ajudar a reduzir o risco de cancro da próstata.

O Dr. Teemu J. Murtola e colegas referiram, na “American Journal of Epidemiology”, que estudos recentes têm relatado uma diminuição do risco de cancro da próstata nos homens diabéticos, embora as evidências sejam controversas. Actualmente, não é claro se a utilização de medicação antidiabética afecta a associação entre a diabetes e o cancro da próstata.

Os investigadores estudaram um grupo de homens diagnosticados com cancro da próstata e um grupo de controlo com homens sem cancro da próstata, num total de 24.723 pares caso-controlo.

Os fármacos orais para a diabetes foram utilizados por 7,5 por cento dos homens com cancro da próstata e por 8,4 por centos dos de controlo. A prevalência de utilização de insulina foi de 2,5 por cento nos pacientes com cancro e de 3 por cento nos controlos.

A equipa de investigadores descobriu que os homens que tinham historial de tomar qualquer medicação para a diabetes tinham um risco 16 por cento menor de cancro da próstata.

A diminuição do risco foi comparável para todos os fármacos anti-diabéticos, incluindo metformina, sulfonilureias e insulina.

Os investigadores descobriram ainda que o risco geral, assim como o risco de cancro da próstata avançado, diminuiu com a quantidade e duração da utilização da medicação.

De acordo com os investigadores, o mecanismo potencial por detrás da diminuição do risco de cancro da próstata nos homens diabéticos é, actualmente, incerto. Muito provavelmente, as alterações no metabolismo da hormona endógena que ocorrem na diabetes têm um papel importante.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2008/11/18/eline/links/20081118elin034.html

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Reguladores alertam para potenciais riscos de fármaco injectável para bronzear

A entidade reguladora da saúde do Reino Unido está a alertar as pessoas para não utilizarem um fármaco injectável para bronzear, porque os seus potenciais efeitos secundários são desconhecidos.

O fármaco denominado Melanotan, que está disponível apenas na Internet, produz um bronzeamento ao estimular a quantidade de melanina, a protecção natural do corpo contra o sol.

Contudo, o produto não está licenciado e não foram conduzidos testes de efectividade, qualidade ou segurança, para se saber quais os possíveis efeitos secundários ou quão graves estes podem ser, segundo revelou a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido (MHRA, sigla em inglês).

David Carter, da MHRA, referiu que se estão a alertar as pessoas para não utilizarem este produto, e que estas não devem ser enganadas pensando que o Melanotan oferece um atalho para um bronzeado mais seguro e uniforme.

Carter acrescentou que a segurança destes produtos é desconhecida e que estes não estão licenciados, sendo que os efeitos secundários podem ser extremamente graves.

As vendas ilícitas de medicamentos na Internet são um problema em crescimento, uma vez que muitos destes produtos são falsificações de qualidade duvidosa e são potencialmente perigosos.

Na semana passada, numa operação conjunta, autoridades de nove países, incluindo Grã-Bretanha, Alemanha, Irlanda, Suiça, Israel, Nova Zelândia, Singapura, Canadá e os Estados Unidos, fizeram buscas a negócios suspeitos de fornecerem ilegalmente medicamentos na Internet.

Cancro da mama: Terapia de grupo pode ajudar a melhorar sobrevivência

Investigadores norte-americanos revelaram que a terapia psicológica de grupo para mulheres com cancro da mama pode ajudar, não só a lidar melhor com a doença, mas também a viver mais tempo.

A ideia de que este tipo de terapia possa estender a sobrevivência de pacientes com cancro tem sido controversa, nas últimas duas décadas, tendo estudos anteriores revelado resultados contraditórios.

Os investigadores, liderados pela Dra. Barbara Andersen, da Universidade Estatal do Ohio, estudaram 227 mulheres com cancro da mama, tendo cerca de metade seguido durante um ano terapia em grupos de oito a 12 pacientes, enquanto as restantes não o fizeram.

Após 11 anos, as mulheres que participaram na terapia de grupo tinham menos 56 por cento probabilidade de morrer de cancro da mama e tinham menos 45 por cento probabilidade do cancro voltar.

A Dra. Andersen referiu que as sessões de grupo, entre outras coisas, direccionaram-se para a redução das preocupações das mulheres, ensiná-las a relaxar e a melhorar as capacidades de lidar com a situação, a melhorar a dieta alimentar e os hábitos de exercício físico, e para desencorajar o tabaco e as bebidas alcoólicas.

Os investigadores revelaram, na revista científica “Cancer", que a melhoria da sobrevivência pode dever-se a uma melhor função imunitária devido à redução do stress.

A psicóloga Lois Friedman, do Centro de Cancro de Ireland, em Cleveland, referiu que existem evidências claras de que tais intervenções psicológicas podem melhorar o humor e a qualidade de vida, ajudar na aderência aos regimes terapêuticos e a melhorar o bem-estar geral.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AG0SU20081117?sp=true

Fármacos para a leucemia podem ser benéficos para diabetes tipo 1

Investigadores revelaram que dois conhecidos fármacos para a leucemia, o Glivec (imatinib), da Novartis AG, e o Sutent (sunitinib), da Pfizer Inc, impediram que ratos de laboratório desenvolvessem diabetes tipo 1 e colocaram 80 por cento dos ratos diabéticos em remissão.

Ambos os fármacos actuaram ao deprimir os sistemas imunitários dos ratos, que mantiveram os níveis de açúcar no sangue normais, mesmo depois do tratamento ter terminado.

De acordo com o Dr. Jeffrey Bluestone, da Universidade da Califórnia, em São Francisco, existem muito poucos fármacos para tratar a diabetes tipo 1, especialmente após o início da doença, por isso, este benefício, com um fármaco que já demonstrou ser seguro e efectivo em pacientes com cancro, é muito promissor.

O Dr. Bluestone referiu que o facto dos ratos tratados terem mantido os níveis de glicose no sangue normais, durante algum tempo após o final do tratamento, sugere que o imatinib e o sunitinib podem estar a “reprogramar” os sistemas imunitários de forma permanente.

Os investigadores testaram os fármacos em ratos com predisposição para a diabetes e descobriram que os medicamentos impediram que estes desenvolvessem a doença.

No estudo, publicado na “Proceedings of the National Academy of Sciences”, os fármacos também foram testados em ratos com diabetes, tendo demonstrado que o imatinib e o sunitinib colocaram a doença em remissão em 80 por cento dos animais, após apenas oito a 10 semanas de tratamento.

Segundo outro investigador, o Dr. Arthur Weiss, este estudo revela uma nova área de investigação no campo da diabetes tipo 1 e, mais importante, revela oportunidades entusiasmantes para o desenvolvimento de novas terapias para tratar esta doença e outras doenças auto-imunes.

A diabetes tipo 1, também denominada diabetes juvenil, é uma doença auto-imune provocada pela destruição das células produtoras de insulina no pâncreas, sendo diferente da diabetes tipo 2, que está relacionada com a obesidade, alimentação desequilibrada e falta de exercício físico.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AG78H20081117

Planta Índigo pode ajudar no tratamento da psoríase

Um estudo descobriu que a planta Índigo naturalis, uma planta azul escura utilizada na medicina tradicional chinesa, parece ser efectiva no tratamento da psoríase.

As descobertas, publicadas na última edição da “Archives of Dermatology”, do ensaio clínico que envolveu 42 pacientes que sofriam da doença há, pelo menos, dois anos, revelaram que a Índigo naturalis, na forma de pomada, foi segura e efectiva no tratamento da psoríase.

Os pacientes aplicaram a pomada à base de Índigo naturalis num lado do corpo e uma pomada placebo, ou seja, sem efeito terapêutico, no outro lado. Os investigadores verificaram a condição dos pacientes no início do tratamento e após duas, quatro, seis, oito, 10 e 12 semanas.

De acordo com os investigadores, as lesões tratadas com a pomada de Índigo naturalis demonstraram uma melhoria de 81 por cento, tendo as lesões que receberam placebo demonstrado uma melhoria na ordem dos 26 por cento.

Para 25 dos pacientes, as placas que foram tratadas com Índigo foram reduzidas completamente ou quase completamente. Nenhum dos pacientes do ensaio apresentou efeitos adversos graves, embora alguns tenham experienciado uma ligeira alergia cutânea.

De acordo com o investigador principal, o Dr. Yin-Ku Lin, do Hospital Memorial Chang Gung, em Taiwan, a actual medicação à base de esteróides pode provocar efeitos secundários como atrofia da pele, mas a Índigo naturalis apresenta muito menos efeitos secundários.

A Índigo naturalis já é utilizada há muito tempo, externamente ou via ingestão, na China e em Taiwan, para tratar diversas infecções e doenças inflamatórias, tais como papeira, faringite e eczema.

A utilização sistémica a longo prazo tem sido relacionada com irritação do tracto gastrointestinal e problemas no fígado.

A psoríase é uma doença crónica da pele, não contagiosa, para a qual ainda não existe cura, embora algumas terapias produzam uma remissão. As lesões têm relevo, são vermelhas, cobertas por escama prateada, e surgem sobretudo nos cotovelos, joelhos, região lombar e couro cabeludo, embora possam afectar qualquer área do corpo, cobrindo, nos casos mais graves, extensas áreas do tronco e membros.

Isabel Marques

http://medicosdeportugal.saude.sapo.pt/action/2/cnt_id/994/

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

FDA alerta para efeitos adversos de Zyprexa e Lamisil em crianças

A agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA), numa revisão de segurança, indicou que o fármaco antipsicótico Zyprexa (olanzapina), da Eli Lilly, e o medicamento antifúngico Lamisil (terbinafina), da Novartis AG, devem ser monitorizados relativamente a potenciais riscos de efeitos adversos na população pediátrica.

No que diz respeito ao Zyprexa, os reguladores relataram que não surgiram novos sinais de segurança como parte desta revisão. Contudo, esta alertou que a população pediátrica não está livre dos eventos adversos provocados pela terapia com olanzapina.

Os reguladores recomendaram uma revisão da informação de prescrição do fármaco, de modo a incluir o potencial risco de efeitos metabólicos que têm sido observados, tanto em adultos como em crianças que tomaram o fármaco.

Actualmente, o Zyprexa está aprovado para pacientes com mais de 18 anos, não sendo recomendada a administração de olanzapina a crianças e adolescentes. A rotulagem do medicamento já inclui uma referência relativa ao risco de aumento de peso nesta população.

A FDA também recomendou que seja efectuada uma investigação adicional relativamente aos eventos psiquiátricos relatados entre os pacientes tratados com Lamisil, incluindo depressão, ideias suicidas e dor auto-infligida.

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=3009C82B57874FE79377B9798AEED452

Homens que tomam aspirina têm níveis mais baixos de PSA

Investigadores norte-americanos revelaram que a utilização de aspirina e de fármacos anti-inflamatórios não esteróides (AINEs), por parte dos homens, está associada a níveis mais baixos do Antigénio Específico da Próstata (PSA).

Os investigadores da Universidade Vanderbilt, em Nashville, referiram que a análise incluiu 1.277 participantes que consultaram um urologista para se submeterem a uma biopsia da próstata. Aproximadamente 46 por cento dos homens relataram tomar um anti-inflamatório não esteróide, habitualmente aspirina.

A equipa de investigadores descobriu, após ajustar algumas variáveis, que têm efeitos independentes no tamanho da próstata e no risco de cancro, como a idade, raça, história de cancro da próstata na família, obesidade, entre outras, que a utilização de aspirina estava significativamente associada a níveis mais baixos de PSA.

As descobertas revelaram que os níveis de PSA estavam 9 por cento mais baixos nos homens que tomaram aspirina, em comparação com aqueles que não tomaram o fármaco.

O teste de PSA é utilizado normalmente como método para detectar nos homens a possibilidade de cancro da próstata, sendo que níveis elevados de PSA no sangue sugerem uma maior probabilidade de ter cancro da próstata. Contudo, níveis elevados de PSA também podem significar uma hiperplasia benigna da próstata, um aumento não-cancerígeno da próstata.

Isabel Marques

Fontes:

www.upi.com/Health_News/2008/11/17/Men_who_take_aspirin_have_lower_PSA_levels/UPI-60611226902429/

Óleo de hortelã-pimenta e fibras podem ajudar a combater cólon irritável

Um novo estudo revelou que, para alguns pacientes, a melhor terapia para a síndrome do cólon irritável pode ser à base de fármacos antigos e baratos, tais como fibras, fármacos antiespasmódicos e óleo de hortelã-pimenta.

De acordo com os investigadores, estes tratamentos simples caíram em desuso devido à acessibilidade de novos fármacos, mas também mais dispendiosos, alguns dos quais foram retirados do mercado devido a questões de segurança.

Contudo, os peritos afirmam que estas terapias mais tradicionais podem, por vezes, ser melhores e que deveriam tornar-se tratamentos de primeira linha nas directrizes para o tratamento da síndrome do cólon irritável.

O investigador principal, o Dr. Alex Ford, do Centro de Ciências da Saúde da Universidade McMaster, em Ontário, no Canadá, referiu que estão sempre a ser desenvolvidos novos fármacos, mas alguns recentes, como o alosetron e o tegaserod, foram retirados, e agora só estão disponíveis de forma restrita, e a renzaprida não se demonstrou efectiva.

Por outro lado, os fármacos antigos, que são baratos, seguros e, em alguns casos, estão disponíveis sem receita médica, parecem ser efectivos para a síndrome do cólon irritável.

No estudo, publicado online na “British Medical Journal”, os investigadores reviram ensaios, que incluíram mais de 2.500 pacientes com a síndrome, que compararam o tratamento da síndrome do cólon irritável com fibra, antiespasmódicos e óleo de hortelã-pimenta ao placebo ou a nenhum tratamento.

Os investigadores descobriram que a fibra, os antiespasmódicos e o óleo de hortelã-pimenta foram tratamentos efectivos, não tendo sido associados efeitos secundários graves a qualquer um dos tratamentos.

No estudo, o óleo de hortelã-pimenta pareceu ser a terapia mais efectiva. A fibra insolúvel não foi efectiva, por outro lado, apenas a fibra solúvel reduziu os sintomas. No caso dos antiespasmódicos, o mais efectivo foi a hioscina.

O Dr. Roger Jones, do King’s College, em Londres, afirmou que para alguns pacientes com dores e diarreia os antiespasmódicos podem ser úteis. Os pacientes com obstipação devem experimentar fibra e para outros pacientes o óleo de hortelã-pimenta pode ser benéfico.

Segundo o Dr. Jones, quem sofre de cólon irritável e não tem a doença controlada, ou não está satisfeito com o perfil de sintomas, deve consultar o médico de família, ou o gastroenterologista, para fazer uma revisão e talvez chamar a atenção para as novas evidências acerca da efectividade destes fármacos tradicionais.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_71634.html

Combinação de quatro fármacos favorável para cancro do pulmão

Investigadores norte-americanos revelaram que a combinação de dois fármacos de quimioterapia com duas terapias direccionadas demonstrou ser segura e ajudou os pacientes com cancro do pulmão avançado a viver mais tempo.

A combinação de Avastin (bevacizumab), da Roche & Co, Erbitux (cetuximab), da ImClone Systems, carboplatina e paclitaxel pareceu aumentar, em média, dois meses à sobrevivência dos pacientes, de 12 para 14 meses.

Foi a primeira vez que duas terapias direccionadas foram utilizadas conjuntamente com quimioterapia tradicional deste forma. O Dr. Edward Kim referiu ainda que o Avastin e o Erbitux pareceram actuar sinergicamente.

Segundo o Dr. Kim, a base do estudo foi a descoberta de que o Avastin melhora a eficácia da terapia existente, possibilitando assim uma melhoria do regime com Erbitux, carboplatina e paclitaxel.

Os investigadores testaram 110 pacientes com cancro do pulmão, em fase 3 ou 4, num ensaio de segurança e eficácia de Fase II. Os pacientes receberam seis ciclos dos quatro fármacos e posteriormente, como manutenção, infusões contínuas de Avastin e Erbitux.

Os investigadores revelaram, no Simpósio Multidisciplinar em Oncologia Torácica Chicago 2008, que 53 por cento dos pacientes apresentaram uma redução dos tumores e 24 por cento estabilizaram a doença. Em média, os pacientes tiveram sete meses sem crescimento dos tumores e sobreviveram 14 meses.

Os pacientes que anteriormente receberam os três fármacos, sem o Avastin, apresentavam uma média de 5,5 meses sem crescimento dos tumores e 12 meses de sobrevivência geral.

No que se refere a efeitos adversos, quatro pacientes morreram durante o tratamento, sendo o Avastin conhecido por algumas vezes provocar hemorragia interna, e 40 pacientes apresentaram os efeitos secundários habituais, como dor no nervo e baixo número de células sanguíneas.

Embora muitos fármacos sejam utilizados para tratar o cancro do pulmão, quase todos deixam de funcionar eventualmente.

O cancro do pulmão é a principal causa de morte globalmente, com 1,2 milhões de mortes todos os anos e 114 mil anualmente nos Estados Unidos, segundo a Sociedade Americana de Cancro.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AC6OI20081113?sp=true

domingo, 16 de novembro de 2008

Vitamina C pode ajudar a reduzir risco cardíaco em alguns pacientes

Investigadores norte-americanos revelaram que suplementos de vitamina C podem ajudar a diminuir as concentrações da proteína C-reactiva (PCR), um biomarcador de inflamação e indicador de risco de doença cardíaca, naqueles que têm níveis elevados.

A autora principal, a Dra. Gladys Block, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, referiu que, para adultos saudáveis, não fumadores, com níveis elevados da proteína C-reactiva, uma dose diária de vitamina C reduziu os níveis do biomarcador de inflamação, após dois meses, em comparação com aqueles que tomaram placebo.

A Dra. Block sublinhou que tem de se fazer uma importante diferenciação, pois o tratamento com vitamina C é ineficaz em pessoas cujos níveis da proteína C-reactiva sejam inferiores a 1 miligrama por litro, mas muito efectiva para aqueles que têm níveis mais elevados.

Neste estudo, o nível de redução da proteína C-reactiva atingido pela toma de suplementos de vitamina C, naqueles com níveis elevados desta proteína, é comparável aos de muitos outros estudos com estatinas, fármacos para a diminuição do colesterol.

O estudo, publicado online na “Free Radical Biology & Medicine”, revelou que diversos ensaios com estatinas reduziram os níveis de proteína C-reactiva em cerca de 0,2 miligramas por litro, mas que, neste último, a vitamina C diminuiu os níveis de proteína C-reactiva em 0,25 miligramas por litro.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2008/11/14/Vitamin_C_may_help_lower_heart_risk/UPI-18931226700628/

Fumar pode piorar sintomas de síndrome pré-menstrual

As mulheres, entre os 27 e os 44 anos, que fumam têm duas vezes mais probabilidade de desenvolver síndrome pré-menstrual (SPM), num período de dois a quatro anos, especialmente sintomas hormonais, tais como dores de costas, inchaço abdominal, tensão mamária e acne.

A Dra. Elizabeth R. Bertone-Johnson, da Universidade de Massachusetts, em Amherst, revelou à Reuters Health que as descobertas fornecem mais evidências à ideia de que fumar aumenta o risco de síndrome pré-menstrual moderada a grave. Além disso, fornecem ainda mais uma razão para as mulheres, especialmente as adolescentes e as mulheres jovens, não fumarem.

Cerca de 20 por cento das mulheres sofrem de SPM suficientemente grave para afectar os seus relacionamentos e interferir com as suas actividades normais, segundo o que os investigadores relataram na “American Journal of Epidemiology”.

Tem-se demonstrado que fumar afecta os níveis de diversas hormonas e vários estudos, que analisaram a relação entre a SPM e fumar, têm sugerido que as mulheres que sofrem da síndrome têm mais probabilidade de serem fumadoras.

Os investigadores, para averiguar melhor esta relação, analisaram dados de um estudo que tem seguido 116.678 enfermeiras dos Estados Unidos desde 1989.

As mulheres que eram fumadoras tinham uma probabilidade 2,1 vezes maior de relatar SPM do que as não fumadoras, num período de dois a quatro anos. O risco aumentava com a quantidade que as mulheres fumavam, sendo que aquelas que começaram a fumar na adolescência ou na juventude estavam ainda mais em risco. Por exemplo, aquelas que começaram a fumar antes dos 15 anos tinham 2,53 vezes mais probabilidade de desenvolver síndrome pré-menstrual.

A Dra. Bertone-Johnson referiu ainda que estudos anteriores sugerem que fumar pode alterar os níveis de estrogénio, progesterona, testosterona, e outras hormonas, muitas das quais podem estar envolvidas no desenvolvimento da SPM. Alguns estudos demonstraram também que as fumadoras têm ciclo menstruais mais curtos e mais irregulares do que as não fumadoras.

Fumar pode também reduzir os níveis de vitamina D no organismo, o que também pode aumentar o risco de desenvolver síndrome pré-menstrual.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AE0RP20081115

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Suplementos de cálcio e vitamina D não reduzem risco de cancro da mama

Estudos revelaram que suplementos de cálcio e de vitamina D não reduzem o risco de cancro da mama invasivo em mulheres na pós-menopausa, segundo um relatório publicado na revista científica "Journal of the National Cancer Institute”.

No estudo “Women's Health Initiative”, 36.282 participantes receberam aleatoriamente 1.000 miligramas de cálcio mais 400 unidades internacionais (UI) de vitamina D ou placebo diariamente, durante sete anos, para determinar os efeitos destes suplementos nas fracturas de anca. O efeito dos suplementos no cancro da mama invasivo foi o objectivo secundário do estudo. Foram realizados exames e mamografias regularmente durante o período de seguimento.

O número de pacientes que desenvolveu cancro da mama invasivo no grupo dos suplementos não foi significativamente diferente do número do grupo do placebo: 528 versus 546.

Os investigadores analisaram os níveis iniciais de 25-hidroxivitamina D em 1.067 mulheres que desenvolveram cancro da mama e em 1.067 que não desenvolveram a doença, de modo a analisar o impacto dos níveis de 25-hidroxivitamina D, a medida mais precisa dos níveis de vitamina D no organismo.

Entre as mulheres que desenvolveram cancro da mama invasivo, os níveis de 25-hidroxivitamina D eram semelhantes, assim como no grupo de controlo. Após os dados terem sido ajustados para variações de peso e níveis de actividade física, os autores não descobriram qualquer correlação entre os níveis de 25-hidroxivitamina D e o risco de cancro da mama.

De acordo com o investigador principal, o Dr. Rowan T. Chlebowski, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, as descobertas de estudos observacionais têm relacionado níveis elevados de cálcio e vitamina D a um menor risco de cancro da mama, mas até agora este tópico ainda não tinha sido abordado num tipo de ensaio diferente.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AB06A20081112

Maioria das pessoas com hipertensão na Europa não está controlada

Um estudo revelou que a maioria das pessoas diagnosticadas com pressão sanguínea elevada, na Europa, não está controlada e que muitas continuam por diagnosticar.

O Professor Franco Cappuccio, da Faculdade de Medicina da Universidade de Warwick, em Inglaterra, liderou a única equipa britânica num estudo europeu que examinou a consciencialização, tratamento e controlo da pressão sanguínea elevada. A hipertensão é uma causa significativa de ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais (AVC).

O estudo, publicado na “Journal of Hypertension”, examinou 1.604 indivíduos de três áreas geográficas: Londres, Limburg (Bélgica) e Abruzzo (Itália). Todos os participantes foram submetidos a exames médicos, incluindo a medição da pressão sanguínea, e responderam a um questionário sobre estilo de vida e saúde.

O estudo descobriu que, no total, 24 por cento dos participantes tinham pressão sanguínea elevada e que destes 56 por cento não estavam a par da sua condição. Dos que estavam cientes, menos de metade tinha a pressão sanguínea sob controlo, abaixo dos 140 mmHg para a pressão sanguínea sistólica e 80 mmHg para a diastólica.

Os resultados demonstram que a pressão sanguínea elevada é um problema alarmante para a Europa.

A hipertensão arterial é, geralmente, uma afecção sem sintomas, na qual a elevação anormal da pressão dentro das artérias aumenta o risco de perturbações como o AVC, a ruptura de um aneurisma, uma insuficiência cardíaca, um enfarte do miocárdio e lesões do rim.

A pressão arterial elevada define-se como uma pressão sistólica em repouso superior ou igual a 140 mmHg, uma pressão diastólica em repouso superior ou igual a 90 mmHg, ou a combinação de ambas. Na hipertensão, geralmente, tanto a pressão sistólica como a diastólica estão elevadas.

Isabel Marques

Fontes:

www.upi.com/Health_News/2008/11/13/Most_hypertension_in_Europe_not_controlled/UPI-44201226594149/
www.manualmerck.net/?url=/artigos/%3Fid%3D51

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Aliscireno eficaz em pacientes mais velhos com hipertensão

O fármaco aliscireno, para a hipertensão, comercializado como Rasilez, Tekturna, Enviage, Riprazo e Sprimeo, reduziu significativamente melhor a pressão sanguínea em pacientes com 65 anos ou mais do que o ramipril.

Os dados do ensaio, apresentados no encontro da Associação Americana do Coração, demonstraram que o aliscireno proporcionou uma redução adicional da pressão sanguínea sistólica de 2,3 milímetros de mercúrio (mmHg), em comparação com o ramipril, após 12 semanas de tratamento.

O estudo, que envolveu 900 pacientes com hipertensão sistólica com 65 anos ou mais, demonstrou que o aliscireno (150mg diariamente aumentados para 300mg diariamente) baixou a pressão sanguínea sistólica em 13,6 mmHg, em comparação com uma redução de 11, 3 mmHg nos pacientes a tomar ramipril (5mg diariamente aumentados para 10mg diariamente), após 12 semanas.

Também foi atingida uma maior redução da pressão sanguínea diastólica com o aliscireno, após as 12 semanas de tratamento, comparativamente ao ramipril. No estudo, o aliscireno foi bem tolerado.

O aliscireno pertence a uma nova classe de medicamentos denominada inibidores da renina. O aliscireno ajuda a baixar a pressão arterial. Os inibidores da renina reduzem a quantidade de angiotensina II que o organismo pode produzir. A angiotensina II provoca constrição dos vasos sanguíneos, o que aumenta a pressão arterial. Reduzindo a quantidade de angiotensina II facilita-se o relaxamento dos vasos sanguíneos o que reduz a pressão arterial.

O ramipril, é um medicamento anti-hipertensor pertencente à classe dos inibidores da ECA (enzima de conversão da angiotensina), actua na angiotensina para regular a pressão sanguínea.

A hipertensão arterial aumenta a sobrecarga do coração e artérias. Se mantida durante um período prolongado, pode danificar os vasos sanguíneos no cérebro, coração e rins, e pode resultar em acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca, enfarte do miocárdio (ataque cardíaco) ou insuficiência renal. Reduzir a pressão arterial para valores normais reduz o risco de desenvolvimento destas doenças.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AA5HZ20081111

www.tradingmarkets.com/.site/news/Stock%20News/2017120/

www.emea.europa.eu/humandocs/PDFs/EPAR/rasilez/H-780-PI-pt.pdf

Tem uma consulta médica? Prepare-a com antecedência

Para tirar o máximo partido da próxima visita ao médico é importante ir preparado, ser proactivo e agradavelmente assertivo, segundo a opinião do Dr. Michael Pignone, chefe de medicina interna geral da Universidade da Carolina do Norte.

Segundo o Dr. Pignone, deve-se ter um registo, onde se anotam os problemas que precisam de ser abordados. Se não se for preparado, existe a possibilidade de se esquecer de alguma coisa. Além disso, ajuda bastante o médico se o paciente conseguir fazer um resumo rápido dos motivos da consulta.

Também é fundamental saber o próprio historial médico e os medicamentos utilizados, pois os médicos precisam de saber que testes foram realizados e quando, assim como a medicação que se está a tomar. Sem este tipo de informação os médicos podem desnecessariamente voltar a pedir testes ou prescrever medicamentos que podem interagir adversamente com algum fármaco que o paciente já esteja a tomar.

É ainda importante pôr os médicos a par dos valores e do estilo de vida. Normalmente não é algo que os pacientes pensem, mas não faz sentido concordar com um plano de tratamento que não se pensa cumprir.

Investigações têm demonstrado que os pacientes que se preparam com antecedência, para uma consulta médica, têm mais probabilidade de serem mais bem atendidos e saem mais satisfeitos do que aqueles que não se prepararam.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AA6DW20081111

Philips desenvolve “comprimido inteligente”

O grupo holandês Philips desenvolveu um “comprimido inteligente”, que contém um microprocessador, uma bateria, um rádio wireless, uma bomba e um reservatório para o fármaco, para libertar a medicação numa área específica do organismo.

A Philips, um dos maiores fabricantes a nível mundial de equipamento hospitalar, referiu que a cápsula, denominada "iPill", mede a acidez com um sensor, de modo a determinar a sua localização no intestino e poder assim libertar os fármacos onde estes são necessários.

O transporte de fármacos directamente na localização da doença no tratamento de distúrbios do tracto digestivo, como a Doença de Crohn, pode significar a possibilidade das dosagens serem mais baixas, reduzindo assim os efeitos secundários.

Embora já sejam utilizadas cápsulas que contêm câmaras em miniatura, como ferramentas de diagnóstico, estas ainda não possuem a capacidade de transportar fármacos.

A "iPill" consegue também medir a temperatura local e relatá-la via wireless para um receptor externo.

De acordo com Philips, a "iPill" é um protótipo, mas está pronto para ser fabricado em série. A companhia planeia apresentar a "iPill" no encontro anual da Associação Americana de Cientistas Farmacêuticos, em Atlanta, ainda este mês.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AA52V20081111

Estudo: Aspirina não ajuda a prevenir risco cardíaco em diabéticos

Um estudo revelou que a toma de uma aspirina por dia não parece ajudar a reduzir o risco de eventos cardiovasculares em pacientes diabéticos de meia-idade.

O Dr. Hisao Ogawa, da Universidade Kumamoto, no Japão, e colegas revelaram que a aspirina não reduziu significativamente a combinação de eventos coronários fatais e de eventos cerebrovasculares fatais.

Os investigadores analisaram se a aspirina de baixa dosagem poderia ser benéfica para a prevenção primária de eventos ateroscleróticos, ou seja, o estreitamento ou endurecimento das artérias devido à acumulação de placa, em pacientes com diabetes tipo 2.

O ensaio conduzido por investigadores japoneses, publicado na “The Journal of the American Medical Association” e apresentado no encontro da Associação Americana do Coração, em Nova Orleães, estudou 2.539 pacientes com diabetes tipo 2 e sem historial de doença aterosclerótica de 163 instituições no Japão, entre Dezembro de 2002 e Abril de 2008.

De acordo com os investigadores, ocorreram, no total, 154 eventos ateroscleróticos, sendo que 68 foram no grupo da aspirina e 86 no grupo de controlo. Os pacientes, que estavam divididos primeiramente consoante a idade, receberam 81 miligramas ou 100 miligramas de aspirina ou placebo.

Nos 1.363 pacientes com 65 anos ou mais, sendo que 719 estavam no grupo da aspirina e 644 no grupo de controlo, a incidência de eventos ateroscleróticos foi relativamente mais baixa no grupo da aspirina, com uma incidência de 45 eventos, ou 6,3 por cento, em relação ao grupo de controlo com 59 eventos, ou 9,2 por cento.

Contudo, nos 1.176 pacientes com menos de 65 anos a diferença de eventos nos dois grupos não foi significativa.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença cardíaca foi responsável pela morte de cerca de 17,5 milhões de pessoas a nível mundial em 2005, correspondendo a 30 por cento de todas as mortes globais. A doença é ainda mais perigosa nos diabéticos, eventualmente matando dois em cada três destes pacientes, de acordo com a Associação Americana de Diabetes.

Isabel Marques


Como pode a obesidade danificar o coração?

Investigadores da Universidade do Ohio explicaram que a obesidade aumenta os níveis de uma hormona, a leptina, que pode ser uma ameaça tão grande para o sistema cardiovascular como o colesterol.

O Professor Tadeusz Malinski e colegas observaram como os níveis elevados de leptina, uma hormona peptídica produzida pelas células gordas que ajuda a regular o peso corporal, podem criar no organismo uma série de alterações bioquímicas prejudiciais.

Um excesso de gordura no organismo pode produzir demasiada quantidade da hormona que, por sua vez, pode reduzir os níveis de óxido nítrico biodisponível. O óxido nítrico, produzido pelas células endoteliais, sustenta a função cardiovascular saudável ao relaxar os vasos sanguíneos e ao manter um bom fluxo sanguíneo.

O Professor Malinski descobriu que os níveis elevados de leptina estimulam uma maior produção de superóxido que reage com o óxido nítrico criando peroxinitrito, uma molécula muito tóxica que pode ter impacto na replicação do ADN e danificar as células endoteliais no sistema vascular.

O estudo, que examinou o processo em células humanas singulares e também em ratos obesos, foi publicado na revista científica “Heart and Circulatory Physiology” da “American Journal of Physiology”.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2008/11/11/How_obesity_can_harm_the_heart/UPI-72061226437592/

Vitaminas e magnésio podem ajudar a prevenir perda de audição

Investigadores norte-americanos sugerem que um cocktail de vitaminas e do mineral magnésio pode ser promissor como uma possível forma de prevenir a perda auditiva provocada por ruídos fortes.

Os investigadores, do Instituto de Investigação da Audição Kresge da Universidade do Michigan, revelaram que os nutrientes foram bem sucedidos em testes de laboratório. Em porquinhos-da-índia, a combinação de quatro micronutrientes bloqueou cerca de 80 por cento dos danos induzidos por ruído. Os micronutrientes estão agora a ser testados em humanos.

A combinação de vitaminas A, C e E mais magnésio, denominada AuraQuell, é administrada em forma de comprimido, estando delineada para ser tomada antes de uma pessoa ser exposta a ruídos fortes.

De acordo com o Dr. Glenn E. Green, do Sistema de Saúde da Universidade do Michigan, a prevenção da perda auditiva induzida por ruído é fundamental. Quando não é possível prevenir a perda de audição devido a ruído, através de programas de detecção e utilização de protecção para os ouvidos, então é realmente necessário arranjar uma forma de proteger as pessoas que mesmo assim vão ser exposta a ruídos.

Isabel Marques

Fontes:

www.upi.com/Health_News/2008/11/11/Vitamins_magnesium_may_avoid_hearing_loss/UPI-54751226443301/

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Investigadores não encontram relação entre aumento de peso e pílula

Investigadores alemães revelaram que alguns cientistas podem ter tirado conclusões precipitadas ao sugerir que as pílulas contraceptivas fazem com que as mulheres ganhem peso.

Os investigadores do Instituto Alemão para a Qualidade e Eficiência dos Cuidados de Saúde (IQWiG), em Colónia, que analisaram diversos estudos, revelaram que não encontraram evidências substanciais de uma relação entre a utilização de contraceptivos hormonais e o aumento de peso.
Nos estudos com mulheres que tomavam a pílula tanto foram relatados aumentos como perdas de peso. Os investigadores aconselham, por isso, as mulheres a não permitirem que o medo de ganhar peso faça com que adiem a decisão de utilizar este tipo de contraceptivos.

Os investigadores concluíram que parece muito pouco provável que os contraceptivos hormonais provoquem um grande aumento de peso. Se isso acontecesse, então teria sido evidente nas pesquisas que já foram realizadas. Contudo, estas conclusões não excluem a possibilidade de algumas mulheres poderem ganhar peso.

De acordo com o director do IQWiG, o Dr. Peter Sawicki, muitas mulheres ganham algum peso à medida que envelhecem, quer utilizem ou não a pílula, sendo que limitar as escolhas contraceptivas não irá ajudar as mulheres a manter o peso sob controlo.

Os investigadores acrescentaram que os métodos de contracepção hormonais, tais como a pílula e os dispositivos intrauterinos (DIU), são as formas mais efectivas, a longo prazo, de evitar uma gravidez.

Isabel Marques

Fontes:

www.upi.com/Health_News/2008/11/03/Scientists_The_pill_doesnt_hike_weight/UPI-72311225734176/

www.informedhealthonline.org/contraception-do-the-pill-and-other-combined-hormonal-contraceptives.551.453.en.html

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Níveis baixos de potássio relacionados com pressão sanguínea elevada

Investigadores norte-americanos alertaram para o facto de níveis baixos de potássio poderem ser tão relevantes como níveis elevados de sódio como factor de risco de desenvolver pressão sanguínea elevada.

De acordo com a investigadora principal, a Dra. Susan Hedayati, do Centro Médico Southwestern, da Universidade do Texas, em Dallas, e do Centro Médico de Veteranos de Dallas, tem havido muita publicidade sobre reduzir o sal, ou sódio, na dieta alimentar para baixar a pressão sanguínea, mas não a suficiente sobre aumentar a ingestão de potássio através da alimentação.

O estudo, apresentado no 41º encontro anual da Sociedade Americana de Nefrologia, em Filadélfia, sugere que os níveis baixos de potássio podem ter uma importante contribuição para a pressão sanguínea elevada, e também identificou um gene que pode influenciar os efeitos do potássio na pressão sanguínea.

Os investigadores analisaram dados de cerca de 3.300 indivíduos do “Dallas Heart-Study”, tendo os resultados revelado que a quantidade de potássio nas amostras de urina estava fortemente relacionada com a pressão sanguínea.

Quanto mais baixo o nível de potássio na urina, mais baixa a quantidade de potássio na dieta, consequentemente mais elevada a pressão sanguínea. Este efeito foi ainda mais relevante do que o efeito do sódio na pressão sanguínea, acrescentou a Dra. Hedayati.

Os alimentos mais ricos em potássio são os feijões, ervilhas, vegetais de cor verde-escura (espinafres, couve-de-bruxelas, etc), batata, beterraba, cenoura, tomate, banana, melão, laranja, frutos secos (amêndoas, nozes, avelãs, amendoins, etc), entre outros.

Isabel Marques

Fontes:

www.upi.com/Health_News/2008/11/10/Potassium_tied_to_high_blood_pressure/UPI-35861226345814/

Crestor diminui riscos cardiovasculares em pessoas com colesterol normal

Investigadores revelaram que o fármaco para o colesterol Crestor (rosuvastatina), da AstraZeneca, diminuiu consideravelmente as mortes, ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais (AVC) em pacientes com níveis de colesterol saudáveis, mas que apresentavam níveis elevados de uma proteína associada a doença cardíaca.

O Crestor demonstrou reduzir a incidência de ataque cardíaco e AVC, a necessidade de intervenções cirúrgicas, como bypass ou angioplastia, e morte devido a problemas cardiovasculares em 45 por cento, em menos de dois anos, comparativamente a placebo, em pessoas com níveis normais de colesterol que tinham níveis elevados da proteína C-reactiva (PCR).

No estudo, 17.802 pessoas com níveis baixos ou normais de LDL-colesterol, ou "mau colesterol", mas identificadas como estando em elevado risco cardiovascular, devido à proteína C reactiva de alta sensibilidade, receberam Crestor ou placebo.

Os resultados, apresentados nas Sessões Científicas da Associação Americana do Coração, demonstraram que as pessoas que receberam o Crestor tiveram uma redução em 47 por cento do risco combinado de AVC, ataque cardíaco ou morte cardiovascular, em comparação com o placebo.

Os ataques cardíacos foram reduzidos em 54 por cento, os AVCs em 48 por cento e a necessidade de intervenções cirúrgicas, como bypass ou angioplastia, em 46 por cento, em comparação com placebo.

Os dados também indicaram que a mortalidade total no grupo do Crestor foi reduzida em 20 por cento, comparativamente ao placebo, tendo-se ainda observado uma diminuição média de 50 por cento do LDL-colesterol naqueles que receberam o fármaco.

O Crestor pertence a um grupo de medicamentos denominados estatinas, sendo utilizado para corrigir os níveis de substâncias gordas, chamadas lípidos, no sangue, sendo o colesterol o mais comum.

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=E5A3A321B02C47E9BF1D6E8AD1F8A00E

www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4A81LH20081109?sp=true