quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Epidurais parecem ser mais seguras do que se pensava anteriormente

Investigadores britânicos referiram que estudos anteriores sobrevalorizaram os potenciais riscos de complicações graves das anestesias espinal e epidural.

O estudo, publicado na “British Journal of Anesthesia”, concluiu que o risco estimado de danos permanentes, resultantes de uma anestesia espinal ou epidural, é menor do que 1 em 20 mil e que, em muitas circunstâncias, o risco estimado é consideravelmente baixo.

Os investigadores descobriram que a probabilidade de se sofrer danos graves devido a uma anestesia espinal ou epidural é consideravelmente melhor do que 1 em 20 mil. O risco de se ficar paralisado por uma destas injecções é 2 a 3 vezes mais raro do que sofrer qualquer dano permanente.

O risco para as mulheres que necessitam de um alívio para as dores devido a uma cesariana ou a um parto é ainda mais baixo, sendo que a estimativa mais pessimista de danos permanentes é de 1 em 80 mil e, segundo os investigadores, poderá ser muito mais baixa.

O investigador principal, o Dr. Tim Cook, do Hospital Royal United, em Bath, na Inglaterra, referiu que se sabe há muito tempo que estas complicações ocorrem mais frequentemente após uma cirurgia. Possivelmente, a razão deve-se ao facto de muitos desses pacientes serem idosos com problemas médicos, sendo que o processo cirúrgico em si aumenta os riscos.

O Dr. Cook acrescentou que muitas complicações das epidurais ocorrem após uma cirurgia major em pacientes idosos e doentes. Os riscos também devem ser ponderados em relação aos benefícios comummente aceites das epidurais.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/13/Epidurals_safer_than_previously_thought/UPI-20341231895468/

Dicas de saúde: Como evitar uma intoxicação por monóxido de carbono

Passos para proteger a sua casa e a sua família

O monóxido de carbono é gás que não tem cheiro, nem cor, mas que pode levar a uma intoxicação grave e mesmo à morte, se for inalado em quantidades significativas.

As fontes potenciais incluem: aquecedores a gás ou a querosene não ventilados, fornalhas, fornos a lenha, fornos a gás, lareiras, caldeiras e esquentadores, e a exaustão dos automóveis.

Os sintomas de intoxicação por monóxido de carbono podem incluir cansaço, dores de cabeça, desorientação, náuseas e tonturas.

O Conselho Nacional de Segurança norte-americano indica as seguintes sugestões para ajudar a protegê-lo e aos seus entes queridos de uma intoxicação por monóxido de carbono:

- Assegure-se de que todos os equipamentos na sua casa estão instalados adequadamente e a funcionar correctamente;

- Tenha o cuidado de inspeccionar e limpar todos os anos a fornalha, as chaminés e os canos;

- Se utilizar a lareira assegure-se de que os canos e a chaminé estão abertos;

- Nunca aqueça a casa com equipamentos a gás;

- Assegure-se de que o forno e a fornalha ventilam para o exterior e que não existem fugas nos sistemas de exaustão. Assegure-se ainda que a fornalha recebe ar fresco suficiente;

- Nunca queime carvão dentro de portas ou em qualquer espaço fechado;

- Nunca deixe uma ferramenta que funcione a gás ou um veículo a trabalhar dentro da garagem ou numa oficina, ou em qualquer sítio interior;

- Nunca utilize aquecedores a gás ou a querosene dentro de portas.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_73765.html

Ingestão desequilibrada de sódio e potássio associada a doença cardíaca

Um novo estudo sugere que demasiado sódio e pouco potássio na dieta alimentar pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como acidente vascular cerebral (AVC), ataques cardíaco ou outros eventos.

Os resultados do estudo também sugerem que aumentar o consumo de potássio, juntamente com o bom-senso de reduzir a ingestão de sal, pode reverter este risco.

As descobertas, que foram publicadas na edição de 12 de Janeiro da “Archives of Internal Medicine”, basearam-se numa análise de longo prazo a cerca de 3 mil pessoas com pré-hipertensão, realizada pelo Instituto norte-americano do Coração, Pulmões e Sangue.

Os investigadores descobriram que, para as pessoas com pressão sanguínea normal alta, ou pré-hipertensão (120-139/80-89 mmHg), cada aumento de unidade na razão sódio/potássio aumentava as probabilidades de doença cardiovascular em 24 por cento.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_73729.html

Pastilhas de nicotina podem ajudar a deixar gradualmente o tabaco

Os fumadores que se querem desabituar dos cigarros progressivamente, em vez de deixarem de fumar imediatamente, podem beneficiar da utilização de pastilhas elásticas de nicotina.

A terapia de substituição de nicotina tem sido utilizada para ajudar os fumadores a deixarem o hábito, mas apenas para aqueles que estão dispostos a parar de fumar abruptamente.

O novo estudo analisou se as pastilhas de nicotina poderiam também ajudar os fumadores a deixarem de fumar gradualmente, um caminho que a maioria das pessoas preferiria seguir, segundo indicam as investigações.

Os investigadores descobriram que, entre cerca de 3.300 fumadores que queriam deixar de fumar gradualmente, aqueles que receberam aleatoriamente pastilhas de nicotina, à medida que diminuíam o consumo de cigarros, eram mais bem sucedidos do que aqueles que receberam pastilhas ou placebo, ou seja, sem efeito terapêutico.

Embora a maioria dos participantes não tenha conseguido deixar o tabaco completamente, aqueles que utilizaram as pastilhas de nicotina foram mais bem sucedidos, tendo 26 por cento atingido a abstinência total em oito semanas de tratamento, em comparação com 18 por cento do grupo do placebo.

Entre os participantes que deixaram de fumar, aqueles que utilizaram as pastilhas de nicotina tinham o dobro da probabilidade de se manterem continuamente em abstinência um mês depois, o que correspondeu a 10 por cento em relação a 4 por cento do grupo do placebo.

Os investigadores relataram, na “American Journal of Preventive Medicine”, que estes tinham igualmente melhores hipóteses de continuarem livres do tabaco durante seis meses. Seis por cento dos utilizadores de pastilhas de nicotina foram continuamente abstinentes durante seis meses, enquanto o mesmo aconteceu para 2 por centos dos participantes do grupo do placebo.

De acordo com o Dr. Saul Shiffman, da Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia, estas taxas de desistência de fumar parecem modestas, mas os participantes não receberam aconselhamento comportamental, nem outro tipo de ajuda para além das pastilhas de nicotina.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/12/eline/links/20090112elin001.html

Vicks VapoRub pode causar problemas em crianças com menos de 2 anos

O Vicks VapoRub, um descongestionador nasal utilizado para as constipações, pode provocar dificuldades respiratórias em crianças com menos de 2 anos, quando aplicado de forma inadequada directamente debaixo do nariz.

Os investigadores norte-americanos referiam que utilizar o produto desta forma pode fazer com que as vias aéreas estreitas das crianças pequenas dilatem e se encham de muco, despoletando graves problemas respiratórios.

O Dr. Bruce Rubin, da Faculdade de Medicina da Universidade de Wake Forest, na Carolina do Norte, referiu que o único problema observado foi em crianças pequenas, quando o produto foi aplicado debaixo do nariz.

O Dr. Rubin acrescentou que os ingredientes do Vicks VapoRub podem ser irritantes, fazendo com que o organismo produza mais muco para proteger as vias aéreas. Uma vez que as crianças mais pequenas têm vias aéreas muito mais estreitas do que as de um adulto, qualquer aumento de muco ou dilatação tem mais efeitos graves.

O estudo, publicado na revista científica “Chest”, refere que o fabricante do produto é muito claro referindo que este nunca deve ser administrado debaixo do nariz ou directamente no nariz em ninguém, e que não deve ser utilizado em crianças com menos de 2 anos.

Embora os investigadores apenas tenham testado o Vicks VapoRub, o Dr. Rubin referiu que produtos semelhantes, incluindo versões genéricas, podem provocar os mesmos efeitos negativos nos bebés e crianças pequenas.

Os investigadores começaram a analisar a utilização do medicamento, após terem tratado uma menina de 18 meses que desenvolveu problemas respiratórios, após o bálsamo ter sido aplicado debaixo do seu nariz.

Os investigadores estudaram furões, que têm vias aéreas semelhantes às dos humanos, com uma infecção respiratória, tendo o produto aumentado a secreção de muco e diminuído a capacidade dos animais limparem o muco.

O porta-voz da Procter & Gamble, David Bernens, afirmou que estas descobertas são uma surpresa, visto que o Vicks VapoRub tem-se demonstrado seguro e efectivo em diversos ensaios clínicos, estando no mercado há mais de 100 anos. Bernens referiu ainda que a rotulagem do produto refere que este não deve ser utilizado em crianças com menos de 2 anos, sem o conselho do médico, nem ser aplicado debaixo do nariz.

O Dr. Rubin afirmou que recomenda que o Vicks VapoRub nunca seja aplicado dentro ou debaixo do nariz de qualquer pessoa, adulto ou criança, acrescentado que nunca o utilizaria numa criança com menos de 2 anos.

O Dr. James Mathers, presidente do Colégio norte-americano de Pneumologistas (American College of Chest Physicians), referiu que os pais devem consultar o médico antes de administrar medicamentos de venda livre às crianças pequenas, especialmente fármacos para a tosse e constipações, que podem ser prejudiciais.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/13/eline/links/20090113elin010.html