sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Fármaco para a hipertensão ajuda pacientes com doença renal

Investigadores revelaram que elevadas doses do fármaco candesartan, para a pressão sanguínea elevada, pode proteger as pessoas com doença renal de desenvolveram insuficiência renal e de precisarem de diálise ou transplante.

Doses diárias de oito vezes a quantidade normal do fármaco diminuíram as quantidades anormais de proteína na urina, denominada proteinúria, em pacientes com doença renal.

A Dra. Ellen Burgess, da Universidade de Calgary, no Canadá, referiu que quanto melhor for a redução da proteinúria com o tratamento, menor será a probabilidade do paciente vir a desenvolver doença renal de última fase, necessitando depois de terapia de substituição como diálise ou transplante. A diabetes e a hipertensão são as principais causas de doença renal grave.

A investigadora revelou que reduzir a proteína na urina pode também diminuir o risco de doença cardiovascular como ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC).

O candesartan, que é comercializado como Atacand, da AstraZeneca, e Blopress, da Takeda, pertence a um grupo de medicamentos chamados antagonistas dos receptores da angiotensina II, que são utilizados para baixar a pressão sanguínea e facilitar o bombeamento do sangue pelo coração.

O estudo, publicado na “Journal of the American Society of Nephrology”, envolveu 269 pacientes que tinham níveis elevados de proteína na urina apesar de tomarem a dose standard de 16 miligramas por dia de candesartan.

As pessoas que receberam 128 mg por dia do fármaco, durante 30 semanas, apresentaram mais de um terço de redução da proteína na urina, em comparação com aquelas que receberam 16 mg por dia, durante o mesmo período.

Os investigadores referiram que ficaram surpreendidos com os resultados, sublinhando que outros antagonistas dos receptores da angiotensina II tinham sido testados em doses elevadas mais sem o mesmo sucesso.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE51A8CW20090211

Ácido úrico elevado aumenta risco de morte por doença cardiovascular

Resultados de um estudo conduzido em Taiwan revelaram que níveis elevados de ácido úrico no sangue são um forte indicador de morte devido a doença cardiovascular, acidente vascular cerebral (AVC) e outras causas.

O Dr. Wen-Harn Pan, da Universidade Nacional de Taiwan, em Taipé, referiu que esta descoberta é verdadeira não só para os grupos de risco elevado, mas também para a população geral, e potencialmente para grupos de baixo risco.

Os investigadores estudaram dados de aproximadamente 42 mil homens e 49 mil mulheres com uma média de 51 anos. Todos realizaram exames médicos entre 1994 e 1996 e foram seguidos até ao final de 2003.

Níveis elevados de ácido úrico no sangue, definidos como estando acima dos sete miligramas por decilitro, foram documentados no primeiro exame em 40 por cento dos homens e 11 por cento das mulheres. Durante uma média de seguimento de 8,2 anos, 5 427 participantes morreram e 1 151 dessas mortes foram atribuídas a doença cardiovascular.

Na população geral do estudo, um nível elevado de ácido úrico no sangue foi associado a um aumento estatisticamente significativo do risco de morte devido a doença cardiovascular, AVC, insuficiência cardíaca congestiva ou outra causa.

Um nível elevado de ácido úrico no sangue teve ainda um maior impacto na morte entre as pessoas com pressão sanguínea elevada e diabetes.

O Dr. Pan revelou, na "Arthritis & Rheumatism”, que um nível elevado de ácido úrico no sangue é um factor de risco para a morte relacionada com causas cardiovasculares, mesmo naqueles sem os factores habituais de risco de doença cardiovascular.

Em conclusão, o Dr. Pan referiu que os dados demonstram que as pessoas com níveis elevados de ácido úrico no sangue apresentaram uma pior sobrevivência do que aquelas com níveis mais baixos.

O ácido úrico é um produto da divisão dos compostos do nitrogénio e, normalmente, é excretado pela urina. Durante décadas, tem-se sido reconhecido que o ácido úrico é encontrado em níveis elevados nas articulações das pessoas que sofrem de gota. Mais recentemente, tem-se sugerido que o ácido úrico pode ser um sinal de perigo lançado por células danificadas que despoleta a inflamação e uma resposta imunitária forte.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/12/eline/links/20090212elin027.html