quarta-feira, 4 de março de 2009

Vitamina B12 pode prevenir defeitos congénitos graves

Investigadores norte-americanos referiram que as mulheres, antes de engravidarem, necessitam de tomar vitamina B12 suficiente, juntamente com ácido fólico, para diminuírem o risco de terem um bebé com defeitos congénitos graves do cérebro e da medula espinal.

Os investigadores relataram na “Pediatrics” que as mulheres com os níveis mais baixos de vitamina B12 apresentavam uma probabilidade cinco vezes maior de terem um bebé com um defeito do tubo neural do que aquelas com os níveis mais elevados.

Os defeitos do tubo neural podem levar a uma incapacidade para toda a vida ou à morte. Os dois defeitos mais comuns são a espinha bífida, na qual a medula espinal e os ossos da coluna não se formam correctamente, e a anencefalia, uma doença fatal na qual o cérebro e os ossos do crânio não se desenvolvem normalmente.

O Dr. James Mills, do Instituto Nacional de Saúde dos Estado Unidos, referiu que o estudo demonstrou que a deficiência de vitamina B12 é um factor de risco de defeitos do tubo neural, independentemente do ácido fólico, outra vitamina B.

Agora muitas mulheres sabem a importância do ácido fólico e tem havido uma diminuição dos defeitos do tubo neural, tendo o Dr. Mills referido que espera que a consciencialização do papel semelhante da vitamina B12 possa reduzir ainda mais os defeitos do tubo neural.

A vitamina B12 é essencial para manter as células nervosas e os glóbulos vermelhos saudáveis. É encontrada na carne, produtos lácteos, ovos, peixe, marisco e cereais fortificados. Também pode ser tomada como um suplemento individual ou multivitamínico.

O Dr. Mills acrescentou ainda que é um ponto absolutamente crucial que as mulheres tenham isto em consideração antes de engravidarem, porque depois de estarem grávidas é possível que seja demasiado tarde.

O desenvolvimento dos eventos envolvidos nestes defeitos congénitos, também chamados defeitos de nascimento, ocorre nas primeiras quatro semanas de gravidez.

O Dr. Mills salientou que as mulheres que não comem carne ou produtos lácteos devem estar particularmente conscientes da necessidade de tomar vitamina B12 suficiente.

O investigador lançou um alerta semelhante para as mulheres com distúrbios intestinais, como doença inflamatória do intestino, que podem impedir a absorção de quantidades suficientes da vitamina.

Os investigadores recomendam que as mulheres tenham os níveis de vitamina B12 acima dos 300 nanogramas por litro antes de engravidarem.

O estudo envolveu cerca de 1 200 mulheres na Irlanda que disponibilizaram amostras de sangue durante o início da gravidez, que foram analisadas para determinar os níveis de vitamina B12.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/03/02/eline/links/20090302elin008.html

Probióticos podem ajudar algumas pessoas com fadiga crónica

Investigadores suecos relataram que os suplementos que contêm bactérias boas podem ajudar algumas pessoas que sofrem de síndrome de fadiga crónica a sentirem-se melhor, mas podem também fazer com que outras se sintam pior.

A co-autora do estudo, a Dra. Birgitta Evengard, do Instituto Karolinska, em Estocolmo, referiu à Reuters Health que vale a pena tentar. A Dra. Evengard referiu que recomenda aos seus pacientes com síndrome de fadiga crónica que experimentem tomar os probióticos testados no estudo e que parem se se começarem a sentir pior, mas que tentem tomá-los durante três semanas se se sentirem melhor ou se não notarem um efeito imediato.

As evidências apontam cada vez mais para a necessidade de um tratamento individualizado para a síndrome de fadiga crónica. A causa desta doença, caracterizada por fadiga debilitante que não melhora com descanso e pode piorar com actividade física e mental, continua desconhecida, apesar de existirem evidências de que possa estar envolvida uma disfunção no sistema neuro-hormonal ou no sistema imunitário.

Dado que existe uma ligação próxima entre os intestinos e o sistema imunitário, assim como o sistema nervoso central, os investigadores decidiram testar se os probióticos, que podem restaurar o equilíbrio normal das bactérias no sistema digestivo, podem ajudar os pacientes com síndrome de fadiga crónica.

Os investigadores primeiro observaram 10 mulheres e cinco homens com síndrome de fadiga crónica que não foram tratados durante duas semanas. Posteriormente, os participantes tomaram dois decilitros de Iogurte Natural Cultura Dophilus, duas vezes por dia, durante quatro semanas, sendo depois seguidos durante mais quatro semanas.

O estudo, publicado na “Nutrition Journal”, revelou que seis dos pacientes relataram melhorias dos sintomas, enquanto um paciente referiu que os sintomas pioraram. Quatro das mulheres relataram uma melhoria da sua saúde física e duas referiram que a saúde mental tinham melhorado no final do estudo. Um homem relatou melhoras da saúde física e outro homem referiu melhoras da saúde mental.

A Dra. Evengard referiu que para alguns pacientes foi uma diferença dramática, acrescentando que o desafio para o futuro será descobrir quem irá ou não beneficiar da utilização de probióticos.

Os probióticos são bactérias amigáveis que fortalecem o maior sistema de defesa do corpo humano, os intestinos, contra reacções inflamatórias, diarreia, stress, doenças infecciosas e acção dos antibióticos. Os probióticos são organismos vivos que, quando ingeridos em concentrações adequadas, são benéficos para a saúde do consumidor.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/27/eline/links/20090227elin025.html

Amamentação pode reduzir o risco de síndrome de morte súbita infantil

Um estudo alemão refere que as mulheres que amamentam reduzem evidentemente a probabilidade do bebé poder morrer devido à síndrome de morte súbita infantil (SMSI).

O estudo, publicado na “Pediatrics”, incluiu 333 bebés que morreram devido à síndrome de morte súbita infantil e 998 bebés de controlo da mesma idade. O objectivo do estudo actual era confirmar que a amamentação está, de facto, relacionada com uma redução do risco de síndrome de morte súbita infantil.

Às duas semanas de vida, 83 por cento dos controlos estavam a ser amamentados, em comparação com apenas 50 por cento dos bebés que sofreram de síndrome de morte súbita infantil. Ao primeiro mês de vida, as taxas correspondentes eram de 72 por cento versus 40 por cento.

A amamentação exclusiva no primeiro mês de vida reduziu o risco de síndrome de morte súbita infantil para metade. A amamentação parcial, neste ponto, também foi associada a uma redução do risco, embora esta possa ter sido uma descoberta casual.

O Dr. M. M. Vennemann, da Universidade de Munique, e colegas revelaram que estes resultados acrescentam evidências que demonstram que a amamentação reduz o risco de síndrome de morte súbita infantil e que esta protecção continua enquanto o bebé for amamentado.

Os investigadores recomendam assim que as mensagens de saúde pública, que se dirigem à redução do risco da síndrome de morte súbita infantil, devem encorajar as mulheres a amamentarem os seus bebés até aos seis meses.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE5214KG20090302

Parkinson: estrogénio natural protege contra doença

O estrogénio, produzido pelo corpo humano, ajuda a proteger contra a doença de Parkinson, sugere um estudo do Colégio de Medicina Albert Einstein.

Segundo a investigação norte-americana, quanto maior for o período reprodutor da mulher, menor o risco que esta corre de ser diagnosticada com esta doença neurológica.

Rachel Saunders-Pullman, autora do estudo, afirma que os resultados da investigação “sugerem que a exposição prolongada às hormonas endógenas ajuda a proteger as células cerebrais afectadas pela doença de Parkinson”, rematando que a Terapia Hormonal de Substituição “não revelou ter qualquer efeito protector”.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.buenasalud.com/news/index.cfm?news_id=24356&mode=browse&fromhome=y

Infarmed retira produto de higiene corporal do mercado

A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) ordenou a suspensão imediata da comercialização e a retirada do mercado nacional de todos os lotes do produto Pil-Food, shampoo pH 6, com extracto de milhete, que contenham o conservante “Methyldibromo glutaronitrile”.

Na notificação de carácter urgente, o Infarmed sublinha que é proibido o uso desta substância na formulação de produtos de cosmética e de higiene corporal.

“Advertem-se os consumidores que tenham adquirido ou que estejam a utilizar o produto referido, para se absterem da sua utilização ou a suspenderem e que, caso o detectem no mercado nacional, comuniquem essa situação ao Infarmed”, lê-se no alerta.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MAIS_ALERTAS/DETALHE_ALERTA?itemid=1309254

Terapia de combinação ajuda a aliviar sintomas da fibromialgia

Investigadores alemães relataram que uma revisão de resultados de ensaios clínicos demonstraram que uma abordagem multifacetada pode ser efectiva no tratamento da fibromialgia.

O Dr. Winfried Häuser, da Clínica Saarbrücken, relatou à Reuters Health que as directrizes alemãs recomendam um tratamento multidimensional para a fibromialgia composto por, pelo menos, dois componentes: educação do paciente ou terapia psicológica e exercício, como terapia de segunda linha, para os pacientes cujos sintomas e restrições na vida quotidiana não são suficientemente reduzidos por uma única terapia, tal como medicação.

Os investigadores, para estudarem a eficácia desta estratégia, examinaram evidências de nove ensaios clínicos de terapia multidimensional envolvendo mais de 1 100 pacientes.

As descobertas, publicadas na “Arthritis and Rheumatism”, demonstraram que o tratamento multidimensional foi superior ao tratamento monodimensional no alívio da dor, humor depressivo e fadiga e na melhoria da condição física.

Contudo, os investigadores descobriram que existem fortes evidências de que os efeitos positivos de uma terapia multidimensional nos sintomas chave da fibromialgia declinam com o tempo.

O seguimento mais prolongado durou 15 meses. Os investigadores concluíram que as estratégias para manter os benefícios do tratamento multidimensional, a longo prazo, necessitam ainda de ser desenvolvidas.

A fibromialgia caracteriza-se por dores, fadiga e dificuldade em dormir. É ainda uma doença algo misteriosa, sem se conhecer uma causa concreta.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/03/03/eline/links/20090303elin024.html