quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Aliscireno eficaz em pacientes mais velhos com hipertensão

O fármaco aliscireno, para a hipertensão, comercializado como Rasilez, Tekturna, Enviage, Riprazo e Sprimeo, reduziu significativamente melhor a pressão sanguínea em pacientes com 65 anos ou mais do que o ramipril.

Os dados do ensaio, apresentados no encontro da Associação Americana do Coração, demonstraram que o aliscireno proporcionou uma redução adicional da pressão sanguínea sistólica de 2,3 milímetros de mercúrio (mmHg), em comparação com o ramipril, após 12 semanas de tratamento.

O estudo, que envolveu 900 pacientes com hipertensão sistólica com 65 anos ou mais, demonstrou que o aliscireno (150mg diariamente aumentados para 300mg diariamente) baixou a pressão sanguínea sistólica em 13,6 mmHg, em comparação com uma redução de 11, 3 mmHg nos pacientes a tomar ramipril (5mg diariamente aumentados para 10mg diariamente), após 12 semanas.

Também foi atingida uma maior redução da pressão sanguínea diastólica com o aliscireno, após as 12 semanas de tratamento, comparativamente ao ramipril. No estudo, o aliscireno foi bem tolerado.

O aliscireno pertence a uma nova classe de medicamentos denominada inibidores da renina. O aliscireno ajuda a baixar a pressão arterial. Os inibidores da renina reduzem a quantidade de angiotensina II que o organismo pode produzir. A angiotensina II provoca constrição dos vasos sanguíneos, o que aumenta a pressão arterial. Reduzindo a quantidade de angiotensina II facilita-se o relaxamento dos vasos sanguíneos o que reduz a pressão arterial.

O ramipril, é um medicamento anti-hipertensor pertencente à classe dos inibidores da ECA (enzima de conversão da angiotensina), actua na angiotensina para regular a pressão sanguínea.

A hipertensão arterial aumenta a sobrecarga do coração e artérias. Se mantida durante um período prolongado, pode danificar os vasos sanguíneos no cérebro, coração e rins, e pode resultar em acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca, enfarte do miocárdio (ataque cardíaco) ou insuficiência renal. Reduzir a pressão arterial para valores normais reduz o risco de desenvolvimento destas doenças.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AA5HZ20081111

www.tradingmarkets.com/.site/news/Stock%20News/2017120/

www.emea.europa.eu/humandocs/PDFs/EPAR/rasilez/H-780-PI-pt.pdf

Tem uma consulta médica? Prepare-a com antecedência

Para tirar o máximo partido da próxima visita ao médico é importante ir preparado, ser proactivo e agradavelmente assertivo, segundo a opinião do Dr. Michael Pignone, chefe de medicina interna geral da Universidade da Carolina do Norte.

Segundo o Dr. Pignone, deve-se ter um registo, onde se anotam os problemas que precisam de ser abordados. Se não se for preparado, existe a possibilidade de se esquecer de alguma coisa. Além disso, ajuda bastante o médico se o paciente conseguir fazer um resumo rápido dos motivos da consulta.

Também é fundamental saber o próprio historial médico e os medicamentos utilizados, pois os médicos precisam de saber que testes foram realizados e quando, assim como a medicação que se está a tomar. Sem este tipo de informação os médicos podem desnecessariamente voltar a pedir testes ou prescrever medicamentos que podem interagir adversamente com algum fármaco que o paciente já esteja a tomar.

É ainda importante pôr os médicos a par dos valores e do estilo de vida. Normalmente não é algo que os pacientes pensem, mas não faz sentido concordar com um plano de tratamento que não se pensa cumprir.

Investigações têm demonstrado que os pacientes que se preparam com antecedência, para uma consulta médica, têm mais probabilidade de serem mais bem atendidos e saem mais satisfeitos do que aqueles que não se prepararam.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AA6DW20081111

Philips desenvolve “comprimido inteligente”

O grupo holandês Philips desenvolveu um “comprimido inteligente”, que contém um microprocessador, uma bateria, um rádio wireless, uma bomba e um reservatório para o fármaco, para libertar a medicação numa área específica do organismo.

A Philips, um dos maiores fabricantes a nível mundial de equipamento hospitalar, referiu que a cápsula, denominada "iPill", mede a acidez com um sensor, de modo a determinar a sua localização no intestino e poder assim libertar os fármacos onde estes são necessários.

O transporte de fármacos directamente na localização da doença no tratamento de distúrbios do tracto digestivo, como a Doença de Crohn, pode significar a possibilidade das dosagens serem mais baixas, reduzindo assim os efeitos secundários.

Embora já sejam utilizadas cápsulas que contêm câmaras em miniatura, como ferramentas de diagnóstico, estas ainda não possuem a capacidade de transportar fármacos.

A "iPill" consegue também medir a temperatura local e relatá-la via wireless para um receptor externo.

De acordo com Philips, a "iPill" é um protótipo, mas está pronto para ser fabricado em série. A companhia planeia apresentar a "iPill" no encontro anual da Associação Americana de Cientistas Farmacêuticos, em Atlanta, ainda este mês.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AA52V20081111

Estudo: Aspirina não ajuda a prevenir risco cardíaco em diabéticos

Um estudo revelou que a toma de uma aspirina por dia não parece ajudar a reduzir o risco de eventos cardiovasculares em pacientes diabéticos de meia-idade.

O Dr. Hisao Ogawa, da Universidade Kumamoto, no Japão, e colegas revelaram que a aspirina não reduziu significativamente a combinação de eventos coronários fatais e de eventos cerebrovasculares fatais.

Os investigadores analisaram se a aspirina de baixa dosagem poderia ser benéfica para a prevenção primária de eventos ateroscleróticos, ou seja, o estreitamento ou endurecimento das artérias devido à acumulação de placa, em pacientes com diabetes tipo 2.

O ensaio conduzido por investigadores japoneses, publicado na “The Journal of the American Medical Association” e apresentado no encontro da Associação Americana do Coração, em Nova Orleães, estudou 2.539 pacientes com diabetes tipo 2 e sem historial de doença aterosclerótica de 163 instituições no Japão, entre Dezembro de 2002 e Abril de 2008.

De acordo com os investigadores, ocorreram, no total, 154 eventos ateroscleróticos, sendo que 68 foram no grupo da aspirina e 86 no grupo de controlo. Os pacientes, que estavam divididos primeiramente consoante a idade, receberam 81 miligramas ou 100 miligramas de aspirina ou placebo.

Nos 1.363 pacientes com 65 anos ou mais, sendo que 719 estavam no grupo da aspirina e 644 no grupo de controlo, a incidência de eventos ateroscleróticos foi relativamente mais baixa no grupo da aspirina, com uma incidência de 45 eventos, ou 6,3 por cento, em relação ao grupo de controlo com 59 eventos, ou 9,2 por cento.

Contudo, nos 1.176 pacientes com menos de 65 anos a diferença de eventos nos dois grupos não foi significativa.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença cardíaca foi responsável pela morte de cerca de 17,5 milhões de pessoas a nível mundial em 2005, correspondendo a 30 por cento de todas as mortes globais. A doença é ainda mais perigosa nos diabéticos, eventualmente matando dois em cada três destes pacientes, de acordo com a Associação Americana de Diabetes.

Isabel Marques


Como pode a obesidade danificar o coração?

Investigadores da Universidade do Ohio explicaram que a obesidade aumenta os níveis de uma hormona, a leptina, que pode ser uma ameaça tão grande para o sistema cardiovascular como o colesterol.

O Professor Tadeusz Malinski e colegas observaram como os níveis elevados de leptina, uma hormona peptídica produzida pelas células gordas que ajuda a regular o peso corporal, podem criar no organismo uma série de alterações bioquímicas prejudiciais.

Um excesso de gordura no organismo pode produzir demasiada quantidade da hormona que, por sua vez, pode reduzir os níveis de óxido nítrico biodisponível. O óxido nítrico, produzido pelas células endoteliais, sustenta a função cardiovascular saudável ao relaxar os vasos sanguíneos e ao manter um bom fluxo sanguíneo.

O Professor Malinski descobriu que os níveis elevados de leptina estimulam uma maior produção de superóxido que reage com o óxido nítrico criando peroxinitrito, uma molécula muito tóxica que pode ter impacto na replicação do ADN e danificar as células endoteliais no sistema vascular.

O estudo, que examinou o processo em células humanas singulares e também em ratos obesos, foi publicado na revista científica “Heart and Circulatory Physiology” da “American Journal of Physiology”.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2008/11/11/How_obesity_can_harm_the_heart/UPI-72061226437592/

Vitaminas e magnésio podem ajudar a prevenir perda de audição

Investigadores norte-americanos sugerem que um cocktail de vitaminas e do mineral magnésio pode ser promissor como uma possível forma de prevenir a perda auditiva provocada por ruídos fortes.

Os investigadores, do Instituto de Investigação da Audição Kresge da Universidade do Michigan, revelaram que os nutrientes foram bem sucedidos em testes de laboratório. Em porquinhos-da-índia, a combinação de quatro micronutrientes bloqueou cerca de 80 por cento dos danos induzidos por ruído. Os micronutrientes estão agora a ser testados em humanos.

A combinação de vitaminas A, C e E mais magnésio, denominada AuraQuell, é administrada em forma de comprimido, estando delineada para ser tomada antes de uma pessoa ser exposta a ruídos fortes.

De acordo com o Dr. Glenn E. Green, do Sistema de Saúde da Universidade do Michigan, a prevenção da perda auditiva induzida por ruído é fundamental. Quando não é possível prevenir a perda de audição devido a ruído, através de programas de detecção e utilização de protecção para os ouvidos, então é realmente necessário arranjar uma forma de proteger as pessoas que mesmo assim vão ser exposta a ruídos.

Isabel Marques

Fontes:

www.upi.com/Health_News/2008/11/11/Vitamins_magnesium_may_avoid_hearing_loss/UPI-54751226443301/