quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Suplementos de cálcio e vitamina D não reduzem risco de cancro da mama

Estudos revelaram que suplementos de cálcio e de vitamina D não reduzem o risco de cancro da mama invasivo em mulheres na pós-menopausa, segundo um relatório publicado na revista científica "Journal of the National Cancer Institute”.

No estudo “Women's Health Initiative”, 36.282 participantes receberam aleatoriamente 1.000 miligramas de cálcio mais 400 unidades internacionais (UI) de vitamina D ou placebo diariamente, durante sete anos, para determinar os efeitos destes suplementos nas fracturas de anca. O efeito dos suplementos no cancro da mama invasivo foi o objectivo secundário do estudo. Foram realizados exames e mamografias regularmente durante o período de seguimento.

O número de pacientes que desenvolveu cancro da mama invasivo no grupo dos suplementos não foi significativamente diferente do número do grupo do placebo: 528 versus 546.

Os investigadores analisaram os níveis iniciais de 25-hidroxivitamina D em 1.067 mulheres que desenvolveram cancro da mama e em 1.067 que não desenvolveram a doença, de modo a analisar o impacto dos níveis de 25-hidroxivitamina D, a medida mais precisa dos níveis de vitamina D no organismo.

Entre as mulheres que desenvolveram cancro da mama invasivo, os níveis de 25-hidroxivitamina D eram semelhantes, assim como no grupo de controlo. Após os dados terem sido ajustados para variações de peso e níveis de actividade física, os autores não descobriram qualquer correlação entre os níveis de 25-hidroxivitamina D e o risco de cancro da mama.

De acordo com o investigador principal, o Dr. Rowan T. Chlebowski, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, as descobertas de estudos observacionais têm relacionado níveis elevados de cálcio e vitamina D a um menor risco de cancro da mama, mas até agora este tópico ainda não tinha sido abordado num tipo de ensaio diferente.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AB06A20081112

Maioria das pessoas com hipertensão na Europa não está controlada

Um estudo revelou que a maioria das pessoas diagnosticadas com pressão sanguínea elevada, na Europa, não está controlada e que muitas continuam por diagnosticar.

O Professor Franco Cappuccio, da Faculdade de Medicina da Universidade de Warwick, em Inglaterra, liderou a única equipa britânica num estudo europeu que examinou a consciencialização, tratamento e controlo da pressão sanguínea elevada. A hipertensão é uma causa significativa de ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais (AVC).

O estudo, publicado na “Journal of Hypertension”, examinou 1.604 indivíduos de três áreas geográficas: Londres, Limburg (Bélgica) e Abruzzo (Itália). Todos os participantes foram submetidos a exames médicos, incluindo a medição da pressão sanguínea, e responderam a um questionário sobre estilo de vida e saúde.

O estudo descobriu que, no total, 24 por cento dos participantes tinham pressão sanguínea elevada e que destes 56 por cento não estavam a par da sua condição. Dos que estavam cientes, menos de metade tinha a pressão sanguínea sob controlo, abaixo dos 140 mmHg para a pressão sanguínea sistólica e 80 mmHg para a diastólica.

Os resultados demonstram que a pressão sanguínea elevada é um problema alarmante para a Europa.

A hipertensão arterial é, geralmente, uma afecção sem sintomas, na qual a elevação anormal da pressão dentro das artérias aumenta o risco de perturbações como o AVC, a ruptura de um aneurisma, uma insuficiência cardíaca, um enfarte do miocárdio e lesões do rim.

A pressão arterial elevada define-se como uma pressão sistólica em repouso superior ou igual a 140 mmHg, uma pressão diastólica em repouso superior ou igual a 90 mmHg, ou a combinação de ambas. Na hipertensão, geralmente, tanto a pressão sistólica como a diastólica estão elevadas.

Isabel Marques

Fontes:

www.upi.com/Health_News/2008/11/13/Most_hypertension_in_Europe_not_controlled/UPI-44201226594149/
www.manualmerck.net/?url=/artigos/%3Fid%3D51