domingo, 23 de novembro de 2008

Estabilidade dos níveis de açúcar no sangue ajuda a diminuir risco de complicações diabéticas

Novos dados sugerem que o controlo adequado do açúcar no sangue por um período prolongado, por parte das pessoas com diabetes tipo 1, ajuda a reduzir o risco das doenças renal e oftalmológica relacionadas com a diabetes.

As descobertas, publicadas na edição de Novembro da “Diabetes Care”, provêm de uma análise de dados de 1.441 pacientes com diabetes tipo 1, que foram seguidos durante aproximadamente 9 anos, como parte de um ensaio pivot relativamente ao controlo e complicações da diabetes.

Os investigadores, ao analisarem ao longo do tempo os níveis de hemoglobina A1c, um indicador standard de controlo a longo prazo do açúcar no sangue, observaram que uma crescente variabilidade da hemoglobina A1c aumenta o risco de surgir ou piorar a retinopatia diabética, (doença da retina que pode levar à cegueira) e a nefropatia diabética (doença dos rins que pode levar à insuficiência renal).

Especificamente, os investigadores descobriram que, para cada 1 por cento de aumento da hemoglobina A1c, o risco de retinopatia aumentou mais do dobro e o risco de nefropatia diabética aumentou quase o dobro.

O investigador do estudo, o Dr. Eric S. Kilpatrick, do Hull Royal Infirmary, em Inglaterra, referiu à Reuters Health que as descobertas sugerem que a estabilidade a longo prazo do açúcar no sangue, e não só o controlo médio do açúcar no sangue, antevê o risco destas complicações.

O Dr. Kilpatrick acrescentou que esta é provavelmente outra razão para se procurar atingir um bom e estável controlo gilcémico, em vez de apenas um bom controlo glicémico.

Contudo, a gestão do açúcar no sangue é só uma parte da questão. É igualmente importante assegurar que a pressão sanguínea e os níveis de colesterol estão estritamente controlados, de modo a reduzir as complicações da diabetes.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AK6IH20081121

Cancro: Perda óssea pode dever-se não só aos fármacos oncológicos

Investigadores norte-americanos revelaram que determinados fármacos oncológicos podem provocar perda óssea em pacientes com cancro da mama, mas que estes fármacos não são os únicos culpados.

O estudo, publicado na “Journal of Clinical Oncology”, descobriu que 78 por cento das sobreviventes de cancro da mama apresentavam, pelo menos, uma outra causa para a perda óssea, como deficiência de vitamina D.

A autora principal, a Dra. Pauline Camacho, da Faculdade de Medicina Stritch da Universidade de Loyola, em Chicago, referiu que os médicos ao avaliar as pacientes com cancro da mama, relativamente a uma possível perda óssea, devem procurar razões para além dos fármacos oncológicos.

Os autores do estudo sugerem que, embora os fármacos oncológicos realmente provoquem perda óssea, os sobreviventes de cancro, como a população normal, também sofrem de perda óssea devido a causas tratáveis e merecem uma meticulosa avaliação da saúde óssea.

Os investigadores reviram os dados de 238 pacientes na pós-menopausa, com densidade mineral óssea abaixo do normal, examinadas no Centro de Doenças Ósseas Metabólicas e Osteoporose de Loyola, entre 2000 e 2006. Entre as pacientes, 64 tinham cancro da mama.

38 por cento das pacientes com cancro da mama tinham deficiência de vitamina D, em comparação com 51 por cento das pacientes sem cancro da mama. Foi encontrada excreção excessiva de cálcio na urina em 16 por cento das pacientes com cancro e em 8 por cento das pacientes sem cancro.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2008/11/21/Bone_loss_due_to_more_than_cancer_drugs/UPI-70651227329899/