segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Níveis baixos de potássio relacionados com pressão sanguínea elevada

Investigadores norte-americanos alertaram para o facto de níveis baixos de potássio poderem ser tão relevantes como níveis elevados de sódio como factor de risco de desenvolver pressão sanguínea elevada.

De acordo com a investigadora principal, a Dra. Susan Hedayati, do Centro Médico Southwestern, da Universidade do Texas, em Dallas, e do Centro Médico de Veteranos de Dallas, tem havido muita publicidade sobre reduzir o sal, ou sódio, na dieta alimentar para baixar a pressão sanguínea, mas não a suficiente sobre aumentar a ingestão de potássio através da alimentação.

O estudo, apresentado no 41º encontro anual da Sociedade Americana de Nefrologia, em Filadélfia, sugere que os níveis baixos de potássio podem ter uma importante contribuição para a pressão sanguínea elevada, e também identificou um gene que pode influenciar os efeitos do potássio na pressão sanguínea.

Os investigadores analisaram dados de cerca de 3.300 indivíduos do “Dallas Heart-Study”, tendo os resultados revelado que a quantidade de potássio nas amostras de urina estava fortemente relacionada com a pressão sanguínea.

Quanto mais baixo o nível de potássio na urina, mais baixa a quantidade de potássio na dieta, consequentemente mais elevada a pressão sanguínea. Este efeito foi ainda mais relevante do que o efeito do sódio na pressão sanguínea, acrescentou a Dra. Hedayati.

Os alimentos mais ricos em potássio são os feijões, ervilhas, vegetais de cor verde-escura (espinafres, couve-de-bruxelas, etc), batata, beterraba, cenoura, tomate, banana, melão, laranja, frutos secos (amêndoas, nozes, avelãs, amendoins, etc), entre outros.

Isabel Marques

Fontes:

www.upi.com/Health_News/2008/11/10/Potassium_tied_to_high_blood_pressure/UPI-35861226345814/

Crestor diminui riscos cardiovasculares em pessoas com colesterol normal

Investigadores revelaram que o fármaco para o colesterol Crestor (rosuvastatina), da AstraZeneca, diminuiu consideravelmente as mortes, ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais (AVC) em pacientes com níveis de colesterol saudáveis, mas que apresentavam níveis elevados de uma proteína associada a doença cardíaca.

O Crestor demonstrou reduzir a incidência de ataque cardíaco e AVC, a necessidade de intervenções cirúrgicas, como bypass ou angioplastia, e morte devido a problemas cardiovasculares em 45 por cento, em menos de dois anos, comparativamente a placebo, em pessoas com níveis normais de colesterol que tinham níveis elevados da proteína C-reactiva (PCR).

No estudo, 17.802 pessoas com níveis baixos ou normais de LDL-colesterol, ou "mau colesterol", mas identificadas como estando em elevado risco cardiovascular, devido à proteína C reactiva de alta sensibilidade, receberam Crestor ou placebo.

Os resultados, apresentados nas Sessões Científicas da Associação Americana do Coração, demonstraram que as pessoas que receberam o Crestor tiveram uma redução em 47 por cento do risco combinado de AVC, ataque cardíaco ou morte cardiovascular, em comparação com o placebo.

Os ataques cardíacos foram reduzidos em 54 por cento, os AVCs em 48 por cento e a necessidade de intervenções cirúrgicas, como bypass ou angioplastia, em 46 por cento, em comparação com placebo.

Os dados também indicaram que a mortalidade total no grupo do Crestor foi reduzida em 20 por cento, comparativamente ao placebo, tendo-se ainda observado uma diminuição média de 50 por cento do LDL-colesterol naqueles que receberam o fármaco.

O Crestor pertence a um grupo de medicamentos denominados estatinas, sendo utilizado para corrigir os níveis de substâncias gordas, chamadas lípidos, no sangue, sendo o colesterol o mais comum.

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=E5A3A321B02C47E9BF1D6E8AD1F8A00E

www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4A81LH20081109?sp=true

Suplemento nutricional pode ajudar idosos a melhorar condição muscular

Investigadores norte-americanos revelaram que um suplemento nutricional pode ajudar os idosos a prevenir quedas e a manter os níveis de condição física, tornando possível uma vida independente.

O investigador Jeffrey Stout, da Universidade de Oklahoma, e colegas referiram que a beta-alanina, um suplemento nutricional utilizado por atletas, melhora a resistência muscular nos idosos.

A beta-alanina é um aminoácido que, juntamente com a histidina, forma o dipéptido carnosina. A carnosina é encontrada no tecido muscular e tem uma contribuição importante na manutenção do pH intracelular, que é vital para o normal funcionamento dos músculos durante exercício intenso. Uma ingestão elevada de beta-alanina aumenta significativamente os níveis de carnosina nos músculos.

No ensaio aleatório, 26 mulheres e homens idosos receberam, durante 90 dias, suplementos de beta-alanina ou placebo. Os seus níveis de condição física foram testado antes e depois do estudo.

O estudo, publicado na revista da Sociedade Internacional de Nutrição Desportiva, descobriu que, no grupo que recebeu os suplementos, 67 por cento dos indivíduos demonstraram uma melhoria dos seus níveis de condição física, em comparação com 21,5 por cento das pessoas que receberam placebo.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2008/11/06/Supplement_helps_elderly_stay_independent/UPI-22421226018637/

Exercício físico e cálcio diminuem risco de síndrome metabólica

Investigadores norte-americanos revelaram que adoptar sessões diárias de exercício físico e uma dieta rica em cálcio pode ajudar a reduzir o risco de síndrome metabólica, que aumenta o risco cardíaco.

O autor do estudo, Adam Reppert, dietista clínico do Hospital Swedish Covenant, em Chicago, referiu que a síndrome metabólica é um conjunto de sintomas, incluindo elevado perímetro abdominal, pressão sanguínea elevada, níveis elevados de colesterol e insensibilidade à insulina, que juntos são sinal de um risco significativamente mais elevado de doença cardíaca e diabetes tipo 2.

Num inquérito telefónico em 2005, 5.077 adultos do Illinois forneceram informações relativamente a condições de saúde, hábitos de exercício e ingestão de fruta, vegetais e outras fontes de cálcio.

Os investigadores descobriram que a síndrome metabólica era mais prevalente nos mais velhos, na população menos favorecida, nas pessoas com menos escolaridade e naqueles que praticavam menos actividade física, consumiam menos frequentemente alimentos ricos em cálcio e tinham hipertensão ou hipercolesterolemia.

O estudo, publicado na “American Journal of Health Promotion”, descobriu que os adultos que relataram pouco, ou nenhum, exercício físico diário tinham aproximadamente o dobro do risco de desenvolver a doença e que os adultos que não consumiam alimentos ricos em cálcio regularmente tinham um risco cerca de 1,5 vezes maior de desenvolver síndrome metabólica, em comparação com os que seguiam dietas ricas em cálcio.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2008/11/07/Exercise_calcium_cuts_metabolic_syndrome/UPI-54801226083371/

Suplementos de vitaminas C e E não reduzem risco de ataque cardíaco e AVC

Um estudo norte-americano revelou que nem os suplementos de vitamina C nem os de vitamina E diminuem o risco de doença cardiovascular, incluindo ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC).

Muitas pessoas tomam suplementos de vitaminas para se tentarem proteger contra doenças crónicas. Neste estudo, em que se tentou perceber se os suplementos ajudam a prevenir a doença cardíaca, participaram 14.641 médicos com uma média de 64 anos que tomaram vitamina C, vitamina E ou placebo durante aproximadamente oito anos.

De acordo com o que os investigadores do Hospital Brigham e de Mulheres publicaram na “The Journal of the American Medical Association”, os homens que tomaram as vitaminas não apresentaram melhores resultados do que aqueles que receberam placebo.

As vitaminas E e C são antioxidantes, calculando-se que protejam contra os danos provocados pelos radicais livres, substâncias que danificam as células, tecidos e órgãos. As frutas e os vegetais são ricos em ambas, estando bem documentado que as pessoas que consomem muitos alimentos destes têm menos riscos de desenvolver doença cardíaca, cancro e outros problemas.

Segundo um dos investigadores, o Dr. J. Michael Gaziano, este estudo investigou as duas vitaminas individualmente, contrariamente a estudos anteriores, nos quais as vitaminas E e C foram administradas em combinação com outros antioxidantes. Os resultados aumentam o consenso sobre a falta de protecção cardiovascular por parte das vitaminas E e C.

Contudo, outro dos investigadores, o Dr. Howard Sesso, referiu que as pessoas devem continuar a procurar ter uma dieta alimentar saudável, praticar exercício físico regularmente e controlar factores de risco conhecidos, tais como colesterol elevado e pressão sanguínea elevada, de forma a reduzir o risco de doença cardiovascular.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4A82GD20081109