terça-feira, 11 de setembro de 2007

MB07133 recebe estatuto de medicamento órfão para cancro do fígado

A FDA concedeu o estatuto de medicamento órfão ao fármaco experimental MB07133, da Metabasis Therapeutics, para o tratamento do carcinoma hepatocelular (cancro primário do fígado).

O MB07133 é um novo pro-fármaco, de monofosfato de citidina (araCMP), delineado para produzir a forma activa, trifosfato de citidina (araCTP), no tumor do fígado, onde actua para inibir a proliferação celular e induzir a apoptose ou morte celular programada.

Os resultados preliminares da Fase 1/2 do ensaio clínico do MB07133, que foi completada no segundo trimestre de 2007, demonstraram que o fármaco foi bem tolerado pelos pacientes. Adicionalmente, o ensaio revelou sinais encorajadores de actividade do fármaco, tais como a diminuição do tumor e a estabilização da doença. Também foi observado um aumento da sobrevivência média geral nos pacientes que tomaram MB07133. Os resultados foram apresentados na conferência anual da “American Association for Cancer Research”, em Abril deste ano.

O presidente da Metabasis, Dr. Paul Laikind, sublinhou que existe uma necessidade crítica de terapias efectivas para o cancro primário do fígado. Os pacientes frequentemente morrem poucos meses após a doença ter sido diagnosticada e, actualmente, encaram a doença sem qualquer fármaco aprovado pela FDA ou cuidados de saúde. A concessão da designação de medicamento órfão deverá aumenta o valor do MB07133, como nova terapia para esta doença fatal, caso seja aprovado, acrescentou ainda o Dr. Laikind.

O estatuto de medicamento órfão é concedido aos fármacos que têm o potencial para tratar doenças raras. Este estatuto fornece uma via acelerada para a aprovação, exclusividade de comercialização durante sete anos, assim como outros benefícios fiscais.

O cancro primário do fígado representa o quinto tipo de cancro mais comum e o terceiro mais mortal, a nível mundial. Aproximadamente um milhão de novos casos são diagnosticados anualmente em todo o mundo. A “American Cancer Society” estima que, em 2007, nos Estado Unidos, sejam diagnosticados cerca de 19 160 novos casos e aproximadamente 16 780 pessoas que sofrem desta doença irão falecer, estando a incidência da doença está a crescer a um ritmo alarmante. A prevalência é bastante maior em África e na Ásia Oriental, onde em alguns países é o tipo de cancro mais comum.

Isabel Marques

Fontes: www.reuters.com, www.mbasis.com, www.businessweek.com

Vacina para o cancro do pulmão apresenta resultados positivos

A vacina terapêutica Stimuvax MUC-1, da Merck KGaA, pode prolongar a sobrevivência até três anos, nos pacientes com cancro do pulmão de não pequenas células, quando este tratamento é combinado com terapia de suporte, como toma de analgésicos, segundo as conclusões do ensaio aleatório de Fase II.

Os pacientes incluídos no estudo tinham respondido ao tratamento ou estavam estabilizados após a terapia inicial com quimio e radioterapia. Os resultados dos pacientes tratados com a terapia de suporte mais o Stimuvax foram comparados com aqueles que só receberam terapia de suporte.

Os dados demonstraram que os pacientes vivos três anos depois do início da terapia de suporte com Stimuvax eram mais do dobro (49%) do que os do outro grupo (27%), o que representa uma redução na mortalidade de 45 por cento.

Este estudo confirma ainda que os pacientes com doença loco regional em estádio IIIB tratados com Stimuvax também apresentaram uma diferença de 17,3 meses na média de sobrevivência em comparação com os que apenas receberam terapia de suporte (30,6 meses contra 13,3 meses, respectivamente). Estes resultados foram apresentados no congresso da "Internacional Association for the Study of Lung Cancer”, em Seul, na Coreia do Sul.

Após estes resultados da Fase II do estudo, o Stimuvax entrou na Fase III e actualmente está-se a proceder ao recrutamento de pacientes para o ensaio START (Stimulating Targeted Antigenic Responses to NSCLC).

No mês passado, a Merck e a sua parceira Biomira Inc. ajustaram a sua colaboração, dando à Merck os direitos de comercialização mundiais para o tratamento e tornando-a totalmente responsável pelo desenvolvimento clínico. Em contrapartida, a Biomira irá receber pagamentos quando forem atingidos objectivos de desenvolvimento e baseados nas vendas, e ainda regalias sobre as vendas líquidas.

Isabel Marques

Fontes: PMFarma e Reuters

Lisboa acolhe Congresso Europeu de Tiróide em 2009

Lisboa vai ser palco do Congresso Europeu de Tiróide em Setembro de 2009. O evento realiza-se pela primeira vez em Portugal e pretende estimular o estudo, investigação e divulgação das doenças da tiróide através da partilha de experiências entre especialistas de todo o mundo.

A escolha da capital para receber o seminário internacional é vista por João Jácome de Castro, responsável pela secção da Tiróide da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia e Presidente da Comissão Organizadora do 34º Congresso Europeu, como um reconhecimento do trabalho feito pelos especialistas lusos.

A decisão, tomada durante o último Congresso Europeu, que decorreu em Leipzig, Alemanha, vai quebrar a hegemonia da organização de eventos pelos países do norte da Europa. “Agora Portugal pode-se sentar à mesa onde são tomadas decisões, como o estabelecimento de orientações ou normas de acção”, referiu o responsável.

De acordo com o especialista, os problemas da tiróide afectam cinco por cento da população europeia e são patologias em que a intervenção precoce é essencial para o sucesso da cura, mesmo em casos de cancro. Nesse sentido, “é preciso ensinar mais e falar mais da tiróide nas faculdades de medicina e sensibilizar a população. É preciso referir que se deve apalpar e olhar para o pescoço como se faz o exame à mama das mulheres à procura de eventuais problemas”, salientou.

A tiróide, que se localiza na região anterior do pescoço, segrega as hormonas tiróideas, que controlam a velocidade das funções químicas do corpo (velocidade metabólica). As hormonas da tiróide têm dois efeitos sobre o metabolismo: estimular quase todos os tecidos do corpo a produzir proteínas e aumentar a quantidade de oxigénio que as células utilizam. A tiróide é a responsável pela frequência cardíaca, pela pressão arterial, pelo estado emocional, pela regulação da temperatura corporal, pela função intestinal e pelo peso. As alterações no funcionamento da glândula têm grande influência na qualidade de vida dos doentes.

Há cerca de cinco por cento de portugueses com alterações da função tiroideia, mais de 10 por cento têm mais de 55 anos de idade. Cinco por cento dos portugueses apresentam nódulos tiroideus, dos quais 10 por cento poderão vir a degenerar em doença maligna.

Marta Bilro

Fonte: Diário Digital, Lusa, Manual Merck, Médicos de Portugal.

Ministro da Saúde diz que não há 20 mil diabéticos em risco de cegar

Correia de Campos desmente dados divulgados pelo DN

O Ministro da Saúde rejeita os números recentemente divulgados pelo Diário de Notícias e que dão conta da existência em Portugal de 15 a 20 mil diabéticos em risco de cegueira devido a atrasos nos tratamentos. Correia de Campos disse esta terça-feira, em Gaia, que os dados “não são verdadeiros”.

As afirmações do matutino relativas ao tempo de espera indicado para as consultas de diabéticos - um ano para ir à consulta e, mais tarde, alguns meses para receber um tratamento laser – são também desmentidas pelo responsável.

«Isso depende muito das administrações regionais de saúde (ARS)», disse Correia de Campos, apontando o caso da ARS do Centro, onde «a espera é mínima».

O ministro falava à entrada para uma conferência sobre gestão sistemas de saúde, no âmbito de um curso sobre esta especialidade promovido conjuntamente pelo Hospital Geral de Santo António (Porto), a Harvard Medical Internacional (Estados Unidos) e a Universidade de Lausanne (Suíça).

Durante a conferência, que se realizou à porta fechada, o ministro disse apenas ter intenção de falar sobre a evolução do Serviço Nacional de Saúde “nos últimos dois anos e meio, que tem sido positiva, com melhorias tanto em termos de saúde financeira como de ganhos de saúde para os utentes”.

Marta Bilro

Fonte: Diário Digital, Lusa.

Roche processa Teva para impedir genérico do Boniva

A Roche Holding AG vai processar a Teva Pharmaceuticals na justiça norte-americana. O caso envolve a produção de uma versão genérica do Boniva (Ibandronato de sódio), um medicamento da farmacêutica suíça destinado ao tratamento da osteoporose.

De acordo com Martina Rupp, porta-voz da Roche, a queixa, apresentada no estado de Nova Jérsia, pretende impedir que o laboratório israelita comercialize um genérico do Boniva nos Estados Unidos da América.

A mesma fonte disse ainda que a Roche detém várias patentes do Boniva que deverão expirar entre 2012 e 2023.

As vendas do medicamento renderam mais de 226 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano.

Marta Bilro

Fonte: Yahoo Finance, Infarmed.

Vencedor do I Prémio Merck Serono de Gestão da Qualidade em Saúde é anunciado no próximo dia 18

O I Prémio Merck Serono de Gestão da Qualidade em Saúde, destinado a incentivar a implementação de medidas de gestão da qualidade que levem a uma melhoria nos cuidados de saúde nacionais, será entregue no próximo dia 18, terça-feira, numa cerimónia a decorrer nas instalações da Associação Nacional de Farmácias (ANF), em Lisboa.

Em concurso encontram-se oito hospitais nacionais que ao longo do ano passado desenvolveram e aplicaram, com sucesso, medidas de gestão da qualidade, como o caso do Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, onde o sistema implantado permitiu diminuir os níveis de infecções, causados pelo uso de cateteres, em recém-nascidos. No caso do Hospital de Sto António, no Porto, o número de quedas dos doentes idosos internados, foi também reduzido e em Almada, no Hospital Garcia da Horta, foi criado um circuito que permitiu a reembalagem de comprimidos, facilitando a distribuição de doses unitárias por todos serviços, evitando o desperdício.

O júri, composto por sete especialistas na área, deverá escolher os vencedores do prémio que competem em duas categorias: Cuidados Assistenciais e Farmácia Hospital. O vencedor de cada categoria receberá um prémio no valor de seis mil euros, destinados a formação na área da gestão de qualidade, existindo também a possibilidade de apresentação de um poster num congresso realizado dentro do âmbito.

Inês de Matos

Fonte: Jasfarma

Exame facial 3D ajuda diagnóstico de doenças raras

Um exame informático a três dimensões realizado através do rosto dos pacientes pode permitir detectar a predisposição para o desenvolvimento de doenças genéticas, revelam investigadores britânicos. De acordo com os cientistas, a inovação, apresentada no “BA Festival of Science”, em York, no Reino Unido, revelou uma taxa de sucesso de 90 por cento e é significativamente relevante nos casos de doenças raras e de difícil diagnóstico.

Actualmente conhecem-se mais de 700 síndromes genéticas que afectam os traços faciais, porém algumas tornam-se quase impossíveis de diagnosticar devido à escassez do número de casos. Esta nova tecnologia vem agora ajudar no diagnóstico ao permitir que o rosto de um indivíduo seja comparado com um banco de imagens 3D de pessoas com patologias reconhecidas.

“Há muitas doenças nas quais a face pode revelar características pouco comuns derivadas de alterações nos genes”, explicou Peter Hammond, cientista informático no Instituto UCL para a Saúde Infantil, em Londres, e responsável pelo desenvolvimento da investigação. Se os portadores de síndrome de Down são facilmente identificáveis, existem mais de 700 doenças genéticas que podem alterar a aparência da pessoa.

Os indivíduos que sofrem de síndrome de Williams, por exemplo, -que ocorre num em cada 10 mil a 20 mil nascimentos - apresentam um nariz pequeno e empinado, lábios cheios e dentes pequenos. Os portadores de Smith-Magenis, que ocorre num em cada 25 mil nascimentos, têm o nariz achatado e o lábio arrebitado. Já os doentes com síndrome do X-Frágil, que tem uma incidência de um em cada 4 mil pessoas, revelam uma estrutura corporal esguia, queixo proeminente/protuberante e orelhas grandes.

Estes são exemplos claros de doenças genéticas cujo diagnóstico inicial se revela, por norma, extremamente difícil e que poderão beneficiar da nova descoberta. Para além disso, o diagnóstico torna-se mais rápido, por se antecipar aos exames genéticos comuns que podem ser demorados.

De momento, a tecnologia é aplicada em mais de 30 doenças, revelando uma taxa de sucesso de 90 por cento. No entanto estão já a ser recolhidas mais imagens para que o exame possa abarcar mais doenças genéticas. Actualmente a tecnologia é utilizada por Hammond no referido hospital londrino, porém, o especialista pretende disseminá-la por todo o Reino Unido.

Marta Bilro

Fonte: BBC News, Raríssimas, Centro Hospitalar de Coimbra.

Tecnologia de jacto de tinta das impressoras na Medicina
Hewlett-Packard concebe injecções sem agulhas


A norte-americana Hewlett-Packard, fabricante de equipamento informático, poderá ter desenvolvido a solução para os doentes que necessitam de injecções mas têm fobia de agulhas. A tecnologia de jacto de tinta usada nas impressoras da marca poderá ser a solução para injectar medicamentos em pessoas...

De acordo com a última edição da revista «Exame Informática», a Hewlett-Packard, que se celebrizou em todo o mundo como HP, está prestes a obter licença para produzir um penso médico que, a breve trecho, poderá substituir as agulhas usadas em tratamentos clínicos. O princípio é em tudo similar ao utilizado nos pensos de nicotina, que permite a absorção daquela substância pela pele, e consiste no desenvolvimento de inovadoras funcionalidades da tecnologia de jacto de tinta, tendo ainda sido reformulado o conceito de unidade térnica, usada nas cabeças de impressão daquelas máquinas.
O penso, desenvolvido para uma empresa irlandesa, contém 900 mil microagulhas por cada polegada quadrada, vários microprocessadores e uma unidade térmica. Todos os medicamentos contidos no penso são aquecidos e injectados pelas microagulhas. Os processadores podem monitorizar a injecção, estabelecer a dosagem e a frequência de administração durante longos períodos ou em resposta aos sinais vitais do doente, como a pressão arterial. O vice-presidente do departamento de licenciamentos de propriedade intelectual da HP, Joe Beyers, explicou que “é possível administrar várias combinações de medicamentos em alturas distintas”.

Carla Teixeira
Fonte: «Exame Informática»

Aconselhamento farmacêutico melhora insónia em 83% dos casos

O aconselhamento farmacêutico é eficaz na melhoria dos sintomas de insónia em 83 por cento dos casos, em doentes com mais de 65 anos de idade. A conclusão resulta de uma tese de mestrado que contou com a participação de três farmácias de Almería e Jaén, na província espanhola de Andaluzia.

Os três farmacêuticos responsáveis pela investigação conseguiram que 83 por cento dos pacientes melhorassem os seus hábitos relacionados com o sono, para além disso, cerca de 60 por cento apresentaram melhorias significativas na qualidade do sono de acordo com os resultados do teste de Pittsburgh (método utilizado internacionalmente para avaliar este parâmetro). Conforme publica a última edição do “Correo Farmacéutico”, todos estes benefícios se ficam a dever aos conselhos dos farmacêuticos e às suas recomendações acerca de alterações na dose e duração do tratamento.

A investigação revelou também que 77 por cento dos participantes analisados pelo estudo não tomava os medicamentos para a insónia de acordo com as recomendações da Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos Sanitários. Segundo explica María José Requena, uma das autoras da investigação “todos os que utilizavam mal [os fármacos] excediam a duração recomendada e, em 20 por cento dos casos, os mediamentos eram ingeridos em doses elevadas”.

Os especialistas aconselham, por isso, que a dose de adulto seja reduzida para metade no caso da população idosa. Até porque, há suspeitas de que esta camada da população corra mais riscos de sofrer efeitos secundários. O estudo envolveu a participação de 35 pacientes com uma média de idades de 75 anos e seleccionados a partir de todos os doentes, com mais de 65 anos, que recorriam á farmácia para adquirir um medicamento sujeito a receita médica.

Apesar da amostra não ser muito expressiva, refere Requena, os resultados do trabalho são significativos e vêm apoiar conclusões de outras investigações realizadas em âmbitos distintos que dão conta do abuso na utilização destes fármacos, em particular das benzodiazepinas. Este tipo de substâncias, utilizadas no tratamento da ansiedade e da insónia, actuam no sistema nervoso central de forma selectiva causando depressão do mesmo sistema, por diferentes vias neurológicas.

Para além das benzodiazepinas, o estudo identificou também como substâncias utilizadas alguns fármacos derivados deste princípio activo, como o difenilmetano, antidepressivos e anti-histamínicos.

O farmacêutico Nicanor Floro de Andrés é autor de um estudo sobre a mesma temática que corrobora os resultados da investigação andaluza. Para este especialista, a população idosa chega a ingerir estes medicamentos de forma crónica e sem pensar nas consequências. “O abuso conduz a um aumento da intolerância e o efeito é cada vez menor, o que faz com que os doentes tenham a percepção de que os medicamentos são ineficazes e vão aumentando a dose ou pedem ao médico que lhes prescreva outra substância”, explica o especialista.

Na opinião dos autores a solução é da responsabilidade dos médicos e dos farmacêuticos. São estes profissionais que devem fornecer aos doentes mais informações acerca da utilização destes medicamentos, algo que pode ser resolvido se for dada mais atenção aos pacientes.

Marta Bilro

Fonte: Correo Farmacéutico.

Vitamina D pode prolongar esperança de vida

A ingestão de suplementos de vitamina D pode aumentar a esperança de vida. De acordo com um estudo publicado na revista “Archives of Internal Medicine”, a vitamina D aumenta as probabilidades de sobrevivência, porém ainda não se sabe ao certo como é que isso acontece. A investigação surge numa altura em que esta vitamina foi também associada à diminuição dos riscos de fracturas osteoporóticas e à redução dos riscos de alguns cancros.

A vitamina D, produzida pelo organismo quando exposto ao sol, pode também ser encontrada em alguns produtos alimentares como é o caso do salmão e de alguns cereais. No entanto, alguns especialistas estão preocupados com um défice de vitamina D que se está a tornar demasiado comum e referem que actualmente a toma da vitamina é raramente recomendada.

Philippe Autier, da Agência internacional de Investigação sobre Cancro, em Lyon, e Sara Gandini, do Instituto Europeu de Oncologia, em Milão, analisaram os resultados de 18 estudos realizados antes de Novembro de 2006 que envolveram 57.311 pessoas com 50 ou mais anos de idade. Durante a investigação, a alguns participantes foram administrados suplementos de vitamina D e a outros um placebo.

Os participantes foram acompanhados durante uma média de 5,7 anos. No final, os investigadores observaram que os que tomaram vitamina D apresentavam um risco de mortalidade 7 por cento inferior aos que ingeriram um placebo. Ainda não é possível determinar com precisão o motivo que levou à diminuição da taxa de mortalidade entre os participantes, razão pela qual os investigadores não recomendam qualquer dose específica de vitamina D.

Um editorial que acompanha a publicação do estudo recomenda que sejam realizadas mais investigações acerca dos benefícios da vitamina D. No entanto, estes resultados vão ao encontro de outros estudos recentes que indicam que deficiências em vitamina D aumentam o risco de morte por cancro, doenças cardiovasculares e diabetes.

Marta Bilro

Fonte: AFP, CBS News, Baltimoresun.com, Farmacia.com.pt.

Grau de instrução relacionado a maior sobrevivência ao cancro

O nível de instrução dos indivíduos pode ter influência na capacidade de sobrevivência ao cancro. Um estudo do Instituto Karolinska descobriu uma relação entre o nível elevado de instrução e uma maior probabilidade de sobrevivência em diferentes tipos de cancro.

O estudo, que envolveu três milhões de homens e mulheres, demonstrou que em 20 diferentes formas de cancro, a sobrevivência foi 40 por cento superior nos pacientes com um nível universitário ou outro grau de educação elevado, relativamente aos que detinham menor grau de instrução. O melanoma, o cancro do pulmão, intestino e mama estiveram entre as modalidades da doença avaliadas pelos investigadores suecos.

A diferença nas probabilidades de sobrevivências é justificada pelos cientistas com o facto das pessoas mais instruídas se deslocarem ao médico com maior frequência, permitindo o diagnóstico nos estágios iniciais da doença. Este tipo de pacientes tem também mais apetência para seguir com maior rigor as indicações médicas, bem como as diferentes etapas do tratamento oncológico.

Os investigadores partiram do registo nacional dos casos de cancro no país para acompanhar a evolução da doença nos pacientes. Nos casos de Cancro da Mama, a pesquisa indicou que pacientes com melhor nível de educação registaram um índice de sobrevivência 32 por cento superior.

Jan Sundquist, responsável pela orientação do estudo, fez questão de realçar a genuinidade da pesquisa, afirmando que este foi o maior estudo já realizado até agora para determinar as associações entre o grau de instrução dos pacientes, a incidência de cancro e as taxas de sobrevivência à doença.

No âmbito do mesmo estudo, os investigadores realizaram uma segunda pesquisa para determinar a relação entre o nível de instrução de mulheres e os riscos de desenvolver cancro da mama. Ao avaliarem factores como a idade e o histórico familiar de doença oncológica em mais de 1,5 milhões de mulheres suecas, os cientistas observaram que as que possuíam grau universitário apresentavam uma probabilidade 44 por cento superior de detectar o cancro da mama numa fase inicial, comparativamente às que detinham nove ou menos anos de instrução escolar.

Marta Bilro

Fonte: Saúde na Internet.

Erbitux aumenta sobrevivência dos doentes com cancro do pulmão

Merck revela resultados de ensaio clínico de Fase III

O Erbitux (Cetuximab) aumenta a esperança de vida dos doentes com cancro do pulmão, revelou a Merck esta terça-feira. Os resultados de um ensaio clínico de fase III demonstraram que quando combinado com a quimioterapia, o medicamento é mais eficaz do que nos casos em que se procede à aplicação da quimioterapia por si só.

As conclusões deste estudo vêm assim contrariar os resultados de uma investigação anterior apresentados pela ImClone e que indicavam que o fármaco era ineficaz no tratamento da doença. A farmacêutica alemã, que em 1998 comprou à ImClone Systems os direitos do fármaco na Europa e noutros mercados chave, conseguiu comprovar um benefício que tinha sido derrotado pela sua parceira.

A Merck contou com a participação de mais pacientes e combinou a substância com um tipo de quimioterapia diferente para demonstrar que o Erbitux consegue prolongar a vida dos doentes nos quais o cancro alastrou.

“O cancro do pulmão de não pequenas células que alastrou para além do local onde surgiu inicialmente é extremamente difícil de tratar, por isso estamos satisfeitos com estes resultados”, afirmou Wolfgang Wein, director do departamento de oncologia da Merck, num comunicado enviado ao Farmacia.com.pt.

O Erbitux, aprovado na União Europeia para o tratamento do cancro do cólon e do cancro da cabeça e do pescoço, gerou vendas no valor de 116 milhões de euros no segundo trimestre do ano, um aumento de 44 por cento relativamente a igual período do ano anterior.

Marta Bilro

Fonte: Merck, Bloomberg, Reuters.

Fármaco revelou efeito similar ao Risperdal
Celexa eficaz contra os sintomas de demência


Os resultados de um estudo divulgado na mais recente edição do «American Journal of Geriatric Psychiatry» sugerem que o Celexa, antidepressivo desenvolvido pela empresa farmacêutica Forest que tem como princípio activo o citalopram, poderá produzir o efeito reconhecido ao antipsicótico Risperdal (risperidone) da Johnson & Johnson no que toca ao tratamento da agitação e dos principais sintomas da demência, revelando uma menor incidência de efeitos colaterais adversos.

Um ensaio clínico aleatório com a duração de 12 semanas acompanhou pacientes com demência não depressiva que tinham sido hospitalizados por apresentarem sintomas de tipo comportamental. A amostra total, composta por 103 indivíduos, foi dividida em dois grupos: ao primeiro, com 53 elementos, foi administrado o Celexa; no segundo, com 50 pessoas, foi utilizado o Risperdal. Os resultados demonstraram um decréscimo daquela sintomatologia nos dois grupos, sem significativas diferenças, o que, na opinião do líder do estudo, Bruce Pollock, constituiu uma surpresa, já que se “esperava que o citalopram fosse melhor para a agitação (impulsividade e agressão), mas os chamados sintomas de tipo psicótico foram tratados com eficácia semelhante usando o antidepressivo e usando o antipsicótico”. Os investigadores consideraram, no entanto, que será necessário fazer testes adicionais antes de recomendar o Celexa como uma opção para o tratamento dos sintomas da demência.

Carla Teixeira
Fonte: Firstword
Global Humanceuticals está a receber propostas de instituições
Doação de medicamento contra o VIH


Roger Kenneth Hershline na China

Roger Kenneth Hershline, médico fundador e executivo-chefe da CureHIV.us, entidade que se dedica à produção e distribuição, a preços mais baixos, de medicamentos contra o HIV e a sida e à investigação de uma cura para aquela e outras doenças, anunciou a intenção de doar amostras de um novo fármaco experimental da Global Humanceuticals Inc. “extremamente eficaz e estável”.

A oferta é especificamente direccionada a instituições, organizações e corporações com e sem fins lucrativos, governamentais, não governamentais, americanas e estrangeiras, e deverá materializar-se através da celebração de “acordos ou parcerias para estimular a pesquisa teórica, objectiva, mecanística, clínica e de desenvolvimento”. O composto experimental, baptizado como NIAID #11039, já recebeu uma patente em Novembro de 2004, chamada “composição antiviral, patente americana número 6821958”, tendo, dois anos depois, sido registada pela Organização Mundial de Patentes Internacionais, com o número de inscrição internacional PCT/US2005/039528.
Hershlife, que em Dezembro do ano passado esteve na China, onde marcou presença na conferência que assinalou o Dia Mundial da Sida – na qual apresentou os primeiros dados sobre o NIAID #11039 – concretizou que a oferta agora anunciada visa “estender uma tecnologia que mais ninguém possui neste planeta”, salientando que “os cientistas chineses estão já muito interessados”. Segundo informações divulgadas pelo clínico na sessão realizada na China, e agora recuperadas pela PR Newswire, o novo composto químico “possui uma cadeia principal de alfa-glicose atóxica, obtida de uma fonte natural abundante. A cadeia principal é bisubstituída quimicamente de forma aleatória, através de uma nova reação, e os grupos de substituição são grupos de desativadores virais diferentes, com base de enxofre, que interagem para proporcionar a inibição da entrada do vírus na célula em concentrações de um picomolar”.
“O NIAID #11039 da Global Humanceuticals Inc. é o primeira medicamento projectado para prevenir o desenvolvimento da resistência, o maior pesadelo no tratamento do HIV e da sida”, declarou Roger Kenneth Hershline, adiantando que é seu objectivo “curar a sida”, e que é por isso que detém a fundação CureHIV.us. Os potenciais interessados em aceder a este novo fármaco, aproveitando a oferta do clínico e da sua fundação, podem entrar em contacto com Roger Kenneth Hershline, através da CureVIH.us (P.O. Box 23467, Hilton Head Is., SC 29925), pelo fax 8433425924, pelo telefone 8433425900 ou pelo número directo do médico: 8436833683.

Carla Teixeira
Fonte: PR Newswire, CureHIV.us
Detectada presença de metanosulfonato etílico no fármaco
Pfizer divulga efeitos cancerígenos do Viracept


A multinacional norte-americana Pfizer anunciou nesta semana que encontrou partículas de um potencial carcinoma humano no medicamento Viracept, destinado ao tratamento da infecção por HIV, recomendando assim que o antiretroviral não seja administrado em crianças e em mulheres grávidas que estejam a iniciar a terapia contra o vírus da sida.

Numa carta dirigida aos profissionais de saúde a companhia farmacêutica explica que foi detectada a presença de metanosulfonato etílico (EMS) naquele fármaco, que terá sido submetido a testes depois de a Roche, que assegura a comercialização do Viracept nos Estados Unidos, ter procedido à recolha daquele medicamento na Europa em Junho, na sequência da detecção de níveis excessivos de EMS no seu princípio activo (nelfinavir), produzido pelo laboratório suíço. Entretanto, a Food and Drug Administration exortou a Pfizer a implementer “novas especificações para limitar a presença do metanosulfonato etílico nos produtos Viracept manufacturados pela empresa”, acrescentando que para já é recomendada às grávidas que actualmente estão a ser tratadas com o antiretroviral a transição para uma terapia alternativa, embora essa substituição não se justifique, atesta a FDA, nas gestantes que não tenham tratamento alternativo possível, bem como nos doentes pediátricos com regimes estáveis de administração daquele fármaco, uma vez que a relação risco/benefício continua, nestes casos, a ser favorável aos pacientes.

Carla Teixeira
Fonte: Firstword, farmacia.com.pt
Consumo de medicamentos analisado nos Estados Unidos
Efeitos adversos duplicaram entre 1998 e 2005


Um estudo agora publicado nos «Archives of Internal Medicine» aferiu que o número de relatos da ocorrência de efeitos secundários graves e irreversíveis como consequência do consumo de medicamentos nos Estados Unidos duplicou no período compreendido entre 1998 e 2005. “A mensagem a reter é a de que a avaliação da segurança não está a funcionar”, considerou Curt Furberg, da Universidade de Wake Forest, um dos autores da investigação.

De acordo com informações avançadas na última edição daquela publicação científica, o estudo pretendeu analisar os efeitos adversos causados pelo consumo dos fármacos ou por erros associados à prescrição dos mesmos. Em 1998 foram registados nos Estados Unidos 34996 casos de consequências nefastas da ingestão de medicamentos, mas em 2005 esse número subiu para os 89842. O volume de ocorrências fatais também sofreu uma subida acentuada naquele período, de 5519 casos no primeiro ano do estudo para 15107 no final da análise. Os especialistas concluíram ainda que, entre os fármacos que mais vezes foram associados a episódios de efeitos secundários graves e fatais, nota-se um contributo desproporcional dos medicamentos para a dor e dos que interagem com o sistema imunitário. “Vinte por cento, ou 298 dos 1489 fármacos identificados, estiveram envolvidos em 87 por cento dos 467809 eventos relatados nos sete anos”. Os cientistas frisam que “este crescimento do número de ocorrências perniciosas mostra que “o actual sistema não está a proteger adequadamente os doentes, desprezando a importância de relatórios recentes que atestam a necessidade de encontrar rapidamente mecanismos que espoletem a mudança em termos legislativos, políticos e institucionais”.

Carla Teixeira
Fonte: Firstword
FDA autorizou pretensão da multinacional norte-americana
Pfizer Brasil exporta produtos de saúde animal


A Food and Drug Administration, entidade reguladora do sector do medicamento nos Estados Unidos, deu provimento a uma solicitação da multinacional farmacêutica Pfizer no sentido de comercializar em território norte-americano os injectáveis Dectomax (antiparasitário para uso em bovinos e outros animais) e Terramicina LA (antibiótico em dose única), dois produtos produzidos pela Pfizer Brasil.

Jorge Espanha, director da Divisão de Saúde Animal da Pfizer naquele país, esclareceu que a operação teve início no passado mês de Agosto, projectando-se a exportação de 370 mil unidades daqueles dois fármacos, no que o resposnsável classifica como “uma conquista” e “mais um atestado de que a nossa fábrica atende às rigorosas exigências internacionais” naquele domínio. Numa altura em que a unidade brasileira da empresa já exporta produtos veterinários para 55 países, Jorge Espanha lembrou a “preocupação” da multinacional com aspectos como a certificação de produtos e a segurança alimentar, conceitos que são “fundamentais e estratégicos para a internacionalização da produção agropecuária brasileira”.
De acordo com informações avançadas por fontes daquele prestigiado laboratório norte-americano, a exportação na área da Saúde Animal representa actualmente cerca de 30 por cento dos níveis de produção da Pfizer Brasil, mas somando os resultados da área da Saúde Humana e Animal, o mercado externo acolhe já cerca de 37 por cento do total da produção da companhia.

Carla Teixeira
Fonte: InvestNews
Fármaco contra a disfunção eréctil disponível nesta semana
Eli Lilly vai lançar o Cialis no mercado japonês


A companhia farmacêutica norte-americana Eli Lilly está a preparar a introdução do seu medicamento para a disfunção eréctil Cialis (tadalafil) no mercado japonês, intenção que deverá consumar-se nesta quarta-feira. O presidente da unidade japonesa do laboratório considerou que o lançamento do fármaco, concorrente do best-seller Viagra, da também norte-americana Pfizer, deverá “favorecer um contacto mais próximo da Eli Lilly com os profissionais de saúde japoneses”.

Na opinião de Newton Crenshaw, citado pela agência de notícias Bloomberg, “o Cialis desempenha um importante papel não só no contexto do volume global de vendas da empresa farmacêutica, mas também no que toca à afirmação da sua capacidade”, pelo que a Lilly está “a trabalhar arduamente no sentido de se tornar uma das 20 empresas de topo na área do fabrico de medicamentos no Japão até 2010”. Em 2006 o Cialis teve resultados muito satisfatórios nas vendas, totalizando 971 milhões de dólares, de acordo com aquele responsável.

Carla Teixeira
Fonte: Bloomberg