segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Um passeio por dia pode ajudar a melhorar a função cerebral

Investigadores da Universidade de Calgary, no Canadá, descobriram que as mulheres idosas que estão mais em forma fisicamente têm uma melhor função cognitiva.

O estudo, publicado na revista científica internacional “Neurobiology of Aging”, descobriu que a boa forma física ajuda a função cerebral a estar no seu melhor, porque a actividade física beneficia o fluxo sanguíneo no cérebro e, como resultado, ajuda as capacidades cognitivas.

De acordo com o Dr. Marc J. Poulin, ser sedentário é agora considerado como um factor de risco de acidentes vasculares cerebrais (AVC) e demência. Este estudo prova, pela primeira vez, que as pessoas que estão em forma têm um melhor fluxo sanguíneo para o cérebro. As descobertas também demonstram que um melhor fluxo sanguíneo cerebral se traduz numa cognição melhorada.

O estudo comparou dois grupos de mulheres de Calgary, com uma média de 65 anos, sendo que algumas participavam em actividades aeróbicas regulares e outras eram inactivas.

Os investigadores descobriam que o grupo activo, em comparação com o inactivo, tinha uma pressão sanguínea arterial em repouso e em exercício 10 por cento mais baixa, respostas vasculares no cérebro 5 por cento mais elevadas, durante o exercício sub-maximal e quando os níveis de dióxido de carbono no sangue estavam elevados, e pontuações de função cognitiva 10 por cento mais elevadas.

O Dr. Poulin sublinhou que algo tão simples como sair todos os dias para dar um passeio é crucial para nos mantermos mentalmente alerta e continuarmos saudáveis à medida que envelhecemos.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/09/A_walk_a_day_can_increase_brain_function/UPI-23101231558954/

Novo fármaco mais efectivo na prevenção de vómitos devido a quimioterapia

Novas investigações demonstram que o fármaco antiemético (contra as náuseas) de segunda geração, o palonossetrom, apresenta vantagens, em relação ao seu antecessor, o granissetrom, na prevenção de náuseas e vómitos induzidos por quimioterapia.

Alguns regimes de quimioterapia têm uma elevada probabilidade de induzir vómitos graves, tanto imediatamente como depois de 2 a 5 dias (fase retardada).

O Dr. Mitsue Saito e colegas, do Hospital Universitário de Juntendo, em Tóquio, relataram que o novo fármaco, o palonossetrom (comercalizado como Aloxi), é comparável ao antigo agente, o granissetrom (comercalizado como Kytril ou em diversas versões genéricas), na prevenção dos vómitos na fase imediata, sendo superior na fase retardada.

O estudo, publicado na “Lancet Oncology”, envolveu 1.143 pacientes que receberam aleatoriamente uma única dose de palonossetrom ou de granissetrom 30 minutos antes do tratamento com quimioterapia.

Os investigadores explicaram que o resultado principal foi a proporção de pacientes que não experienciaram qualquer episódio de vómitos durante a fase imediata (zero a 24 horas após a quimioterapia) e a fase retardada (24 a 120 horas após a quimioterapia).

Os vómitos na fase inicial foram completamente evitados em 75,3 por cento dos pacientes que receberam palonossetrom e em 73,3 por cento dos que receberam granissetrom. Durante a fase retardada, a taxa de prevenção completa foi significativamente mais elevada no grupo que recebeu palonossetrom com 56,8 por cento, em comparação aos 44,5 por cento do grupo do granissetrom.

O principal efeito secundário relacionado com o tratamento foi a obstipaçao, que ocorreu em 17,4 por cento dos pacientes tratados com palonossetrom e em 15,7 por cento daqueles tratados com granissetrom.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/09/eline/links/20090109elin023.html

Framboesas pretas ajudam a inibir crescimento do cancro

Investigadores norte-americanos revelaram que os antocianinos, uma classe de flavonóides presentes nas framboesas pretas, ajudaram a inibir o crescimento do cancro do esófago em ratos de laboratório.

O Dr. Gary D. Stoner, do Centro Oncológico da Universidade Estatal do Ohio, alimentou os ratos com um extracto rico em antocianinos de framboesa preta e descobriu que o extracto era quase tão efectivo, na prevenção do cancro do esófago em ratos, como as framboesas pretas inteiras contendo a mesma concentração de antocianinos.

Este estudo, publicado na “Cancer Prevention Research”, demonstra a importância dos antocianinos como agentes preventivos existentes nas framboesas pretas e valida descobertas “in vitro” semelhantes.

De acordo com o Dr. Stoner, os dados fornecem fortes evidências de que os antocianinos são importantes na prevenção do cancro.

Os investigadores concluíram ensaios clínicos utilizando pó de bagas inteiras, que têm apresentado resultados promissores, mas que requerem que os pacientes ingiram cerca de 60 gramas de pó por dia.

O Dr. Stoner acrescentou que, agora que se sabe que os antocianinos presentes nas bagas são quase tão activos como as próprias bagas inteiras, se espera que seja possível prevenir o cancro nos humanos através da utilização de uma mistura estandardizada de antocianinos.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/08/Black_raspberries_inhibit_cancer_growth/UPI-43441231453338/