terça-feira, 25 de novembro de 2008

Brócolos podem ajudar a prevenir cancro em fumadores

Investigadores relataram que os brócolos e outros vegetais semelhantes parecem fornecer aos fumadores uma protecção especial contra o cancro.

Os investigadores descobriram que antigos fumadores e, especialmente, as pessoas que ainda são “fumadores pesados” retiraram benefícios especiais do consumo de vegetais. As pessoas que fumavam mais de 20 cigarros por dia foram consideradas “fumadores pesados”.

A investigadora principal, a Dra. Li Tang, do Instituto do Cancro Roswell Park, em Buffalo, referiu que os efeitos mais significativos foram observados nos fumadores.

Os brócolos e outros vegetais denominados crucíferos, tais como o repolho, a couve-flor e a couve-de-bruxelas, têm sido reconhecidos por diminuir o risco de cancro no geral, talvez devido aos compostos chamados isotiocianatos.

A Dra. Tang e os colegas estudaram 948 pacientes com cancro e 1.743 pessoas sem cancro. Todos os participantes responderam a um questionário detalhado sobre os seus hábitos, incluindo a alimentação e historial de hábito de fumar.

As pessoas que comiam vegetais crucíferos, principalmente crus, tinham entre 20 a 55 por cento menos probabilidade de ter cancro do que aquelas que nunca, ou apenas raramente, consumiam estes alimentos.

Segundo os resultados apresentados no encontro da Associação Americana para a Pesquisa do Cancro, a redução do risco dependeu do tipo de vegetal consumido e da duração e intensidade do hábito de fumar.

Os investigadores revelaram que só foi observado um efeito significativo entre os antigos e os actuais fumadores, não tendo sido observada uma associação significativa entre as pessoas que nunca fumaram.

Contudo, a Dra. Tang acrescentou que estas descobertas ainda não são fortes o suficiente para fazer uma recomendação pública para já, alertando que se as pessoas fumarem durante muito tempo nada pode ajudar.

Fumar aumenta o risco de muitos tipos de cancro, incluindo cancro do pulmão, da cabeça e pescoço, e cancro da bexiga.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2008/11/18/eline/links/20081118elin020.html

Estudo: Avastin aumenta sobrevivência sem progressão do cancro da mama

O fármaco oncológico Avastin (bevacizumab), da Genentech e da Roche Holding AG, num estudo de Fase III, demonstrou aumentar o tempo que as pacientes com cancro da mama sobreviveram sem a doença piorar, atingindo assim o objectivo primário.

O estudo, que envolveu 1.237 pacientes que não tinham recebido quimioterapia anteriormente, também confirmou que o Avastin pode ser combinado efectivamente com quimioterapias utilizadas normalmente.

O Avastin foi testado em combinação com quimioterapias à base de taxanos ou de antraciclinas, ou com o Xeloda (capecitabina), como tratamento de primeira linha para o cancro da mama HER2 negativo metastásico, tendo atingido o principal objectivo de aumentar a sobrevivência livre de progressão, em comparação com as quimioterapias isoladamente.

A Genentech revelou que o objectivo primário foi atingido nos dois grupos, sendo que as pacientes do primeiro grupo receberam Avastin ou placebo em combinação com quimioterapias à base de taxanos ou de antraciclinas, enquanto as pacientes do segundo grupo receberam Avastin ou placebo em combinação com capecitabina.

Os dados demonstraram que não foram observados novos sinais de segurança e o perfil de segurança do Avastin foi consistente com experiências anteriores.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AN3V220081124
www.rttnews.com/ArticleView.aspx?Id=783403&SMap=1

EMEA recomenda aprovação de ustekinumab para tratamento da psoríase

O Comité de Medicamentos para Uso Humano (CHMP), da Agência Europeia do Medicamento (EMEA), recomendou a aprovação de comercialização do fármaco ustekinumab, da Janssen-Cilag, para o tratamento da psoríase em placas moderada a grave.

O CHMP recomendou a aprovação do ustekinumab, que poderá vir a ser comercializado como Stelara, para adultos que não responderam ou apresentam alguma contra-indicação, ou intolerância, a outras terapias sistémicas, incluindo ciclosporina, metotrexato e fotoquimioterapia (PUVA).

A opinião positiva baseou-se em resultados de dois estudos de Fase III, publicados na “The Lancet”, que incluíram cerca de 2 mil pacientes, para avaliar a eficácia e tolerabilidade do ustekinumab no tratamento da psoríase em placas moderada a grave.

Mais de dois terços dos pacientes alcançaram o objectivo primário, em ambos os estudos, isto é, apresentaram uma melhora de aproximadamente 75 por cento da gravidade da psoríase na semana 12, após somente duas doses nas semanas zero e quatro.

Relativamente ao critério de eficácia mais exigente, que se refere a uma melhora de, pelo menos, 90 por cento da gravidade da psoríase, os resultados na semana 12 indicaram que aproximadamente 4 em cada 10 pacientes atingiram esta resposta, após somente duas doses, em ambos os estudos.

As recomendações para aprovação de comercialização por parte do CHMP são normalmente seguidas pela Comissão Europeia (CE) passados poucos meses.

Isabel Marques

Fontes:
www.vademecum.es/noticias_detalle.cfm?id_act_not=2027