segunda-feira, 2 de março de 2009

Antidepressivos e terapias psicológicas podem acalmar cólon irritável

Antidepressivos e terapias psicológicas, particularmente a terapia cognitivo-comportamental, parecem proporcionar um alívio dos sintomas da síndrome do cólon irritável, pelo menos, a curto prazo.

Os investigadores relataram, na revista científica “Gut”, que os antidepressivos parecem ajudar a acalmar o cólon irritável independentemente de qualquer melhoria numa depressão coexistente.

O Dr. Alex C. Ford, do Centro Médico da Universidade McMaster, em Hamilton, no Canadá, referiu à Reuters Health que os médicos devem considerar a utilização de antidepressivos para as pessoas que não responderam às outras terapias de primeira linha para a síndrome do cólon irritável, que pode incluir cãibras abdominais, diarreia ou obstipação.

As causas da síndrome do cólon irritável não são claras e tem-se debatido se se deve principalmente a factores psicológicos ou a despoletadores biológicos, ou talvez a uma combinação de ambos.

A equipa de investigadores analisou dados de 32 estudos publicados, sendo que 19 compararam terapias psicológicas, tais como terapia cognitivo-comportamental, terapia de relaxamento e hipnoterapia, a terapia de controlo ou cuidado habitual; 12 compararam antidepressivos a placebo e um comparou conjuntamente terapia psicológica e antidepressivos a placebo.

Os ensaios incluiriam cerca de 800 pacientes com cólon irritável tratados com antidepressivos versus placebo e cerca de 1 300 em terapias psicológicas versus terapias de controlo ou cuidado habitual.

Os investigadores descobriram que o risco dos sintomas de cólon irritável persistirem com uma terapia com antidepressivos foi reduzido em 34 por cento, em comparação com placebo.

As terapias psicológicas também reduziram semelhantemente o risco de sintomas de cólon irritável persistentes. O Dr. Ford revelou que os dados foram mais robustos com os antidepressivos.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/27/eline/links/20090227elin008.html

Espanha aprova nova apresentação do Plavix 300mg para Síndrome Coronária Aguda

A Agência Espanhola do Medicamento e Produtos Sanitários (AEMPS) aprovou a comercialização da nova apresentação do Plavix 300mg para uso hospitalar, anunciou a Sanofi-Aventis.

A recomendação da aprovação do Plavix (clopidogrel) 300mg como dose inicial de tratamento em doentes com Síndrome Coronária Aguda (SCA) já havia sido feita quer pela autoridade do medicamento europeia (EMEA), quer norte-americana (FDA).

De acordo com a farmacêutica francesa, “o início precoce do tratamento com 300mg produz uma mais rápida acção do medicamento, resultando numa recuperação do fluxo sanguíneo na artéria ocluída.”

Segundo as diretrizes europeias, o uso de clopidogrel 300mg está indicado para todos os pacientes com síndrome coronária aguda com supradesnivelamento do segmento ST (SCASEST), e síndrome coronária aguda sem supradesnivelamento do segmento ST (SCAEST) seguido por dose de manutenção de 75mg por dia.

Raquel Garcez

Fonte: http://espana.pmfarma.com/noticias/noti.asp?ref=9859

Oito medicamentos novos chegam a Portugal em 2009

O mercado nacional do medicamento vai contar com novos fármacos em 2009. Ao todo, são oito tratamentos inovadores em áreas distintas que, vão desde a obesidade à ejaculação precoce, e que vão beneficiar milhões de portugueses, avança o Diário de Notícias.

Uma das novidades esperadas para o primeiro trimestre destina-se a combater o excesso de peso. O orlistato, da GlaxoSmithKline, é o primeiro medicamento para o efeito aprovado na Comissão Europeia. O fármaco reduz a absorção de gordura dos alimentos e poderá beneficiar cerca de quatro milhões de portugueses.

Para o segundo trimestre, está prevista a comercialização de um medicamento para combater a ejaculação precoce. A dapoxetina, da Janssen Cilag, actua como um anti-depressivo, travando a recaptação pelas células nervosas de um neurotransmissor designado serotonina. O objectivo é aumentar o tempo que medeia entre o início da relação sexual e a ejaculação, devendo ser tomado 30 minutos antes.

Aprovado recentemente pela Autoridade Europeia do Medicamento (EMEA), destaca-se um novo anti-depressivo, a agomelatina (Servier). Trata-se de mais uma alternativa para tratar depressões e, em particular, dos casos em que, também, há perturbações do sono.

Outra novidade é o bazedoxifeno, da Wyeth, também aprovado a EMEA e que tem eficácia comprovadan a redução de fracturas em mulheres após a menopausa. A autorização de utilização especial está prevista para Abril.

Para fazer subir o colesterol bom (HDL) e reduzir o mau (LDL) bem como os triglicéridos chega, em breve, ao mercado uma combinação de ácido nicotínico com laropiprant, trata a dislipidemia e é da Merck Sharp & Dohme.

No âmbito das infecções VIH/Sida o protagonista é o maraviroc, da Pfizer, com efeitos muito positivos. Aplica-se, para já, aos casos de VIH multi-resistentes, mas está em estudo o seu alargamento às fases precoces da doença. Este fármaco actua bloqueando um dos receptores de entrada do vírus nas células.

Para fazer frente ao surto da gripe das aves (H5N1) chega-nos a vacina pré-pandémica da GlaxoSmithKline aprovada, em 2008, pela Comissão Europeia. A vacina da irá proteger a população antes de um surto, imunizando contra várias estirpes. A chegada ao País depende de uma decisão de criar uma reserva estratégica.

De referir que, introdução recente no mercado teve um fármaco para a diabetes tipo II - a vildagliptina com cloridrato de metformina já é comparticipada e destina-se a doentes insuficientemente controlados.


Raquel Garcez

Fonte: http://dn.sapo.pt/2009/03/02/centrais/produto_novo_trata_ejaculacao_precoc.html

Descobertas bactérias marinhas que produzem antibióticos inovadores

Pela primeira vez, investigadores noruegueses conseguiram produzir antibióticos completamente novos a partir de bactérias encontradas no mar.

Foram identificadas 11 espécies de bactérias que criam substâncias que aniquilam células cancerígenas e outras três que produzem novos antibióticos, avança o site AlphaGalileo que cita um comunicado conjunto da equipa de cientistas composta por elementos da Norwegian University of Science and Technology (NTNU) e da SINTEF (Foundation for Scientific and Industrial Research at the Norwegian Institute of Technology).

Segundo esclarecem, atrás deste sucesso “reside um longo e penoso processo de rastreio, cultura, isolamento e testes” no entanto, ressalvam, “ainda levará algum tempo para se poder ter a certeza de que o processo vai prosseguir com as fases de produção e comercialização.”


Raquel Garcez

Fonte: http://209.85.229.132/search?q=cache:3Crqlbe-5CIJ:www.alphagalileo.org/ViewItem.aspx%3FItemId%3D55563%26CultureCode%3Den+Marine+bacteria+produce+antibiotics+-+AlphaGalileo&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=1

Farmacêuticos pedem saída da bastonária

Existe uma guerra aberta na Ordem dos Farmacêuticos e são vários os dirigentes a pedir a saída da bastonária, Elisabete Faria, adianta o Jornal de Notícias.


Um clima de crispação interna instalou-se na Ordem dos Farmacêuticos. A direcção nacional é acusada pelos dirigentes de Coimbra e do Porto de aprovar decisões de forma ilegítma, revela o jornal.

A destituição da bastonária é requerida por vários dirigentes, por considerarem que não está legitimada democraticamente e que a direcção nacional tem aprovado ilegalmente uma série de medidas. Direcção esta que, denunciam, se resume a metade dos elementos que os estatutos definem.

Alterações estatutárias, mudanças no regime da carteira profissional, venda da sede nacional e o aumento de quotas são algumas das decisões que têm vindo a ser tomadas na OF e que geram o discórdia.

Batel Marques, dirigente de Coimbra, fala em "situação calamitosa" na OF, que se encontra "sem estratégia política". É "inadmissível", diz, tendo em conta que se trata de "uma instituição de utilidade pública, com poderes delegados pelo Estado de regulação da classe".

Elisabete Faria disse desconhecer as cartas pedindo eleições e escusou-se a comentar "questões internas" da Ordem.

Raquel Garcez

Fonte: Jornal de Notícias

Sprays nasais podem despoletar enxaquecas

As pessoas que sofrem de febre dos fenos, ou rinite alérgica, podem ficar com enxaquecas após utilizarem um spray nasal esteróide para o alívio do nariz entupido.

A Dr. Jitka Pokladnikova, da Universidade Charles, em Praga, e colegas reviram a base de dados global da Organização Mundial de Saúde (OMS), e outras fontes, e descobriram um grupo inesperado de 38 casos de enxaquecas suspeitas de estarem relacionadas com a utilização de corticosteróides intranasais.

Os corticosteróides intranasais sob suspeita incluem seis fármacos diferentes: fluticasona, beclometasona, budesonida, mometasona, flunisolida e triancinolona. Os investigadores relataram, na “Cephalalgia”, que em 24 casos o corticosteróide intranasal foi o único fármaco utilizado.

A reexposição ao corticosteróide intranasal levou a uma reincidência da enxaqueca em oito pacientes. Nenhum dos fármacos excedeu a dose máxima diária recomendada em qualquer caso relatado.

Nos 16 relatórios onde o tempo até ao despoletar foi registado, a enxaqueca desenvolveu-se no início do tratamento com corticosteróide intranasal em 12 casos, à volta dos quatro primeiros dias.

Uma associação entre a rinite alérgica e a enxaqueca já tinha sido estabelecida, mas as novas descobertas sugerem que, adicionalmente, os corticosteróides intranasais podem provocar ou pior a enxaqueca ou as dores de cabeça.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/03/02/eline/links/20090302elin025.html

Grávidas não devem comer por dois

A gravidez tem sido considerada como um período em que as mulheres algumas vezes cedem à tentação de comer por dois, mas investigadores norte-americanos referem que isto pode contribuir para a obesidade infantil.

O Dr. Robert Kushner, do Centro de Obesidade de Northwestern e da Universidade de Northwestern, referiu que as mulheres grávidas têm sempre estado fora de alcance, pois as pessoas têm tido sempre receio de intervir na gravidez, porque temem causar danos. Os investigadores estão a descobrir que ao não se fazer nada, provavelmente está-se a fazer ainda pior.

O Dr. Alan Peaceman, co-director do programa sobre obesidade na gravidez, salientou que novas evidências indicam que o ganho excessivo de peso durante a gravidez afecta o ambiente intra-uterino e activa determinados genes no feto, o que pode resultar em obesidade infantil e diabetes.

O Dr. Peaceman referiu que não é só o facto das crianças ganharem peso por adquirirem os hábitos alimentares dos pais, mas também porque o seu risco de obesidade é programado antes de nascerem.

A maioria das mulheres não têm aconselhamento nutricional durante a gravidez e, caso tenham, é relativamente superficial. O objectivo não é tentar que as grávidas percam peso, mas sim tentar que ganhem peso apropriadamente. Algumas mulheres que têm excesso de peso não precisam sequer de ganhar qualquer peso.

O aumento excessivo de peso também compromete a saúde da mãe, aumentando o seu risco de diabetes e doença cardiovascular.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/03/02/Moms-to-be_dont_have_to_eat_for_two/UPI-75531236014976/

Novas considerações relativas à pressão sanguínea e ao risco cardiovascular

Investigadores norte-americanos revelaram que as pessoas com uma pressão sanguínea diastólica inferior a 70 mmHg associada a uma pressão sanguínea sistólica elevada podem ter um maior risco de ataque cardíaco.

O estudo, publicado na “Circulation”, descobriu que as pessoas com uma pressão sanguínea diastólica inferior a 70 mmHg juntamente com uma pressão sanguínea sistólica elevada apresentam um maior risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC), em relação ao indicado por valores elevados da pressão sanguínea sistólica isoladamente.

O Dr. Stanley Franklin e colegas do Programa de Prevenção de Doenças Cardíacas da Universidade da Califórnia, em Irvine, trabalhando em conjunto com investigadores do Estudo do Coração de Framingham, reviram dados relativos à pressão sanguínea de 9 657 participantes deste estudo que não receberam medicação para a pressão sanguínea.

O Dr. Franklin explicou que o risco associado à pressão sanguínea diastólica baixa apenas ocorre quando a pressão sistólica está elevada. Esta combinação pode indicar um aumento do endurecimento das artérias, um forte factor de risco cardiovascular.

O investigador salientou que um valor da pressão diastólica abaixo de 70 mmHg combinado com um valor da pressão sistólica inferior a 120 mmHg indica valores normais, sem a existência de risco cardiovascular acrescido.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/26/New_blood_pressure_consideration_advised/UPI-86221235681104/

Estrogénio natural pode ajudar a proteger o cérebro

Investigadores norte-americanos referiram que as mulheres com uma vida fértil mais prolongada, ou seja, o tempo entre a primeira menstruação e a menopausa, apresentam um risco mais reduzido de desenvolver Doença de Parkinson.

O estudo descobriu que as mulheres com uma vida fértil de mais de 39 anos tinham um risco 25 por cento menor de desenvolver Parkinson do que as mulheres com uma vida fértil abaixo de 33 anos.

Contudo, a autora principal, a Dra. Rachel Saunders-Pullman, da Faculdade de Medicina Albert Einstein, da Universidade Yeshiva, em Nova Iorque, referiu que os investigadores salientaram que apenas a exposição prolongada às hormonas produzidas pelo próprio organismo da mulher estava possivelmente a proteger as células cerebrais afectadas pela Doença de Parkinson.

A Dra. Saunders-Pullman referiu que, no geral, as descobertas poderiam levar a que se assuma que uma terapia hormonal faria sentido como agente neuroprotector. Contudo, os investigadores também descobriram que as mulheres que estavam a tomar terapia hormonal não apresentaram um risco mais reduzido de desenvolver Parkinson.

Assim, os dados não apoiam um tratamento com hormonas exógenas, ou seja, hormonas que têm origem fora do organismo, para prevenir a Doença de Parkinson.

A análise dos registos de saúde, de um estudo da Iniciativa para Saúde das Mulheres, de 73 973 mulheres a passarem por uma menopausa natural também descobriu que as mulheres que tiveram quatro ou mais gravidezes tinham uma probabilidade 20 por cento maior de desenvolver Parkinson do que aquelas que estiveram grávidas três ou menos vezes.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/26/Natural_estrogen_may_protect_brain/UPI-23301235692613/