segunda-feira, 25 de junho de 2007

FDA aprova administração de Risperdal em jovens

A Federação Norte-Americana de Alimentos e Fármacos (FDA na sigla inglesa) escreveu uma carta de aprovação para permitir a administração do medicamento Risperdal em jovens.

As solicitações da farmacêutica Johnson & Johnson Pharmaceutical Research & Development eram no sentido de administrar o fármaco no tratamento de esquizófrenia em adolescentes com idades entre os 13 e 17 anos. E também a permição de utilização em doentes bipolares de fase I, com idades compreendidas entre os 10 e os 17 anos.


O FDA não pediu nenhum estudo suplementar, pelo que a Johnson & Johnson está agora a rever a carta para finalizar o acordo.

Sara Pelicano

Fontes: Pm Farma, Johnson & Johnson

China reforça fiscalização a alimentos e fármacos

A produção, distribuição e utilização de anestésicos e psicotrópicos vai ter vigilância apertada na China. As autoridades do país pretendem criar uma rede nacional de monitorização que começou já a ser testado em 11 províncias e municípios e deverá ser alargada ao resto do país, devendo estar operacional até ao final deste ano, avançou a agência Xinhua.

De acordo com um comunicado emitido pela Administração Estatal dos Alimentos e Fármacos, entidade que fiscaliza o mercado de medicamentos chinês, a rede deverá “fornecer à entidade fiscalizadora ferramentas que lhe permitam detectar irregularidades na produção e distribuição de medicamentos anestésicos e psicotrópicos para prevenir os problemas antecipadamente”.

A entidade reguladora pediu também às autoridades locais que aumentem a fiscalização nas fábricas de medicamentos, incluindo as que criam produtos à base de cafeína e metanfetaminas.

Os meios de comunicação chineses têm relatado frequentemente casos que envolvem alimentos e fármacos falsificados e o assunto chamou a atenção internacional depois de alguns aditivos falsificados, exportados da China, terem contaminado alimentos para cães na América do Norte.

As autoridades chinesas prometeram empenhar esforços para reforçar a frágil rede de fiscalização aos alimentos e medicamentos existente no país. Em Maio o antigo responsável pela Administração Estatal dos Alimentos e Fármacos foi condenado à pena de morte sob acusações de aceitar subornos de empresas farmacêuticas e negligência.

Marta Bilro

Fonte: Reuters

Primogénitos com QI mais elevado


Realizado o maior estudo sobre relação inteligência e ordem de crescimento

Os primogénitos apresentam, em média, um coeficiente de inteligência (QI) mais elevado que os seus irmãos mais novos. Esta conclusão sai do maior estudo realizado sobre a relação entre inteligência e ordem de nascimento, publicado na revista «Science».

Segundo os cientistas da Universidade de Oslo, Noruega – que levaram a cabo a pesquisa - a explicação não está na diferença genética, mas na estimulação mais activa que os primeiros filhos recebem da família.

De acordo com a equipa norueguesa, a diferença detectada não é grande (três pontos, em média, ou seja, QI de 103, 2 nos mais velhos e de 100, 3 nos mais novos), mas é "representativa", argumentando que "pode ditar desempenhos académicos diferenciados."

Os investigadores analisaram registos de QI de mais de 241 mil jovens de 19 anos, nascidos entre 1967 e 1976, e cruzaram indicadores como o nível de educação dos pais, a idade da mãe e o tamanho da família, bem como a ordem de nascença e da comparação estabelecida de mais de 63 mil pares de irmãos, os resultados obtidos foram idênticos.

Raquel Pacheco

Fonte: Science/FarmaNews

Gripe das Aves

Novos casos de H5N1 detectados na Alemanha


As autoridades sanitárias alemãs confirmaram ontem a infecção com H5N1, de três aves encontradas mortas em Nuremberga. As análises realizadas às carcaças de várias aves deram positivas em três casos, tendo a Direcção geral de Saúde de Nuremberga procedido de imediato à recolha das carcaças dos animais infectados.

Em redor do sítio onde foram recolhidas as aves mortas foi montado um perímetro de segurança de quatro quilómetros, em conformidade com as regras estabelecidas pela União Europeia. A entrada de estranhos nos aviários locais está proibida e todas as viaturas que circulem no terreno, são imediatamente desinfectadas.

O perímetro de observação atinge os dez quilómetros e durante as próximas três semanas, está proibida a saída do local de qualquer tipo de ave de capoeira.

O H5N1 foi já detectado em vários países europeus, tendo sido recentemente encontrado numa exploração de perus na República Checa, mas também na Rússia, Grã-Bretanha e Hungria.

Esta é a variante mais mortal do vírus aviário, matando 80 a 100% dos animais infectados, em poucos dias, sendo também a mais perigosa para o ser humano.

A gripe das aves matou já 186 pessoas, essencialmente em países asiáticos, tendo sido detectadas cerca de 300 pessoas com vírus H5N1.

Inês de Matos

Fonte: Jornal de Noticias

Eutanásia: SPO defende qualidade de vida até ao fim

Helena Gervásio reage a estudo da FMUP e dá outra interpretação
A Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO) reiterou a sua posição de defesa “pela qualidade de vida do doente oncológico até ao fim da vida.”

Em comunicado, a SPO reage, assim, às notícias ventiladas, recentemente, na Comunicação Social, sobre as conclusões de estudo divulgado pelo serviço de Bioética e Ética Médica da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, que indicam que 39% dos médicos oncologistas são favoráveis à legalização da eutanásia no país.

Na nota, a instituição científica - presidida por Helena Gervásio e que congrega 415 médicos oncologistas - sublinha que “não é legítimo transportar os resultados do estudo realizado pelo Serviço de Biologia e Ética Médica da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), fruto de uma amostra aleatória de 200 oncologistas, para aquilo que pode ser entendido como a posição dos oncologistas portugueses.”

Aliás, na opinião da associação, “os cerca de 39% dos 200 inquiridos não se revelaram defensores da eutanásia, mas antes, favoráveis à legalização da mesma.”
Para a presidente da SPO, “é precisamente no sentido da defesa da qualidade de vida do doente, até ao último momento, que a Sociedade tem vindo a promover e desenvolver a formação do oncologista em cuidados paliativos.”

Raquel Pacheco

Fonte: Comunicado SPO

Benefícios no tratamento do cancro superam custos

O surgimento de novos fármacos destinados ao tratamento do cancro tem recebido fortes aplausos por parte dos especialistas, porém levantam-se, actualmente, algumas questões no que toca à relação custo-efetividade. Estudos recentes que analisaram dois medicamentos de combate ao cancro revelam agora que esperança de vida alcançada com a utilização das substâncias compensa os custos do tratamento.

A eficácia no aumento da esperança de vida demonstrada pelo inibidor de aromatase Aromasin (Exemestano) e pelo Herceptin (Trastuzumab), um anticorpo monoclonal, já foi comprovada em ensaios clínicos. O estudo, patrocinado pela Genetech, demonstrou que o custo de adicionar Herceptin ao tratamento com quimioterapia, em pacientes com cancro em fase precoce, ascende aos 19,600 euros anuais, sendo que a qualidade de vida sai beneficiada. Este montante é inferior ao que é gasto com outros medicamentos para tratamento do cancro regularmente utilizados, afirmam os investigadores.

Segundo Lou Garrison, um economista da área da saúde na Universidade de Washington e principal autor do estudo sobre o Herceptin, publicado hoje (25 de Junho) na edição online do jornal “Cancer” da Sociedade Americana de Cancro, “o Herceptin custa muito mais do que muitas das terapias crónicas utilizadas regularmente”, mas representa um bom investimento.

Estes estudos “são sempre importantes quando existe um fármaco ou um procedimento que é dispendioso em comparação com o tratamento regular”, afirmou Nicole Mittmann, uma das autoras do estudo sobre o Aromasin, cientista no “Sunnybrook Health Sciences Centre” e professora da farmacologia na Universidade de Toronto. “Os dados clínicos ainda determinam a decisão de utilizar a medicação, e esta é mais uma peça para acrescentar ao puzzle do processo das tomadas de decisão”, salientou.

Baseando-se nos resultados dos ensaios clínicos e nas taxas de sobrevivência actuais relativas ao cancro da mama, os investigadores prevêem que o Herceptin acrescentará três anos à esperança de vida dos pacientes. A relação custo-efetividade foi determinada através de um termo comum utilizado nos estudos de saúde denominado Ano de Vida ajustado Pela Qualidade (QALY). Esta medida é um ajuste à esperança média de vida baseado na qualidade de vida alcançada. Se o tratamento proporcionar ao doente mais um ano de vida saudável, esse factor contará como um QALY, exemplificam os especialistas.

Marta Bilro

Fonte: Bloomberg, Forbes.

Henrique Lecour eleito primeiro presidente da SIAI

A Sociedade Ibero-Americana de Infecciologia (SIAI), criada em Maio de 2006, elegeu hoje o seu primeiro presidente, o médico português Henrique Lecour, professor jubilado da Faculdade de Medicina do Porto e ex-director do Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital S. João.

A eleição do especialista português decorreu em Salamanca, Espanha, durante a primeira Assembleia-Geral da SIAI, cujo resultado foi anunciado pela Universidade Católica Portuguesa, onde o médico é director-adjunto do Instituto de Ciências da Saúde.

Os principais objectivos da SIAI passam pela promoção da investigação e prática na área da patologia infecciosa, através da organização de congressos, nos países ibéricos e latino-americanos.

A SIAI foi já admitida condicionalmente na International Society of Chemotherapy, devendo a adesão ser formalizada em 2009, no próximo congresso desta organização internacional.

Inês de Matos

Fonte: Lusa
Encontro nacional de doentes e familiares
Ipatimup «Ao encontro da tiróide»


O Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto promove no próximo sábado, dia 30, a iniciativa «Ao encontro da tiróide – vencer e ajudar», destinado a reunir doentes e seus familiares, médicos e público em geral, numa acção que tem o apoio da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo.

Pelas 10h30 as portas do Ipatimup vão abrir-se para acolher os interessados, que terão oportunidade para partilhar conhecimentos e trocar experiências na área das doenças da tiróide com alguns dos mais reputados especialistas nacionais naquela área, como Manuel Sobrinho Simões, que dirige o Ipatimup, José Luís Medina e Francisco Carrilho, entre outros, que ao longo de cerca de três horas debaterão as diversas vertentes de uma problemática que afecta milhares de portugueses.
Actualmente estima-se que 50 por cento da população nacional tenha nódulos na tiróide, normalmente de pequenas dimensões e de carácter benigno, mas todos os anos surgem 500 novos casos. O cancro da tiróide é um dos carcinomas com maior taxa de cura, desde que seja diagnosticado precocemente e receba resposta adequada em termos de tratamento. Na União Europeia afecta hoje mais de 25 mil pessoas, provocando cerca de seis mil mortes anuais. O encontro no Ipatimup tem entrada gratuita. Para mais informações, contactar a MediaHealth Portugal através do número de telefone 218504010 ou os endereços de e-mail rpovoas@mediahealthportugal.com e jborges@mediahealthportugal.com.

Carla Teixeira
Fonte: Jasfarma

Resilez recebe parecer positivo de comité europeu

O comité europeu para produtos medicinais para o uso humano (CHMP) da Agência Europeia do Medicamento (EMEA) emitiu um parecer positivo que recomenda a aprovação do Rasilez (aliskiren), um fármaco da Novartis destinado ao tratamento da hipertensão. A farmacêutica suíça espera que as vendas do medicamento gerem, anualmente, cerca de 743 milhões de euros.

Caso seja aprovado, o Rasilez, o primeiro do grupo dos inibidores de renina, será o único tipo de tratamento hipertensor a ser colocando no mercado em mais de dez anos. Por norma, o parecer do CHMP é seguido pela Comissão Europeia, que deverá tomar uma decisão no espaço de três meses.

A opinião baseou-se em 44 estudos clínicos que envolveram mais de 7.800 pacientes e demonstraram que o Resilez actuava de forma eficaz na redução da pressão sanguínea durante 24 horas e, nalguns casos, durante mais tempo, avançou a Novartis. O laboratório salientou também que a eficácia do tratamento aumentava, sempre que o medicamento era administrado em conjunto com outras terapias anti-hipertensão.

O Resilez, comercializado nos Estados Unidos da América como Tekturna, foi aprovado em Março pela Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (Food and Drug Administration - FDA). O medicamento foi desenvolvido em parceria com a Speedel AG, uma empresa farmacêutica suíça de pequenas dimensões e vai permitir à Novartis continuar a rechear o seu portfolio de anti-hipertensores, uma lista liderada pelo Diovan (Valsartan), o fármaco da empresa com maior número de vendas, mas cuja patente deverá expirar em 2012.

Num outro relatório, o comité da EMEA anunciou ainda uma recomendação para a autorização de comercialização do Bioncrit, um fármaco da Sandoz, filial da Novartis, para o tratamento da anemia. A substância está a ser recomendada no tratamento da anemia associada a doença renal crónica e em doentes oncológicos.

Marta Bilro

Fonte: First World, Euro2day, Morning Star, Novartis.

Doentes contaminados com Viracept
Infarmed divulgou plano de acção


O Conselho Directivo do Instituto da Farmácia e do Medicamento (Infarmed) acaba de divulgar, em comunicado, o plano de acção na sequência da recolha do fármaco Viracept, da Roche Registration Limited, que foi retirado do mercado no início deste mês depois de se ter confirmado a contaminação com mesilato de etilo de alguns lotes daquele anti-retroviral, indicado para o tratamento de adultos, adolescentes e crianças com mais de três anos infectados com o vírus da sida.

À luz da nota divulgada pelo Infarmed a Agência Europeia do Medicamento (EMEA) acordou ontem o plano de acção para acompanhar os doentes que foram expostos ao medicamento contaminado, depois de, no passado dia 13, uma reunião de peritos toxicológicos ter concluído que “a informação conhecida é insuficiente para estabelecer quais as doses de mesilato de etilo que poderão ser tóxicas para os seres humanos”. O Comité Científico de Medicamentos de Uso Humano já solicitou à companhia farmacêutica a realização de estudos em animais, de forma a calcular com maior exactidão os níveis tóxicos daquela substância, devendo os resultados preliminares estar disponíveis no final do ano.
Entretanto, e ainda de acordo com a nota, o comité pediu à Roche a identificação do grupo de doentes eventualmente contaminados, com vista ao seguimento e à monitorização apropriada da evolução do seu estado de saúde. O CHMP defende que deverá ser feito o seguimento dos indivíduos expostos a altos níveis de contaminante nos lotes de Viracept libertados desde Março, de todas as mulheres grávidas que alguma vez estiveram expostas ao medicamento e das crianças que alguma vez estiveram em contacto com ele, incluindo in utero.
Além desta medida, a EMEA recomendou à Comissão Europeia a suspensão da Autorização de Introdução no Mercado do Viracept, uma vez que neste momento a segurança poderá não estar garantida. Como consequência da recomendação de suspensão, o fármaco continuará a não estar disponível no mercado até que as medidas correctivas tenham sido implementadas. A actualização da informação será divulgada à medida que mais informação for ficando disponível.

Carla Teixeira
Fonte: Infarmed

Infecções estafilocócicas afectam 5% dos pacientes hospitalares

Cerca de 1,2 milhões de pacientes hospitalizados são contaminados, anualmente, com uma infecção estafilocócica resistente aos medicamentos, o que representa 5 por cento dos doentes hospitalizados e a receber cuidados de enfermaria, um número cerca de 10 vezes superior ao apresentado em estimativas anteriores. A conclusão é de um relatório da Associação de Profissionais de Controlo de Infecções e Epidemiologia.

A investigação, liderada por William Jarvis, antigo director do programa de infecções hospitalares no Centro de Controlo e Prevenção de Doenças, revelou também que, anualmente, entre 48 mil e 119 mil doentes hospitalares podem estar a morrer com infecções causadas por Staphlococcus aureus meticilina-resistente, um valor que ultrapassa as últimas previsões. Em Portugal, a infecção por Staphylococcus aureus meticilina-resistente (MRSA) atingiu em 2004 cerca de metade dos doentes internados.

A descoberta surge na sequência de vários alertas públicos acerca da expansão das bactérias resistentes aos antibióticos em instalações hospitalares e unidades de cuidados intensivos. Os especialistas consideram que o aumento da incidência deste tipo de bactérias é a principal causa de várias infecções no sangue e pneumonias que se revelam fatais. A investigação, realizada nos Estados Unidos da América através de inquéritos que envolveram 1.237 hospitais e instituições de cuidados de saúde, concluiu que pelo menos 46 por cento em cada 1.000 pacientes tinha uma infecção. Desse total, cerca de 75 por cento quando se deslocaram aos hospitais e instituições de saúde já eram portadores da bactéria.

Estas infecções, designadas por "Infecção Relacionada com os Cuidados de Saúde", podem ser prevenidas principalmente através da lavagem de mãos dos profissionais de saúde e da descontaminação dos equipamentos. A utilização de luvas e batas é também, um factor importante, assim como a separação dos doentes infectados dos outros pacientes, alertam os especialistas.

Na Europa, ocorrem, anualmente, 1.300 mortes provocadas pelo Staphylococcus Aureus, com um custo associado ao problema estimado em 117 milhões de euros por ano, refere um artigo do «Department of Medicines Policy and Standards». A meticilina resistente Staphylococcus aureus foi reconhecida como a maior infecção nosocomial (adquirida em ambiente hospitalar) que causa aproximadamente 21 por cento de infecções da pele e 28 por cento de infecções cirúrgicas. Cerca de 60 por cento das infecções por staphylococcus aureus reportadas aos Centros de Controlo de Doença são meticilino resistentes (MRSA).

Marta Bilro

Fonte: Chicago Tribune, Chron.com, Seattlepi.com, Revista Brasileira de Epidemiologia, Jasfarma, Manual Merck.

Sol ajuda a tratar psoríase

A psoríase, uma doença da pele, pode ser tratada com a exposição aos raios ultravioletas. Enquanto os médicos alertam a população para os cuidados a ter com o Sol, incentivam os doentes com psoríase a apanhar Sol, visto que essa exposição pode melhorar as zonas do corpo que foram afectadas e reduzir significativamente as placas situadas na superfície do corpo.

A psoríase, uma doença da pele, pode ser tratada com a exposição a raios ultravioletas. Enquanto os médicos alertam a população em geral para os cuidados a ter com o Sol, incentivam os doentes com psoríase a apanhar Sol, visto que essa exposição pode melhorar as zonas do corpo afectadas e reduzir significativamente as placas formadas na superfície do corpo.

Mas, geralmente , quem tem a doença pouco vai à praia, por sentir vergonha em mostrar o corpo. Em Portugal, cerca de 250 mil pessoas desenvolvem esta doença crónica e algumas sentem-se rejeitadas pelos outros devido ao problema de pele que herdaram.

Em Portugal, cerca de 250 mil pessoas desenvolvem esta doença crónica e algumas sentem-se rejeitadas pelos outros devido ao problema de pele de que são portadoras.

“Todos os dias sentimos na pele estas dificuldades mas é fundamental que os doentes psoriáticos não deixem que a doença limite a sua vida ou altere as suas rotinas e actividades”, diz João Cunha, presidente da PsoPortugal, uma associação criada para promover a melhoria da qualidade de vida dos portadores de psoríase.


Psoríase


É uma doença auto-imune que se desenvolve porque o sistema imunitário acelera o crescimento das células da pele e elas são, ao mesmo tempo, rejeitadas pelo organismo. Normalmente, as células da pele regeneram-se em 28 / 30 dias mas, no caso dos doentes psoriáticos, a regeneração ocorre em apenas 3 ou 4 dias, havendo uma acumulação de células em determinadas zonas do corpo.


A psoríase apresenta-se sob a forma de manchas cobertas de escamas esbranquiçadas que podem provocar comichão, ardor ou mal-estar. Pés, mãos, braços, couro cabeludo, cara, costas e peito são as zonas do corpo mais afectadas.

Para além de ser uma doença de pele é também uma doença sistémica, ou seja, os portadores têm uma tendência maior para desenvolver doenças associadas como a diabetes, doença inflamatória intestinal, hipertensão, doença cardíaca ou depressão.


Pensa-se que cerca de três por cento da população mundial sofre de Psoríase. As primeiras manifestações surgem, principalmente, entre os 10 e os 30 anos e parte-se do princípio que o seu aparecimento está relacionado com factores genéticos, apesar das suas causas serem pouco conhecidas.

Hoje existem novas terapêuticas designadas por terapêuticas biológicas que permitem melhorar, no mínimo, 75% das lesões cutâneas em 80% dos doentes contribuindo para melhorar a sua qualidade de vida.

Fonte: Jasfarma
Imagem: Google

1º Encontro Nacional de Doentes da Tiróide e Familiares

(título em falta na notícia anterior)
O Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto será, no dia 30 de Junho, palco da iniciativa “Ao Encontro da Tiróide – Vencer e Ajudar”, cujo início está previsto para as 10h30.

O Encontro conta com o apoio da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo (SPEDM), e junta médicos, doentes, familiares e todos os que queiram participar na partilha de conhecimentos e experiências relacionados com as doenças da tiróide.

Vão estar presentes alguns especialistas nacionais como o Prof. José Luís Medina, Dr. Francisco Carrilho e o Prof. Sobrinho Simões, que irão falar de um problema que afecta centenas de milhares de portugueses. Apesar de ser um dos tipos de cancro com maior taxa de cura, desde que diagnosticado precocemente, afecta, todos os anos, cerca de 500 portugueses e mais de 25 mil pessoas na União Europeia.

A entrada é gratuita mas deverá ser efectuada uma inscrição prévia. Para mais informações consultar www.jasfarma.com.

Fonte: Jasfarma

Byetta mais eficaz que insulina no controlo da glicose

A Amylin Pharmaceuticals e a Eli Lilly divulgaram os resultados de um estudo que associa a utilização do Byetta (Exenatido), um fármaco destinado ao tratamento da diabetes tipo 2, a melhorias no controlo dos níveis de açúcar no sangue, perda de peso e diminuição da incidência de hipoglicemia.

O ensaio clínico demonstrou que a combinação do Byetta com metformina produziu resultados estatisticamente significativos na redução dos níveis de hipoglicemia, comparativamente ao tratamento que combina a administração de insulina com a metformina.

O estudo, apresentado durante a reunião anual da Associação Americana da Diabetes, em Chicago, envolveu a participação de 114 doentes. Os resultados demonstraram que apenas 2,6 por cento dos pacientes que estavam inseridos no grupo testado com Byetta sofreram de hipoglicemia, contra 17,4 por cento de hipoglicemicos detectados no grupo testado com insulina. A diferença é significativa, afirmam os responsáveis. Por outro lado, não houve discrepância entre os doentes tratados com Byetta e insulina que ingeriram sulfonilureia, um semelhante genérico para a diabetes. O progresso dos pacientes foi calculado em dois períodos de 16 semanas.

Os doentes envolvidos sofriam de diabetes do tipo 2, aqueles cujo organismo não consegue produzir insulina suficiente ou não a consegue processar adequadamente. A insulina ajuda o organismo a converter açúcar em energia. Por norma, os doentes com diabetes de tipo 2 tomam mais do que um medicamento para controlar os níveis de açúcar no sangue.

O tratamento com Byetta permitiu que fosse controlado o nível de açúcar no sangue dos pacientes, o que não aconteceu quando lhes foi administrada a insulina glargina. Por outro lado, o tratamento combinado de Byetta com metformina resultou numa maior diminuição significativa do risco de hipoglicemia do que o tratamento que incluía a administração de insulina glargina e metformina.

Embora as empresas não tenham confirmado se a diferença é estatisticamente significativa, nos doentes tratados com Byetta registou-se também uma diminuição de peso na ordem dos 2,6 kgs, em comparação com os 0,6 kgs de aumento de peso no grupo de pacientes tratados com insulina glargina.

Marta Bilro

Fonte: The Street, CNN Money, The Star.

60 desfibrilhadores para 385 centros de saúde

Socorro de pacientes com paragem cardíaca comprometido

Existem apenas 60 desfibrilhadores referenciados na rede de cuidados primários portuguesa. Ou seja, apenas um cada seis centros de saúde (das 385 unidades centrais com respectivas extensões), dispõe deste equipamento essencial para reanimar o coração.

De acordo os dados disponibilizados pela Carta de Equipamentos da Saúde (CES), - a que o FARMÁCIA.COM.PT teve acesso - a esmagadora maioria dos centros de saúde do País não tem meios para socorrer uma pessoa com paragem cardíaca.

Segundo os dados da CEP, é a sub-região de Saúde de Faro que está melhor apetrechada, apresentando maior percentagem de centros de saúde dotados de desfibrilhadores: seis distribuídos por 16 centros de saúde.

Já na região de Lisboa e Vale do Tejo, apenas sete dos 89 centros de saúde possuem este tipo de aparelhos. E, nos 44 centros de saúde da Sub-Região de Lisboa, apenas o da Azambuja tem um desfibrilhador.

Vítor Almeida, da Associação Portuguesa de Medicina de Emergência (APME), confirmou que “muitos centros de saúde não dispõem do desfibrilhador, sustentando que “depende do investimento de cada sub-região.”

O cenário agudiza-se, considerando o disposto da Direcção Geral de Saúde para as futuras Unidades Básicas de urgência, - que vão substituir os SAP (Serviços de Atendimento Permanente) - que preconiza a obrigatoriedade de um "monitor com desfibrilhador automático".

De referir que, no início do ano, havia 271 SAP, sendo que, o ministro anunciou o encerramento de 56. Assim, o número destes equipamentos está muito abaixo do necessário para equipar os restantes serviços de atendimento urgente nos centros de saúde.

Entretanto, ao Diário de Notícias (DN), Vítor Almeida reforçou a posição da APME: "Todos os médicos deveriam dominar o suporte avançado à vida. E em qualquer sítio, onde são administrados remédios ou terapêuticas, onde acorrem doentes em grande número, deveria ter equipamentos de suporte avançado de vida, como desfibrilhadores.”

Segundo avançou o responsável, um alerta sobre a falta de equipamentos em centros de saúde já foi apresentado na Assembleia da República.

Morte por falta de um desfibrilhador
Recorde-se que, Marta Ferreira, manager do grupo Xutos e Pontapés, morreu no passado dia 7, após uma paragem cardíaca, numa casa de banho do aeroporto de Lisboa. Na Portela funciona permanentemente um gabinete da Cruz Vermelha que se encontra em ligação directa com o INEM, porém, não está equipado com um desfibrilhador. A dúvida se o equipamento lhe poderia ter salvo a vida persistirá para sempre.

Raquel Pacheco
Fonte: CES/APME/TVI
Imagem: DN

Testosterona: chave da longevidade masculina

Baixos níveis podem aumentar probabilidade de morte

Um estudo realizado pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, revelou que os baixos níveis de testosterona podem aumentar a probabilidade de morte entre homens acima dos 50 anos.

A investigação - que analisou 800 participantes entre 50 e 91 anos - estima que, os que têm baixas doses da hormona masculina têm mais 33% de hipóteses de morrer num período de 18 anos, do que, os que apresentaram os níveis normais.

O estudo, com um universo de 800 indivíduos entre os 50 e os 91 anos, mostra que homens com baixos níveis de testosterona têm mais 33% de hipóteses de morrer, num período de 18 anos, quando comparados com indivíduos com níveis normais da hormona masculina.

Segundo os investigadores, 29% dos participantes registaram níveis baixos de testosterona, hormona responsável pelo desenvolvimento das características masculinas e com significativa influência na libido.

Durante um encontro na The Endocrine Society, (onde o estudo foi apresentado), os cientistas explicaram que “a quantidade da hormona normalmente diminui com a idade, mas que um estilo de vida saudável pode ajudar a manter a testosterona em níveis altos e aumentar a longevidade.”

Ainda de acordo com o estudo, homens que apresentem factores de risco, como doenças cardiovasculares e diabetes, têm três vezes mais hipóteses de manifestar deficits na produção da hormona.

Factores de risco
Os factores de risco foram classificados pelos investigadores como "síndrome do metabolismo" e incluem obesidade, níveis elevados de colesterol, hipertensão arterial e hiperglicemia.

Na opinião da investigadora que coordenou a pesquisa, Gail Laughlin, este estudo sugere que "a associação entre os níveis de testosterona e índices de mortalidade não se deve apenas a uma determinada doença", concluindo que "a quantidade da hormona pode ser influenciada pelo estilo de vida e aumentada com diminuição da obesidade."

Richard Sharpe, da MCR Human Reproductive Sciences Unit, de Edimburgo, explicou que "ser obeso diminui o nível de testosterona o que, por sua vez, provoca a obesidade. É um ciclo vicioso", aconselhando, por isso, que "em vez de suplementos, deve-se mudar o estilo de vida, manter o corpo em forma e aproveitar o máximo da testosterona."


Tostran
Recorde-se ainda que, segundo noticiou, este mês, o FARMACIA.COM.PT, foi lançado no mercado britânico um gel (composto por testosterona sintética) destinado a suavizar os sintomas da andropausa, ou “menopausa masculina”. O fármaco chama-se Tostran, e é dirigido aos homens na faixa etária dos 40 anos que sofram de hipogonadismo, uma patologia que provoca calvície, obesidade, letargia, irritabilidade, reduz a libido e propicia a disfunção eréctil.

Raquel Pacheco

Fonte: BBC/Diário dos Açores

Origem da vulnerabilidade ao VIH pode estar na pré-história

Resistência de chimpanzés e primatas a um retrovírus

De acordo com um estudo publicado na revista científica «Science», a vulnerabilidade do homem ao vírus da sida pode ter tido origem na resistência do corpo humano a um retrovírus que infectou chimpanzés e outros primatas há três ou quatro milhões de anos.

A investigação dos cientistas do centro de pesquisa Hutchinson mostrou que, “ao longo da evolução dos primatas, a imunidade a este vírus, (chamado Pan troglodytes endogenous retrovirus ou PtERV1), “pode ter-nos tornado mais vulneráveis ao vírus da sida.”

Liderado pelo biologista Michael Emerman, o grupo de investigadores reconstituiu parte do genoma do retrovirus PtERV1, o que, revelou que a defesa antiviral humana contra este patogénio depende de um gene chamado TRIM5a.

“O TRIM5a produz uma proteína que neutraliza e destrói o PtERV1 impedindo que este consiga produzir cópias de si mesmo, apesar de não ser eficaz na defesa do organismo humano contra outros retrovírus actuais, entre eles o VIH/sida”, explicam os cientistas à «Science»

“Esta evolução tornou os humanos mais vulneráveis ao VIH/sida”, sintetizou Michael Emerman, frisando que “o gene antiviral apenas consegue combater um vírus de cada vez.”

Raquel Pacheco

Fonte: Science

Parafarmácias não têm lista de medicamentos com venda prevista para hoje

A partir de hoje está autorizada a venda de 36 medicamentos comparticipados fora das farmácias. Estes medicamentos, não sujeitos a receita médica, ainda não estão disponíveis ao público uma vez que as parafarmácias desconhecem a lista dos medicamentos.

A venda de Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM) fora das farmácias era autorizada num decreto-lei publicado há cerca de ano e meio. No passado mês de Abril, a venda de medicamentos comparticipados não sujeitos a receita médica fora das farmácias foi aprovada pelo Conselho de Ministros, no entanto, desprovida da ajuda do Estado, visto que a comparticipação dos MNSRM continua limitada às farmácias.

Assim sendo, os medicamentos que não são sujeitos a receita médica mas são comparticipados pelo Estado, perdem o direito a essa comparticipação quando comprados fora das farmácias. O medicamento fica totalmente ao encargo do utente, como se fosse comprado sem receita médica.

No entanto, hoje as Parafarmácias não colocaram à venda os 36 medicamentos visto que não tiveram conhecimento da lista. Cabe ao Infarmed, autoridade nacional do medicamento, publicar a lista em causa e informar os vendedores.

Entre os 36 da lista encontram-se o Aspegic 500 e o Brufen 200, que são dos medicamentos mais baratos, e o Procol, cujo valor sem comparticipação do Estado ronda os 40 euros.

Fonte: Público, DD e Infarmed

A moda do "Yoga"

Com cada vez mais stress, são muitos os portugueses, que procuram, depois de um dia agitado, um desporto que os faça relaxar, o yoga é sem dúvida, uma modalidade que tem vindo a adquirir cada vez mais adeptos.
"Há um aumento da insatisfação com o modelo social existente e as pessoas estão à procura de felicidade", afirmou ontem o presidente da Associação Lusa de Ioga, Jorge Vieira e Castro, à margem das comemorações do Dia Mundial do Ioga em Lisboa, no Estádio do Restelo.
De acordo com o mestre de ioga, tem-se verificado um "crescimento exponencial da actividade em Portugal" nos últimos anos, o que é "explicado por uma tomada de consciência da população, que quer viver mais perto da natureza e de forma mais saudável".
"O ioga envolve um treino físico intenso, mas também trabalha a energia. Depois dos exercícios temos muito mais energia, mas trabalha também as emoções", explicou o presidente sobre os beneficios deste desporto.
Paulo Nunes, um praticante recente do ioga, interessou-se apenas por uma razão: "Comecei a praticar porque queria aumentar a capacidade de concentração porque faço parapente. Já noto algumas melhorias", acrescentou.
A praticar ioga desde Outubro, Paulo Nunes assegura ainda que está "mais calmo e com uma melhor gestão do stress".
Apesar de não praticar yoga, o candidato à Câmara de Lisboa José Sá Fernandes juntou-se ás comemorações do Dia Mundial do Yoga, para mostrar o seu apreço pela modalidade, no entanto quando questionado sobre a possibilidade de vir a fazer ioga no futuro, Sá Fernandes afirmou que tem amigos que praticam e que talvez um dia" também o faça.

Juliana Pereira
Fonte: Diário Digital
Diário Digital / Lusa

Consultas excessivas sem justificação devem ser mais caras

O valor real de uma consulta, suportado pelo Sistema Nacional de Saúde (SNS) é de 30 euros e um doente paga 2,75 euros pela mesma consulta, num hospital público.
O relatório sobre a sustentabilidade financeira do SNS defende que os utentes que fizerem um uso excessivo e injustificado de consultas devem pagar mais.

O relatório, encomendado pelo Governo em Março de 2006, aconselha que o doente deverá pagar o valor total da consulta (30 euros) no lugar da actual taxa de 2,75 euros, que corresponde a 10% do valor do serviço, em caso de ausência de justificação clínica aceitável.
Doentes que não sejam crónicos ou que não precisam de tratamentos prolongados deveriam ser limitados a três consultas comparticipadas por cada seis meses. Acima das três consultas, o doente teria de pagar 75% do valor da consulta, isto é, mais 19,75 euros do que a taxa moderadora actual.

Apesar destas medidas terem sido propostas no relatório, a comissão técnica responsável pela elaboração do documento, não consegue garantir que apenas a sua aplicação seja suficiente para suportar financeiramente o SNS.
Aquilo que se sabe é que os gastos públicos com a saúde têm sofrido um aumento muito maior em Portugal do que na média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). No ano de 2004, em Portugal a média era de 7,2, perante 6,4 por cento. No entanto tem vindo a diminuir nos últimos anos, foi 2,9 por cento, de 2004 a 2006, face a 9,2 por cento, de 1995 a 2004.

Esta proposta está inserida nas 10 que se encontram no relatório do qual ainda não há divulgação oficial. A informação foi disponibilizada no blog de um jornalista da TVI.

Fonte: SOL, Lusa, Diário Digital, Público

Menos drogas nas escolas

Segundo, uma primeira análise do um estudo, no âmbito do Dia Mundial das Drogas Ilícitas, que é festejado amanhã, o consumo de droga nas escolas está a estabilizar, apesar da cocaína estar a aumentar entre os jovens adultos.
Em entrevestiva ao jornal Destak, João Goulão, presidente do Instituto da Droga e Toxicodependência, o consumo de drogas leves pode estar mesmo numa fase de queda, isto porque "os adolescentes têm hoje uma maior capacidade de fazerem escolhas individuais".
Os resultados deste estudo, só serão apresentados no próximo mÊs de Setembro, no entanto sabe-se que a utilização da droga tem agora outros fins, tendo agora "uma característica mais utilitária" e como principal objectivo "mais imediato, sem ser uma dependência~".
O uso do haxixe, que nos jovens tem a vantagem de ser "inócuo e inofensivo", está a começar a ser "tão admitido como é o álcool", avança o especialista, que afirma que o consumo de heroína tem sido uma droga pouco utilizada, uma vez que é uma droga "desprestigiada" entre a juventude.
A cocaína, no entanto continua a ser associada ao mundo artístico, logo a maior parte dos jovens pensam que "não deve fazer muito mal". Uma "visão errada", avisa Goulão, uma vez que esta droga cria "uma ávida dependência" e pode provocar patologias mentais graves, como "a esquizofrenia e as psicoses".
O presidente do Instituto da Droga e Toxicodependência adiantou ainda que a troca de seringas nas prisões portuguesas é um projecto "na iminência de ser aprovado" e pode vir a ter a sua aplicação "já no próximo mês".

Juliana Pereira
Fonte: Diário Digital

EMEA avalia Nexavar para tratar cancro do fígado

Depois dos ensaios clínicos terem comprovado a eficácia do Nexavar (sorafenibe), a Bayer Healthcare submeteu à Agência Europeia do Medicamento um documento para aprovação do uso do fármaco no tratamento do cancro do fígado (carcinoma hapatocelular). O Nexavar é actualmente utilizado, em mais de 50 países, para tratar o cancro de rim em fase avançada.

A Bayer HealthCare, divisão de cuidados de saúde do grupo alemão Bayer, avançou também que pretende submeter um pedido de aprovação à Federação Norte-Americana de Alimentos e Fármacos (Food and Drug Administration - FDA) para esta nova indicação terapêutica.

A actuação do fármaco no combate ao cancro do fígado foi recentemente testada por um ensaio clínico de fase III, no qual os pacientes aos quais foi administrado o Nexavar registaram um aumento da taxa de sobrevivência global de 44 por cento, quase três meses a mais do que naqueles que não receberam a substância (média de 10,7 meses contra os 7,9 meses do grupo placebo). Os resultados foram apresentados no inicio do mês de Junho, durante a reunião da American Society of Clinical Oncology (ASCO).

Todos os anos surgem 1,5 milhões de casos novos de cancro do fígado em todo o mundo. A doença ocorre especialmente entre os 55 e 80 anos de idade, em indivíduos de raça caucasiana, mas a doença é mais comum na 3ª e 4ª décadas de vida, em Africanos e Asiáticos, sendo duas a três vezes mais comum nos homens do que nas mulheres. Anualmente, morrem cerca de um milhão de pessoas em todo o mundo com cancro do fígado.

Marta Bilro

Fonte: SEGS, Saúde na Internet.

Medicamentos ao domicílio na Andaluzia

A província espanhola de Andaluzia prevê para breve o arranque de um esquema de distribuição de fármacos ao domicílio, como está contemplado num projecto de lei aprovado na passada semana pelo governo do país vizinho, que dentro de dias entrará na fase de tramitação parlamentar.

No seu artigo 4.2, o projecto de lei para o ordenamento farmacêutico da Andaluzia estabelece que “as farmácias de oficina poderão dispor de um serviço vocacionado para a distribuição ao domicílio de medicamentos e produtos de saúde”, de acordo com uma listagem de requisitos e excepções a aprovar pelas autoridades locais na área sanitária. A medida gerou controvérsia no seio da classe profissional, mas na opinião de Manuel Arenas, presidente do conselho de colégios andaluz (Cacof), o documento é “transparente e completo”.
Em causa está, segundo avançam os contestatários da medida, o facto de, à luz da lei das garantias, que proíbe expressamente a venda de produtos farmacêuticos ao domicílio, o novo projecto de lei revela-se ferido de inconstitucionalidade. Estima-se também que, a ser implementadas estas novas regras, muitas farmácias montem o seu próprio esquema de distribuição, começando a operar fora do seu perímetro de influência, o que subverte a conduta correcta em termos de concorrência.

Carla Teixeira
Fonte: Correo Farmaceutico
Medicamentos clássicos continuam a ser os mais indicados
Novo fármaco para a candidíase


O surgimento no mercado farmacêutico de um novo medicamento para tratamento da candidíase, infecção generalizada provocada por fungos, suscitou a publicação de um editorial no «The New England Journal of Medicine» em que se afirma não haver razões para abandonar as fórmulas clássicas de tratamento como terapia de eleição para a doença.

Um estudo recente assinala a eficácia do novo fármaco, produzido pelo laboratório farmacêutico Vicuron, que entretanto foi comprado pela multinacional Pfizer. Foram observadas 245 pessoas que sofriam de candidíase invasiva. A 127 participantes no estudo foi administrada a nova substância, anidulafungina, e a 118 o tradicional fluconazol (juntamente com a caspofungina, o voriconazol e a anfotericina B, é um dos tratamentos mais comuns para a candidíase). A nova terapia teve sucesso em 75 por cento dos doentes do primeiro grupo, contra apenas 60 por cento dos que foram tratados com o fármaco habitual, sendo que os efeitos secundários das duas substâncias se revelaram similares. De acordo com os autores do estudo divulgado agora, ficou demonstrado que a anidulafungina não é menos eficaz do que o fluconazol, tendo uma garantia de segurança muito semelhante.
Apesar dessa evidência, o «The New England Journal of Medicine» atesta que não há razões para fazer do novo medicamento a terapia de eleição para a candidíase, frisando que as diferenças entre os dois tipos de fármacos não são significativas. O editorial publicado na revista científica recusa abandonar a utilização do fluconazol, devido à sua “segurança, eficácia e baixo custo”, e recorda que as equinocandinas, grupo a que pertence a nova anidulafungina, continuam a ter um custo várias vezes acima do tratamento convencional.
A candidíase invasiva é uma infecção produzida por fungos da espécie Candida, que penetram no sangue e daí se disseminam por todo o organismo. Ocorre muitas vezes em bebés com baixo peso à nascença, em mulheres grávidas e em pessoas com problemas no sistema imunológico ou que por qualquer motivo se submeteram a intensos tratamentos com recurso a antibióticos.

Carla Teixeira
Fonte: El Mundo