terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Tratamento antifúngico pode ajudar alguns pacientes com asma

Novas investigações demonstram que as pessoas com asma severa, que são alérgicas a organismos fúngicos, beneficiam substancialmente do tratamento com o fármaco antifúngico itraconazol.

Para testar esta estratégia, foi conduzido um ensaio clínico no Reino Unido envolvendo pacientes que necessitavam de elevadas doses de esteróides para controlar a asma e que eram sensíveis, pelo menos, a um de sete tipos comuns de fungos.

A análise, conduzida pelo Dr. David W. Denning, do Hospital Universitário de South Manchester, e colegas, incluiu 18 pacientes que receberam itraconazol e 23 que receberam um comprimido placebo, ou seja, sem acção farmacológica.

Após 32 semanas, a pontuação de um questionário standard sobre qualidade de vida relacionada com a asma demonstrou uma melhoria significativamente maior no grupo do itraconazol, em comparação com o grupo do placebo.

Contudo, as pontuações voltaram aos níveis iniciais após a conclusão do ensaio, indicando que continuar a terapia antifúngica, para além de oito meses, é importante para manter a qualidade de vida destes pacientes.

Os investigadores concluíram, na “American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine”, que a magnitude do efeito antifúngico observada nos sintomas da asma neste estudo é promissora.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/05/eline/links/20090105elin015.html

Café pode ajudar a proteger contra cancros orais

Uma nova investigação indica que beber café reduz o risco de desenvolver cancro da cavidade oral ou da garganta, pelo menos, na população geral do Japão.

De acordo com o Dr. Toru Naganuma, da Universidade Tohoku, em Sendai, o consumo de café no Japão é relativamente elevado, assim como a taxa de cancro do esófago nos homens. Para investigar algum efeito protector proveniente do consumo de café, os investigadores analisaram dados da população de um estudo no Japão, que integrou informações sobre a dieta, incluindo o consumo de café.

Entre os mais de 38 mil participantes do estudo, com idades entre os 40 e os 64 anos, sem historial de cancro, ocorreram 157 casos de cancro da boca, faringe e esófago, durante os 13 anos do seguimento.

Comparativamente às pessoas que não consumiam café, aquelas que bebiam uma ou mais chávenas por dia tinham metade do risco de desenvolver estes tipos de cancro.

Os investigadores referiram que a redução do risco incluiu as pessoas que apresentam um maior risco de desenvolver estes cancros, nomeadamente aquelas que eram fumadoras ou bebiam com regularidade no início do estudo.

O Dr. Naganuma comentou à Reuters Health que não esperavam que se pudesse observar uma associação inversa tão substancial entre o consumo de café e o risco destes cancros, nem mesmo nos grupos de risco elevado para estes tipos de cancro.

Os investigadores concluíram, no artigo publicado na “American Journal of Epidemiology”, que, embora a cessação do consumo de álcool e de tabaco seja actualmente a melhor forma conhecida de ajudar a reduzir o risco de desenvolver estes cancros, o café poderá ser um factor preventivo, tanto nas populações de baixo risco como nas de risco elevado.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/06/eline/links/20090106elin019.html

Como tratar as constipações e gripes nas crianças pequenas?

Médicos norte-americanos aconselham os pais a resistir à tentação de administrar às crianças medicação para a tosse e para a constipação, devido à possibilidade de existência de potenciais efeitos secundários graves.

A agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA) alertou que os medicamentos de venda livre podem ter efeitos secundários variados como urticária, sonolência, dificuldades respiratórias e mesmo morte, em crianças com menos de 6 anos.

De acordo com a Dra. Esther Yoon, do Sistema de Saúde da Universidade do Michigan, em Ann Arbor, cerca de 7 mil crianças acabam nas urgências todos os anos devido a problemas associados a estes medicamentos.

Assim, os médicos recomendam a utilização de acetaminofeno, também conhecido como paracetamol, e ibuprofeno, em doses apropriadas à idade, para aliviar as dores da tosse áspera ou as dores de garganta.

A Dra. Yoon sugere ainda aos pais a utilização de:

- Gotas nasais salinas;

- Uma colher de chá de mel ou de xarope de milho para a tosse em crianças com mais de um ano. As crianças devem beber fluidos tépidos como água, chá de limão, sumo de maçã e caldo de galinha para ajudar a acalmar a tosse.

- Utilização de vapor para ajudar a relaxar as vias aéreas e ajudar com os espasmos da tosse. Pode-se levar a criança para o quarto de banho e pôr a correr um duche quente.

- Aumentar a humidade da casa para reduzir a congestão nasal e a tosse.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/06/How_to_treat_cold_and_flu_in_kids/UPI-72441231221115/

Boa forma física: Um passo não dispendioso de cada vez

A falta de dinheiro não tem necessariamente de ser um impeditivo para a realização das resoluções de Ano Novo relacionadas com o exercício e a forma física, uma vez que, por exemplo, caminhar ou correr são actividades essencialmente livres de custos.

A Dra. Melina Jampolis refere que caminhar é uma forma efectiva para se ficar em forma e que, para ganhar motivação extra, as pessoas podem até arranjar um grupo para caminhar e também um pedómetro preciso, especialmente um que seja fácil de colocar num bolso ou mochila, para monitorizar os progressos.

A Dra. Jampolis apresenta vários conselhos para as pessoas que querem praticar caminhadas:

- Não são necessárias roupas sofisticadas para caminhar. Podem-se utilizar roupas que já se tenha. No tempo frio deve-se utilizar uma camada interior de tecido absorvente que mantém a humidade longe da pele, uma camada isoladora, tal como um tecido polar ou lã, para se manter quente e um casaco de Inverno com capuz.

- Acrescentar música. Investigações demonstram que adicionar música a uma rotina de caminhar pode ajudar as pessoas a manterem-se motivadas. Isto é especialmente útil para as caminhadas em espaços interiores.

- Beber muita água antes, durante e após a caminhada. As bebidas desportivas dispendiosas ou as águas especiais acrescentam calorias, são mais caras e são desnecessárias para o praticante de exercício de nível mediano.

- Antes de se começar a praticar exercício físico deve-se ainda procurar o aconselhamento médico, de forma a assegurar que se está saudável para praticar exercício e que não existe nenhuma contra-indicação.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/01/Fitness_One_cheap_step_at_a_time/UPI-81681230863675/

Plantas e flores ajudam a acelerar recuperação após cirurgia

Investigadores norte-americanos confirmaram os efeitos benéficos das plantas e flores para os pacientes a recuperar de uma cirurgia abdominal.

Os investigadores Seong-Hyun Park e Richard H. Mattson, da Universidade Estatal do Kansas, referiram que existem fortes evidências de que o contacto com plantas é directamente benéfico para a saúde do paciente hospitalizado.

Os investigadores estudaram 90 pacientes a recuperar de uma apendicectomia, ou seja, uma intervenção cirúrgica para extrair o apêndice. Os pacientes foram aleatoriamente distribuídos por quartos de hospital com ou sem plantas, durante o período de recuperação pós-operatório, tendo sido recolhidos dados relativamente à duração da hospitalização, administração de fármacos para o controlo da dor pós-operatória, sinais vitais, pontuação da intensidade da dor, inquietação, fadiga, ansiedade e satisfação com o quarto.

O estudo, publicado na “HortTechnology”, descobriu que os pacientes que tinham plantas nos seus quartos apresentaram significativamente menos ingestões de medicação para as dores; mais respostas fisiológicas positivas – pressão sanguínea e taxa cardíaca mais baixas; menos dores, ansiedade e fadiga; e maior satisfação com os seus quartos durante a recuperação, em comparação com o grupo de controlo.

O estudo sugere que as plantas em vasos oferecem o maior benefício, em oposição às flores cortadas, devido à sua longevidade. O pessoal de enfermagem relatou que, à medida que os pacientes recuperavam, estes começavam a demonstrar interacção com as plantas, incluindo regá-las, apará-las e movê-las para um sítio melhor ou mais iluminado.

As plantas de interior tornam o ar mais saudável e fornecem um óptimo ambiente interior ao aumentar a humidade e ao reduzir a quantidade de esporos de bolor e de germes no ar, acrescentaram os investigadores.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/02/Plants_flowers_speed_surgical_recovery/UPI-85901230952458/

Dieta rica em gorduras pode afectar o ritmo biológico

Investigadores revelaram que outra razão para se evitar uma dieta rica em gorduras é o facto desta poder perturbar o ritmo circadiano do organismo, ou seja, o período de 24 horas que regula os ciclos de actividade e repouso.

O Dr. Oren Froy, do Instituto de Bioquímica, Ciência Alimentar e Nutrição da Universidade Hebraica de Rehovot, em Israel, referiu que o relógio biológico regula a expressão e/ou a actividade de enzimas e hormonas envolvidas no metabolismo, e que a perturbação do relógio biológico pode levar a fenómenos como o desequilíbrio hormonal, a obesidade, os distúrbios psicológicos e do sono e o cancro.

Embora a luz seja o maior factor que afecta o ritmo circadiano, os investigadores demonstraram, nas suas experiências com ratos de laboratório, que existe uma relação de causa-efeito entre a dieta e o desequilíbrio do relógio biológico.

Os investigadores alimentaram os ratos com uma dieta baixa em gorduras ou com uma dieta rica em gorduras, seguida por um dia de jejum, tendo então medido os componentes do caminho metabólico da adiponectina, segregada pelo tecido adiposo e envolvida no metabolismo da glicose e dos lípidos, em vários níveis de actividade.

Nos ratos da dieta baixa em gorduras, os componentes de sinalização da adiponectina exibiram ritmicidade circadiana normal. A dieta rica em gorduras resultou num atraso de fase.

O estudo, que irá ser publicado na “Endocrinology”, sugere que uma dieta rica em gorduras poderá contribuir para a obesidade, não só pelo seu elevado conteúdo calórico, mas também pelo facto de perturbar as fases e o ritmo diário do relógio dos genes.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/02/High-fat_diet_affects_circadian_rhythms/UPI-69741230939730/