segunda-feira, 16 de julho de 2007

Infarmed alerta para os riscos das tatuagens temporárias com hena

O Infarmed lançou hoje uma nota de alerta sobre os riscos das tatuagens temporárias de cor negra que contenham hena, pois estas podem originar reacções alérgicas, mais ou menos graves, podendo mesmo ser necessária intervenção médica urgente e até hospitalização.

A nota de alerta foi emitida depois de o Infarmed ter tido acesso a informações da autoridade francesa (AFSSAPS), que indicavam os perigos do uso de hena incorporada com uma substância química proibida (parafenilenodiamina ou PPD), que serve para acentuar a cor negra e prolongar o efeito.

A PPD é uma substância autorizada na composição de produtos cosméticos, mas apenas permitida nas tintas capilares (até um máximo de seis por cento), sendo também utilizada na indústria têxtil.

O eczema de contacto, que se manifesta alguns dias ou semanas depois da realização de tatuagens temporárias, é um dos principais sintomas alérgicos a este produto, podendo surgir na zona tatuada, em redor da mesma ou por todo o corpo.

Os danos causados têm um “carácter irreversível”, causando por vezes uma “polisensibilização, nomeadamente a borracha, tintas do vestuário e tintas capilares”, o que pode comprometer não só a vida quotidiana dos consumidores, como também o seu desempenho profissional, alerta o Infarmed.

Apesar do alerta, não foi ainda registado qualquer caso em Portugal, no entanto, a nota solicita ainda que qualquer reacção alérgica a um produto cosmético ou de higiene corporal, deverá ser comunicada ao Infarmed.

Inês de Matos

Fonte: Sol
Laboratórios Abbott divulga estudo no «Journal of Pediatrics»
Synagis reduz sibilâncias recorrentes nos bebés


Um estudo divulgado na edição deste mês da revista «Journal of Pediatrics» atesta que a profilaxia com o Synagis (palivizumab), produzido e comercializado pela firma farmacêutica Abbott, poderia reduzir para cerca de metade a ocorrência recorrente de sibilâncias – ruídos resultantes da passagem do ar pelas vias respiratórias, pos causa de inflamações ou espasmos musculares – nos bebés prematuros.

De acordo com os dados da investigação desenvolvida por especialistas do serviço de Neonatologia do Hospital Clínico de Barcelona, as crianças prematuras nascidas sem doença pulmonar crónica a quem foi administrado aquele fármaco da Abbott revelaram uma incidência de sibilâncias 49 por cento inferior à dos bebés que não receberam o Synagis. O ensaio clínico, que teve dois anos de duração, aferiu ainda que a detecção daquele problema pelo médico assistente desce 51 por cento nas crianças sujeitas ao tratamento com o medicamento.
Normalmente o diagóstico desta doença exige várias consultas e exames até que o seu médico perceba a razão das sibilâncias nos bebés. Xavier Carbonell, director do serviço de Neonatologia do Hospital Clínico de Barcelona e vice-presidente da Sociedade Espanhola de Neonatologia, que coordenou este estudo, explicou que esta “é uma patologia que pode ter manifestações muito leves ou muito graves”, e que nos casos mais extremos pode mesmo obrigar ao internamento do doente para receber ventilação assistida e ao uso de broncodilatadores inalados.
O Synagis consiste numa terapia biológica que integra a família dos anticorpos monoclonais que se administra mensalmente nos bebés prematuros, visando a prevenção do surgimento de infecções do tracto respiratório. A Organização Mundial de Saúde estima que o problema afecte 64 milhões de pessoas por ano em todo o mundo, das quais 160 mil acabam por morrer devido à infecção.

Carla Teixeira
Fonte: PM Farma

DGS prevê realização de 20 mil abortos por ano

De acordo com cálculos da Direcção-Geral de Saúde deverão realizar-se, em Portugal, 20 mil interrupções voluntárias da gravidez (IVG) por ano, número que as autoridades pretendem reduzir para o mínimo possível dentro de cinco anos.

Em conferência de imprensa, o director-geral de Saúde, Francisco Jorge, afirmou que as previsões apontam para a realização de 20 mil abortos a pedido da mulher, por ano, garantindo que os responsáveis irão trabalhar para reduzir esse número sem, no entanto, estabelecer uma meta específica. Para que isso possa acontecer, salientou, são necessárias análises a realizar durante a aplicação de um novo programa de planeamento familiar.

Na mesma ocasião, Francisco Jorge disse ainda que há 38 hospitais públicos e duas clínicas privadas, no Continente, prontos para realizar IVG’s. Na lista de excluídos estão o hospital da Guarda, o de Matosinhos, o de Évora e o São Francisco Xavier, em Lisboa. Esta é, porém, uma “rede flexível”, capaz de sofrer alterações mediante a disponibilidade dos hospitais, salientou o responsável.

No caso dos Açores, o hospital do Faial é o único das três unidades que está preparado para realizar a interrupção da gravidez a pedido da mulher. De fora fica a Região Autónoma da Madeira, onde a lei não será aplicada, uma vez que o governo regional decidiu esperar que o Tribunal Constitucional se pronuncie sobre o diploma. Este é, segundo Francisco Jorge, um problema que “só pode ser resolvido politicamente”, já que o director regional da Madeira se escusou a participar nas reuniões preparatórias do processo de aplicação da IVG até às 10 semanas.

Lista de estabelecimentos públicos oficiais credenciados para realizar a IVG

Norte:

• H S Marcos (Braga)
• C H Alto Ave (Braga)
• C H Médio Ave (Braga)
• C H Nordeste (Bragança)
• H G S António (Porto)
• C H V N Gaia / Espinho (Porto)
• H S João (Porto)
• M Júlio Dinis (Porto)
• H Vale Sousa (Porto)
• C H Póvoa Varzim / Vila Conde (Porto)
• C H Trás os Montes e Alto Douro (Vila Real)

Centro

• H Infante D Pedro (Aveiro)
• H S Sebastião / S Maria da Feira (Aveiro)
• H S Miguel / Oliveira Azeméis (Aveiro)
• H Amato Lusitano (Castelo Branco)
• C H Cova da Beira / Covilhã (Castelo Branco)
• HUC / M Daniel de Matos (Coimbra)
• C H Coimbra / M Bissaya Barreto (Coimbra)
• H D Figueira da Foz (Coimbra)
• H S André (Leiria)
• C H Caldas da Rainha (Leiria)
• H S Teotónio (Viseu)

Lisboa e Vale do Tejo

• C H Lisboa Central / H D Estefânia (Lisboa)
• M Dr. Alfredo da Costa (Lisboa)
• H S Maria (Lisboa)
• H Fernando da Fonseca (Lisboa)
• C H Cascais (Lisboa)
• H Reynaldo dos Santos (Lisboa)
• H D Torres Vedras (Lisboa)
• C H Médio Tejo (Santarém)
• H D Santarém (Santarém)
• H N S do Rosário (Setúbal)
• H S Bernardo (Setúbal)
• H Garcia de Orta (Setúbal)

Alentejo

• C H Baixo Alentejo (Beja)
• H Dr. José Maria Grande (Portalegre)

Algarve

• H Central de Faro (Faro)
• C H Barlavento Algarvio (Faro)

Açores

• Hospital do Faial

Lista de clínicas privadas credenciadas para realizar a IVG

• Clínica dos Arcos, em Lisboa
• Clínica de Oiã, em Aveiro

Marta Bilro

Fonte: Diário Digital, TSF, SIC online, Direcção-Geral da Saúde.

Almirall compra Hermal por 376 milhões de euros

O laboratório espanhol Almirall anunciou a aquisição da empresa alemã Hermal, uma subsidiária da Reckitt & Benckiser especializada em tratamentos dermatológicos, por 376,4 milhões de euros.

Num comunicado divulgado hoje (16 de Julho), a farmacêutica catalã salienta que a compra se enquadra nas suas ambições no âmbito da expansão internacional, algo que permitirá fortalecer a presença da empresa em importantes mercados europeus.

A Hermal, com sede na Alemanha, possuí representações em 14 países, tendo registado, em 2006, um volume de negócios na ordem dos 102 milhões de euros. Por sua vez, a Almirall está presente em 80 nações, entre as quais Portugal. Parte da operação será financiada com uma emissão de dívida, falta agora a aprovação das autoridades alemãs para a aquisição da Hermal, algo que deverá acontecer até ao final de Agosto.

Marta Bilro

Fonte: Dinheiro Digital, Hemscott, Reuters.

Valorização da rupia leva farmacêuticas indianas a diversificar estratégias

As empresas farmacêuticas indianas estão a apostar no desenvolvimento de novas estratégias que lhes permitam contrabalançar a rigorosa quebra nas margens de lucros, imposta pela sobrevalorização da rupia ao longo dos últimos seis meses. Enquanto as produtoras de genéricos preferiram adoptar planos restritos no mercado de câmbios internacional, as produtoras a contracto e empresas que realizam ensaios clínicos optaram por acordos contratuais sobre uma taxa fixa para neutralizar as flutuações das taxas de câmbio.

A Ranbaxy está a reduzir as exportações directas da Índia, fornecendo o mercado global através de localizações no estrangeiro. A Ohm Labs, unidade da Ranbaxy nos Estados Unidos da América, abastece o mercado norte-americano; a Terapia, na Roménia, disponibiliza os produtos para a Europa; a Be-Tabs Pharmaceuticals fornece a região do Sul de África e a unidade chinesa oferece provisões aos mercados vizinhos.

“A valorização da rupia não tem tido impactos notáveis nos ganhos da Ranbaxy relativamente às exportações”, uma vez que a empresa tem combatido as perdas através de medidas de compensação dos preços, afirmou um representante da farmacêutica indiana. Para além disso, “a Ranbaxy possui unidades de produção em 10 países estrangeiros que provisionam vários mercados mundiais, o que, por si só, funciona também como uma auto-defesa automática, que recusa qualquer possível impacto nos ganhos da empresa”, acrescentou o mesmo responsável.

A rupia foi apreciada em cerca de 8,5 por cento face ao dólar nos últimos seis meses, aproximadamente 5,6 por cento face à libra e cerca de 5,07 por cento relativamente ao euro. Muitas empresas farmacêuticas estão a compensar a exposição ao mercado cambial internacional combatendo as perdas através da compensação de preços. Quaisquer perdas nas exportações causadas pela valorização da rupia são equilibradas pelos ganhos das importações, onde a compra de matérias-primas se torna mais barata, especialmente para determinados compostos farmacêuticos activos adquiridos a partir da China.

Até a escala de implicação das valorizações e depreciações na competitividade das exportações depende dos padrões de facturação das exportações. Assim, o facto de cerca de 80 por cento das exportações dos compostos farmacêuticos activos da Índia serem facturadas em dólares indica que os dados do jogo estão, por enquanto, contra os exportadores indianos, sublinham os especialistas.

A maioria das farmacêuticas do país tem grandes quantidades de capital associado ao dólar norte-americano que foi adquirido na forma de empréstimos comerciais em moeda estrangeira, o que fará com que, em parte, consigam contrabalançar a quebra nas operações que deverão enfrentar devido à valorização da rupia. Entre as maiores emissoras de capital adquirido através de empréstimos comerciais em moeda estrangeira estão a Ranbaxy (319 milhões de euros), a Sun Pharma (254 milhões de euros), a Aurobindo (199,5 milhões de euros) ou a Strides (145 milhões de euros).

Marta Bilro

Fonte: The Times of India.

FDA defende Aspartame

A FDA, agência que controla alimentos e remédios nos Estados Unidos, põe um ponto final na polémica e assegura consumidores que o adoçante artificial é seguro para a saúde.
Este posicionamento oficial surge após a divulgação da análise dos resultados do estudo conduzido na Europa pela Fundação Ramazzini, da Itália.
Divulgados em 2005, esses dados associavam o consumo do edulcorante ao desenvolvimento de cancro. A nutricionista Gisele Rossi Goveia, da Preventa Consultaria em Saúde e da Sociedade Brasileira de Diabetes, endossa confirma que "A pesquisa europeia apresenta falhas metodológicas, não tem base científica e os seus resultados são inconsistentes".

Sandra Cunha

Fontes: revista saúde
Novos casos de BSE encontrados no conselho de Vila nova de Famalicão

Apesar de prever que surgem novos casos em Portugal, o neurologista Cortez Pimentel acredita que esta nova versão humana da BSE vai desaparecer.

Na sexta-feira, o Hospital de S. João, no Porto, enviou à Direcção-Geral de Saúde um relatório a confirmar que a nova variante da Doença de Creutzfeldt-Jacob (a versão humana da BSE) foi a causa da morte de um rapaz de Famalicão em Abril.
Isto torna-se alarmante visto que há um segundo caso provável da nova variante da Doença de Creutzfeldt-Jacob (DCJ), detectado numa rapariga de 14 anos também da zona de Famalicão.Este dado ainda não está confirmado, uma vez que o diagnóstico definitivo só é conseguido por autópsia.
Para Cortez Pimentel,neurologista e antigo coordenador do Programa de Vigilância de Doenças Humanas Por Priões, a explicação para os dois únicos casos suspeitos em Portugal serem da zona de Famalicão pode ser a grande incidência que a BSE teve na região do Douro e Minho.
O neurologista afirma ser "natural que nessa zona apareçam mais casos, porque foi uma zona que era fonte de contaminação, uma vez que mais de metade dos casos de BSE em Portugal apareceu na zona de Entre Douro e Minho".
Cortez Pimentel alertou ainda que Portugal "está em cima de um período de incubação" da doença, prevendo que mais casos vão aparecer, apesar de não adiantar qualquer estimativa.
Todavia, o médico acredita que a nova variante da DCJ "é uma doença que vai morrer", muito devido às medidas que foram aplicadas para o controlo da BSE, "que se revelaram eficazes".
O médico salientou que até em Inglaterra,onde surgiu a BSE,"Há cada vez menos casos detectados todos os anos. Se não se deu uma epidemia até agora, como se chegou a prever, acho que a doença vai acabar por morrer", justificou.
O Reino Unido é o país com mais casos diagnosticados da nova versão da DCJ, com mais de 150 pessoas atingidas, seguindo-se a França, com mais de uma dezena de casos.
O neurologista do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, sublinhou que o importante é "os médicos estarem de sobreaviso" para a possibilidade de surgirem casos.
"Não sei qual será a capacidade de os nossos clínicos pensarem nesta doença. Não sei se essa capacidade é ou não grande. Mas devem estar de sobreaviso", comentou à Lusa.
"Caso surja qualquer pessoa com menos de 50 ou 40 anos com quadro neurológico progressivo para o qual não temos um diagnóstico devemos pensar nessa possibilidade", insistiu.
Apesar de ser unanimemente aceite a relação entre a nova variante da DCJ e a BSE, os meios de transmissão não estão totalmente esclarecidos aos olhos dos cientistas.
Cortez Pimentel adiantou que as transfusões de sangue e a contaminação por instrumentos cirúrgicos são outras possibilidades de transmissão.
Uma das certezas da comunidade científica é que a realização da autópsia é determinante para o diagnóstico, ainda que seja possível em vida identificar clinicamente a nova variante da DCJ.
Entre a nova variante e a tradicional DCJ há muitas diferenças, que vão desde os sintomas ao tempo de incubação.
A DCJ clássica, que nada tem a ver com o consumo de carne de vaca, leva à morte em menos de um ano, afecta pessoas entre os 70 e os 80 anos e caracteriza-se por uma demência que progride muito rapidamente.
Já a nova variante começa nos primeiros meses a caracterizar-se por estados depressivos, ansiosos e esquizofrénicos, associados a dores em várias partes do corpo.
Depois, surgem em catadupa vários sintomas neurológicos, como descoordenação motora ou a realização de movimentos involuntários.
A demência progressiva faz parte do quadro final da doença, que tem um período de incubação que pode ir dos seis aos 15 anos.


Sandra Cunha

Fonte:Lusa
V Simpósio sobre Reabilitação da Criança Surda no Porto
Debater problemas actuais e soluções de futuro


A Aula Magna da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto recebe na próxima sexta-feira a quinta edição do Simpósio sobre Reabilitação da Criança Surda. O arranque dos trabalhos está agendado para as 15 horas. O evento tem entrada livre e visa debater os problemas actuais e as soluções de futuro para os surdos. Serão apresentados os resultados de um estudo da FMUP sobre implantes cocleares, pequenos aparelhos que permitem aos surdos ouvir pequenos sons.

Organizado pelo serviço de Bioética e Ética Médica da FMUP, em parceria com a Associação Portuguesa de Bioética e a Associação de Surdos do Porto, o encontro tem como objectivo debater as diferentes perspectivas da reabilitação das crianças surdas, discutir os seus direitos, as suas perspectivas de futuro e a necessidade de implementação do rastreio neo-natal nas unidades hospitalares portuguesas, entre outros pontos. O simpósio será conduzido por Rui Nunes, director do serviço de Bioética da FMUP e presidente da APB, e terá tradução simultânea para a língua gestual portuguesa.

Carla Teixeira
Fonte: Jasfarma

Prempro obriga Wyeth a regressar a tribunal

A farmacêutica norte-americana Wyeth enfrenta hoje mais um julgamento num caso que volta a envolver o Prempro, uma combinação de estrogénio e acetato de medroxiprogesterona, utilizado como substituição hormonal pós-menopausa.

Depois de se submeter ao tratamento com Prempro, e com Premarin, durante sete anos, Ellen Deutsch, terá sido diagnosticada com cancro da mama. A queixosa teria 55 anos de idade na altura em que o cancro foi detectado.

Os advogados de Ellen Deutsh deverão alegar que o laboratório promoveu, durante várias décadas, a utilização prolongada do tratamento de substituição hormonal, como algo indicado para aliviar os sintomas da menopausa, porém, não realizou estudos suficientes sobre os medicamentos. Para além disso, posteriormente alterou as suas alegações quando um estudo financiado pelo governo relacionou os fármacos ao risco de desenvolver cancro e de sofrer ataques cardíacos.

Até ao momento, a Wyeth saiu vencedora em quatro de seis processos judiciais que envolveram o tratamento. No entanto, estão ainda por resolver 4 mil queixas.

Fonte: Nj.com, Pharmalot.com, Prempro.com.

Merck paga 5 milhões de euros à NicOx para iniciar ensaio clínico

A NicOx, empresa francesa de biotecnologia, anunciou ter recebido 5 milhões de euros pagos pela farmacêutica Merck depois de esta ter dado início a um ensaio clínico que envolve o primeiro candidato a medicamento, seleccionado a partir do acordo de cooperação estabelecido entre as duas empresas. O objectivo é desenvolver novos agentes anti-hipertensores dadores de óxido nítrico, através de propriedades tecnológicas da NiCox.

Este procedimento surge após a submissão à Administração Norte-Americana de Alimentos e Fármacos (Food and Drugs Administration - FDA) de uma autorização de pesquisa e investigação exploratória para este candidato a fármaco. Incluindo o pagamento de 5 milhões de euros recentemente efectuado, segundo com os termos do acordo com a Merck, a NicOx deverá receber um total de 19,2 milhões de euros.

Para além disso, a NicOx habilita-se ainda a receber um pagamento adicional de 269 milhões de euros, assim como os royalties das vendas do produto que resultam do acordo. O principal objectivo do ensaio clínico é avaliar a segurança, tolerabilidade e farmacocinética de doses orais únicas, de forma a seleccionar as doses e o regime de dosagens para utilizar em estudos posteriores, referiu a NicOx.

“Acreditamos que este candidato possui um potencial considerável enquanto agente anto-hipertensor melhorado, com base nas suas propriedades de dador de óxido nítrico”, afirmou Jacques Djian, responsável pela área cardiometabólica da NicOx. O especialista salienta que existem provas “de que o óxido nítrico endotelial desempenha um papel importante na regulação da pressão sanguínea” podendo, por isso, satisfazer necessidades médicas que ainda não estão preenchidas.

Marta Bilro

Fonte: Forbes, NicOx, CNN Money.

Febre de dengue afecta mais de 23 mil tailandeses

Mais de 23 mil tailandeses já foram, este ano, afectados pela febre de dengue, entre os quais 21 acabaram por falecer devido à doença. As estatísticas são do Ministério da Saúde Pública da Tailândia que está a avaliar as medidas que podem ser tomadas para travar o aumento dos casos.

De acordo com Morakot Kornkasem, ministro da Saúde Pública, até ao dia 7 de Julho foram contabilizados 23.653 casos de dengue, número que não deverá estancar, uma vez que, a época das chuvas ainda está longe do final. “Os casos de febre de dengue mantêm-se numa situação crítica porque a doença tende a alastrar ainda mais durante a época das chuvas”, afirmou Morakot.

A medida preventiva mais eficaz, de acordo com o ministro, passa por tentar eliminar os mosquitos através da drenagem da água que se acumula em volta de muitas habitações, até porque, 8 por cento dos doentes foram contaminados nas próprias casas.

A época mais propícia ao aparecimento da doença é o mês de Julho, porém a antecipação da chegada da chuva fez com que a dengue se tornasse numa preocupação séria para as autoridades de saúde. Se não houver uma cooperação eficaz por parte da população nos próximos dois meses, a situação poderá piorar, alertou Morakot.

Transmitida por mosquitos, a dengue manifesta-se por febre, inflamação dos gânglios linfáticos e hemorragia. Causa dores articulares e musculares intensas, pelo que recebe o nome de febre «quebra-ossos», podendo ser mortal.

Marta Bilro

Fonte: People’s Daily Online, ETNA, Bangkok Post.

FDA alerta para riscos das compras online
Medicamentos para doenças graves à venda na internet


A Food and Drug Administration, autoridade para o sector do medicamento nos Estados Unidos, reiterou o alerta relativo aos perigos da compra de medicamentos na internet. De acordo com a FDA, há sites que oferecem fármacos destinados ao tratamento de doenças graves sem exigir a respectiva receita médica. No momento em que o negócio da contrafacção de produtos farmacêuticos a nível mundial está a florescer, a entidade reguladora norte-americana dá sinais de preocupação...

Lembrando o caso recente do Panamá, onde mais de 100 pessoas morreram após terem usado um fármaco para a gripe, a FDA renova as advertências relativas aos perigos da compra de medicamentos na internet, na mesma semana em que uma associação de médicos deu também início à publicação e actualização semanal de uma lista negra de farmácias online que já terão vendido produtos falsos, ou que de algum outro modo traíram a confiança dos seus clientes. Num comunicado agora divulgado a FDA lembra que a compra de fármacos online é um comportamento de risco no que toca à saúde pública, visto que a toma de quaisquer medicamentos à revelia de acompanhamento médico pode ter consequências graves e até fatais para os doentes.
De acordo com a agência norte-americana, os frequentadores das farmácias online procuram muitas vezes poupar algum dinheiro na compra dos medicamentos de que necessitam, mas são também frequentes as encomendas feitas por doentes que preferem arriscar um diagnóstico próprio, e desta forma incorrer nos riscos da automedicação, do que visitar o seu médico. O facto de muitos sites permitirem a compra anónima e sem receita de medicamentos que são de prescrição obrigatória nos consultórios médicos e nas farmácias comuns parece ser outra das razões por que as farmácias online são tão atractivas aos cidadãos.
Enviados em embalagens diferentes das originais e sem o habitual folheto incluso, com as indicações terapêuticas do medicamento, os fármacos comprados online revelam-se muitas vezes perigosos, porque são frequentemente adulterados, não contêm qualquer princípio activo, ou são vendidos em doses inferiores às normais e indicadas para os tratamentos em questão. Um cenário que coloca em risco a saúde de quem os consome, mas que representa também um perigo acrescido em termos de saúde pública.

Carla Teixeira
Fonte: Correo Farmaceutico

Um em cada quatro britânicos tem doença alérgica

O estilo de vida actual pode estar a impulsionar o crescimento da taxa de doentes alérgicos no Reino Unido, que aumentou 25 por cento só nos últimos quatro anos, revela um estudo realizado pela Universidade de Nottingham.

O Eczema e a asma encontram-se no topo da tabela das queixas mais frequentes, embora o maior aumento se tenha observado nas alergias aos amendoins, que, em casos raros, se revelaram fatais. Se em 2001 um em cada cinco pacientes tinha uma doença alérgica, em 2005 um em cada quatro são portadores de uma alergia.

O relatório, entregue ao Departamento de Saúde britânico, envolveu a análise de 422 cirurgias registadas na base de dados electrónica da Universidade e demonstrou que em 25 por cento dos pacientes foi identificada pelo menos uma doença alérgica, um aumento de 19 por cento face a 2001. “Não há dúvida que o moderno estilo de vida ocidental conduz a um aumento das alergias, uma vez que as habitações com carpetes e aquecimento central podem permitir que os alergénios, como as pequenas quantidades de pó, tendam a prosperar”, frisou Stephen Durham, presidente da Sociedade Britânica de Alergia e Imunologia Clínica.

A investigação sugere que a maioria destes casos está relacionada com o eczema e a asma, o que poderá significar que existem cerca de 5,8 milhões de pacientes com este tipo de problemas. Segundo o relatório, em 2005, estima-se que 12,2 milhões de pessoas tenham sido diagnosticadas com algum tipo de alergia. “É uma epidemia em massa e a falta de provisões é assustadora. Os médicos de clínica geral não estão bem informados acerca das alergias, mas particularmente acerca das alergias alimentares e isso acontece porque não estão treinados nesse aspecto”, considera Pam Ewan, uma especialista em alergologia no Hospital Addenbrookes, em Cambridge, citada pelo próprio relatório.

Apesar do Reino Unido ter uma tas taxas mais elevadas de doentes alérgicos a nível mundial, existem apenas 29 especialistas com formação adequada no Serviço Nacional de Saúde Britânico.

Marta Bilro

Fonte: Daily Mail, StaffNurse.com

Nova pista pode abrir caminho a novos tratamentos
Identificado quinto gene implicado no desenvolvimento da diabetes de tipo I


Uma equipa de investigadores da Universidade de Filadélfia, nos Estados Unidos, e da Universidade de McGill, em Toronto, no Canadá, abriu caminho ao que pode vir a ser o futuro na prevenção da diabetes de tipo I (a chamada insulino-dependente ou juvenil, já que surge normalmente em indivíduos com menos de 30 anos, e que afecta 10 a 15 por cento dos diabéticos), ao identificar um gene ligado ao processo de desenvolvimento da doença.

De acordo com os dados de um estudo publicado na edição deste mês da revista científica britânica «Nature Genetics», os cientistas norte-americanos, liderados por Hakon Hakonarson, acompanharam mais de 500 pessoas que sofriam de diabetes, tendo confirmado o papel de diversos genes no desencadear da maior propensão para aquela doença, enquanto os especialistas canadianos examinaram o genoma de 1046 crianças que estavam a ser seguidas nas consultas do Hospital Pediátrico de Filadélfia e em quatro cidades do Canadá. Constantin Polychronakos, director da unidade de endocrinologia da Universidade McGill e um dos responsáveis por este estudo, disse que “o melhor conhecimento dos genes que predispõem para a diabetes de tipo I poderá permitir aos médicos, num futuro próximo, proteger os recém-nascidos, ao assinalar as crianças que correm um maior risco de contrair a doença.
A investigação agora divulgada adiciona novas informações ao conhecimento que já existia, relativo a quatro outros genes ligados ao desenvolvimento da diabetes insulino-dependente, em que o sistema imunitário destrói as células produtoras de insulina no pâncreas, obrigando o diabético a submeter-se a injecções frequentes daquela substância, a fim de manter controlada a quantidade de açúcar no sangue. De acordo com o artigo publicado na «Nature», os cientistas esperam descobrir, à medida que o estudo avança, novos genes implicados no processo, estimando que haja uns 15 a 20 ainda por identificar, e que poderão interagir entre si. Os cientistas confirmaram as informações de que já dispunham relativamente à localização dos quatro genes ligados à diabetes, e identificaram o KIAA0350, um gene alojado no cromossoma 16 e que actua sobretudo nas células imunes.
A diabetes de tipo I é uma doença auto-imune, o que significa que, nos indivíduos doentes, é o seu próprio organismo que ataca as células encarregadas de produzir a insulina, levando à incapacidade de assimilar correctamente o açúcar, que acaba por se acumular, em quantidade excessiva, no fluxo sanguíneo. Se o pâncreas não for capaz de produzir a quantidade suficiente de insulina para inverter a situação, surge a diabetes de tipo I, que aparentemente tem origem genética e que, quase sempre, se desenvolve na infância ou na adolescência, como resultado de uma destruição parcial do pâncreas. A diabetes é uma das doenças mais disseminadas nos países desenvolvidos, afectando largos milhões de pessoas em todo o mundo.

Carla Teixeira
Fonte: Ciência Hoje, PR Newswire, El Mundo