domingo, 16 de novembro de 2008

Vitamina C pode ajudar a reduzir risco cardíaco em alguns pacientes

Investigadores norte-americanos revelaram que suplementos de vitamina C podem ajudar a diminuir as concentrações da proteína C-reactiva (PCR), um biomarcador de inflamação e indicador de risco de doença cardíaca, naqueles que têm níveis elevados.

A autora principal, a Dra. Gladys Block, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, referiu que, para adultos saudáveis, não fumadores, com níveis elevados da proteína C-reactiva, uma dose diária de vitamina C reduziu os níveis do biomarcador de inflamação, após dois meses, em comparação com aqueles que tomaram placebo.

A Dra. Block sublinhou que tem de se fazer uma importante diferenciação, pois o tratamento com vitamina C é ineficaz em pessoas cujos níveis da proteína C-reactiva sejam inferiores a 1 miligrama por litro, mas muito efectiva para aqueles que têm níveis mais elevados.

Neste estudo, o nível de redução da proteína C-reactiva atingido pela toma de suplementos de vitamina C, naqueles com níveis elevados desta proteína, é comparável aos de muitos outros estudos com estatinas, fármacos para a diminuição do colesterol.

O estudo, publicado online na “Free Radical Biology & Medicine”, revelou que diversos ensaios com estatinas reduziram os níveis de proteína C-reactiva em cerca de 0,2 miligramas por litro, mas que, neste último, a vitamina C diminuiu os níveis de proteína C-reactiva em 0,25 miligramas por litro.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2008/11/14/Vitamin_C_may_help_lower_heart_risk/UPI-18931226700628/

Fumar pode piorar sintomas de síndrome pré-menstrual

As mulheres, entre os 27 e os 44 anos, que fumam têm duas vezes mais probabilidade de desenvolver síndrome pré-menstrual (SPM), num período de dois a quatro anos, especialmente sintomas hormonais, tais como dores de costas, inchaço abdominal, tensão mamária e acne.

A Dra. Elizabeth R. Bertone-Johnson, da Universidade de Massachusetts, em Amherst, revelou à Reuters Health que as descobertas fornecem mais evidências à ideia de que fumar aumenta o risco de síndrome pré-menstrual moderada a grave. Além disso, fornecem ainda mais uma razão para as mulheres, especialmente as adolescentes e as mulheres jovens, não fumarem.

Cerca de 20 por cento das mulheres sofrem de SPM suficientemente grave para afectar os seus relacionamentos e interferir com as suas actividades normais, segundo o que os investigadores relataram na “American Journal of Epidemiology”.

Tem-se demonstrado que fumar afecta os níveis de diversas hormonas e vários estudos, que analisaram a relação entre a SPM e fumar, têm sugerido que as mulheres que sofrem da síndrome têm mais probabilidade de serem fumadoras.

Os investigadores, para averiguar melhor esta relação, analisaram dados de um estudo que tem seguido 116.678 enfermeiras dos Estados Unidos desde 1989.

As mulheres que eram fumadoras tinham uma probabilidade 2,1 vezes maior de relatar SPM do que as não fumadoras, num período de dois a quatro anos. O risco aumentava com a quantidade que as mulheres fumavam, sendo que aquelas que começaram a fumar na adolescência ou na juventude estavam ainda mais em risco. Por exemplo, aquelas que começaram a fumar antes dos 15 anos tinham 2,53 vezes mais probabilidade de desenvolver síndrome pré-menstrual.

A Dra. Bertone-Johnson referiu ainda que estudos anteriores sugerem que fumar pode alterar os níveis de estrogénio, progesterona, testosterona, e outras hormonas, muitas das quais podem estar envolvidas no desenvolvimento da SPM. Alguns estudos demonstraram também que as fumadoras têm ciclo menstruais mais curtos e mais irregulares do que as não fumadoras.

Fumar pode também reduzir os níveis de vitamina D no organismo, o que também pode aumentar o risco de desenvolver síndrome pré-menstrual.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AE0RP20081115