quinta-feira, 19 de julho de 2007

Daqui a oito anos 75% da população dos EUA será obesa

Um novo estudo desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins em Baltimore, EUA, revelou que em 2015, três em cada quatro norte-americanos terão excesso de peso, o que corresponde a 75 por cento da população total do país. Se a obesidade é já uma realidade alarmante, no futuro ela será mesmo uma epidemia mortal, afirmam os investigadores.

Youfa Wang, dirigente do estudo, considera que «a obesidade é uma crise de saúde pública. Se o nível de obesidade e de peso a mais continuar a subir a este ritmo, em 2015, 75 por cento dos adultos e quase 24 por cento das crianças e adolescentes vão ser gordos ou obesos».

O estudo baseou-se na análise de investigações anteriores, recorrendo também a algumas sondagens nacionais que contabilizam pesos e comportamentos. A partir desta análise, os investigadores definiram as taxas de obesidade dos adultos através da fórmula que indica o índice de massa corporal (IMC), segundo a qual pessoas com um nível superior a 25 de IMC têm peso a mais e aquelas que apresentam um resultado superior a 30 são obesas.

Os resultados apresentados em 2003/2004 indicavam já que 66 por cento dos adultos americanos tinham peso a mais, tal como 16 por cento das crianças e adolescentes norte-americanos, existindo ainda 34 por cento em risco de ficarem com peso a mais.

«É provável que a obesidade continue a aumentar e, se nada for feito, vai tornar-se brevemente a maior causa de morte, passível de prevenção, dos Estado Unidos», diz Wang, pois a obesidade leva ao aparecimento de doenças cardíacas, diabetes e alguns tipos de cancro.

Os investigadores deixam o alerta, no futuro, mais do que a um corpo rechonchudo, a obesidade passará a estar associada à principal causa de morte nos EUA.

Inês de Matos

Fonte: Sol
Doentes com cancro fazem apelo ao PR

A UHDC apela para vetar a nova lei do tabaco,aprovada na Assembleia da república no dia 28 de Junho.

A União Humanitária dos Doentes com Cancro (UHDC) anunciou hoje que vai apelar ao Presidente da República, Cavaco Silva, para que vete a nova Lei do Tabaco.
Segundo o Presidente da UHDC, em declarações à agência Lusa, a lei é anticonstitucional, "Estamos na presença de uma lei anticonstitucional que discrimina os cidadãos em geral e os trabalhadores da restauração em particular, pelo que vamos apelar ao Presidente da República para que vete a lei"
A UHDC alega também que, "se está provado cientificamente que fumar prejudica gravemente a saúde de quem fuma e a dos que o rodeiam, não pode haver nenhum argumento para justificar que um fumador, num espaço fechado, possa fumar junto de um não fumador".
Contestam a possibilidade de " os proprietários dos estabelecimentos de restauração com menos de 100 metros quadrados poderem decidir se querem ser um espaço para fumadores, para não fumadores ou para ambos", adiantou Luís Filipe Soares.
A UHDC afirma que"essa prerrogativa viola o princípio do artigo 64º da Constituição, ao não proteger os empregados dos estabelecimentos que optarem por serem espaços para fumadores, em detrimento dos empregados dos estabelecimentos que optarem por serem espaços para não fumadores".
O artigo 64º da Constituição determina que "todos têm direito à protecção da saúde e o dever de a defender e promover".
A UHDC propõe que se mantenha a redacção tal como constava na proposta de lei que o ministro da Saúde, Correia de Campos, apresentou na Assembleia da República.
Essa proposta"Expressava a proibição de fumar, nomeadamente, nos estabelecimentos de restauração ou de bebidas, incluindo os que possuam salas ou espaços destinados a dança, com excepção dos estabelecimentos com mais de 100 metros quadrados, onde poderão ser criadas áreas específicas para o efeito, desde que não excedam 30 por cento da área afecta ao público, sejam totalmente compartimentadas, disponham de ventilação separada e sejam áreas onde os empregados não tenham que permanecer".
A União Humanitária dos Doentes com Cancro considera-se "precursora" da Lei do Tabaco, por ter entregue a 07 de Abril de 2004 uma petição na Assembleia da República para que fosse "proibido fumar em todos os espaços públicos fechados".
A nova Lei do Tabaco aprovada pelo parlamento é mais tolerante que a proposta de diploma inicialmente apresentada pelo Governo e deverá entrar em vigor a 1 de Janeiro de 2008.
Relativamente à proposta que saiu do Conselho de Ministros a 1 de Março, a lei apresenta uma redução de mil para 750 euros no limite máximo das multas a aplicar a fumadores transgressores e autoriza os proprietários dos estabelecimentos mais pequenos a escolher se querem ou não ser espaços sem fumo, o que lhes era imposto segundo a formulação inicial.
Agora, cada proprietário poderá decidir se quer ser um espaço para não fumadores, para fumadores ou para ambos, desde que fique garantida a qualidade do ar para os não fumadores.
Quanto aos estabelecimentos com mais de 100 metros quadrados, mantém-se a obrigação de serem destinados a não fumadores, embora possam ter um espaço para fumadores, desde que não ultrapasse 30 por cento do total do espaço.

Sandra Cunha

Fontes:Lusa/SOL
Terapia prolongada pode ser a salvação de seropositivos

Um estudo clínico, publicado hoje pela revista médica "The Lancet" concluiu que as pessoas que reagem positivamente aos tratamentos antiretovirais podem ver um "marcador-chave" do sistema imunitário voltar ao normal,se a triterapia se prolongar o suficiente.

Amanda Mocroft explicou que os resultados só se aplicam " aos pacientes que tenham uma reacção óptima à terapia anti-retroviral e devem, por isso, ser considerados como o melhor cenário possível".
O estudo do cenário óptimo incidiu sobre 1.835 pacientes seropositivos incluídos no abrangente estudo europeu EuroSida (14.262 pacientes) que tinham iniciado uma triterapia e estavam a reagir bem ao tratamento, já que a quantidade de vírus no sangue (carga viral) desceu abaixo do limite de 50 vírus por mililitro de sangue.
No início do tratamento, os pacientes tinham em média uma taxa de linfócitos CD4 (um tipo de glóbulos brancos que têm um papel fundamental na regulação da resposta do sistema imunitário e servem como marcadores de evolução da doença) de cerca de 204 por milímetro cúbico de sangue, sendo que a taxa normal é superior a 500.
A capacidade de um paciente seropositivo evitar as doenças oportunistas, como a tuberculose, e consequentemente a morte, está ligada à contagem dos CD4.
Pesquisas anteriores davam contam de que a taxa de CD4 estagnava após alguns anos de tratamento.
Os novos resultados demonstram que a recuperação pode prosseguir de forma duradoura até regressar à normalidade, ou quase.
O maior aumento médio anual da taxa de CD4 (mais 100 células por milímetro cúbico) é observado no primeiro ano de tratamento.
Seguem-se nos cinco anos seguintes aumentos anuais mais fracos.
Para os pacientes que tinham um baixo nível deste tipo de glóbulos bracos à partida (inferior a 200), existem subidas significativas após cinco anos de tratamento.
E para os pacientes que tinham começado com uma contagem de 350 CD4, no final de três anos de tratamento, a taxa era aproximada das pessoas não infectadas pelo vírus da SIDA (HIV).
Segundo os autores, o regresso a uma taxa normal de CD4 pode ser conseguido para todas as pessoas infectadas "se a redução da carga viral, graças ao tratamento, se puder manter durante um período suficientemente longa".
A estimativa da UNAIDS ( AIDS epidemic update, UNAIDS) aponta para cerca de 42.000 pessoas infectadas em Portugal, ou seja, cerca de 0,4% da população Portuguesa. As taxas de novos diagnósticos de infecção VIH em Portugal são as maiores da Europa.Este estudo poderá ser uma nova esperança para os infectados com VIH.

Sandra Cunha
Fontes:Lusa / SOL,www.fcsh.unl.pt/cadeiras/ciberjornalismo/ci.../sida/portu1.htm,www.roche.pt


Erro médico custou 112.500 euros


Um erro médico num parto ocorrido no Hospital de São Marcos em Fevereiro de 1993, que motivou lesões diversas ao então nascituro,leva a uma indemnização de 112.500 euros

O Tribunal concluiu que o parto deveria ter sido realizado por cesariana e não parto natural, dado que o bebé se apresentava na posição de pés, o que colocava, à partida, vários riscos para a sua saúde.Após o nascimento, a criança ficou com paralisia cerebral e foi «afectada de paralisia à esquerda (com lesão do membro superior esquerdo e diafragmática), sofrendo, ainda, de graves dificuldades respiratórias».Tem, também, infecções frequentes das vias respiratórias, com febres e muita tosse, tendo tido uma pneumonia em tenra idade.
Em declarações à Lusa, o advogado do Hospital São Marcos, Artur Marques, anunciou que vai recorrer para o Tribunal Central: «O Hospital discorda da fixação das indemnizações e da conclusão de que houve erro médico«.
O advogado dos queixosos José Carlos Moniz da Cunha disse, por seu lado, que a mãe do menor «é a melhor cliente do mundo: soube sofrer e sabe esperar.Acrescentou que «só mesmo uma mãe tão paciente a cuidar dele pôde aguardar tão calmamente todo este tempo, senhora do reconhecimento das razões do filho...»
O jurista deixou também uma «homenagem à classe médica e ao sábio Colectivo de juízes que tomou a decisão». Disse que «a sentença só foi possível porque houve sumidades da Obstetrícia que, apresentado que lhes foi o caso, se dispuseram a depor para melhor ilustração da matéria a ajuizar».Salientou que a queixa foi feita apenas contra o Hospital porque «a mãe não quer mal às médicas que fizeram nascer o seu filho». A decisão judicial garante que a mãe, quando grávida, frequentou os serviços do Hospital, onde, e através dos parâmetros de duas ecografias se constatou que o feto se encontrava em posição de pés.
A mãe deu entrada na Maternidade a 8 de Fevereiro, onde, depois de observada pela médica de serviço, entrou em trabalho de parto, tendo-lhe sido feita uma radiografia.
O juiz escreve que «não lhe foi realizada qualquer acção para monitorizar o andamento do trabalho de parto nas oito ou nove horas em que esteve na sala de expectantes, mas já em trabalho de parto».O bebé nasceu de pés para a frente, e foi puxado pela médica assistente, dado ter ficado «encravado» por um braço e retido pela cabeça por tempo não apurado.A saída do menino «só foi conseguida com recurso à manobra de Mauriceau - a introdução manual no útero para tentar corrigir a posição do nascituro - e de ter sido cortada para a facilitar"»No final, o Serviço de Neonatologia registou vários traumas de parto, que «foram consequência directa e necessária de diversas lesões».
O Tribunal concluiu que «a opção médica recomendada seria a Cesariana por envolver uma menor probabilidade de ocorrência de lesões traumáticas, mormente a do braço» e apontou «várias insuficiências em termos de exames médicos à parturiente». «O parto vaginal exigia cuidada avaliação dos factores de risco», diz o tribunal, considerando que houve violação da boa prática médica e que «não terão sido tomadas todas as medidas clinicamente correctas para o êxito do parto».
Nos primeiros anos de vida, a criança apresentava dificuldades alimentares e teve de fazer reabilitação físico-motora do braço esquerdo e exercícios respiratórios, duas vezes por semana, bem como terapia ocupacional.Tinha dificuldades na fala e na movimentação do braço esquerdo, ao nível do ombro e clavícula, não conseguia elevar o antebraço, e o pulmão esquerdo quase não tinha actividade respiratória.Viveu até agora com incapacidade parcial e permanente, que se prolongará por toda a vida e sofreu de «dores e padecimentos físicos» que foram atenuados pelos cuidados especiais dos pais, já que mãe deixou de trabalhar para o acompanhar.
A acção envolveu «a responsabilidade civil extracontratual do Hospital de São Marcos por factos ilícitos, praticados pelos seus órgãos ou agentes acto ilícito e culposo e nexo causalidade».
A administração do Hospital ainda não se prenunciou sobre o assunto, uma vez que ainda não lhe foi notificado, mas uma fonte do órgão garantiu que actuará na defesa do interesse público.

Sandra Cunha


Fontes:Lusa/SOL

Descoberto processo de análise do ADN cinco vezes mais rápido

Cientistas do “Jefferson Medical College” e da Universidade Johns Hopkins anunciaram ter desvendado uma nova técnica de análise do ADN cinco vezes mais rápida e menos dispendiosa do que a utilizada actualmente. A descoberta poderá ter um vasto leque de aplicações, desde a ciência forense, à clonagem ou ao bioterrorismo, afirmam os investigadores.

Jonathan Brody, professor de cirurgia em Jefferson, Filadélfia, e Scott Kern, em Johns Hopkins, Baltimore, afirmam que o processo de electroforese que conseguiram desenvolver poderá “poupar milhões de dólares por ano, apenas pelo facto de acelerar os procedimentos”.

A maioria das técnicas biológicas envolvem a electroforese, o que aconteceu foi que os cientistas analisaram o ADN, mas os compostos envolvidos no processo permaneceram inalterados por 30 anos. Os investigadores alegam que o composto de lítio presente no ácido bórico da electroforese do ADN é uma solução melhorada relativamente à que é utilizada há já 30 anos.

“Um processo que normalmente demora uma hora e meia ou duas horas para ser realizado pode ser efectuado em 10 minutos”, afirmou Jonathan Brody, salientando que o novo método poderá ter um grande conjunto de aplicações que vão desde a neurociência à biologia do desenvolvimento e a vários outros campos que envolvem a análise do ADN.

“Muita da nossa ciência é abstracta e resulta de um processo de crescimento contínuo”, considera o especialista até porque é raro estar-se perante a possibilidade de “provocar um impacto em quase todos os campos da ciência de uma só vez”. Conforme explicou Brody, o processo começa a ganhar aceitação e utilização a nível internacional, tornando-se mais frequente, mas “tal como qualquer coisa na ciência demorará algum tempo para que se torne prática comum”.

Marta Bilro

Fonte: The Earth Times, Daily India, Science Daily.

Marcador-chave no sistema imunitário
Anti-retrovirais podem salvar seropositivos


Os doentes que registem um grau óptimo de adesão aos tratamentos para a sida com fármacos anti-retrovirais podem ver um marcador-chave no sistema imunitário voltar ao normal, se a tripla terapia for prolongada por um período de tempo suficiente.

Um estudo levado a cabo por investigadores europeus e argentinos, publicado na revista médica «The Lancet», dá conta da boa notícia, mas explica que, de acordo com os autores da pesquisa, os seus resultados “só se aplicam aos pacientes que tenham revelado uma reacção óptima à terapia anti-retroviral, pelo que devem ser considerados apenas diante do melhor cenário possível”. O estudo acompanhou 1.835 seropositivos incluídos no abrangente estudo europeu «EuroSida» (em que foram observados 14.262 pacientes). Todos tinham iniciado a triterapia e estavam a reagir bem ao tratamento, com a carga viral a descer abaixo do limite de 50 vírus por mililitro de sangue.
A taxa média de linfócitos CD4 (um tipo de glóbulos brancos com papel fulcral na resposta do sistema imunitário e que servem como marcadores da doença, além de contribuírem para a capacidade de o doente seropositivo evitar o surgimento das chamadas doenças oportunistas) era, no início do tratamento daqueles doentes, de 204 por milímetro cúbico de sangue (a taxa normal é superior a 500). No entanto, a evolução do estudo permitiu aferir uma recuperação muito significativa daquele tipo de células, que prosseguiu de forma duradoura, até à normalidade ou muito perto disso. O maior aumento tem lugar durante o primeiro ano de tratamento, seguindo-se aumentos menores nos anos seguintes. Assim, se a terapia for suficientemente prolongada, os doentes com sida poderão atingir os níveis normais de CD4.

Carla Teixeira
Fonte: Agência Lusa

Merck volta a enfrentar processos interpostos por accionistas

Um tribunal norte-americano voltou a accionar os processos de vários accionistas contra a farmacêutica Merck por alegações de que esta terá ocultado os riscos inerentes à toma do anti-inflamatório Vioxx.

Os três juízes encarregues de analisar o recurso do processo consideraram que este deveria ser devolvido ao magistrado do tribunal federal da Nova Jérsia que os tinha anulado em Maio de 2006.

O Vioxx, que rendia à farmacêutica norte-americana 1,8 mil milhões de euros por ano, foi retirado do mercado em Setembro de 2004, por suspeitas de provocar um elevado risco de ataque cardíaco, enfarte e morte. Os accionistas afirmam que esses efeitos secundários foram omitidos pelos directores da empresa.

O tribunal de recurso apurou que o juiz Stanley R. Chesler cometeu um erro ao não permitir que os queixosos incluíssem no processo provas adicionais, baseando-se em fundamentos de que esses materiais teriam sido adquiridos em resultado de um acordo de descoberta consensual. O novo painel de juízes considerou que Chesler deverá determinar se essas provas poderiam afectar o mérito da lei.

Marta Bilro

Fonte: BBC News, Forbes.

Ranbaxy duplica lucros no terceiro trimestre de 2007

A Ranbaxy, o segundo maior laboratório farmacêutico indiano, registou uma duplicação dos resultados no segundo trimestre do ano impulsionada por um forte crescimento no mercado europeu e pela valorização da rupia que lhe reduziu os custos com empréstimos contraídos no estrangeiro. Os resultados divulgados pela empresa superam as previsões avançadas anteriormente.

Os lucros da empresa aumentaram para os 47 milhões de euros (2,64 mil milhões de rupias) no segundo trimestre de 2007, relativamente aos 21,7 (1,21 mil milhões de rupias) milhões de euros registados em igual período do ano anterior. O director executivo da Ranbaxy, Malvinder Singh, afirmou, em declarações aos jornalistas, que a performance da empresa deverá melhorar ainda mais no segundo semestre do ano à medida que a companhia lança novos produtos no mercado.

O responsável adiantou ainda que a farmacêutica considera a possibilidade de proceder a novas aquisições para aumentar o crescimento, isto depois das oito operações de compra levadas a cabo no ano passado, metade das quais na Europa, com o objectivo de cortar nos custos de distribuição e aumentar a venda de genéricos. As estimativas apontam para um crescimento do mercado global de genéricos na ordem dos 73,3 mil milhões de euros em 2010, e os laboratórios concorrentes estão a proceder a aquisições para manter o crescimento dos lucros.

“A empresa anunciou um bom crescimento das vendas em todos os seus mercados, crescimento esse que deverá continuar”, afirmou Saion Mukherjee, analista da Brics Securities, em Bombaim, acrescentando que “as aquisições serão uma contribuição vital para o crescimento na Roménia e na África do Sul”. A Ranbaxy, que tem ambições de pertencer ao top cinco das maiores empresas de genéricos, registando vendas anuais no valor de 3,6 mil milhões de euros em 2012, viu as suas acções subirem à medida que os analistas partilhavam o optimismo acerca do futuro da empresa. “Continuamos positivos. A empresa empenha-se em prestar bons serviços”, salientou Sarabjit Kaur Nangra, analista do sector farmacêutico na Angel Broking Ltd.

As vendas do laboratório indiano subiram 55 por cento na Europa, para os 62 milhões de euros no segundo semestre, já na América do Norte o aumento das vendas não ultrapassou os 12 por cento, atingindo os 73,8 milhões de euros.

Marta Bilro

Fonte: Reuters, Bloomberg.

Certolizumab Pegol representa alternativa no tratamento da doença de Crohn

Dois estudos divulgados pelo “New England Journal of Medicine” sugerem que o Certolizumab Pegol pode ser uma ajuda importante para as pessoas que sofrem da doença de Crohn, principalmente para aquelas que não reagem à medicação convencional.

O medicamento desenvolvido pela UBC Pharma, que actua de forma similar aos fármacos já existentes, ainda não se encontra disponível no mercado. Porém, a farmacêutica já submeteu o pedido de Autorização de Introdução no Mercado (AIM) à Agência Europeia do Medicamento (EMEA). Gerald W. Dryden Jr., professor de medicina na Universidade de Louisville, considera que a substância poderá “oferecer mais opções aos pacientes”.

A causa da doença de Crohn é desconhecida, no entanto, as investigações centraram-se em três possibilidades principais: uma disfunção do sistema imunitário, uma infecção e a dieta alimentar. Por norma, os doentes de Crohn são tratados com adalimumab (Humira), infliximab (Remicade) e certolizumab, sendo que, este último é considerado menos destrutivo das células imunitárias do organismo.

No primeiro estudo, realizado por Stefan Schreiber na Universidade Christian Albrechts, na Alemanha, foram administradas 400 mg do medicamento no inicio da análise e uma segunda dose na quarta semana, a 668 pacientes com casos severos a moderados da doença. Posteriormente os doentes que reagiram ao tratamento foram administrados com uma outra dose do fármaco ou com um placebo a cada quarto semanas. Os cientistas observaram que 48 por cento dos pacientes que anteriormente tinham manifestado uma reacção ao medicamento estavam ainda em remissão na 26ª semana quando continuavam a tomar o medicamento. No entanto, apenas 29 por cento dos doentes que inicialmente reagiram ao medicamento mas que depois ingeriram placebos, entraram em remissão.

No outro estudo, conduzido por William Sandborn, da Clinica Mayo, em Rochester, no Minesota, 662 pacientes foram administrados com o medicamento ou com um placebo três vezes num período de quatro semanas e depois uma vez a cada quatro semanas. Os doentes que ingeriram o medicamento demonstraram melhores resultados a curto prazo, porém não houve uma diferença significativa entre os dois grupos na 26ª semana. Apesar dos dois estudos terem produzido resultados diferentes, eles sugerem que o medicamento é uma “terapia eficaz” escreveu James Lewis, professor de medicina e epidemiologia na Universidade da Pensilvânia, num comentário que acompanha a publicação dos estudos. Caso seja aprovado, o fármaco oferece um tratamento alternativo aos dois medicamentos já existentes, acrescentou o mesmo especialista.

A doença de Crohn afecta tipicamente toda a espessura da parede intestinal, é frequente que se manifeste na porção mais baixa do intestino delgado (íleo) e no intestino grosso, mas pode ocorrer em qualquer segmento do tracto gastrointestinal. Nas últimas décadas, a incidência da doença de Crohn aumentou tanto nos países ocidentais como nos países em vias de desenvolvimento. Ocorre aproximadamente em igual proporção nos dois sexos e quase todos os casos surgem antes dos 30 anos, mas a maioria começa entre os 14 e os 24 anos.

Marta Bilro

Fonte: The Earth Times, Forbes, Manual Merck.

Esquema com receitas falsas desmantelado pela Judiciária
Detido director de farmácia envolvido em fraude


O director clínico de uma farmácia de Setúbal foi hoje detido por suspeitas de estar envolvido numa rede que terá burlado o Serviço Nacional de Saúde em mais de um milhão de euros.

De acordo com uma notícia avançada no site do semanário «Expresso» ao final da manhã de hoje, a acção da rede tinha por base a emissão de receitas falsas, com a intenção de, num momento posterior, obter dos serviços competentes do SNS as comparticipações devidas pela alegada venda de medicamentos que na realidade nunca chegaram a ser vendidos. A investigação, que segundo a imprensa estaria a decorrer há já bastante tempo (alguns meios de informação apontam um ano, mas outros já falam de três), terá culminado numa intervenção policial desencadeada há dois dias, que ao final desta manhã teve como desfecho a prisão do director clínico da farmácia envolvida. Além da detenção foram feitas várias buscas.

Carla Teixeira
Fonte: Expresso, Correio da Manhã, Rádio Renascença
Dados de um estudo a publicar em Agosto no Brasil
Gravidez e saúde mental estão ligadas


Um estudo a publicar na edição de Agosto do título brasileiro «Revista de Saúde Pública» concluiu que há uma ligação entre a gravidez e o estado de saúde mental da mulher grávida. Numa investigação que incidiu sobre adolescentes da cidade de São Paulo, os investigadores aferiram que os sintomas de ansiedade e depressão, bem como o consumo de tabaco, são mais comuns nas adolescentes grávidas pela primeira vez do que nas jovens da mesma idade que nunca engravidaram.

A investigação, que teve como objectivo fazer uma estimativa da prevalência de problemas de saúde mental em adolescentes grávidas do primeiro filho e comparar o perfil daquelas jovens com o das que, tendo uma visa sexualmente activa, nunca passaram pela situação, chama a atenção dos serviços de planeamento familiar brasileiros para o facto de, tendo conhecimento destes dados, poder ser mais fácil evitar os possíveis prejuízos para a saúde daquelas mães e dos seus bebés.
No que diz respeito aos resultados, os dois grupos de adolescentes não diferiram de forma muito significativa no que toca à prevalência total de problemas de saúde mental (24,6 por cento nas grávidas; 27,3 por cento nas não-grávidas), mas no que respeita à sintomatologia de ansiedade e depressão notou-se que 24,2 por cento das grávidas sofriam de problemas desse género, contra 15,3 por cento das outras jovens, havendo também diferenças evidentes nos sintomas de retraimento (13 por cento no primeiro grupo; apenas 4,5 por cento no segundo). O consumo de tabaco foi outra variante a revelar grande disparidade: 21,3 por cento das adolescentes grávidas fumava, enquanto no outro grupo apenas 11 por cento tinha aquele vício.

Carla Teixeira
Fonte: Revista de Saúde Pública
Estudo comparou eficácia no tratamento do cancro colorrectal
Quimioterapia combinada ou sequencial?

A quimioterapia sequencial não é menos válida do que a quimioterapia combinada no tratamento do cancro do cólon e do recto. Uma investigação levada a cabo por investigadores do Grupo Holandês do Cancro do Cólon e Recto com vista a fazer a comparação entre as duas terapias, e tentar perceber qual a mais eficaz em termos de toxicidade, custos e taxa de sobrevivência dos pacientes, concluiu que não há diferenças significativas entre as duas.

De acordo com os resultados do estudo, divulgados na edição deste mês do jornal médico-científico «The Lancet», os cientistas aferiram que, “para os pacientes com cancro do cólon e recto avançado, o tratamento combinado com todas as drogas citotoxicas efectivas não é melhor do que a utilização sequencial”. Isto deve-se, à luz da mesma pesquisa, ao facto de a progressão da sobrevivência em todas as linhas de tratamento consequentes não ter sido significativamente diferente entre os dois grupos analisados no estudo agora divulgado.
Para estudar uma doença que é anualmente diagnosticada em cerca de um milhão de pessoas, 45 por cento das quais se encontram já em estádios muito avançados da doença, os investigadores acompanharam 805 doentes, que dividiram em dois grupos: o primeiro grupo foi submetido ao tratamento por quimioterapia combinada, enquanto o segundo grupo utilizou os fármacos segundo o método sequencial. No primeiro grupo o tratamento de primeira linha teve por base a administração de capecitabina e irinotecan e o de segunda linha associou capecitabina e oxaliplatina. No segundo grupo foi administrado aos doentes capecitabina no tratamento de primeira linha, irinotecan na segunda linha e oxaliplatina na terceira.
Do total de 805 pacientes que iniciaram o estudo 675 (84 por cento) morreram no período da sua realização (339 no grupo da quimioterapia combinada, 336 no outro grupo). A taxa de sobrevivência também não diferiu muito entre os dois grupos de doentes, oscilando entre os 17,4 meses nos voluntários submetidos ao tratamento combinado e os 16,3 meses nos doentes que seguiram o tratamento farmacológico sequencial.

Carla Teixeira
Fonte: TV Ciência
Curso de Verão na Universidade Católica do Porto
«Alimentos funcionais e seus efeitos na saúde»


Arranca no próximo dia 23, na Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica do Porto (pólo da Asprela), o curso de Verão «Novos alimentos funcionais e seus efeitos na saúde», que integra um amplo e inovador programa de formação daquele estabelecimento de Ensino Superior. Até Setembro serão muitos os temas alvo de iniciativas semelhantes, que na área da Saúde abarcarão temáticas como a relação entre alimentos e saúde, a sida e as vacinas ou a construção de uma horta biológica.

No curso com início agendado para a próxima segunda-feira, e que se prolonga por três dias, com quatro horas de aulas em cada um deles, serão abordados assuntos relacionados com a alimentação saudável e as recomendações nutricionais, mas o conceito de alimentos funcionais, o seu papel no organismo humano, a importância da interpretação do rótulo, os seus principais ingredientes e as acções biológicas que desempenham no organismo – probióticos, prebióticos, antioxidantes, ómegas 3 e 6, proteínas, péptidos e esteróis vegetais – serão protagonistas.

Carla Teixeira
Fonte: Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa

CHMP recomenda aprovação de Cervarix

O Cervarix, vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV), produzida pela GlaxoSmithKline está a um passo de ser lançada no mercado europeu depois do Comité de Especialidades Farmacêuticas para Uso Humano da Agência Europeia do Medicamento (CHMP) ter recomendado a sua aprovação. A farmacêutica britânica espera receber uma autorização da Comissão Europeia para comercializar a substância dentro dos próximos meses.

Os tipos 16 e 18 do vírus do papiloma humano são os principais alvos do Cervarix, que representam cerca de 70 por cento dos casos de cancro do colo do útero. No entando, resultados preliminares de um ensaio clínico de Fase III revelaram que o Cervarix confere uma protecção eficaz contra infecções persistentes caudas pelos tipos 45, 31 e 52 do HPV, que contribuem igualmente para o aparecimento do cancro do colo do útero.

O CHMP analisou os dados de ensaios clínicos que envolveram a participação de 30 mil mulheres, com idades compreendidas entre os 10 e os 25 anos de idade, que demonstraram que a candidata a vacina teve resultados eficazes e era, geralmente, bem tolerada, afirmou a empresa. Segundo a GSK estão ainda em curso vários ensaios clínicos que observam a actuação do Cervarix.

O laboratório tinha mencionando, anteriormente, a intenção de lançar a vacina na Europa durante o segundo semestre de 2007. A substância vai agora ser submetida à aprovação da Comissão Europeia que poderá emitir uma licença de comercialização nos próximos meses.

Depois do cancro da mama, o cancro cervical é o segundo tipo de cancro mais comum que afecta as mulheres, provocando mais de 270 mil mortes por ano, a nível mundial. O Cervarix obteve, em Maio, a sua primeira licença de comercialização na Austrália, onde a sua utilização foi recomendada em mulheres com idades compreendidas entre os 10 e os 45 anos. Caso receba parecer positivo, a nova vacina da GSK vai competir com o Gardasil, vacina produzida pela Sanofi Pasteur MSD que já se encontra disponível do mercado, e que oferece protecção contra os tipos 16 e 18 do HPV.

Marta Bilro

Fonte: CNN Money, RTT News, Trading Markets.

Lucros da Roche crescem 24% no primeiro semestre

Severin Schwan é nomeado director executivo

A farmacêutica suíça Roche obteve um aumento nos lucros na ordem dos 24 por cento, no primeiro semestre do ano, comparativamente ao mesmo período do ano anterior, apoiado pelo sucesso de vendas do Avastin (bevacizumab), e do Herceptin (trastuzumab), dois fármacos destinados ao tratamento do cancro, e superando as estimativas dos analistas que se fixavam nos 16 por cento.

Os resultados líquidos da maior produtora mundial de medicamentos anticancerígenos subiram dos 2,39 mil milhões de euros, registados no primeiro semestre de 2006, para os 2,97 mil milhões de euros no período homólogo deste ano. As acções da empresa foram alvo de um crescimento de 1,7 por cento, ou 2,12 euros, para os 131,5 euros.

A Roche anuncou também a nomeação do seu actual director da unidade de diagnósticos, Severin Schwan, como director executivo, que assim sucede no cargo a Franz Humer, no dia 4 de Março de 2008. De acordo com a empresa não existiu qualquer pressão exterior que interviesse nesta alteração, justificando a medida com a decisão de separar os papéis de director executivo e presidente devido à crescente complexidade das tarefas inerentes a cada posição. Humer mantém-se, assim, como presidente da Roche. “Esta é uma transição suave pelo que estou absolutamente convicto de que funcionará bem”, afirmou Humer.

O Avastin e o Herceptin, ambos desenvolvidos em parceria com a Genentech estão a fornecer uma ajuda crucial para que o crescimento da Roche seja superior do que o dos seus rivais que têm enfrentado o aumento da competição dos genéricos e lutado pela substituição dos medicamentos antigos por novas versões. A farmacêutica ambiciona expandir a utilização dos medicamentos anticancerígenos testando-os noutros tipos de tumores e em fases mais precoces da doença.

No que diz respeito às vendas, o aumento atingiu os 15 por cento, alcançando os 13,76 mil milhões de euros, impulsionados pelo crescimento de 17 por da divisão farmacêutica. As receitas para a totalidade do ano deverão registar um crescimento a dois dígitos, referiu a empresa, confirmando uma previsão anterior. “No segundo semestre, a Roche irá, quase de certeza, ser a melhor do seu sector em termos de crescimento, vendas e capacidade de gerar lucros”, afirmou Denise Anderson, analista da Landsbanki Kepler, em Zurique.

Marta Bilro

Fonte: Bloomberg, Forbes.

Medicamentos de última geração para a diabetes
Fármacos mais caros, mas não mais eficazes


Os medicamentos de última geração para o combate à diabetes são bastante mais caros do que os seus antecessores, mas ao que parece o grau de eficácia não teve a mesma evolução positiva. Um estudo publicado na revista científica «Annals of Internal Medicine» assevera que os modernos tratamentos para a doença não são mais úteis no controlo dos níveis de glucose no sangue do que os mais antigos.

No âmbito de uma investigação que, pela primeira vez, analisou a eficácia das mais modernas terapias para a diabete de tipo II, comparando-a de forma exaustiva com a dos fármacos de segunda geração, visando aferir os benefícios as consequências perniciosas de cada tipo de medicamentos para aquela doença. Uma equipa de investigadores da Universidade de John Hopkins, nos Estados Unidos, estudou 216 trabalhos anteriores e duas revisões dos dados existentes, concluindo que os mais antigos tratamentos para a diabetes têm sensivelmente os mesmos efeitos dos que mais recentemente foram introduzidos no mercado, apesar de os mais novos terem custos bastante superiores.
No que diz respeito à recente polémica relacionada com a rosigliatazona, que à luz de um estudo publicado no «The New England Journal of Medicine» implicaria um maior risco de doenças cardiovasculares, os resultados da investigação divulgada agora permitem concluir, animando o debate sobre o assunto, que as estatísticas relativas à rosigliatazona “não revelam diferenças significativas comparativamente aos fármacos mais antigos, pelo que, de acordo com os peritos norte-americanos, “os efeitos da rosiglitazona na mortalidade e na ocorrência de problemas a nível do coração continua incerta”.

Carla Teixeira
Fonte: El Mundo
Unidades de saúde passam a ser classificadas como os hotéis…
Estrelas para os hospitais


O presidente da Entidade Reguladora da Saúde, Álvaro Almeida, anunciou ontem, na cidade do Porto, a intenção de, a breve trecho, dotar os hospitais portugueses de um sistema de avaliação semelhante ao que é aplicado nos hotéis, atribuindo estrelas à qualidade de cada estabelecimento hospitalar, e elaborando um ranking das instituições que se destaquem pela positiva naquele parâmetro.

As unidades de saúde poderão assim passar a ser avaliadas e classificadas tendo em conta os serviços prestados, e é objectivo da ERS pôr a medida em marcha já no próximo ano. Potencialmente polémica – visto que, segundo declarações feitas ao farmacia.com.pt por vários médicos do Hospital de São João – os hospitais não devem ser avaliados de acordo com os critérios usados para as unidades turísticas –, a medida passa pela atribuição de estrelas aos serviços sanitários.
Não obstante, Álvaro Almeida garante que não está em marcha qualquer tentativa de diferenciação ou discriminação dos hospitais inseridos em qualquer daquelas categorias, que vão de zero a cinco estrelas, asseverando que o que se pretende é “avaliar todos os cuidados de saúde, públicos, privados e sociais, sem qualquer distinção”, estando já o sistema em fase de implementação. No entanto, os quatro profissionais de saúde auscultados pelo nosso portal questionaram-se, em tom irónico, sobre “que tipo de doente recorre a um hospital sabendo que essa unidade foi avaliada com zero estrelas?”…
O presidente da Entidade Reguladora de Saúde, que falava na cidade Invicta no âmbito de um seminário sobre perspectivas para o sector, considerou que este sistema, que já está em vigor em países como os Estados Unidos e o Reino Unido, constitui “uma forma simplificada” de gestão daqueles serviços que, salientou, “traz algumas vantagens”.

Carla Teixeira
Fonte: Agência Lusa
Conferência europeia agendada para Setembro em Lisboa
Saúde Portugal Expo & Conferências 2007


Sida, doenças do coração, cancro, diabetes, depressão, tabagismo e dependência do álcool serão, entre os dias 20 e 23 de Setembro deste ano, protagonistas de um encontro científico europeu em Lisboa. Com apresentação oficial marcada para hoje, o evento «Saúde Portugal Expo & Conferências 2007» visa reunir instituições públicas e privadas e dar a conhecer a toda a sociedade os problemas de saúde mais comuns e as soluções terapêuticas actualmente disponíveis.

O encontro deverá ter lugar no Parque das Missas, em Lisboa, e de acordo com o que o farmacia.com.pt conseguiu apurar, incluirá 26 workshops de prevenção e de promoção da saúde, dirigidos a jovens, adultos e idosos, com abordagens diversas de doenças como a sida, a diabetes, a depressão, os problemas cardiovasculares e oncológicos, o consumo de tabaco e a dependência face ao álcool. Num programa paralelo ao da conferência realizar-se-ão ainda o Fórum Nacional das Associações de Doentes e três salões simultâneos, formatados por áreas terapêuticas: o Salão Internacional dos Equipamentos, Tecnologias e Produtos para a Saúde, o I Salão Nacional dos Prestadores de Serviços e Cuidados de Saúde e o I Salão da Promoção da Saúde, Prevenção da Doença, Estilos de Vida Saudáveis e do Bem-Estar, numa iniciativa do Jornal do Centro de Saúde que conta com o patrocínio institucional do Alto Comissariado da Saúde.
Considerando que “os cidadãos procuram mais e melhor saúde”, a organização do encontro procura sensibilizar o público em geral e os profissionais do sector em particular para a necessidade de, atendendo a esse anseio da população”, fazer da prestação de cuidados de saúde, preventivos ou curativos, a nível individual ou da comunidade, “mais do que uma mera actividade económica”, transformando aquela área no que ela é efectivamente, “uma das maiores responsabilidades sociais, com inovação, humanização, personalização e qualidade”. Porque a saúde é “um bem para as pessoas”, o encontro contará com a participação de inúmeros expositores, entre hospitais, centros de saúde e unidades de saúde familiar, clínicas, institutos médicos e laboratórios de análises, instituições de ensino e formação na área da Saúde, da assistência social e da medicina no trabalho.
O programa completo do evento, que aguarda a visita de mais de 50 mil pessoas e deverá contar com a presença do ministro da Saúde, Correia de Campos, na sessão de encerramento, está disponível no site http://www.jornaldocentrodesaude.pt/.

Carla Teixeira
Fonte: Agência Lusa, Jasfarma, Jornal do Centro de Saúde

Portugueses dão nota negativa ao SNS

A avaliação que os portugueses fazem do Serviço Nacional de Saúde (SNS) é negativa, atribuindo-lhe uma nota de sete valores numa escala de 0 a 20. A nota é justificada pelas longas filas de espera, pelos sucessivos erros administrativos de que a comunicação social tem feito eco e pelas últimas alterações produzidas por Correia de Campos, actual ministro da Saúde, de acordo com uma sondagem Aximage/CM.

Confrontado com os resultados da sondagem, o socialista António Arnault, apelidado de o pai do SNS, considera que “os sete valores são injustos, tanto mais que a última avaliação internacional, feita pela Organização Mundial de Saúde, coloca Portugal no 12.º lugar”, no entanto, atribui o descrédito dos portugueses “à política do actual ministro da Saúde que vai desacreditando o serviço nacional com o encerramento de várias unidades”.

Não se mostrando surpreendido, Arnault considera que a situação é muito grave, servindo de “aviso ao ministro e ao Governo para repensarem as políticas. As constantes notícias de encerramento de unidades de saúde, as manifestações espontâneas de descontentamento dos utentes e tudo o mais faz transparecer uma péssima imagem do SNS.”

Grave é também o facto de os inquiridos, que não utilizaram o SNS nos últimos 12 meses, terem uma opinião bastante negativa do mesmo, dos quais cerca de 60 por cento considera que o funcionamento do SNS é mau ou muito mau, contra apenas 9,9 por cento que o elogia.

O ministro Correia de Campo, desdramatiza a questão, dando conta de que esse valor se ficou a dever aos inquiridos que não frequentaram os serviços públicos de Saúde, alegando que existe uma discrepância de opinião entre utentes, pois “quem não frequenta o SNS tem, normalmente, opinião negativa. Os que frequentam têm opinião positiva. Esta diferença tem sido atribuída por diversos especialistas ao facto de existir uma tendência para os media darem um relevo desproporcionalmente maior às notícias negativas, comparativamente com as notícias positivas”, justifica o ministro.

Na opinião de Jacinto Oliveira, da Ordem dos Enfermeiros, os resultados da avaliação indicam a necessidade de reflexão quanto ao caminho a seguir, não só por parte de “todos os agentes e parceiros da Saúde”, mas “acima de tudo” por parte do “senhor ministro”.

A longas filas de espera para serviços cirúrgicos estão no topo dos exemplos apontados para o mau funcionamento do SNS, principalmente aquelas que envolvem problemas oncológicos, pois em Portugal o tempo médio de espera por uma cirurgia no tratamento de cancro era de 105 dias (três meses e meio), apesar de as sociedades científicas fixarem em 14 dias o tempo máximo de espera para tratamento cirúrgico em oncologia.

De realçar é ainda o facto dos residentes no interior do pais manifestarem uma opinião mais positiva sobre o SNS, enquanto que na comparação por sexos, são os homens que têm uma melhor opinião dos serviços de saúde, com 7,2 valores contra 6,8 das mulheres.

Inês de Matos

Fonte: Correio da Manhã

Afinal Vitamina C não evita constipações

Um novo estudo dirigido por investigadores australianos e finlandeses, publicado hoje pela organização internacional Cochrane Collaboration, vem desmistificar o suposto efeito preventivo da vitamina C, sobre as constipações, negando que exista uma relação entre o consumo diário de vitamina e o menor risco de constipação.

Baseados em cerca de 30 estudos que abrangeram 11 mil pessoas, os investigadores apuraram que o consumo diário de vitamina C apenas reduz para metade o risco de constipação em indivíduos submetidos a esforços físicos extremos, como é o caso dos maratonistas ou dos soldados.

Os indivíduos participantes nos estudos tomavam diariamente pelo menos 200 miligramas de vitamina C, no entanto, constatou-se que no grande público o efeito das vitaminas sobre a prevenção das constipações é muito pouco significativo para ser aconselhado.

No inicio dos anos 70, o investigador americano Linus Pauling, prémio Nobel da Química, aconselhou numa das suas obras a ingestão de mil miligramas de vitamina C por dia, como forma de reduzir o risco de constipações, dando assim origem ao mito que ainda hoje vigora.

Inês de Matos

Fonte: RTP