Um dos autores do estudo, o Dr. Brooke Molina, sublinhou que os dados não sustentam que as crianças que recebem a medicação durante mais de dois anos tenham melhores resultados do que as crianças que não a recebem durante esse período.
No estudo sobre o tratamento de crianças com PHDA foi administrada aleatoriamente uma de quatro opções de tratamento: tratamento com fármacos, fármacos mais terapia conversacional, terapia conversacional isoladamente ou cuidados médicos de rotina isoladamente.
Uma análise inicial de 14 meses, publicada em 1999, demonstrou que as crianças tratadas com estes fármacos demonstraram mais melhorias dos sintomas, em comparação com aquelas que receberam apenas terapia conversacional e cuidados de rotina.
Contudo, uma análise de seguimento em 2007 já não demonstrou diferenças no comportamento entre as crianças tratadas com este tipo de fármacos e aquelas que não o foram. Adicionalmente, os dados de 2007 indicaram que as crianças que tomaram fármacos para a PHDA, durante 36 meses, eram mais baixas e pesavam menos do que aquelas que não receberam os fármacos.
As últimas descobertas, publicadas na “Journal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry”, incluem dados de um seguimento de oito anos e confirmaram que não existiam diferenças no comportamento a longo prazo entre os que tomaram os fármacos e os que não tomaram.
O investigador William Pelham concluiu que uma interpretação possível dos dados é que os fármacos para a Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção são úteis a curto prazo, mas ineficazes a longo prazo.
Isabel Marques
Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=028885D6B89449669AFE5D8274D902AC