quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Será que a homossexualidade está nos genes?

Esta é a questão a que um estudo, que se encontra a decorrer nos Estados Unidos, pretende responder e para isso estão a ser observados mil pares de irmãos homossexuais. O objectivo é encontrar genes que possam influenciar a orientação sexual dos participantes, a quem foram realizadas análises ao sangue e à saliva.

O estudo é financiado por fundos federais e conduzido por investigadores da zona de Chicago, mas só deverá estar concluído no próximo ano e não se espera que indique uma resposta final.

Alan Sanders, o psiquiatra responsável pelo estudo, adiantou que suspeita de que não existe um "gene gay", mas considera que ”se houver um gene que tenha uma contribuição assinalável”, a investigação em curso têm “uma bela hipótese de o encontrar”.

De acordo com Sanders, “é mais provável que existam vários genes que actuam reciprocamente com factores não genéticos, incluindo as influências psicológicas e sociais para determinar a orientação sexual”.

Investigações anteriores demonstraram que a orientação sexual tende a agrupar-se em famílias; contudo, nenhuma concluiu que a origem é genética.

Um estudo muito citado nos anos 90 mostra que se um de dois gémeos verdadeiros for homossexual, o outro tem 52 por cento de hipóteses de ser «gay». Em contrapartida, o resultado num par de irmãos não gémeos era de apenas nove por cento, percentagem que é ainda mais baixa noutro estudo que observou dois mil gémeos australianos monozigóticos.

Devido à subjectividade dos resultados alcançados em estudos anteriores, cujo objecto de estudo era também a questão genética da homossexualidade, os cépticos mostraram já a sua relutância, face aos métodos utilizados e a presumíveis resultados.

Inês de Matos

Fontes: Reuters, Jornal de Noticias, Lusa, Diário Digital

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