segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Gorduras saturadas podem aumentar risco de cancro do intestino delgado

Um estudo, publicado na edição de 15 de Novembro da “Cancer Research”, demonstrou que as dietas elevadas em gorduras saturadas parecem aumentar o risco de cancro do intestino delgado.

De acordo com a principal investigadora, a Dra. Amanda J. Cross, do Instituto Nacional do Cancro norte-americano, no Maryland, é importante identificar factores de risco variáveis para o cancro do intestino delgado, não só porque a incidência deste tipo de cancro está a aumentar, mas também pode permitir compreender melhor outras doenças gastrointestinais.

Descobertas de diversos estudos têm relacionado o consumo de carnes vermelhas e processadas ao cancro do cólon, mas a associação ao cancro do intestino delgado tem recebido relativamente pouca atenção e não tem sido examinada num progressivo estudo prospectivo.

A equipa de investigação, utilizando dados de um estudo sobre dieta e saúde, examinou associações alimentares ao cancro do intestino delgado em meio milhão de homens e mulheres. Foram utilizados questionários de frequência de consumo de alimentos para estimar a ingestão de carne e gordura e os participantes foram seguidos durante 8 anos.

Durante o seguimento, 60 pessoas desenvolveram adenocarcinomas e 80 desenvolveram tumores carcinóides gástricos, um tipo raro de cancro do estômago.

Não foi observada uma associação estatisticamente significativa entre a ingestão de carne vermelha, ou processada, e as doenças do intestino delgado.

Por outro lado, a ingestão de gorduras saturadas foi associada efectivamente ao desenvolvimento de tumores carcinóides. As pessoas com a ingestão mais elevada de gorduras saturadas tinham um risco 3,18 vezes maior de desenvolver tumores carcinóides, em comparação com as pessoas cuja ingestão era a mais reduzida.

O intestino delgado compõe 75 por cento do tracto digestivo, contudo, raramente se desenvolvem cancros aí, aparecendo mais frequentemente no intestino grosso ou cólon.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AK89E20081121

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