segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Estudo demonstra que não há uma verdadeira cura para a ressaca

Parecem existir inúmeras recomendações sobre como prevenir ou curar uma ressaca alcoólica, mas investigadores norte-americanos revelaram que não existem evidências de que qualquer uma delas funcione.

Os investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Indiana, a Dra. Rachel C. Vreeman e o Dr. Aaron E. Carroll, constataram que a Internet fornece intermináveis opções para prevenir ou tratar as ressacas alcoólicas, tais como tomar aspirinas e comer bananas.

Contudo, os investigadores, que realizaram uma revisão sistemática de ensaios aleatórios que avaliaram as intervenções médicas para prevenir ou tratar as ressacas, não encontraram intervenções efectivas, nem na medicina tradicional, nem na complementar.

Enquanto alguns pequenos estudos, que utilizaram pontuações de sintomas não validadas, demonstraram ligeiras melhoras, a conclusão da revisão exaustiva, publicada na “British Medical Journal”, foi de que o propranolol, a tropisetrona, o ácido tolfenâmico, a fructose ou a glicose, e os suplementos alimentares, incluindo borragem, alcachofra, figos da Índia, falharam na “cura” das ressacas.

Embora estudos mais recentes em ratos demonstrem que novos produtos, para alterar os mecanismos associados às ressacas, apresentam algum potencial, os humanos também enfrentam alguns riscos quando utilizam determinadas curas para a ressaca.

Uma ressaca é provocada pelo excesso de consumo de álcool, sendo que, em parte, o efeito diurético do álcool faz com que o corpo perca muita água e cause desidratação. Mas também pode dever-se ao efeito das substâncias que são produzidas durante a fermentação, o processamento ou o envelhecimento das bebidas, sendo que algumas são tóxicas.

Os sintomas mais comuns de uma ressaca são uma forte dor de cabeça, sede insaciável, depressão, mal-estar geral e maior sensibilidade ao barulho e às luzes.

No final, uma ressaca é simplesmente o modo do organismo dizer que se cometeu um excesso, pelo que os investigadores referem que a forma mais efectiva de a evitar é apenas consumir álcool com moderação, ou mesmo evitar o seu consumo.

Isabel Marques

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