De acordo com as conclusões da investigação – a que o Farmacia.com.pt teve acesso-, durante a consulta os doentes referem a possibilidade de existir uma relação entre o fármaco e os efeitos secundários observados, porém, na maioria dos casos, os médicos tendem a desvalorizar essa hipótese, mesmo quando a bula sustenta as suspeitas dos pacientes.
“Alguns doentes referiram que o médico atribuiu os problemas relatados à idade ou à imaginação, desvalorizando a importância dos sintomas ou excluindo a possibilidade de existir uma ligação entre os sintomas e as estatinas”, refere a última edição do “Drug Safety”, um relatório que pretende avaliar a forma como os médicos reagem quando confrontados com reacções adversas provocadas pelos medicamentos.
Face à constatação dos resultados, que indicam a escassa probabilidade dos médicos relatarem os efeitos secundários dos medicamentos nestas circunstâncias, o relatório sugere que incentivar os pacientes a informar acerca dos efeitos secundários poderá ser a solução para melhorar os sistemas de avaliação das reacções adversas dos fármacos. As queixas dos pacientes seriam, neste caso, dirigidas à Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (FDA) que as poderia avaliar e endereçar ao departamento responsável.
Marta Bilro
Fonte: Pharmalot, “Physician Response to Patient Reports of Adverse Drug Effects”.
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