terça-feira, 14 de agosto de 2007

ISEG promove pós-graduação entre Setembro e Julho
Gestão de Marketing Farmacêutico

O Instituto para o Desenvolvimento de Estudos Económicos do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa abriu inscrições, até ao dia 21 de Setembro, para a primeira edição da pós-graduação em Gestão de Marketing Farmacêutico, destinada essencialmente a quadros superiores das empresas, mas que prevê uma quota mínima de 25 por cento de licenciados em início de carreira nas áreas de Gestão, Marketing, Economia, Sistemas de Informação, Farmácia, Medicina, Biologia, Enfermagem e outras ciências da Saúde.

Uma “atractiva carreira no sector farmacêutico”, um estágio para os licenciados escolhidos e a possibilidade de conquistar prémios de mérito, além do contacto permanente com profissionais de destaque nas maiores multinacionais da área da Farmácia, são as garantias iniciais desta acção de formação, que contará com a coordenação científica de Pedro Picaluga Nevado e direcção executiva de Dário Félix Rodrigues, à frente de um elenco de docentes de reconhecido mérito. No final do curso os formandos deverão ter desenvolvido as suas competências avançadas para a gestão actual e moderna do marketing farmacêutico, podendo igualmente acumular créditos para a obtenção do grau de mestre. Foi submetido à Ordem dos Farmacêuticos um pedido de creditação, que a ser aprovado poderá funcionar como mais um incentivo aos profissionais daquela área.
Do plano curricular desta pós-graduação, composto por quatro blocos de matéria e dois seminários, fazem parte temas como aspectos legais do sector farmacêutico, finanças para marketing, estratégia e competitividade, marketing aplicado ao sector farmacêutico, gestão da área de investigação e desenvolvimento e da inovação, análise de dados, aprovisionamento hospitalar, gestão de informação farmacêutica, distribuição de medicamentos, estratégias de preços, empreendedorismo no sector da Farmácia, enquadramento internacional do negócio farmacêutico, gestão de produto, informação médica, gestão de equipas e media training. Os seminários no final do segundo e do quarto blocos contarão com as presenças do vice-presidente da Apifarma, Manuel Gonçalves, que abordará «Os caminhos da governance e a indústria farmacêutica», do director-geral da Bayer Portugal, João Barroca, do seu homólogo na Astra Zeneca, Alberto Aguiar, e do presidente do Grupo Bial, Luís Portela.

Números
Em Março o jornal «Meios & Publicidade» publicou uma reportagem em que dava conta da posição assumida pelos profissionais de saúde relativamente à questão do marketing farmacêutico. De acordo com o estudo publicado naquela edição do jornal, a imprensa médica e os mailings foram apontados como os meios que mais colhem a receptividade de quem trabalha nos departamentos de marketing dos laboratórios. À luz do estudo encomendado pela Serra Pinto Edições e Publicações à CAM Portugal, empresa de estudos de mercado do grupo Cegedim, 40 por cento dos inquiridos colocou, numa escala de seis a um, a imprensa médica no topo, e 24 por cento posicionou os malings no segundo lugar, seguindo-se a internet, o e-mail e os e-meetings.
Os responsáveis de marketing dos laboratórios também controlo apertado sobre o impacto da publicidade, desenvolvendo para isso estudos de mercado ou próprios (17 por cento) ou com recurso a um painel (5 por cento). Em relação à imprensa, os profissionais apostam massivamente (83 por cento) nas revistas. Realizado durante os meses de Janeiro e Fevereiro de 2006 numa amostra de 100 profissionais de marketing farmacêutico (89 gestores de produto, oito directores de marketing e três business unit managers) de 48 laboratórios que representam 67,5 por cento do investimento publicitário no ano anterior, o estudo apresentou algumas pistas sobre as estratégias tidas como mais eficazes pela indústria farmacêutica para chegarem aos seus targets.

Notoriedade espontânea
Um outro estudo, divulgado na mesma edição do «Meios & Publicidade» informava que em média os médicos recordam espontaneamente os nomes de 3,5 marcas de laboratórios. De acordo com o estudo «Healthcare», elaborado pela Novadir entre Novembro de 2006 e Janeiro deste ano junto de aproximadamente duas centenas de médicos de clínica geral, a Merck Sharp & Dohme é a companhia farmacêutica com melhor índice de notoriedade espontânea junto dos clínicos (49,6 por cento), seguindo-se a Bial (39), a Pfizer (36,7), a Novartis (28), a GçaxoSmithKline (24 por cento), a Roche (23,4), a Bayer (21,4), a Merck Genéricos (16,4), a Ratiopharma (10,6 por cento), a Sanofi-Aventis (9,5), a Astra Zeneca (9,4), a Labesfal (9,2 por cento), a Jaba (7,8), a Medinfar (6,4) e a Boehringer Ingelheim (4,4 por cento).
A Merck, logo seguida da Bial e da Pfizer, lidera também o «ranking» das empresas orientadas para a melhoria da qualidade da vida humana e das firmas que estão presentes em mais áreas de actuação. Também na inovação a Merck destaca-se, e as duas outras empresas acompanham-na de perto, nem como nos parâmetros de ética e integridade. Entre as companhias de forte cariz social e público, é a Bial que se destaca, com 19,5 por cento dos votos, deixando atrás a Merck, com nove por cento, e a Bayer, com 8,3 pontos percentuais.

Carla Teixeira
Fonte: mail do farmacia-press, jornal «Meios & Publicidade» de Março de 2007

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