sábado, 4 de agosto de 2007

Metade das mulheres portuguesas não usa métodos anticoncepcionais

O resultado do Inquérito Nacional de Saúde referente a 2005/06 revelou que quase metade das mulheres portuguesas em idade fértil e residentes em território continental, tem relações sexuais sem protecção anticoncepcional.

O inquérito, a cargo do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge e do Instituto Nacional de Estatística, mostrou que no continente a faixa etária onde a utilização do preservativo menos se verifica é a dos 15 aos 19 anos, enquanto que na Madeira a situação é ainda mais preocupante, pois 85 por cento das jovens afirmou que pratica relações sexuais sem recurso a métodos anticoncepcionais.

A pílula é o método anticoncepcional mais popular, com 65,9 por cento das preferências, seguindo-se o preservativo utilizado por 13,4 por cento das mulheres dos 15 aos 55 anos e o dispositivo intra-uterino que se fica pelos 8,8 pontos percentuais.

A preferência pela pílula é visível em todas as faixas etárias, sendo que as jovens dos 20 aos 24 anos são quem mais recorre a este método, que é utilizado por 87,3 por cento das mulheres nesta faixa etária, sendo também muito utilizada pelas mulheres dos 50 aos 55 anos (24,8).

Para além de tentar conhecer os métodos anticoncepcionais mais utilizados pelas portuguesas, este inquérito serviu também para registar a forma como a população considera o seu estado de Saúde e qualidade de vida, verificando-se que metade dos portugueses fazem uma auto-apreciação muito positiva.

De facto, mais de metade dos portugueses consideram que o seu estado de saúde é 'muito bom ou bom' e apenas 14,1 por cento o classificaram como 'mau ou muito mau'. No que respeita à qualidade de vida, 48,4 por cento dos inquiridos atribuíram a classificação máxima a esta questão, mas mais de 44 por cento refere ser 'nem má, nem boa'.

Inês de Matos

Fonte: Sol

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