Apesar da mortalidade por pneumonia se manter estável, com cerca de 18 por cento dos doentes internados nos hospitais a falecer, o número de internamentos aumentou no ano passado 6 por cento em relação ao ano anterior, situando-se acima dos 34 mil. O número de internamentos não tem em conta os doentes hospitalizados devido a outras patologias, mas que também tinham pneumonia.
Esta subida no número de internamentos pode ser um indicador do aumento da gravidade da doença. “Ao todo o número de casos sobe aos 50 mil”, disse ao DN pneumologista e presidente da Associação Nacional da Tuberculose e Doenças Respiratórias, Teles Araújo, justificando que, "o acréscimo de casos pode ter a ver com o reforço da resistência aos antibióticos e com a idade dos doentes, na maioria com mais de 65 anos”.
Os dados do relatório indicam ainda que, em 91 por cento dos casos a morte por pneumonia ocorreu em doentes idosos. Relativamente à distribuição geográfica da doença, “o Norte e o Centro do País têm mais casos de internamento do que outras regiões, mas a mortalidade é maior no Centro e na Madeira”, salientou o especialista.
No que diz respeito a outras doenças respiratórias, como o cancro do pulmão, o relatório revela uma tendência de subida, com 4700 casos de internamento registados e 32 por cento de mortalidade. Ainda assim, os óbitos baixaram 1 por cento. Apesar da incidência da doença ser ainda “demasiado alta”, a tuberculose está também a diminuiu, referiu Teles Araújo.
Marta Bilro
Fonte: Diário de Notícias, TSF, Diário Digital.
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