segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Actividade física ajuda a reduzir futuras dores e desconfortos músculo-esqueléticos

Um estudo alargado, conduzido na Noruega, demonstrou que o exercício físico está associado a taxas mais baixas de queixas dolorosas músculo-esqueléticas crónicas, aproximadamente uma década mais tarde.

A Dra. Helene Sulutvedt Holth, da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, em Trondheim, e colegas examinaram a relação entre a inactividade física e o desenvolvimento de queixas músculo-esqueléticas crónicas. As descobertas foram publicadas online na “BMC Musculoskeletal Disorders”.

Os investigadores avaliaram os resultados de dois estudos de saúde pública, nos quais 39.520 participantes responderam a questões sobre os padrões de actividade física, entre 1984 e 1986, e sobre queixas músculo-esqueléticas crónicas 11 anos mais tarde, entre 1995 e 1997.

As queixas músculo-esqueléticas crónicas foram definidas como queixas músculo-esqueléticas que duraram três meses ou mais no ano anterior ao questionário. As queixas músculo-esqueléticas crónicas difusas foram definidas como dores no tronco, acima ou abaixo da cintura, durante 15 dias ou mais no mês anterior.

No questionário de seguimento, os investigadores descobriram que 51 por cento dos participantes relataram queixas músculo-esqueléticas e 5,9 por cento relataram queixas músculo-esqueléticas crónicas difusas.

Os participantes que estavam a praticar exercício físico, quando o estudo começou, tinham 9 por cento menos probabilidade de ter queixas músculo-esqueléticas crónicas, em comparação com os indivíduos inactivos. Aqueles que praticavam exercício três ou mais vezes por semana tinham 28 por cento menos probabilidade de ter queixas músculo-esqueléticas crónicas difusas.

De acordo com a Dra. Holth, no estudo actual, o nível de actividade física baseou-se somente no exercício efectuado nos tempos de lazer, pelo que o impacto da carga física ocupacional pode ter contribuído para os resultados.

Os investigadores sublinharam que estudos posteriores devem tentar clarificar se as queixas músculo-esqueléticas crónicas são uma causa ou uma consequência da inactividade.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2008/12/09/eline/links/20081209elin032.html

Sem comentários: