sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Gravidez é possível após tratamento contra fibróides uterinos

Para mulheres jovens com fibróides uterinos, tumores benignos no interior do útero que podem provocar dores, hemorragias anormais e outros sintomas, um tratamento denominado Embolização da Artéria Uterina (EAU) não prejudica a fertilidade, segundo os resultados de um estudo conduzido em Espanha.

Uma histerectomia, a operação tradicional para os fibróides, resolve o problema dos fibróides uterinos dolorosos, mas através da remoção completa do útero. Pelo contrário, com a Embolização da Artéria Uterina, um procedimento cirúrgico minimamente invasivo, um pequeno cateter é utilizado para injectar pequenas partículas para bloquear os vasos sanguíneos que alimentam os tumores, consequentemente privando-os do sangue e oxigénio de que necessitam para crescer, o que faz com que os fibróides encolham. Como o útero não é removido, este procedimento permite que as mulheres tenham a possibilidade de ficar grávidas no futuro, se assim o desejarem.

Embora estudos tenham demonstrado que o risco de falha dos ovários é insignificante (menos de 1 por cento) nas pacientes com menos de 40 anos que se submetem a uma UAE, mantêm-se as preocupações relacionadas com o impacto deste procedimento na fertilidade da mulher.

Para melhor caracterizar o efeito da EAU na fertilidade, a Dra. Isabel Pinto Pabon, do Hospital de Madrid Montepríncipe, e colegas seguiram 100 mulheres com fibróides uterinos dolorosos que foram tratadas através de uma EAU, entre 2002 e 2006.

Entre as 39 mulheres, com menos de 40 anos, que queriam continuar férteis, houve 11 gravidezes em 10 mulheres que conceberam entre 5 e 30 meses a seguir ao procedimento, incluindo uma mulher que ficou grávida duas vezes.

Duas das gravidezes foram conseguidas através de técnicas de reprodução assistida e nove foram espontâneas.

Houve três casos de abortos espontâneos em duas mulheres, mas esta taxa não parece ser mais elevada do que a da população geral, enfatizaram os investigadores no artigo publicado na “Fertility and Sterility”.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/08/eline/links/20090108elin021.html

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