De acordo com os cientistas responsáveis pela investigação, esta probabilidade de desenvolver cancro da mama devido à ausência de sol está relacionada com os níveis de vitamina D presentes na corrente sanguínea, principalmente depois da menopausa. Quanto maior for a quantidade de vitamina D a circular, menor é o risco de desenvolver a doença. Conforme explicam os especialistas da Creighton University, em Omaha (Nebraska), a maior parte da vitamina D é sintetizada pela exposição da pele à luz solar.
Para levar a cabo este estudo, a vitamina D foi fornecida através de suplementos vitamínicos a 1179 mulheres com mais de 55 anos, sem antecedentes de doenças oncológicas. As participantes foram divididas aleatoriamente em vários grupos, sendo que cada um recebeu três tratamentos distintos durante um período de quatro anos. A umas foi administrado apenas cálcio, outras receberam cálcio e vitamina D e outras um placebo.
Ao analisar os resultados, os investigadores observaram que havia algum efeito protector provocado pelo cálcio, mas que era potenciado pela presença da vitamina D, que reduzia o risco em mais de metade, quando comparado com o grupo de controlo (placebo). Os cientistas puderam confirmar a sua maior suspeita de que o cancro da mama é menos comum nas mulheres que vivem mais perto do Equador, onde a luz solar é mais frequente, logo a exposição ao sol é maior.
"O facto de verificarmos uma redução dos riscos de todos os tipos de cancro, sempre que há concentrações elevadas de vitamina D, é consistente com a informação epidemiológica, cada vez mais vasta, que evidencia que tanto o risco de cancro como a mortalidade oncológica são inversamente proporcionais à exposição ao sol e respectiva produção de vitamina D", frisaram os investigadores.
Marta Bilro
Fonte: Diário de Notícias, Independent.ie.
Sem comentários:
Enviar um comentário