quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Denúncia dos doentes, que os hospitais dizem desconhecer
Medicamentos para a esclerose múltipla em falta


A Sociedade Portuguesa para a Esclerose Múltipla denunciou um problema com o fornecimento dos medicamentos comparticipados a 100 por cento pelo Estado para o tratamento da doença. Os doentes avisam que o acesso àqueles fármacos está a ser restringido nos hospitais públicos, que por vezes os substituem. A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares diz desconhecer o problema, mas frisa que, a ser verdadeira, a situação é “inadmissível”…

De acordo com informações avançadas à TSF pela Sociedade Portuguesa para a Esclerose Múltipla, as primeiras denúncias têm já mais de um ano, e têm a ver com situações ocorridas naquela altura nos hospitais de Santa Maria, em Lisboa, de São João, no Porto, e de São Marcos, em Braga, e também no Centro Hospitalar do Alto Minho, em Viana do Castelo. O vice-presidente da SPEM, Rui Narciso, garante que, pelo menos naquelas quatro unidades de saúde, há restrições e substituições de medicamentos integralmente comparticipados pelo Estado, apontando para isso a existência de “razões economicistas” ou a circunstância de “os próprios laboratórios da indústria farmacêutica não os fornecerem atempadamente”.
Diante da denúncia feita pelos doentes, o presidente da APAH reagiu alegando não conhecer a situação, que, a ser real, segundo Manuel Delgado, constitui um cenário “inadmissível”. Entretanto, tendo tomado conhecimento do problema, os deputados do PCP também já se puseram em campo, e apresentaram diversos requerimentos na Assembleia da República para com vista a determinar se o problema tem origem em motivos de ordem economicista.

Carla Teixeira
Fonte: TSF Online

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