A KineMed poderá receber perto de 4 milhões de euros da Merck, relativos a pagamentos iniciais de investigação, e mais de 50 milhões por cumprimento de objectivos por cada um dos 10 compostos em investigação desenvolvidos através da tecnologia de transporte reverso de colesterol, desenvolvida pela KineMed. “Este é um acordo fulcral para o futuro da KineMed”, afirmou o presidente e director executivo, David Fineman, que revelou estar “muito satisfeito por ir trabalhar com a Merck na identificação e desenvolvimento de compostos que possam tem impacto no tratamento da arteriosclerose através desta tecnologia”.
Segundo afirmam as duas empresas envolvidas na parceria, a tecnologia de transporte reverso de colesterol é o único caminho metabólico através do qual o excesso de colesterol pode ser removido dos tecidos, razão pela qual “tem recebido atenção considerável por parte dos investigadores e da comunidade de pesquisa clínica como um alvo terapêutico”.
A arteriosclerose surge com o avançar da idade, e sob determinados factores de risco porque as artérias tendem a alterar as características das suas paredes que se tornam mais espessas, duras, e com menor elasticidade. Estas alterações são geralmente acompanhadas pela deposição, no seu interior, de placas mais ou menos extensas formadas por gorduras (como o colesterol), ou aglomerações de plaquetas, cálcio e outros constituintes do sangue.
Entre os principais factores de risco estão a hipertensão, elevados níveis de colesterol e de outras gorduras no sangue, tabaco, diabetes e obesidade. De acordo com o portal da Administração Regional de Saúde do Centro, para além da medicação necessária no caso de hipertensão, está indicada ainda medicação para prevenção da formação de coágulos, como é o caso dos antiagregantes, sendo o mais popular a aspirina. Há, no entanto, outros medicamentos para o mesmo efeito, dos quais se destaca o clopidrogrel (Plavix, comercializado em Portugal pela Sanofi Pharma e pela Bristol-Myers Squibb ou o Iscover, comercializado pela Bristol-Myers Squibb).
Marta Bilro
Fonte: PharmaTimes, MSN Money.
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