domingo, 30 de setembro de 2007

Indústria biofarmacêutica britânica empenhada em acelerar produção de biofármacos

Parceria financia investigação académica

A indústria farmacêutica britânica está empenhada em acelerar o processo de desenvolvimento e produção de biofármacos. Recentemente, um conjunto de entidades do sector criou um fundo monetário que injecta dinheiro nas universidades do país, de forma a superar os atrasos na produção de medicamentos biológicos.

A parceria, denominada “Bioprocessing Research Industry Club” (BRIC), e custeada por fundos públicos e privados, envolve a participação de duas entidades britânicas no ramo da investigação e da indústria biofarmacêutica do Reino Unido e disponibilizou 5 milhões de euros para financiar oito projectos em sete universidades do país, numa tentativa de impulsionar e tornar mais eficiente o processo de desenvolvimento e produção de biofármacos.

De acordo com a Associação Britânica de Bioindústria (BIA na sigla inglesa), cerca de 30 por cento dos medicamentos actualmente em investigação e desenvolvimento e 10 por cento dos fármacos comercializados são de origem biológica. Porém, o processo de produção de biológicos é complexo, dispendioso e exige trabalho intensivo.

“A produção de muitos dos biofármacos actualmente disponíveis já está no limite do ponto de ruptura ao nível da relação técnica e económica, e o avanço rumo à criação de fármacos e terapias biológicas ainda mais sofisticadas deverá agravar este problema”, referiu a Universidade de Birmingham, uma das sete instituições às quais foi atribuído o fundo de investigação.

Todos os projectos têm a duração de três anos e visam melhorar o processo de produção de biofármacos a longo prazo. Esta é a segunda ronda de financiamentos concedidos pela BRIC e será repartido entre oito equipas de investigação de sete universidades: Universidade de Birmingham, Imperial College London, Manchester, Newcastle, Nottingham, Sheffield e Strathclyde.

Há um ano, um investimento semelhante, no valor de 7,1 milhões de euros, apoiou outros nove projectos de investigação em 10 universidades. A terceira e última ronda de financiamentos será anunciada no próximo mês e deverá rondar o valor dos montantes atribuídos até agora, uma vez que a totalidade do fundo se situava entre ou 17,2 e os 20 milhões de euros.

A BRIC nasce da colaboração entre o “Conselho de Investigação de Biotecnologia e Ciências Biológicas”, o “Conselho de Investigação de Engenharia e Ciências Físicas” e a indústria biofarmacêutica do Reino Unido, com o apoio do “bioProcessUK” – a unidade de produção de biológicos da BIA. Criada em 2005, esta parceria pretendeu concentrar-se na distribuição de investimentos na pesquisa académica no ramo do processo de produção de biológicos e é patrocinada por 17 empresas farmacêuticas, entre as quais se encontram a GlaxoSmithKline, a Lonza e a Eden Biodesign.

Marta Bilro

Fonte: BioPharma-Reporter.com

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