segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Aprovações de novos fármacos estão em quebra nos EUA

O número de novos fármacos aprovados nos Estados Unidos da América tem vindo a diminuir e há já quem associe esta quebra à gestão da administração Bush. Durante os primeiros 81 meses da governação de George W. Bush a média de medicamentos aprovados foi significativamente inferior à registada no mesmo período em que Bill Clinton ocupou o governo norte-americano, refere Jim Kumpel, analista da Friedman Billings Ramsey.

No mandato de Bush a Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (FDA) aprovou, em média, 80,7 candidaturas a novos fármacos e 20,6 novas entidades moleculares por ano. Na era de Clinton, a média anual para as aprovações de novos medicamentos situava-se nos 92,1 e nos 32,4para novas entidades moleculares.

Para o ano que corre também não se prevê grande evolução. De acordo com Kumpel, a FDA aprovou, até Setembro, apenas 51 novos fármacos, menos 25 por cento do que os 68 aprovados no mesmo período de 2006 e menos 13 por cento face aos 59 aprovados ao longo de uma média de 10 anos. Para além disso, salienta o especialista, as 10 aprovações de novas entidades moleculares concedidas até ao mês de Setembro representam uma quebra anual de 17 por cento e o número mais baixo dos últimos 10 anos, a par de 2005. (Ver gráfico abaixo)

“O abrandamento dramático nas novas aprovações de fármacos pode ser ampliado pela recente autorização da lei da taxa de utilização de medicamentos prescritos (PDUFA), que deve promover padrões de segurança. As empresas que dependem de novas aprovações de fármacos – quer sejam grandes produtores farmacêuticos, organizações de venda a contrato, ou consultores de novos lançamentos de medicamentos – estão claramente a ressentir os prejuízos”, refere Kumpel.


Marta Bilro

Fonte: Pharmalot.

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