A lipoproteína de alta densidade, ou HDL-colesterol, é vulgarmente denominada como "colesterol bom", por se acreditar que elimina o “colesterol mau” do sangue. Especialistas da Universidade Edith Cowan e da Fundação para a Investigação da Doença de Alzheimer observaram que as pessoas com uma presença elevada no organismo de HDL-colesterol têm tendência a possuir níveis mais reduzidos de uma proteína fortemente relacionada com a doença de Alzheimer.
A equipa de cientistas analisou, durante oito anos, as ligações entre o “colesterol bom” e esta forma de demência. O estudo examinou a memória e outras aptidões em 200 pessoas com funções cognitivas normais, com o objectivo de estabelecer uma relação entre o HDL-colesterol e as proteínas beta-amilóides, cujo excesso de libertação propicia o desenvolvimento de placas senis que, por sua vez, aumentam a probabilidade de desenvolver a doença.
Estudos anteriores já tinham demonstrado que este colesterol tinha capacidade para remover o LDL colesterol, ou “colesterol mau”, cujo excesso pode estar na origem de doenças cardíacas. Esta nova investigação sugere que aumentar os níveis de HDL-colesterol, o que pode ser feito através de exercício físico, da ingestão de vinho tinto e chocolate amargo, pode também ajudar na prevenção contra a demência senil.
A versão completa dos resultados desta investigação deverá ser publicada antes do final do ano, porém, Kristyn Bates, uma das responsáveis pelo estudo, afirmou que a pesquisa terá revelado que as pessoas com mais HDL colesterol, menos gordura corporal e melhor densidade óssea tinham melhores resultados nos testes cognitivos indicadores da doença. “O colesterol bom pode eliminar do corpo estas proteínas, por isso quanto mais elevado for o nível de HDL, menor é a probabilidade de ter beta-amilóides no sangue”, concluiu a investigadora.
Marta Bilro
Fonte: Herald Sun, The Australian, Pfizer, Associação Portuguesa de Familiares e Amigos de Doentes de Alzheimer.
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