Os cientistas acreditam que a explicação pode residir na alteração dos níveis hormonais que afectam o tecido mamário ao mesmo tempo que desencadeiam a sensação de enjoo. Durante os testes laboratoriais, uma hormona produzida na placenta tem revelado potencial para proteger contra o cancro. Os resultados da investigação foram divulgados durante a reunião anual da Sociedade de Pesquisa Epidemiológica, em Boston.
A equipa dirigida por Jo Freudenheim entrevistou 1001 mulheres recentemente diagnosticadas com cancro da mama, com idades entre os 35 e os 79 anos, e um grupo de controlo com 1.917 mulheres saudáveis cujas idade, raça e condado de residência correspondiam com as do primeiro grupo.
Foram avaliados vários factores relacionados com a gravidez, tais como a hipertensão, a pré-eclampsia, a diabetes gestacional e o aumento de peso, os quais não demonstraram efeitos significativos na incidência futura de desenvolver cancro da mama. Por outro lado, os enjoos e náuseas relacionadas com gravidez foram associadas a uma redução de 30 por cento do risco de cancro da mama. Quanto maior é a incidência e persistência destes sintomas menor é o risco, referem os cientistas.
Ainda assim, os responsáveis pela investigação advertem que este é um estudo epidemiológico, nesse sentido os resultados não devem ser generalizados. A confirmação destas descobertas requer ainda aplicação noutras populações, afirmou Freudenheim.
Marta Bilro
Fonte: Reuters, Channel 4, HealthNewsDigest.com.
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