quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Especialistas traçam estratégia contra doença do sono

A tripanossomíase, também conhecida como doença do sono, afecta 40 milhões de pessoas no continente africano, número alarmantes que se encontram em debate na 29ª reunião do Conselho Científico Internacional para a Pesquisa e Luta contra a Doença do Sono, onde participam 200 especialistas que em conjunto pretendem traçar uma estratégia de combate à doença.

A decorrer em Luanda, este encontro pretende debater as causas e consequências da doença que afecta 36 países africanos, entre os quais Angola, o país anfitrião.

Segundo o ministro da Saúde angolano, Ruben Sicato, a doença constitui-se com um flagelo no continente africano e Angola tem sete das 18 províncias afectadas pela doença, fazendo parte dos quatro países mais afectados em todo o mundo, juntamente com a RDCongo, Sudão e o Uganda.

As autoridades sanitárias angolanas estimam que cerca de quatro milhões de pessoas vivam em zonas do país onde podem contrair esta doença, uma vez que existem vectores de transmissão da doença nas províncias da Lunda Norte, Lunda Sul, Bié, Moxico, Cuando Cubango, Benguela e Cabinda, para além das sete províncias onde a doença é endémica.

Na opinião do dirigente angolano, a melhor estratégia de combate passa pelo melhoramento do sistema nacional de saúde, realçando ainda que “todos os sectores da vida nacional deverão participar na criação de condições propícias para o fortalecimento do sistema nacional de saúde, aumentando a eficácia para a resolução dos problemas de saúde, tal como é a doença do sono”.

A tripanossomíase apresenta sintomas muito idênticos aos da malária e da gripe, como a febre e pode ser mortal se não for tratada de forma conveniente e atempadamente.

Os cursos de água, as florestas densas são os principais locais de transmissão da doença, que é causada pela picada da mosca tsé-tsé.

Inês de Matos

Fonte: Sol

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